SINCERIDADE,
VIRTUDE QUE FALTA A MUITOS CRISTÃOS...
Pessoas que agem com falsidade, são de grande periculosidade.
Mesmo não gostando de uma pessoa e fazendo de tudo para prejudicá-la, quando a
vê, principalmente na companhia de outros, abre um “farto” sorriso, aperta mão
e até abraça. O pensador Augusto Branco traduz bem essas atitudes, quando diz:
“Tratar bem a um desafeto não é ser superior nem educado: Isto é
ser falso. E a falsidade me enoja. Prefiro um desafeto que me acerte um soco do
que um desafeto que me oferece um sorriso: o primeiro é uma pessoa com
convicções, o segundo é uma pessoa perigosa."
Quando o Senhor nos diz que devemos amar a todos sem distinção,
não está insinuando que sejamos falsos. Porque o hipócrita finge
"amar". Amar é também suportar as falsidades sem revidá-las.
Quem age com falsidade é hipócrita, e o hipócrita é um “ator”,
pois aparentam compartilhar ideias, crenças, sentimentos, virtudes, que na
verdade não as possui nem as simpatizam. A falsidade e o fingimento de
comportamentos fazem parte do universo dos que vivem na hipocrisia. E isso não
é simplesmente uma representação temporária, como fazem os atores e artistas de
teatro, TV, cinema, mas é o modus vivendi do hipócrita.
O hipócrita chega ao extremo de criticar os atos de alguém,
quando ele na verdade pratica as mesmas ações. O hipócrita demonstra ser amigo
de pessoas eminentes, quando o seu interesse maior é ficar “bem na fita”. Até
“encena” livrar alguém em dificuldades, mas não
eliminar suas reais dificuldades; se “mostra” solidário com o sofrimento
alheio, mas é apenas “marketing pessoal”.
Consegue chorar e ri quando necessário. Destila piedade quando
fala e é lisonjeiro no tratar com aqueles que lhe são “úteis”. Concebe a si
mesmo o único possuidor da “extraordinária capacidade de não pecar”.
A hipocrisia é duramente rejeitada na Palavra de Deus (Mateus
23.13-15, 23, 25,27-29; Lucas 21.1; Romanos 12.9; I Timóteo 1.5; I Pedro 2.1).
Alguém diz: “Conheci fulano e pensei uma coisa dele, mas agora
me decepcionei. Ele mudou...” As pessoas não mudam ao longo do tempo. Na realidade,
tais pessoas revelam com o tempo, exatamente o que de fato são por dentro.
A hipocrisia difere da mentira. O mentiroso falsifica as
palavras, o hipócrita falsifica as atitudes.
É difícil, mas temos que conviver com hipócritas. Sua falsidade
é fétida e enoja, mas nada que um “lenço” no “nariz” não resolva.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião
Dr. Edson Cavalcante
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