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terça-feira, 30 de abril de 2019

O ORGULHO PRECEDE A QUEDA


                                                O ORGULHO PRECEDE A QUEDA

O que é orgulho?

Existem dois tipos de orgulho o benigno e o maligno, o primeiro é agradável aos olhos de Deus, acontece quando alguém consegue conquistar com muito esforço algo que já vinha querendo há certo tempo – gerando um sentimento de realização, é também aquele causado quando há uma alegria imensa em honrar e servir ao Senhor no seu reino, por termos feito algo proveitoso ao próximo e, por sermos um cristão fiel, esse tipo de orgulho alegra o coração de Cristo, o segundo é quando uma pessoa pensa que faz as coisas sempre melhor que os outros, assim causando em si um sentimento de superioridade devido a méritos pessoas, este é o que irá ser relatado nesse artigo combatendo o maligno orgulho.

Quais as características do orgulhoso?

A pessoa que possui esse maligno orgulho tem no seu modo de agir algumas características que ele mesmo não percebe por razão da cegueira espiritual que é causada por conta desse pecado, no entanto, são visíveis aos olhos das pessoas que convivem com o orgulhoso, as atitudes são relatadas a seguir:

- Ele não aceita exortação de pastores, lideres ou irmãos.
- Ele pensa que está sempre certo.
- Ele não aceita conselho dos outros.
- Ele pensa que é melhor que os outros.
- Ele pensa que é digno de receber reconhecimento pelo que fez no Reino.
- Ele pensa que as suas obras esta obtendo êxito pela sua capacidade de articular projetos.
- Ele não se submete as novas lideranças, por ele ter mais experiências e conhecimento não aceita a cobertura de um cristão novo na fé.
- Ele busca encontrar falhas nas pessoas para menospreza-las.
- Ele não aceita a ajuda dos outros, gosta de fazer tudo sozinho.
- Ele é muito preocupado com o que as pessoas irão pensar dele.
- Ele quer ter sucesso, e deseja o fracasso dos outros.
- Ele mantem os outros à distância para não revelar o seu verdadeiro caráter.

Quais as consequências do maligno orgulho?

Pelo fato do maligno orgulho ser um ato pecaminoso continuo, acaba por trazer consequências gravíssimas sobre o orgulhoso causando afastamento de Deus e destruição total em todos os âmbitos de sua vida, a própria Escritura Sagrada mostra o fim dos soberbos nos veículos seguintes:

“A soberba precede a destruição, e a altivez do espírito precede a queda.” (Provérbios 16:18)

“A soberba do homem o abaterá; mas o humilde de espírito obterá honra.” (Provérbios 29:23). Outros versículos; (1 Pedro 5:5-6), (Lucas 18:14), (Mateus 23:12).

Como tratar o maligno orgulho?

Quando o maligno orgulho é detectado em um cristão é preciso que o orgulhoso passe por um tratamento de caráter, para que não aconteça que o tal venha a sucumbir na sua soberba. Devido o caso do orgulhoso ser tão sério e difícil de ser tratado, há apenas uma pessoa que é habilitada para ajuda-lo, é o humilde. Assim sendo, irei compartilhar algumas dicas de como tratar o maligno orgulho na vida de uma pessoa:

Orgulho é um mal espiritual, por isso precisa ser combatido espiritualmente através da oração intercessoria. Quando oramos as cadeias que prende o orgulhoso no mundo espiritual são quebradas e é gerada uma abertura para que ele possa ser ajudado a enxergar a sua realidade e consequentemente ser tratado nesse mal que assola a sua vida.

É certo que o orgulhoso nunca irá achega-se a uma pessoa e pedir ajuda para que o seu caráter seja transformado. Então, é necessária que o humilde se aproxime dele colocando-se como inferior para ganhar primeiro a confiança do orgulhoso.

Por mais orgulhoso que uma pessoa seja sempre há alguém que ele admira. Portanto, busque conhecer essa pessoa e peça auxílio para poder ajuda-lo, contudo, sem que o orgulhoso saiba que foi pedida a interferência de terceiros. Tudo precisa ser feito de forma bem discreta e com pessoas de confiança.

Dificilmente o orgulhoso recebe aconselhamento dos outros, ele detesta quando alguém diz para ele fazer uma coisa a qual pensa já está fazendo. Deste modo, a melhor forma é usar as próprias palavras dele – olha você lembra que disse assim? Ou então – certa vez você fez dessa forma e deu certo, que tal tentar novamente? Ou então – a bíblia diz que Jesus fez assim e deu certo, e você sabe disso bem melhor que eu.

O orgulhoso é sempre muito fechado, não revela os seus sentimentos para ninguém. Então, é bom gerar um vinculo de amizade sincera, sempre dá apoio nos seus projetos pessoais, nos momentos de necessidade ajuda-lo para que ele tenha confiança na pessoa que está ministrando a humildade em sua vida.

Conclusão
O orgulhoso está perambulando pela igreja e é necessário que o seu caráter seja tratado urgentemente para que o corpo de Cristo não seja contaminado com tal pecado. A todos que leem esse artigo combatendo o maligno orgulho faça uma autoanálise sincera do seu caráter baseando-se nas características do orgulhoso citadas acima. Se você não se encaixou é porque você tem sido humilde e está qualificado para ajudar o orgulhoso a vencer esse pecado. Observando as dicas de como tratar o orgulhoso você irá ter um direcionamento de como conseguir obter êxito em tal façanha. Lembre-se o humilde, quando estamos na comunhão com Deus tudo é possível.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

segunda-feira, 29 de abril de 2019

A RAINHA DO SUL, COM TODA SUA GLÓRIA


                                      A RAINHA DO SUL, COM TODA SUA GLÓRIA
A rainha de Sabá é a primeira mulher citada como rainha na Bíblia. Seu reino compreendia o que hoje conhecemos como Etiópia, atravessando o Golfo de Áden até o Yemen.
Os Sabeus são um povo negro conhecido na bíblia por suas transações comerciais e exportações de ouro, prata e incenso. Sua terra é conhecida como “terra de mil fragrâncias” (Ez 27.22, Is 60.6, Jó 6.19).
A rainha de Sabá é uma mulher negra poderosa, conhecida por sua visita diplomática ao rei Salomão, levando presentes valiosos e enigmas a serem respondidos pelo sábio monarca. Mais do que curiosa pela fama de Salomão, a rainha queria conhecer o Deus que o dotava de sabedoria.
Nos evangelhos, Jesus resgata sua figura como a Rainha do Sul, colocando-a na posição de juíza sobre as gerações, que condenará os que não creram Nele, Aquele que é maior que Salomão (Mt 12.42, Lc 11.31). Leia a seguir:

Texto 1:

“1. A rainha de Sabá soube da fama que Salomão tinha alcançado, graças ao nome do Senhor, e foi a Jerusalém para pô-lo à prova com perguntas difíceis.
2. Quando chegou, acompanhada de uma enorme caravana, com camelos carregados de especiarias, grande quantidade de ouro e pedras preciosas, foi até Salomão e lhe fez todas as perguntas que tinha em mente.
3. Salomão respondeu a todas; nenhuma lhe foi tão difícil que não pudesse responder.
4. Vendo toda a sabedoria de Salomão, bem como o palácio que ele havia construído,
5. o que era servido em sua mesa, o lugar de seus oficiais, os criados e copeiros, todos uniformizados, e os holocaustos que ele fazia no templo do Senhor, ela ficou impressionada.
6.  Disse ela então ao rei: “Tudo o que ouvi em meu país acerca de tuas realizações e de tua sabedoria era verdade.
7. Mas eu não acreditava no que diziam, até ver com os meus próprios olhos. Na realidade, não me contaram nem a metade; tu ultrapassas em muito o que ouvi, tanto em sabedoria como em riqueza.
8. Como devem ser felizes os homens da tua corte, que continuamente estão diante de ti e ouvem a tua sabedoria!
9. Bendito seja o Senhor, o teu Deus, que se agradou de ti e te colocou no trono de Israel. Por causa do amor eterno do Senhor para com Israel, ele te fez rei, para manter a justiça e a retidão”.
10. E ela deu ao rei quatro toneladas e duzentos quilos de ouro e grande quantidade de especiarias e pedras preciosas. E nunca mais foram trazidas tantas especiarias quanto as que a rainha de Sabá deu ao rei Salomão.
13. O rei Salomão deu à rainha de Sabá tudo o que ela desejou e pediu, além do que já lhe tinha dado por sua generosidade real. Então ela e os seus servos voltaram para o seu país.” 1 Reis 10:1-10, 13

Texto 2:

“Pois ele liberta os pobres que pedem socorro, os oprimidos que não têm quem os ajude.
Ele se compadece dos fracos e dos pobres, e os salva da morte.
Ele os resgata da opressão e da violência, pois aos seus olhos a vida deles é preciosa.
Tenha o rei vida longa! Receba ele o ouro de Sabá. Que se ore por ele continuamente, e todo o dia se invoquem bênçãos sobre ele.” Salmos 72:12-15

Texto 3:

“Então alguns dos fariseus e mestres da lei lhe disseram: “Mestre, queremos ver um sinal miraculoso feito por ti”. A Rainha do Sul se levantará no Dia do Juízo com esta geração e a condenará, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis que está aqui quem é mais do que Salomão.” Mateus 12:38, 42.

A Rainha de Sabá nas diversas culturas

Relatos sobre a rainha de Sabá estão presentes em diversas tradições e culturas. Entre os etíopes ela é conhecida como Makeda, soberana fundadora de sua nação a partir de um suposto filho com Salomão, o imperador Menelik 1.
Na tradição muçulmana ela é Bilqis, uma figura pré-islâmica, filha única de um poderoso rei; sua família é de uma linhagem considerada superior às outras dinastias da região. Bilqis teria sido rejeitada como rainha por ser mulher e descendente de uma linhagem perigosa. Ela luta para recuperar o trono, por ser a única sucessora legítima do rei, e consegue voltar ao poder. No Alcorão é relatado também um romance entre Bilqis e Salomão, que em certo momento a rejeita por causa de suas pernas peludas.

Para discutir…

  1. Qual a motivação da visita da rainha de Sabá a Israel, em uma viagem que duraria aproximadamente 100 dias naquela época? Qual a reação dela ao conhecer Jerusalém e o reino de Salomão?
  2. A rainha de Sabá traz diversos presentes para oferecer ao rei. Só a quantidade de ouro seria equivalente a 400 milhões de reais, em uma cotação brasileira de 2016. O que isso revela sobre seu país e seu governo?
  3. O texto relata que a rainha levou também “perguntas difíceis” a serem respondidas por Salomão. O que seu desejo de conhecer o sábio rei e propor enigmas a ele nos diz sobre sua própria personalidade e natureza?
  4. Qual a reação de Salomão ao receber a visita da rainha de Sabá?
  5. No texto 3, a rainha de Sabá é colocada por Jesus na posição de juíza da geração, em resposta aos fariseus que pediam para ver um sinal miraculoso de Jesus (mesmo já tendo visto muitos). Qual o contraste proposto por Jesus no texto?  Em que se diferem as motivações da rainha ao propor enigmas a Salomão e dos fariseus ao questionarem a Cristo?
  6. A Etiópia é mencionada 45 vezes na bíblia. Se somarmos essa quantidade com o número de vezes que o Egito é mencionado, veremos que a África é o continente mais citado na bíblia. O que isso nos diz sobre o lugar do negro na bíblia, e como deve nos influenciar na leitura das escrituras?
  7. Pensando nas representações de personagens cristãos que você já viu (imagens, filmes, obras de arte, revistas de educação cristã), quantos desses personagens eram negros ou negras? Que posição ocupam os negros e negras nas comunidades religiosas cristãs atualmente?
  8. No versículo 9, a rainha louva a Deus pelo governo de Israel. Diz ainda que o Senhor colocou Salomão como rei “para manter a justiça e a retidão”. Você tem aceitado o desafio da rainha de Sabá, lutando pela justiça nos lugares onde foi colocado?  
  9. O que a rainha negra, juíza da geração, diria sobre suas condutas a respeito das questões raciais na sua universidade, espaços de fé, redes sociais (!), e outros meios onde convive?

“Príncipes virão do Egito; a Etiópia cedo estenderá para Deus as suas mãos.” – Sl 68:31.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

domingo, 28 de abril de 2019

ANANIAS E SAFIRA A FALSA HONESTIDADE

                                       ANANIAS  E SAFIRA A FALSA HONESTIDADE
Referência bíblica: “Entretanto, certo homem, chamado Ananias, com sua mulher, Safira, vendeu uma propriedade, mas, em acordo com sua mulher, reteve parte do preço e, levando o restante, depositou-o aos pés dos apóstolos. Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus. Ouvindo estas palavras, Ananias caiu e expirou, sobrevindo grande temor a todos os ouvintes. Levantando-se os moços, cobriram-lhe o corpo e, levando-o, o sepultaram. Quase três horas depois, entrou a mulher de Ananias, não sabendo o que ocorrera. Então, Pedro, dirigindo-se a ela, perguntou-lhe: Dize-me, vendestes por tanto aquela terra? Ela respondeu: Sim, por tanto. Tornou-lhe Pedro: Por que entrastes em acordo para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e eles também te levarão. No mesmo instante, caiu ela aos pés de Pedro e expirou. Entrando os moços, acharam-na morta e, levando-a, sepultaram-na junto do marido. E sobreveio grande temor a toda a igreja e a todos quantos ouviram a notícia destes acontecimentos”. (Atos 5. 1-11)
Exposição do texto: o casal Ananias e Safira vendeu uma propriedade para fazer uma doação diante dos apóstolos. Venderam por um elevado preço e entregaram um valor menor, alegando que era tudo. Essa mentira foi rejeitada por Deus, que a revelou ao apóstolo Pedro.
Discussão:
1 – Você está interessado em que haja condições materiais para que a alegria da vida cristã permaneça e ainda se espalhe?
2 – É importante para você que os outros saibam o quanto você dá?
3 – Alguma vez já se interessou em buscar de Deus que transforme seu coração e suas motivações para se tornar um doador com alegria?
Objetivo: diferenciar as motivações que existem em nosso coração ao ofertarmos.
Contexto: quando a igreja nasceu, pelo ensino e pregação dos apóstolos, milhares se entregaram a Jesus. Nesse contexto, a doação de dinheiro era abundante e muito comum. Em Atos 2.44 e 45, vemos que “todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e seus bens, distribuindo o produto (valor conseguido) entre todos”. Em seguida, o versículo 47 mostra que, ao desfrutarem dessa comunhão, louvavam a Deus, que é um sinal de alegria. E, ainda, em Atos 4.32-35, vemos que “ninguém considerava ‘exclusivamente sua’ nenhuma das coisas que possuía; pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; que distribuíam a medida da necessidade”’. Dessa forma, eles mantinham o convívio cristão.
Está em destaque nos textos bíblicos a comunhão que tinham, ou seja, seu ajuntamento, o realizar todas as coisas juntos, e a Bíblia mostra quais coisas eram essas:
A) perseveravam na doutrina dos apóstolos, ou seja, se reuniam para serem ensinados na Palavra. Os irmãos se reuniam e os apóstolos ensinavam a Palavra de Deus conforme haviam aprendido com o Senhor Jesus;
B) na comunhão se reuniam para viverem o estilo de vida do céu, um novo estilo, conforme a chegada do reino de Deus, trazido por Jesus, colocado em prática, vivenciado diariamente no relacionamento entre eles;
C) no partir do pão, a Ceia do Senhor. Jesus instituiu a celebração da Ceia, do partir do pão, em memória Dele. E os discípulos, constantemente, celebravam ao Senhor reunidos no partir do pão;
D) nas orações estavam juntos para a dedicação desse momento;
E) atendimento aos necessitados, em que ninguém ficava com uma necessidade sem ser suprida. Todos se empenhavam pelo amor ao próximo, de modo que entre eles não houvesse ninguém que permanecesse em necessidade.
E, como resultado disso, o Senhor realizava curas, sinais, prodígios, trazia simpatia dos de fora, acrescentava os que iam sendo salvos, dava-lhes um só coração e uma só alma, liberava grande poder para testemunhar o Evangelho, enchia-os de graça, fazendo-os viver em alegria.
Eles viviam num ambiente cheio da presença de Deus e de alegria. E, nesse contexto, apareceu José Barnabé, um homem que encorajava, estimulava, consolava, exortava. Com esse coração, vendeu um campo que tinha e entregou todo o dinheiro aos pés dos apóstolos. Vivia alegremente, e com sua doação desejava estimular a continuidade daquela realidade. Os valores que todos doavam traziam condições materiais para que vivenciassem toda aquela realidade. Então, apareceram Ananias e Safira, porém, com uma motivação diferente, queriam aparecer diante das pessoas, pois declararam o valor que estavam doando. E pior, declararam com mentira, venderam por um valor alto, entregaram um valor inferior e disseram que foi tudo o que conseguiram.
O coração deles não estava alinhado ao coração de Deus, nem com a realidade trazida por Ele à Sua congregação.
Conseguir dinheiro é resultado de dedicação, esforço, trabalho, de empenhar a vida para adquiri-lo. Nesse sentido, o dinheiro é o resultado daquilo que eu fiz com a minha vida. Um salário mensal é resultado de 30 dias de vida dedicados a algum trabalho. Então, quando alguém entrega dinheiro, faz a entrega da vida que foi dedicada para adquiri-lo.
Entregar dinheiro é fazer uma entrega de vida, e o casal entregou falsamente, pela metade, tanto o dinheiro quanto a vida dele.
Barnabé e outros entregaram bens e dinheiro com a alegria de viver a realidade do reino de Deus e Sua expansão nesta terra. Ananias e Safira entregaram o dinheiro porque queriam fazer parte do grupo e ser notados diante dele.
Conclusão: existe uma realidade da vida cristã a ser experimentada. Grande parte dela precisa de recursos materiais para a realização. Existem pessoas que se alegrarão em cooperar para a sua continuidade e expansão. Existem outras que podem estar nesse meio, mas com um coração desalinhado do coração de Deus. O ideal é que sejamos os incentivadores desse reino e de toda a Sua obra, os que dão com alegria.
Aplicação: é preciso enxergar o grande agir de Deus em nosso meio, curando, libertando, acrescentando salvos, recebendo nosso louvor, nos dando condições de proclamar Sua Palavra, nos usando para praticar o amor ao próximo. E, enxergando tudo isso, precisamos nos alegrar com o que Deus Se alegra e cooperar com alegria, para que essa realidade continue e cresça.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

sábado, 27 de abril de 2019

A FALSA DOUTRINA DA MALDIÇÃO HEREDITÁRIA


                               A FALSA DOUTRINA DA MALDIÇÃO HEREDITÁRIA
O alvo do nosso estudo será a falsa doutrina do Evangelho da Maldição, que é um dos produtos da confissão positiva Neo-Pentecostal, e que é também chamado de Quebra de Maldições, Maldições Hereditárias, Maldição de Família e Pecado de Geração.
1. Conceitos Heréticos Sobre Maldição Hereditária
Definição de Maldição Hereditária: “A maldição é a autorização dada ao diabo por alguém que exerce autoridade sobre outrem, para causar dano à vida do amaldiçoado… A maldição é a prova mais contundente do poder que têm as palavras. Prognósticos negativos são responsáveis por desvios sensíveis no curso da vida de muitas pessoas, levando-as a viver completamente fora dos propósitos de Deus… As pragas se cumprem.” Jorge Linhares, em Bênção e Maldição, Pg. 16.

Resumindo – Essa teoria antibíblica tem a maldição como uma entidade em si mesma que precisa apenas que alguém desencadeie o processo inicial, que é um pecado cometido por uma pessoa num passado remoto ou recente; depois disso, passa a agir com total independência. Não Lega em conta a responsabilidade pessoal. Diz Marilyn Hikey, em seu livro Quebre a Cadeia da Maldição Hereditária: “…mas a maldição da sua terra não foi transmitida pelo pecado pessoal deles ou mesmo dos ancestrais, mas pelos habitantes anteriores (os índios sioux).”
A maldição, segundo a doutrina em questão, opera cegamente atingindo qualquer um ao seu alcance; vai se transmitindo indefinidamente através do tempo, até que um especialista em quebra de maldições a quebre; usa como meio receptor e transmissor um local, um objeto, uma pessoa, uma família, uma cidade, um país etc…; como uma energia maligna invisível, vai se espalhando [conforme os milhares de “testemunhos” baseados em experiências subjetivas e desmentidas pela Bíblia].

A maldição em certas circunstâncias parece operar por si mesma, como um mal invisível que tem personalidade própria e poder de se autodeterminar; já em outras circunstâncias parece ser uma energia maligna operacionalizada por demônios, que são chamados de “espíritos familiares”. Essa maldição tem que ser quebrada pela intervenção humana num ritual que difere de especialista para especialista.
Os diferentes elementos do ritual herege da quebra de maldição:
* Busca de palavras de conhecimento e de revelações extra-bíblicas para se descobrir a causa específica das maldições hereditárias.
Na busca das causas da maldição, vale até entrevista com demônios. Marilyn Hickey conta: “Certa vez expulsamos um espírito mau de uma mulher. Perguntamos a ele: ‘Quando você entrou aí?’ Ele respondeu com alguma coisa jocosa. Então indagamos: ‘Por que você está aí?’ Ele respondeu: ‘Porque se eu a peguei, pego também o filho dela!’ Aquela mulher foi liberta!”
* Declaração de que não se aceita os problemas porque são fruto de maldição
* Oração a Deus e Profissão de Fé ao Diabo

Marilyn Hickey narra um caso desses: “Amado Pai Celestial, Tu me amas! Tu enviaste Teu Filho para quebrar esta maldição… Tenho o Seu Nome… Nome que protege. Seu sangue me purifica de imediato. Estou liberto pelo sangue. No Nome de Jesus, amém. Agora, em voz alta, faça esta profissão de fé: ‘Satanás! Tu e os teus maus espíritos do alcoolismo ouviram a oração que acabo de fazer! Tiveste a tua chance, mas o teu poder está quebrado… Em Nome de Jesus, a tua maldição está quebrada… Por isso, diabo, afasta-te daqui e não tornes nunca mais!”.
* Exorcismo com palavras de ordem amaldiçoando a Satanás para amarrá-lo e livrar a geração por ele amaldiçoada
Marilyn Hickey diz: “O diabo é o valente. O que temos de fazer a ele? Amarrá-lo. E depois? Nós lhe tomamos a casa – ou aquela geração! Nós dizemos: Ei, diabo, espere um minuto! A minha geração não pertence a você porque eu o amarrei em Nome de Jesus, e você não vai fazer isso! É isso que fazemos: Rompemos a maldição em Nome de Jesus.”
* Aqui encontramos uma maneira simplista, mística, ilusória, e ineficiente de se enfrentar problemas causados por pecado.
Essa é uma fantasiosa vitória sobre o pecado. A fórmula correta de vitória sobre o pecado é arrependimento contínuo que conduz a uma vida de piedade caracterizada por temor a Deus, desejo de Deus e amor a Deus, ou seja, um sincero e humilde cultivo da santidade na dependência do Espírito Santo e obediência da Bíblia.
* Mudança no Conceito de Pecado:
Pecado passa a ser mais uma coisa que herdamos de nossos ancestrais e portanto não somos culpados, do que uma coisa na qual somos responsáveis diretamente.
* Arrependimento não bíblico:
Depois de ser protagonizado e ensinado todo esse confuso e anti-bíblico ritual acima, Marilyn Hickey insatisfeita e insegura de sua metodologia acrescenta a única coisa que era necessária desde o início: “O que quebra a maldição é o arrependimento.” – Bastaria o arrependimento, e nada das invenções seria necessário.
2. Heresias Específicas da Doutrina da Maldição Hereditária
a) Antropocentrismo e o Poder Onipotente das Palavras Humanas: Anulação da soberania divina e caos na terra.

* O poder divino das palavras humanas
As palavras do Evangelho da Maldição têm poder em si mesmas: São comparadas às sementes, que tem dentro de si mesmas o poder para germinar. – “As palavras são como sementes que, caindo em solo próprio, achando as condições favoráveis, germinam, crescem, frutificam…” “Nossas palavras podem alimentar ou anular a ação de Satanás.” “Convidei-a para orarmos juntos. Pedimos a Deus a solução dos conflitos emocionais e depois, de comum acordo, quebramos e anulamos a maldição das palavras de zombaria. Naquele momento, o Senhor a libertou.” Jorge Linhares, Pgs. 16, 11, 12.
* Incoerência
Pedem a Deus a solução do problema e depois como se fossem oniscientes e onipotentes decretam a solução desse mesmo problema.
* Humanismo Mal Disfarçado:
O homem é que coloca maldições mediante suas palavras de praga e outro homem, mediante palavras de oração a Deus e repreensão do diabo, quebra essas maldições. Deus entra apenas como ator coadjuvante, com um papel secundário e quase dispensável.
* Um exemplo de Heresia:
Mãe define o futuro da filha por dizer-lhe palavras impensadas – “Quando você se casar e tiver filhas não haverá paz em sua casa. Eles serão contenciosos e a discórdia será uma constante. Depois de algum tempo ela se casou. Vieram os filhos, e a maldição cumpriu-se plenamente. A casa virou um inferno… tivemos um tempo de aconselhamento e oração, e a maldição foi quebrada.” Linhares, Pg. 15
* Teoria Que Implica Caos do Universo
No caso das palavras duras da mãe em relação ao futuro da filha, se é verdade que o lar da moça se tornou um inferno por causa da maldição da mãe, isso seria terrível, pois isso implicaria que o destino das pessoas e do universo estariam no poder das palavras de pecadores inconseqüentes, falíveis e imprevisíveis. Isso geraria um caos e um descontrole total da vida na terra. Isso anularia a própria soberania de Deus no Universo. Isso tiraria o governo das mãos de Deus e o colocaria na boca dos homens. Isso é ridículo, antropocêntrico e anti-bíblico.
b) Deus Depende das Palavras Humanas Para Agir?
* Um Deus dependente do homem
Este é o Evangelho da Confissão Positiva e do Evangelho da Maldição – “Palavras produzem bênção… [ou] maldição… Palavras negativas… dão lugar a opressão demoníaca… …Palavras positivas (confissão positiva), amorosas, de fé, de confiança em Deus, liberam o poder divino para desfazer a opressão…” Linhares, Pg. 16, 18
* Uma caricatura do Deus da Bíblia
Essa afirmativa deixa Deus dependente das palavras humanas para liberar seu poder. É quase como se Deus precisasse de autorização humana para agir. Esse não é o Deus da Bíblia, é, sim, uma grotesca caricatura do Deus da Bíblia. De fato, um Deus destronado pelo homem, que proclama as suas pretensões à divindade quando imagina que suas palavras podem fazer tudo acontecer.
* Psicoterapia Freudiana Mistificada – ou Doutrina da Transferência de Culpa do Pecador para seus ancestrais.
Consiste na transferência da culpa e da responsabilidade do comportamento pecaminoso pessoal de alguém para parentes, amigos, professores etc… que no passado disseram algo impensado.
* Tentar ajudar alguém, aliviando a sua culpa por transferi-la para “maldições” herdadas da família
é apenas uma variação maligna da técnica criada pelo ateu Sigmund Freud, que, em vez de usar “maldição”, usa os termos “complexos” e “doença mental” para explicar comportamentos anormais e erros das pessoas, lançando a responsabilidade de seus pecados e crimes em seus parentes e professores de um passado distante..
* O Evangelho da Maldição é um Processo Sutil de Transferência de Culpa
Seus mentores atribuem todos os pecados à maldição hereditária: “…comecei a perceber nos testemunhos de prostitutas, homossexuais, ladrões e assassinos, que quase sempre seu envolvimento nesses tipos de vida irregular fora precedido por palavras de maldição, proferidas principalmente pelos pais.” Linhares Pg.29
Marilyn Hickey diz: “Essas coisas que nos perturbam e apoquentam são, realmente, maldições de famílias ou de gerações – problemas que começaram com os nossos ancestrais e vieram até nós. E o que é pior: eles não vão parar aqui; podem ser transmitidos aos nossos filhos e aos filhos dos nossos filhos!”

O pecador que pela sua natureza decaída já gosta de arrumar desculpas para os seus pecados lançando ou transferindo a sua culpa para outros, encontra nesta teoria diabólica um meio fajuto de aliviar sua consciência por lançar sua própria culpa sobre os outros. Adão, após a queda, transferiu sua culpa para Eva, e Eva, para a serpente (Gn 3).
O tremendo mau que o ateu Freud fez através da psiquiatria no mundo secular os defensores da maldição hereditária de família estão fazendo no meio evangélico, criando um bando de gente irresponsável pelos seus próprios pecados.

* O Evangelho da Maldição usa os ancestrais como bodes expiatórios das culpas presentes dos pecadores.
Deus abomina essa inversão maligna: “O que justifica o perverso e o que condena o justo são abomináveis para o Senhor, tanto um quanto o outro.” Pv 17.15. A seguir damos exemplos do que acabamos de falar:
Culpar os pais por comportamento homossexual – “depois de ser tanto amaldiçoado, acabei me envolvendo com homossexualismo”. (Linhares, Pg. 13).
Confrontação invertida – Mais adiante no livro, Linhares confronta o pai de um jovem homossexual com as seguintes palavras: “…ele [o gay] é homossexual por sua culpa [do pai]… O senhor como pai o amaldiçoou desde pequeno, chamando-o de mulherzinha.” Pg. 31.
Responsabilidade invertida – Na confrontação acima ainda diz para o pai: “Tudo pode mudar. Depende de você [se referindo ao pai].” (Pg. 31). O ridículo e anti-bíblico nessa confrontação invertida e absurda de pecados é que Linhares diz que a mudança da situação de homossexualismo do jovem gay depende do pai por quebrar a maldição proferida por ele, e não do rapaz em pecado.


Arrependimento, e não quebra de maldição – Em vez de ficar procurando um bode expiatório no passado para lançar a culpa do pecador, deve-se seguir o processo bíblico de levar o pecador a assumir pessoalmente toda a culpa por seu comportamento pecaminoso, iniciando assim um processo genuíno de arrependimento e restauração.

c) O pacto com o diabo à revelia do consentimento da pessoa. Essa doutrina coloca o diabo como centro de todos os problemas humanos. Podemos fazer um pacto com o diabo entregando outra pessoa a ele? Isso sem que aquele que fez o pacto e o que é entregue saber ou fazer isso conscientemente?
* O caso de entrega de uma pessoa ao diabo motivada pela maldição da mãe.
A mãe disse para a filha: “Sua burra, preguiçosa, o diabo que te carregue.” Em seguida Linhares diz: “Mesmo sem intenção, [essa mãe] entregara a filha ao diabo. (Livro “Benção e Maldição, Pg. 19).
O homem de Corinto é entregue a Satanás por causa de seus próprios pecados, e não porque alguém com raiva dele decidiu fazer isso (1 Co 5.1-5). A decisão de entrega espiritual de vida tem de ser algo individual e intransferível.
Essa pseudo-guerra contra o diabo é um espetáculo de supervalorização dele com desvalorização da soberania de Deus. Deus é o soberano absoluto do Universo, o sumo bem, e faz o que lhe apraz (Sal 135:6).

d) A Palavra de Deus versus as Palavras do Homem.
As palavras humanas têm poder em si mesmas para realizar aquilo que dizem? A resposta é não. As palavras que têm poder em si mesmas são as palavras de Deus, escritas na Bíblia.
Quanto poder têm as palavras humanas? Somente o poder que Deus queira lhes dar conforme o Seu propósito. A palavra humana que tem poder é aquela que é falada em nome de Deus, como no caso dos profetas bíblicos, ou dos pregadores da Palavra escrita na Bíblia.

“Assim veio a Palavra do Senhor por intermédio do profeta Jeú, filho de Hanani, contra Baasa e contra a sua descendência.” 1 Re 16.7
“disse a Elias: Nisto conheço agora que tu és homem de Deus e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade.” 1 Re 17.24
A palavra que não volta vazia sem cumprir o seu propósito é a palavra de Deus e não a palavra dos homens:
“assim será a palavra que sair da minha boca: Não voltará para mim vazia mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei.” Is 55.11.
O poder e efeito das palavras do homem são como a flor que murcha, mas a palavra de Deus é diferente:
“seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente.”  Is 40.8.
Portanto, não é a palavra dos homens que devemos temer, mas a Palavra de Deus.
Quanto poder tem a “Palavra de Fé” ou pronunciado com fé, conforme Marcos 11.21-24? – O que é de errado com a “confissão positiva”?

“Então, Pedro, lembrando-se, falou: Mestre, eis que a figueira que amaldiçoaste secou. Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus; porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz assim será com ele. Por isso, digo-vos que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco.”   Marcos 11.21-24
Os defensores da Confissão Positiva interpretam mal esse texto, como se Deus estivesse dando total soberania e poder irrestrito às palavras do homem (poder para conseguir qualquer coisa, bastando para isso pronunciar, declarar ou confessar o que se quer], e a chave dessa soberania seria a fé. Mas o que seria essa fé em Mc 11.21-24? É fé centralizada em Deus: “Tende fé em Deus.” (v. 22); é fé que não carece de sinais visíveis (Jo 20.29; II Co 5.7).
O que essa fé não é: não é fé na fé – ou seja, como se a fé fosse algo em que se deva confiar. Não se deve confiar no poder da fé, mas na pessoa de Deus (Mc 11.22); não é fé no homem – “Maldito o homem que confia no homem.” – isso é confiar em si mesmo. (Jr 17.5); não é fé que funciona independentemente da vontade de Deus

“E esta é a confiança que temos para com ele: que se pedirmos alguma coisa segundo a Sua vontade ele nos ouve.” 1 Jo 5.14.
Conclusão – Um confronto entre verdade e erro.
Os autores dos livros examinados dão várias fórmulas para se quebrar a maldição hereditária de famílias. Essas fórmulas contém coisas bíblicas, outras anti-bíblicas, e ainda outras inventadas simplesmente por incredulidade dos autores, que gostam de andar pela vista e não pela fé.
É verdade – Que o pecado gera maldição [castigo] na vida do sujeito autor desse pecado. “a maldição, se não cumprirdes os mandamentos do Senhor [pecado], vosso Deus, mas vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno…” “Aquilo que o homem semear ele ceifará.” (Gal. 6:7,8)
Exemplos de pecados específicos causadores de maldição ou castigo divino ao pecador: Gostar de amaldiçoar, praguejar, e desejar mal aos outros (Sl 109.17; Rm 12.14); idolatria (Dt 27.14,15); Feitiçaria (Dt 18.10-14); Rebeldia contra os pais (Dt 27.16); Mudar os marcos da terra (Dt 27.17); Crueldade com deficientes (Dt 27.18); Imoralidade Sexual (Dt 27.20-23) etc…
É mentira – Que a maldição de outra pessoa, conseqüência dos seus pecados, seja transmitida como herança a seus familiares; cada um dará conta do seu pecado. “Assim, pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Rm 14.12

É verdade – Que as conseqüências do pecado de alguém afetam indiretamente seus familiares e conhecidos, pois ninguém peca para si só. As conseqüências atingem a todos. “No seu caminho há destruição e miséria.” Rm 3.16.
É mentira – Que os problemas (espirituais, psicológicos e de saúde) dos filhos são conseqüência de maldição herdada dos pais. Por exemplo: a sífilis em uma criança pequena é resultado da maldição ou castigo da prostituição do pai, porém, não é a maldição em si mesma, mas sim é resultado da maldição dos pais. E neste caso a sífilis da criança não é uma maldição a ser quebrada, mas uma doença a ser curada. “A alma que pecar essa morrerá.” – e não outra que não pecou. (Ez 18.4)

É verdade – Que as palavras humanas podem se tornar muito destrutivas. Joseph W. Stowell resume bem o poder destrutivo das palavras: “as palavras podem ser destrutivas em três aspectos. Elas podem destruir (1) nosso relacionamento com Deus, (2) nosso relacionamento com aqueles que amamos e até (3) nosso relacionamento conosco mesmo.” Depois acrescenta: “Ter uma língua é como Ter dinamite entre os dentes: é preciso pensar nisso.” [O Controle da Língua – Pg.14 – Editora Batista Regular].
Tiago nos adverte:

“a língua é fogo; é mundo de iniqüidade… contamina o corpo inteiro… põe em chamas toda a carreira da existência humana, como é posta ela mesma em chamas pelo inferno.” Tg 3.6.
Não que elas tenham um poder místico nelas próprias para destruir, mas que podem promover destruição pelos efeitos causados pela reação negativa e anti-bíblica de pessoas muito sensíveis.
Minha esposa (Carmita) diz algo muito sábio acerca de agressões verbais. Ela diz: “quem é dono de sua boca diz o que quer; eu sou dona dos meus ouvidos e escuto o que quero.” Em resumo, as palavras humanas de maldição só terão poder em quem vier a escutá-las com temor, e venham a se deixar impressionar psicologicamente pelas mesmas. Vejamos Eclesiastes 7.21,22 –

“Não apliques o coração a todas as palavras que se dizem, para que não venhas ouvir o teu servo amaldiçoar-te, pois tu sabes que muitas vezes tu tens amaldiçoado a outros.”  Eclesiastes 7.21-22
Charles Spurgeon também aconselhava as pessoas a terem um ouvido surdo, e dizia:
“Não dês o coração a todas as palavras ditas – não as leve ao coração ou não lhes dê importância, não atentes para elas, nem procedas como se as tivesse ouvido. Você não pode deter a língua das pessoas; portanto, a melhor coisa é deter os seus próprios ouvidos, e não ligar para o que digam. (Lições aos meus alunos – Pg. 174 – Publicações Evangélicas Selecionadas)
Outra mentira é dizer que as palavras de maldição têm poder em si mesmas. As palavras dos amaldiçoadores são como eles próprios: “vento” (ocas, vazias ou sem poder em si mesmas), porém voltarão para eles como um bumerangue, pois quem deseja o mal aos outros está desejando para si mesmo. –
“Até os profetas não passam de vento, porque a palavra [de Deus] não está com eles; as suas ameaças [maldições] se cumprirão contra eles mesmos.” Jr 5.13.
Ainda as palavras e as maldições dos prognosticadores ou profetas que não são inspirados por Deus são consideradas como PALHA – sem nenhum valor, ou possibilidade de se cumprir – Jr 23.28-31.
Aqueles que amaldiçoam o seu próximo estão ignorantemente se colocando em curso de colisão com a própria maldição que proferem, não porque as suas palavras tenham poder em si mesmas, mas porque Deus os fará colher a maldição que está plantando para outros. –

“Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois tudo aquilo que o homem semear também ceifará.”  Gálatas 4.7
“Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam assim fazei-o vós a eles.”  Mateus  7.12
Ainda é mentira dizer que o homem tem a prerrogativa de autorizar o diabo a cumprir maldição de suas palavras na vida de outros.
Aqui há uma inversão conceitual, pois conforme a Bíblia é a humanidade que “jaz no maligno” e não “o maligno jaz na humanidade”. O mínimo que um homem pode fazer é “dar lugar ao diabo” em sua própria vida, ou seja, fazer ou dizer coisas que darão progressivo controle de Satanás sobre sua vida. Porém, a Bíblia nunca diz que podemos autorizar o diabo a executar maldições na vida de outros. (1 Jo 5.19; Ef 4.27).
Essa definição veio da feitiçaria e da bruxaria. Na feitiçaria lançar feitiço eqüivale a lançar malefício ou maldição de feiticeiro.
De fato, não há real base bíblica e teológica para as definições e práticas da maldição hereditária. Quando Jorge Linhares, Marilyn Hickey e outros defensores dessa heresia usam versículos da Bíblia, usam textos que falam do poder das palavras, e de maldições, mas tirando-os do contexto, manipulando-os e adulterando o sentido da Palavra de Deus, e, para apoiar a sua doutrina insustentável biblicamente, usam um grande número de supostos testemunhos, com interpretações subjetivas e falaciosas. O fato é que os textos usados por eles não dá respaldo à teoria humanista e mística da maldição hereditária da família defendida por eles e por muitos outros.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

sexta-feira, 26 de abril de 2019

QUEM É O DIABO?


                                                             QUEM É O DIABO?
O Diabo ou Satanás como é popularmente conhecido há milênios, tem posição de destaque negativo na história da humanidade. Ele é o principal adversário do ser humano e odeia a criação. Tudo o que estiver ao alcance dos seus recursos, inteligência e poder militar é utilizado para promover grande destruição na raça humana.



Personagem de destaque em séries de TV, superproduções de Hollywood, best-sellers e canções marcantes, o Diabo é seguido de perto pelas pessoas, mesmo que a maioria delas não saiba ou admita isso.

Neste estudo, minha intenção é apresentar tudo o que você precisa saber sobre o seu maior inimigo. De acordo com Sun Tzu, o mestre nas guerras:

“Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas…”

Portanto, para se defender bem, nada melhor do que conhecê-lo.

A Origem do Diabo

É sabido que o Senhor Deus criou todas as coisas e que a história não começou no Éden, antes de Adão e Eva na eternidade, o Eterno Deus já existia com seus anjos.

Não é possível para nós, seres humanos – limitados ao tempo e ao espaço – compreender este grande e complexo assunto.



De qualquer forma, o anjo que se rebelou contra o governo de Deus, chamado hoje de Diabo ou Satanás, foi criado em algum momento antes da Criação.

O texto de Ezequiel 28:12-15, embora não seja senso comum entre os estudiosos, descreve um pouco da glória na qual ele estava revestido. Onde o rei de Tiro é uma figura de Satanás e a descrição de riqueza, sabedoria e formosura é um resumo daquilo que ele era.

Satanás Era Ministro de Louvor?
Se você seguir a linha de interpretação que considera o rei de Tiro uma figura do Diabo, é possível entender a afirmação de que ele era um ministro de louvor. A explicação está em Ezequiel 28:13.

A palavra engastes em hebraico é toph, que significa: pandeiro, tamborim (Concordância de Strong). Já Russel Champlin diz o seguinte sobre o assunto:

Podemos entender, da palavra hebraica por trás desta tradução, instrumentos musicais de sopro, que, quando tocados, dariam uma atmosfera agradável ao Éden do deus-rei. A presença de instrumentos musicais talvez aluda ao dia da ascensão do deus-rei ao trono, ocasião celebrada com música, dança e vinho. (CHAMPLIN, Russel, Comentário AT volume 5, pág. 3285)

Pois bem, a afirmação de que o Diabo era ministro de louvor, nada mais é que uma mera suposição. Não há, na verdade clareza nas Escrituras para fazer essa afirmação de maneira contundente.

A Queda do Diabo


O texto de Ezequiel 28:16-18, é uma suposta alusão ao momento em que Satanás foi expulso da presença de Deus, no entanto há algumas partes que se tornam obscuras nesta interpretação.



Por exemplo, o texto afirma que o Diabo foi expulso por motivo de orgulho e soberba, causado pela multiplicação dos seus comércios.

Os estudiosos que se opõem a interpretação literal, questionam em que momento o Diabo – enquanto estava na presença de Deus – se envolveu em comércios.

Observe o que Russel Champlin diz sobre isso:
Este versículo se opõe a qualquer interpretação que sugere que o texto fala de Satanás. Quando é que Satanás se envolveu no comércio para enriquecer?

Isto descreve o falso deus-rei Ito-baal, de Tiro, que construiu um império poderoso, adorando o deus dinheiro. O comércio se aliou à violência, porque onde o dinheiro flui, os criminosos entram em ação.

O falso deu fora lançado do seu trono alto (Tiro); tornou-se totalmente profano e corrupto. Era como o anjo da guarda do paraíso, mas Deus fechou os portões daquele lugar e apagou a sua glória. As pedras fogosas pararam de glorificar o deus-homem. A luz do paraíso se apagou.

O anjo foi lançado na rua, e seu paraíso foi fechado. É ridículo ver aqui as pedras de fogo representando as estrelas, e estas significando seres angelicais que caíram com a Estrela, Satanás (ver Apocalipse 12.4). (CHAMPLIN, Russel, Comentário do AT, pág. 3286)

Por outro lado, aqueles que acreditam que o rei de Tiro é o Diabo, argumentam que o texto refere-se ao princípio de sua corrupção. Motivo de sua beleza, sabedoria, esplendor e influência.

Neste caso, a multiplicação dos comércios seria a persuasão de Satanás sobre os anjos, que se tornaram demônios e o seguiram na rebelião.

A Visão de Isaías
O texto de Isaías 14.12-17, é aquele que a tradição judaica aplica e concorda com a figura de Satanás ou Diabo e sua consequente expulsão do céu. O desejo de ser como Deus, o Eterno, e tomar o seu trono foi o real motivo de sua queda.

De acordo com estes versículos e sua aplicação de que é realmente uma referência ao adversário dos santos, depois da queda o Diabo ou Satanás perdeu toda beleza e esplendor.

Aqueles que antes o admiravam por sua beleza, isto é, os anjos, agora ficam abismados com sua ruína.

Um ponto no texto de Isaías que gera certa controvérsia, é a afirmação de que ele foi levado as profundezas do Sheol, pois como sabemos e veremos mais adiante, que o Diabo está sobre a Terra, nas regiões celestiais, ao nosso redor, esperando oportunidade para atacar.

Por quê é Chamado de Lúcifer?
Muitas pessoas se perguntam porque o Diabo ou Satanás é, em alguns momentos chamado de Lúcifer, pois bem, segue a explicação.

A expressão “estrela da manhã” que aparece em Isaías 14.12, significa heylel, e um de seus significados é Lúcifer (Concordância de Strong). Ou seja, Lúcifer é uma abreviação da expressão “estrela da manhã”.

Como muitos estudiosos concordam que este texto refere-se ao anjo caído, Lúcifer ou “estrela da manhã” era o seu título antes do conflito com Deus.

Por Que é Chamado de Diabo ou Satanás?


De acordo com a concordância de Strong, a palavra diabo em grego é diabolôs, e significa: dado a calúnia, difamador, que acusa com falsidade, que faz acusações, que faz comentários maliciosos.



Ou seja, ele é assim chamado por causa do seu caráter enganador, falso, difamador e sua inclinação para a acusação.

Um outro nome pelo qual ele é popularmente conhecido é Satanás. De acordo com a concordância de Strong, em grego é Satanas, e significa:

Adversário (alguém que se opõe a outro em propósito ou ação), nome dado ao príncipe dos espíritos maus, o adversário inveterado de Deus e Cristo que incita à apostasia de Deus e ao pecado;
Engana homens pela astúcia. Diz-se que os adoradores de ídolos estão sob seu controle. Pelos seus demônios, é capaz de possuir pessoas e afligi-las com enfermidades.
Ou seja, ele é chamado de Satanás por causa de sua forte oposição a Deus, seu Reino e aos santos. Como vimos no texto de Apocalipse 20.2 e ao longo do Novo Testamento, Jesus e os outros autores concordam com estes dois títulos.

Já em seus dias referiam-se a ele dessa maneira.

A Primeira Aparição
A primeira aparição de Satanás no relato bíblico é no Éden, com o objetivo de fazer Adão e Eva pecar contra Deus (Gênesis 3:1).

Como Diabo, ele argumentou com Eva e a convenceu a contrariar a ordem do Criador e como Satanás ele foi o principal articulador no projeto de introduzir o pecado no mundo.

A Origem do Pecado
Embora o Senhor Deus tenha sido autor da criação, o pecado não tem nele a sua origem. O marco zero, isto é o começo do pecado foi no Diabo.

Foi nele que começou a cobiça, a inveja, a mentira, o homicídio e tudo o que se configura pecado.

O apóstolo João, em sua primeira carta confirma isso: “o diabo vem pecando desde o princípio” (1 João 3:8). O que muitas pessoas questionam é o fato de Deus tê-lo feito bom e perfeito, e mesmo assim ele pecar em um ambiente sem pecado.

É uma outra questão complexa da Teologia. Há muitas “aventuras” e especulações. Neste caso, eu prefiro me ater ao que a Bíblia revela, crendo que a Soberania e Justiça de Deus são infalíveis.

No entanto, uma possível explicação para tal episódio é a liberdade que o Senhor Deus, deu aos anjos, assim como aos seres humanos. O pecado teve origem em Satanás, porque nele se achou o primeiro traço de rebelião contra o Criador.

Pai da Mentira
A Bíblia Sagrada atribui ao Diabo ou Satanás, a criação da mentira. De fato, sua primeira mentira é registrada no diálogo com Eva, dizendo: “Certamente não morrerão!”. (Gênesis 3:4)

A palavra do Diabo foi exatamente o contrário daquilo que o Senhor Deus havia dito a Adão (Gênesis 2:16,17).

Toda a mentira e engano presente no mundo, são com certeza fruto do Diabo (João 8:44). Ele está envolvido em todas as áreas da sociedade. Sejam os negócios, relacionamentos, redes sociais, enfim, sempre que tem a oportunidade ele dissemina a mentira.

Seu grande objetivo é escravizar as pessoas nessa prática e convencê-las de que não são capazes de viver sem mentir. Mas essa é outra mentira.

Deus nos chamou para a luz, para a verdade. Podemos sim, viver bem e de acordo com a verdade, pois o Espírito Santo nos conduz por ela se deixarmos e confiarmos no seu amor.

Se você quer saber mais sobre a mentira, eu aconselho a leitura do Estudo Bíblico Sobre a Mentira. Acredito que vai aprofundar o assunto.

Cega os Incrédulos
Um dos grandes objetivos de Satanás, o adversário de Deus é impedir a realização do maior propósito da Criação: O bom relacionamento entre Deus e o ser humano.

Com isso, ele se utiliza de sua temporária autoridade sobre a Terra para promover o engando e o pecado. Isto por meio de ensinos, filosofias, mídia, artistas, enfim, tudo o que está ao seu alcance ele utiliza.



A principal intenção é impedir que os seres humanos cheguem ao conhecimento de Jesus Cristo, como Senhor e Salvador (2 Coríntios 4:4).

Portanto, quando você desejar que alguém se converta, dedique tempo em oração fervorosa, com a intenção de que o Senhor Deus quebre todo impedimento e barreira no entendimento da pessoa.

De maneira que ela possa ouvir, entender e crer livremente nas boas novas do Evangelho.

Causa Enfermidades
Como agente do pecado, o Diabo ou Satanás tem autoridade para impor enfermidades sobre aqueles que estão escravizados por ele, isto é, aqueles que amam a prática do pecado e vivem longe de Deus.

O texto de Lucas 13.16 nos mostra isso claramente. O Senhor Jesus ao curar a mulher, afirma que a enfermidade dela era obra do Diabo.

Como identificar este tipo de situação?
Todo cristão tem a obrigação de ter uma vida de oração ativa. No entanto, muitos cristãos nominais não sabem o que isso significa e muitas famílias sofrem nas mãos do Diabo.

É muito importante que haja em nossos lares, pessoas com sensibilidade espiritual diferenciada, com dons espirituais como o discernimento de espíritos, por exemplo.

Pessoas sensíveis a voz de Deus, receberão dele o discernimento para perceber quando a enfermidade é obra natural ou sobrenatural.

Eu aconselho que você leia o Estudo Bíblico Sobre a Oração, onde o assunto é mais aprofundado.

Tem o Poder da Morte
A Bíblia Sagrada nos mostra que “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23) e o agente desse salário ou pagamento é o Diabo (Hebreus 2:14,15).

No capítulo 1, do livro de Jó, percebemos que Deus concede a Satanás, permissão para destruir a riqueza, a influência e a família do Servo de Deus, tirando a vida de seus filhos.

Ali fica muito claro que por concessão divina, o Diabo tem poder de morte. Esse poder pode ser tanto a morte física como a morte espiritual.

A missão de Jesus Cristo, na cruz do Calvário foi exatamente derrotar o agente da morte e o seu poder. De que maneira?

Desde a morte de Jesus, quem crê nele e confessá-lo como Senhor e Salvador tem a vida eterna.

Satanás é um verdadeiro serial killer, a cerca disso, o Senhor Jesus diz que o seu grande objetivo é matar, roubar e destruir (João 10:10). Ou seja, o principal propósito do Diabo é destruir a vida e a alma dos seres humanos.

Isso ele faz por meio das drogas, adultério, formas ilícitas do sexo, assassinatos, mentira, violência, atentados, etc.

Onde Ele Está?


O Diabo habita nas regiões celestiais, isto é, no mundo dos seres espirituais, onde anjos e demônios existem. Isto significa que um mundo invisível nos rodeia, nele estão os seres espirituais (Efésios 6.11,12).



O Diabo tem o governo temporário das regiões celestiais da Terra, isto porque ele é o agente do pecado. Esse entendimento fica mais claro quando lemos o trecho da tentação de Jesus, onde ele oferece ao Senhor os reinos da Terra (Lucas 4:5-7).

Observe que ele oferece a Jesus, poder e autoridade sobre os governos do mundo, tudo isso em troca de adoração. Ou seja, se Jesus-Homem se submetesse a toda a forma de pecado, idolatria e iniquidade, conforme Satanás propôs, ele seria bem-sucedido na Terra, na visão natural que governa o mundo.

Isto não significa que todas as pessoas bem-sucedidas da Terra fizeram aliança com o Diabo para alcançar a prosperidade, no entanto, sabemos que esse é um caminho.

Inimigos dos Filhos de Deus
Como servos de Deus precisamos estar vigilantes em oração, pois Satanás está a todo momento buscando uma oportunidade para nos causar dano e iniciar grande destruição em nossas vidas (1 Pedro 5:8).

O termo grego para “sóbrios”, utilizado em 1 Pedro 5:8, é nepho, e indica sobriedade física, como uma menta sã, limpa, sem a influência de drogas ou bebidas alcoólicas.

Sendo assim, precisamos evitar todo o entorpecimento do pecado e prazer da carne, de forma que a nossa sensibilidade espiritual não seja afetada e possamos compreender o que agrada e o que não agrada a Deus.

Inimigo do Povo de Deus
O Diabo é ferrenho adversário de Deus e do seu povo. Tudo o que promover oposição a santidade do Senhor é orquestrado por ele (Mateus 13:38,39).

Não é sábio dizer que o Diabo é um “grande adversário”, prefiro concordar com o sábio Martinho Lutero: “Satanás é um cachorro na coleira de Deus”.

Tenho esta convicção porque ele não pode ir além daquilo que o Senhor Deus lhe permite, vemos isso claramente na vida de Jó (Jó 1:12).

Observe que mesmo tendo promovido grande destruição na vida de Jó, ele não pode ultrapassar os limites impostos pelo Soberano de toda a Terra.

Deus Jeová é o Senhor de todas as coisas e Onipotente sobre tudo. Nem mesmo Satanás e os seus demônios fogem a esse controle. Além disso, podemos conferir nas Escrituras que o Senhor não precisa de muito para detê-lo. 

Apenas um anjo de Deus o aprisionou, não foi necessário um exército, força tarefa celestial, ou mesmo um plano bem articulado. APENAS UM ANJO DE DEUS, foi capaz de detê-lo (Apocalipse 20:1,2).

Sendo assim, não precisamos ter medo de Satanás, apenas estar atento às suas obras e movimentos. Devemos fazer como aconselhou o apóstolo Paulo, não devemos ignorá-lo (2 Coríntios 2:11).

Ou seja, mesmo não tendo medo do Diabo, não podemos ignorar sua maldade e corrupção. Tratá-lo como se ele não existisse é um grande erro. Pois baixamos a guarda e não vigiamos em oração constante.

Para derrotá-lo é preciso leitura regular da Bíblia, oração diária, cultos domésticos, congregar em uma Igreja sadia, e desenvolver boa intimidade com Deus.

Será Atormentado Eternamente
Por fim, o Diabo ou Satanás, será derrotado definitivamente após a segunda volta de Jesus Cristo. Junto com ele, o pecado, seus agentes e toda forma de maldade. Ele será lançado no lago de fogo e enxofre e sofrerá eternamente a punição dos seus pecados (Apocalipse 20:9,10).

Com a derrota de Satanás, a nova era celestial da humanidade não sofrerá mais a influência do pecado, pois a tentação será derrotada para sempre.

O episódio do Éden não se repetirá, pois a revelação do fruto do conhecimento do bem e do mal, já foi feita e as consequências vividas por todos nós.

Tudo o que se referia a pecado e maldade foi conhecido, a morte e ressurreição de Jesus Cristo refez o plano original e com isso, a nova era será perfeita para sempre.

Conclusão
O Diabo ou Satanás ou Lúcifer, é o agente do pecado e promotor da maldade e do caos. Inimigo de Deus, seu grande objetivo é cegar o entendimento dos seres humanos com mentiras, enganos, entretenimentos, enfim.

O cuidado que precisamos ter é o de não superestimá-lo ou subestimá-lo. No primeiro caso, damos a ele valor e autoridade que não possui, temendo-o ou receosos com relação a sua participação em nossa vida.

No segundo caso, não estamos “nem aí” para seus movimentos. Com isso, não dedicamos tempo a leitura da bíblia, oração e santificação. Permitindo ativação de suas obras e influência em nossa vida e nossas famílias.

Por fim, se estivermos firmados em Cristo Jesus não precisamos ter medo do Diabo. O Sangue de Jesus e o Espírito Santo nos guardam de todo o ódio e frustram os planos que ele tem intentando contra nossas vidas.

Para encerrar eu gostaria de conhecer a sua o seu pensamento sobre o assunto. Deixe seu comentário, diga-me o que achou deste estudo bíblico.


Além disso, compartilhe-o com o maior número possível de pessoas. Conhecer bem o nosso adversário é o melhor caminho pra derrotá-lo.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante