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terça-feira, 4 de julho de 2017

A SUNAMITA VAI TUDO BEM...


                                                A SUNAMITA VAI TUDO BEM...
Quando Deus resolveu substituir Elias,
 Ele escolheu Eliseu, mas o que se sabe de Eliseu? Sabe-se que Eliseu (que significa Deus é a salvação) era de família rica, era careca, fez uma festa para se despedir de sua família antes de seguir Elias, ele foi a única testemunha do arrebatamento de Elias e tem uma coisa importante para se relatar sobre Eliseu. Antes de ser arrebatado Elias perguntou o que Eliseu queria e ele respondeu na hora: a porção dobrada do teu poder. Quando Elias foi arrebatado, Eliseu ficou com a capa dele, símbolo do ministério de Elias e que agora Eliseu daria continuidade.
Pois bem. Um dia Eliseu foi a Suném e havia ali uma mulher importante que convidou o profeta para comer em sua casa. Ele foi e ficou “freguês”, toda vez que passava pela região passava para comer na casa dessa sunamita que recebia o homem de Deus com toda alegria.
A sunamita chamou o marido dela (que era um homem idoso) e pediu que ele construísse um quarto para hospedar Eliseu e assim foi feito. Eliseu agora tinha um belo quarto mobiliado e se hospedava lá constantemente.
Toda aquela hospitalidade constrangeu o profeta e ele chamou o servo dele, chamado Geazi, e mandou ele chamar a sunamita. Quando a mulher chegou Eliseu perguntou: “Eis que tu nos tens tratado com todo o desvelo; que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale por ti ao rei, ou ao capitão do exército?” (2 Reis 4:13). Eliseu queria de alguma forma retribuir a generosidade da sunamita, mas ela respondeu que não precisava de nada, porque ela habitava no meio do povo dela e não havia nenhuma necessidade de ser recomendada às autoridades.
Bom, Eliseu queria ajudar de alguma maneira e perguntou ao servo dele o que ele poderia fazer por aquela senhora importante e rica e que não precisava de nada. Então Geazi teve uma ideia e disse a Eliseu que ela não tinha filhos e o marido era idoso. Boa ideia, Geazi! Na mesma hora Eliseu mandou chamar de novo sua anfitriã e disse: “A este tempo determinado, segundo o tempo da vida, abraçarás um filho.” (2 Reis 4:16a). A sunamita ficou feliz e desconfiada, não havia nada que ela quisesse tanto quanto um filho, mas ela pediu ao profeta que não mentisse para ela. Ele não mentiu. No ano seguinte, no tempo determinado pelo profeta, a sunamita concebeu e deu à luz seu filho.
Anos se passaram. O menino foi crescendo e um dia foi com seu pai para o campo e lá se sentiu mal, uma forte dor de cabeça e o pai mandou um de seus empregados levarem de volta o garoto para sua mãe. Assim foi feito. A sunamita ficou com o garoto no colo até o meio dia e então, o menino morreu. O menino morreu, aquele que era a promessa do homem de Deus, simplesmente morreu.
A sunamita não contou para ninguém que seu filho havia morrido, nem para o marido dela, não fez escândalo, não chorou, apenas ela levou o menino para o quarto do profeta, o deitou na cama dele, fechou a porta e saiu. Ela foi até o marido e pediu que ele mandasse um dos empregados com uma jumenta, porque ela ia procurar o homem de Deus. O marido estranhou, mas deu o que ela havia pedido e lá se foi aquela mãe angustiada, sabendo que seu filhinho estava morto sobre a cama do profeta.
A sunamita sabia onde encontrar Eliseu e partiu para o Monte Carmelo e quando Geazi (servo de Eliseu) viu a mulher de longe correu para avisar seu senhor. Eliseu ficou intrigado, não sabia a razão da visita dela e mandou Geazi correr ao seu encontro e perguntar se estava tudo bem. A sunamita respondeu que estava tudo bem. Tudo bem, porque ela tinha fé que aquela criança tinha sido um presente de Deus e ela confiava também no homem de Deus, sabia que o Deus dele era Poderoso e somente Ele poderia resolver seu problema.
Quando a mulher chegou ao monte, ela se jogou aos pés de Eliseu e ali ela derramou suas lágrimas de desespero. Geazi tentou tirá-la dos pés de Eliseu, porém ele lhe disse: “Deixa-a, porque a sua alma está triste de amargura, e o SENHOR me encobriu, e não me manifestou.” (2 Reis 4:27). Deus não revelou a Eliseu o que havia acontecido à sunamita e agora ele também estava angustiado, queria saber a razão de tanta angustia e a sunamita disse: “Pedi eu a meu senhor algum filho? Não disse eu: Não me enganes?” (2 Reis 4:28)
A culpa sempre recai sobre alguém, isso quando não se atribui culpa ao próprio Deus e com a sunamita não foi diferente. Ela cobrava do homem de Deus seu filho morto, aquele mesmo filho da promessa. Eliseu achou que poderia resolver o problema de longe e mandou Geazi ir lá à casa da sunamita e colocar sobre o garoto o bordão do profeta, mas as mães têm um sexto sentido e a sunamita não aceitou e insistiu que não deixaria Eliseu, então o homem se levantou e foi com ela para sua casa.
Geazi se apressou e chegou primeiro na casa da sunamita e pôs o bordão do profeta sobre o garoto e sabe o que aconteceu? NADA! O servo de Eliseu voltou correndo para contar que não funcionou o bordão, mas eles já estavam chegando à casa da sunamita e quando Eliseu subiu ao seu quarto, a criança estava sobre a cama dele, então ele fechou a porta e orou a Deus, depois Eliseu deitou sobre o menino, pondo sua boca sobre a dele, seus olhos sobre os olhos do garoto e suas mãos sobre as mãos do menino. Aí aconteceu “meio milagre”, o menino ficou quentinho, mas não acordou, nem se mexeu, nem respirou.
É certo que não existe “meio milagre”, assim como não existe meio ovo, ou meia gravidez, ainda mais neste caso, o menino estava quente, mas era só isso, continuava mortinho da silva.
Eliseu ficou desesperado, andando de um lado para o outro da casa, até que resolveu subir de novo ao quarto e outra vez se deitou sobre o garoto que espirrou sete vezes e abriu os olhos. Pronto. O garoto estava vivo e foi devolvido à sua mãe que se inclinou em terra para agradecer pelo milagre.
A sunamita teve fé para receber o milagre de engravidar de seu marido ancião. Ficou com os pés firmes na fé quando o garoto morreu e ela não contou para ninguém, nem para o marido e depois de ter seu filho de volta, vivo e saudável, demonstrou gratidão. A mulher nem era israelita, só conhecia o Deus dos judeus através de Eliseu, mas creu em sua palavra e sabia que o Deus de Eliseu era Poderoso para ressuscitar seu filho. Batata. Foi o que aconteceu.
Eliseu fez uma avaliação errada da situação da sunamita, achou que bastava mandar alguém lá com seu bordão e o caso seria solucionado. Todos nós já passamos por isso, por avaliações erradas em alguma circunstância. Nem sempre a fé é suficiente para fazer o milagre acontecer, muitas vezes é preciso um esforço pessoal e sempre será necessária uma atitude. Não basta orar e ficar esperando o milagre cair do céu, é preciso dar os primeiros passos, é preciso tomar uma atitude positiva, é preciso agir.
Tem muita gente boa que age e não ora, ou ora a Deus e cruza os braços, não faz mais nada. Deus não precisa da gente para fazer um milagre acontecer, mas a nossa parte jamais será dispensada por Ele. O milagre começa de dentro para fora, começa no coração, começa com a fé, mas não fica só nisso, é preciso agir a fé, tomar uma posição, aí sim, milagres e maravilhas irão acontecer.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante.

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