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segunda-feira, 3 de julho de 2017

CRISE FAMÍLIA UM MAL QUE ACOMPANHA À TODA FAMÍLIA...


               CRISE FAMÍLIA UM MAL QUE ACOMPANHA À TODA FAMÍLIA...
A questão da autoridade em nossos dias está muito desgastada. O tema sofre pelo uso excessivo e da má aplicação. O mau exemplo vem de cima e as bases se rebelam, quando são obrigadas a se submeter a códigos de lei e de conduta que as próprias autoridades se incumbem de menosprezar. Na vida publica, a questão da autoridade é regulada pelos códigos de conduta e pelos direitos do cidadão. A cidadania está mais valorizada hoje, porém, nem todos conhecem os seus direitos e deveres. Dentre os direitos do cidadão, por exemplo, está a intocabilidade do corpo. Quando qualquer autoridade usa de formas de coação, tortura ou aplica tratamentos degradantes para com o cidadão, ela incorre em algo que é preceituado por lei, chamado de abuso de autoridade, passando a estar sujeita às penas previstas. Na família vivem-se os dois extremos da questão: frouxidão ou excesso de autoridade. E com isso quem sempre sai perdendo são os filhos que se criam sem orientações balizadoras para uma boa conduta social. Sem parâmetros, sem limites.
O apóstolo Pedro escreveu alertando quanto à existência de falsos mestres que, andando segundo a carne, desprezam as autoridades. “Especialmente aqueles que, seguindo a carne, andam em imundas concupiscências e desprezam toda autoridade” II Ped. 2:10. Dá para se perceber que o problema, é então, de longa data. Mas, os mais idosos continuam a dizer que as coisas estão muito mudadas, já não são como antigamente. Caiu-se num sistema depreciativo da autoridade, e a família não fica para trás. As conquistas sociais forjaram várias gerações de jovens que abraçaram de certa forma, um ideal de liberdade. Muitos jovens embarcaram nessa canoa furada do “sigo minha consciência, faço o que me dá prazer” e, assim perdeu-se o controle da situação. Muitos pais reclamam da rebeldia de seus filhos: crianças que não querem estudar; adolescentes que fogem da escola; jovens e adolescentes que se envolvem com as drogas. Somem-se a isso, também, as facilidades para relacionamentos sexuais ilícitos; a influência nociva dos meios de comunicação em massa; dentre outras questões graves de nossos dias. Mas devemos também, olhar o outro lado da moeda e lembrar-se do afrouxamento do comportamento dos filhos por parte dos pais que não querem provê-los de uma educação responsável. O fato é que filhos-problema podem revelar a existência de pais-problema. A psicologia revela que quando um filho se envereda pelo caminho das drogas, a família já ficou doente antes. Se cumpre aqui a profecia de Paulo “Sabe, porém, isto: nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeição natural, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder” II Tim. 3:1-5.
Muitos jovens casam-se, hoje em dia, sem estarem devidamente preparados para a vida a dois. Casam-se para ficarem livres dos pais, para alcançarem uma pretensa independência, para legalizarem uma vida sexual ativa vivida escondida, para fins menos nobres e, no decorrer dos dias é que vão se deparando com as questões mais sérias de uma vida a dois. Vários destes jovens já entraram para o casamento, trazendo um filho na barriga ou mesmo já nascido. Como vão educar uma criança se não aprenderam a cuidar de si mesmos? Por conta dessa má preparação para a paternidade e maternidade que vemos o mundo de cabeça para baixo. Um mau filho não tem condições de educar filhos. Será uma tragédia! E sempre são as crianças que sofrem nas mãos desses pais. Pais embrutecidos pelos problemas da vida, que descarregam sobre a inocente criança suas frustrações e seus recalques. E vale aqui a exortação de Paulo “E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor” Efésios 6:4. Há pais que são mestres em provocar à ira a seus filhos. Como fazem isso? Vivendo de forma a não se dar ao respeito, a não preservar a sua condição de pai e a autoridade inerente ao seu posto. Autoridade é uma conquista e não uma imposição. É comum vermos isso nas Igrejas locais. Muitos pais cobram da Igreja um resultado para a vida de seus filhos, quando esse resultado deveria ter siso conquistado lá atrás, quando eles eram menores, e viam nos pais seus heróis, os quais imitavam e tinham orgulho de chamar de pai e de mãe. Mas depois que começaram a perceber que os pais não eram tão heróis assim, nem tão honestos e nem tão educados e nem tão crentes como a fachada que ostentavam, então cai-se a máscara e a mascara e a farsa passa a não ser mais funcional. Provocar a ira aos filhos pode ser: responder mal; não dar atenção requerida; não respeitar o cônjuge e assim despertar a revolta. Provocar a ira pode ser uma atitude indireta: ser irresponsável e não contribuir para a boa formação do caráter e do futuro do filho, ou mesmo prejudicar seus sonhos por meio de comportamentos inadequados. Ser pai não é sinônimo de autoritarismo. Pode-se ser um bom pai e ainda assim ser amigo, legal, leal, brincalhão, recreativo. Pode-se e deve-se exercer a disciplina com autoridade e nem por isso se perderá a simpatia e a amizade do filho. Toda criança sabe quando erra e quando está a merecer um castigo. Saber aplicá-lo na dose certa e na hora certa e com amor, será muito benéfico para a formação de seu caráter. Como diz a Bíblia: “O que retém a vara odeia a seu filho, mas o que o ama a seu tempo o disciplina” Prov. 13:24.
Rompe-se a teia de autoridade que deve ligar os relacionamentos familiares, principalmente entre pais e filhos, quando o casal já não mais sabe lidar com sabedoria e amor entre si. Está é a grande questão! Como um casal vai exercer autoridade sobre os filhos e como vai cobrar deles certo tipo de comportamento em função da obediência que lhe é devida, se os próprios pais vivem em desarmonia, agindo de maneira inconveniente? Fica difícil exercer autoridade, impossível. Para que a autoridade flua é preciso que, primeiramente, o casal esteja desfrutando de um relacionamento sadio, ordeiro, dinâmico e frutífero. Esta harmonia entre marido e mulher será de grande valor para os filhos, pois estes aplicarão em suas vidas o exemplo prático dado pelos pais. Aliás, ser o exemplo no lar é o que mais funciona. Sem o exemplo pessoal não formamos sadiamente o caráter de nossos filhos. Não podemos errar nesse ponto sob o risco depor a perder todo o futuro moral de nossos filhos. Quando isso acontecer, não adianta chorar o leite derramado. Como diz o ditado: “É mais fácil construir um menino do que remendar um homem” Que o Senhor nos dê a sabedoria necessária para construir o caráter de nossos filhos. O casal deve construir um relacionamento ordeiro, fundamentado no amor. Entendendo que o casamento deve ser digno de honra, bem como manter-se sem qualquer mancha que possa desmerecê-lo. (Heb.13:4). Na construção de uma vida em paz, amor e harmonia, o casal estará criando condições para levar os filhos a investirem também na busca de uma vida sincera, honesta, respeitável, com cumprimento de seus deveres e em respeito aos pais e demais autoridades.
Precisamos entender que: A Bíblia reconhece a autoridade do pai como líder da família – Não podemos fugir dessa constatação bíblica. A figura do pai como peça-chave no exercício da autoridade está bem clara na Bíblia e, se as famílias experimentam muitos problemas hoje, isto também tem a ver com pais que não assumem seu papel e deixam com as mães esta tarefa. A autoridade do pai é compartilhada com a esposa – o exercício da autoridade está mais para o exemplo de conduta e proceder do que para a aplicação da vara. O casal deve agir em conjunto, harmonicamente, no exercício da autoridade sobre os filhos. A autoridade que funciona é aquela que se exerce na base do amor – o amor é a base da vida. Sem o amor, nada funciona como deveria. Toda autoridade precisa ser legitimada pelas escrituras – os pais precisam aprender a aplicar e a exercer uma autoridade com base nos princípios bíblicos. Quando se vive e se recorre a autoridade da Bíblia para aplicação da disciplina, os resultados sempre são infalíveis. E o preço é a fidelidade. Quem for sábio que o pague e verá os lucros futuros na vida de filhos prósperos, dedicados e fiéis servos do Senhor. “A escritura é proveitosa para ensinar, repreender, corrigir, instruir em justiça” II Tim. 3:16.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante.

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