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domingo, 31 de março de 2019

POBRE JUDAS


                                                                   POBRE JUDAS

Introdução:

       Ninguém quer levar o nome de Judas Iscariotes. Os nomes dos demais apóstolos tem sido copiados por muitos, porém o de Judas até hoje não conheço uma pessoa com o nome de Judas Iscariotes, este nome permanece só e triste através dos séculos. Por que? Porque está manchado com o estigma da traição. E em vez de recriminação, o discípulo traidor é digno de pena. Nós sem levarmos o nome dele, temos caído contudo no mesmo erro. Judas, pois, deve servir-nos de uma grande admoestação.

I – Quem era Judas

1 - Um dos Doze

  • Foi chamado pelo Mestre, igual os demais discípulos
  • Cristo viu nele um jovem inteligente, entusiasta, dinâmico, em quem se escondiam tremendas possibilidades para o bem
  • De outro modo, nunca haveria sido chamado
  • Acompanhou o Mestre como os demais
  • Recebeu insultos com o Mestre, sofreu fome com Ele, se alegrou com Ele em suas vitórias.
  • Foi testemunha de toda a glória do Senhor, e nela se alegrou
  • Assistiu a grande confissão de Pedro (para quem iremos pois só tu tens palavras de vida eterna)

2 – Foi Premiado Com Um Posto de Honra

  • Foi um homem de confiança do Mestre
  • De outra maneira nunca haveria sido o tesoureiro do pequeno grupo
  • Supõe-se que Cristo pôs em suas mãos a bolsa para apressar a sua condenação, esta é uma idéia mesquinha. É ignorar o coração de Jesus
  • Foi um grande administrador
  • Possivelmente devido a sua habilidade os discípulos não sofreram privações maiores
  • Seus companheiros nunca duvidaram dele
  • Pelo menos durante um certo tempo, Judas desempenhou seu trabalho fielmente, com absoluta honra

II – Como caiu Judas.

1 – Por Surpresa? De repente?

  • As caídas repentinas no terreno espiritual, não existem
  • São o resultado de um descuido, ou de uma inclinação alimentada
  • Judas começou como começa todos os bêbados, todos os drogados, todas as prostitutas, todos os que se perdem, por muito pouco.
  • Houve um dia em que o diabo do ouro falou as portas do seu coração puro e sincero
  • Foi isto ao receber uma boa remessa de dólares, ou ao passar o balanço da bolsa
  • Com pena e com medo pegou apenas uma moeda para si
  • Logo, na próxima vez, ao receber novas remessas de dólares, pegou algo mais que duas moedas
  • O tempo foi passando e o temor de Judas por Deus, e agora já estava com mais da metade da remessa de dólares para si, já tinha um caixa dois.
  • Daqui para trás Judas poderia sair dessa, e ser um salvo com os demais. Porém daqui para frente foi um homem perdido

2 – A traição

  • Seu novo Senhor, o dinheiro, reservava para ele o último pedido
  • Havia já sacrificado no altar de Mamon, a dignidade, a vergonha e a honra.
  • Agora Mamon vai pedir-lhe uma prova final: O sacrifício de uma amizade santa, sobre a base de um preço, de uma venda.
  • Caiu Judas por acaso? De surpresa?
  • Veja como ele foi onde estavam os inimigos
  • Veja como ele discutiu o preço da vitima
  • Veja como acertou os detalhes de como o entregaria
  • O pecado premeditado não é fruto de surpresa
  • Judas era, já há muito tempo um homem caído, só esperava uma oportunidade para corromper a sua alma.

III – O Triste Fim do Apóstolo

1 – O Pecado, Repetido por Muitas Vezes Endurece e Cega

  • "O que tende o fazer, fazei-o depressa"
  • O Senhor que compreendia o triste estado do perdido discípulo, tratou de concientiza-lo
  • Chama sua atenção no prato
  • Chama sua atenção no pão molhado
  • Fala numa linguagem direta ao seu coração
  • Lhe olha com um olhar profundo de advertência carinhosa
  • Porem judas não acorda
  • Judas sai e consuma a traição

2 – O Pobre Discípulo se Condena a Si Mesmo

  • Pedro comete uma traição também e é perdoado, porque se arrepende
  • Judas reconhece no fim o seu erro, porem não pode se arrepender, por que?
  • O processo de sua queda havia sido muito grande
  • Havia deixado profundos buracos em sua alma, buracos que já não se podiam tapar
  • Havia secado seu coração dos melhores impulsos e dos mais nobres sentimentos
  • Sua alma era um deserto, e não há chuvas para os desertos
  • Para tais pessoas, só ficam duas alternativas aceitar o pedido de Jesus para o arrependimento ou caminhar para o inferno como caminhou Judas.
  • Foi tarde para Judas evitar o triste fim que ele havia traçado para si mesmo.

Conclusão

       Há em tudo isto uma tremenda admoestação para nos esta noite: o perigo da negligência. O pecado não se apodera do coração repentinamente, senão aos poucos, Pedro, ainda que descuidou as vezes e caiu, soube levantar-se a tempo antes que fosse tarde demais. Temos que estar atentos todo o tempo fugindo de toda aparência do mal, vigiando e orando.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

sábado, 30 de março de 2019

ORAÇÃO TEM PODER


                                                        ORAÇÃO TEM PODER
O autor da Carta aos Hebreus afirma que “durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua reverente submissão” (Hb 5.7). A nós, não custa lembrar: “Deus espera por nossas orações”.
Texto básico:
Lucas 11.1-13
Introdução
“Quanto vale a oração?” Para refletir nesta pergunta, vamos estudar o valor da oração na vida de Jesus. Se para ele, que era um com o Pai (Jo 10.30), a oração tinha profundo valor, quanto mais deve ter para nós! Os críticos dizem que a oração é válida porque é emocionalmente saudável para quem ora. Seria este o único valor da oração para Jesus? O autor da Carta aos Hebreus afirma: “Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua reverente submissão” (Hb 5.7, NVI). Certamente que, para Jesus, a oração não somente proporcionava o benefício emocional, mas produzia efeito concreto em sua vida e na vida de outros. Deus o atendia, respondendo, de fato, às suas orações.
Para entender o que a Bíblia fala
a) O exemplo sempre vem primeiro. Porque viram Jesus orando, os discípulos pediram que ele os ensinasse a orar (Lc 11.1). Que assuntos devem ser abordados quando oramos, de acordo com a oração-modelo deixada por Jesus (Lc 11.2-4; cp. Mt 6.9-13)?

b) Logo a seguir, Jesus continua seu ensino sobre a oração contando uma instigante parábola (Lc 11.5-10). Como devemos interpretá-la? [Lembre-se de que Jesus também insistia em suas orações. No cenáculo, ele orou repetidas vezes por seus discípulos (Jo 17.9, 11, 15, 17, 20-21). No Getsêmani, fez o mesmíssimo pedido três vezes (Mt 26.44).]
c) Como os versos 9 e 10 de Lucas 11 explicam o sentido da parábola? (Recorra a mais de uma tradução para entender melhor o texto.)
d) Jesus termina seu ensino sobre a oração, comparando o pai terreno com o Pai celestial (Lc 11.11-13) contemporiza assim o texto: “Não barganhem com Deus. Sejam objetivos. Peçam aquilo de que estão precisando. Não estamos num jogo de gato e rato, nem de esconde-esconde. Se seu filho pedir pão, você o enganaria com serragem? Se pedir peixe, iria assustá-lo com uma cobra viva servida na bandeja? Maus como são, vocês não pensariam em algo assim, pois se portam com decência, pelo menos com seus filhos. Não acham, então, que o Pai que criou vocês com todo amor não dará o Espírito Santo quando pedirem?” Que exemplos podemos ver de boas e objetivas respostas de Deus aos pedidos de oração de Jesus? Consulte os textos de apoio.
Hora de Avançar
“Deus espera por nossas orações!”

Para pensar
Deus atendeu a oração de Jesus, antes de ele sair para pregar em outros lugares (Mc 1.35-39), depois da cura do leproso (Lc 5.15-16), antes de escolher os doze companheiros de ministério (Lc 6.12-13), durante a incrível experiência da transfiguração (Lc 9.28-29), antes de ensinar sobre a oração (Lc 11.1-2) e antes da agonia da cruz (Mt 26.39-44). Deus também ouviu a intercessão de Jesus por seus discípulos – tanto os contemporâneos dele quanto nós, que viemos a crer depois. Esta foi sua maior oração registrada, conhecida como “a oração sacerdotal de Jesus” (o capítulo inteiro de João 17). Finalmente, voltando ao texto de Hebreus (5.7), Deus não o livrou de passar pela morte, mas o ressuscitou em corpo glorioso, o que foi uma resposta de oração incomparavelmente mais poderosa e sublime.

O que disseram
“Não se aflijam com nada; ao invés disso, orem a respeito de tudo; contem a Deus as necessidades de vocês, e não se esqueçam de agradecer-lhe suas respostas. Se fizerem isto, vocês terão experiência do que é a paz de Deus, que é muito mais maravilhosa do que a mente humana pode compreender. Sua paz conservará a mente e o coração de vocês na calma e tranquilidade, à medida que vocês confiam em Cristo Jesus.” (Fp 4.5-7, BV.)

“A oração produz resultados psicológicos (paz de espírito, tranquilidade), espirituais (maior sentido de vida) e concretos (atendimento real do pedido feito).” 
Para responder
> Para você, quanto vale a oração? Quais os benefícios desta prática em sua vida?

> Como você seguirá o exemplo de Jesus como alguém que sempre praticava a oração?
> Em relação ao seu tempo e à sua agenda, que decisões você tomará hoje para colocar isso em prática?
> Compartilhe com um amigo ou com o grupo uma resposta concreta de Deus a algum pedido de oração específico que você tenha feito.
Eu e Deus
“Bem cedinho, de manhã, faço a minha oração. Tu, Senhor ouves a minha voz. Faço a minha oração e fico esperando, vigiando com atenção para descobrir a tua resposta.” (Sl 5.3.)

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

sexta-feira, 29 de março de 2019

COMO UMA CRIANÇA


                                                          COMO UMA CRIANÇA

Mateus 18:1-5, 10-12

1. introdução
O maior propósito da Igreja no mundo, é promover o crescimento do reino de Deus. Jesus, certa vez falando do reino, disse: “O reino de Deus é semelhante a um tesouro escondido num campo”.(Mt. 13:44) Hoje Deus tem esse reino para cada um de nós. Nesse reino há paz e justiça.

Em Mateus 18, Jesus esta descrevendo algumas das condições para que possamos entrar e participar do reino de Deus. Vejamos então.

2. TEMA

Ser como uma criança é a principal condição para entrarmos no reino de Deus. Vejamos o que Jesus quer nos ensinar quando nos manda ser como crianças.

2.1 A criança não é dominada por ambições v.1

Mateus 18:1: “Naquela hora, aproximaram-se de Jesus os discípulos, perguntando: Quem é, porventura, o maior no reino dos céus?”

Estavam em volta de Jesus os discípulos. Aqueles homens andavam com Jesus, durante dias e meses. Aprendiam com Jesus a ter uma vida simples, a amarem ao próximo e a Deus. Porém, alguns dos discípulos estavam preocupados com promoções e posições importantes dentro do reino de Cristo.

Os discípulos perguntam: “Quem é o maior no reino de Deus?”. Essa pergunta demonstra que alguns discípulos estavam seguindo Jesus com interesses em promoção pessoal, conquista de sucesso  e de posições importantes. Essa pergunta também revela que a motivação de alguns discípulos para servir a Deus, estava errada.

A ambição é o sentimento que move milhões de corações. A ambição é muitas vezes, o sentimento que faz uma pessoa nunca se contentar com o ganha e viver eternamente insatisfeita, sempre querendo ter mais. A ambição é sentimento que faz o homem esquecer que ele nada trouxe para o mundo e nada vai levar dele quando morrer. No Éden, foi a ambição que destruiu o homem, e o fez pecar contra Deus. A ambição faz pessoas e até anjos quererem ser maior que Deus.

Muitas pessoas hoje, estão vendo o Reino de Deus como estes discípulos. Estes discípulos estavam com uma visão carnal do reino de Deus. Estavam preocupados com hierarquias, posições e  vantagens….

(João 13:3-7). ILUSTRAÇÃO: Consigo ver aquela sala onde Jesus estava com os discípulos. Vejo  ali, os discípulos preocupados com questões da vida humana. E ali no cantinho daquela sala permanecia a toalha e a bacia cheia de água. Nenhum dos discípulos teve a iniciativa de servir. Vejo ali naquela sala,  os discípulos preocupados com as posições e as hierarquias dentro da Igreja, com quem entre eles era o mais importante. Porém, a toalha e a bacia cheia dágua continuavam ali. Ninguém queria servir. De repente, algo inesperado acontece. O próprio Jesus se levanta pega a toalha, o balde cheio de água e então começa a lavar os pés dos seus discípulos. Naquela sala, surge alguém que queria servir!!!

Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus pergunta: “entendeis o que eu fiz?” Jesus está nos mostrando que no reino de Deus é importante servir. NO REINO DE DEUS A MAIS HONRADA POSIÇÃO É A DO SERVO.

2.2 A criança não tem preconceitos

Marcos 10:15: “Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele”.

Muitas pessoas, impõem suas idéias sobre Deus, suas crenças e pensamentos, o que as impede de ter uma experiência maior com Ele. A criança acredita naquilo que dizemos a ela, sem preconceitos e imposições. Para sermos abençoados por Deus, precisamos ter a mente de Cristo.

Zaqueu teve a vida mudada, porque Ele foi até Jesus sem quaisquer preconceitos. Ele desceu de um sicômoro, foi alegremente até Cristo, fez um banquete e decidiu mudar a sua vida, sem qualquer preconceito.

2.3 A criança é humilde v.4

Mateus 18:4  Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.

Ali estava entre os discípulos uma criança tão humilde, que fez Jesus cita-la como exemplo de humildade.

A humildade é uma das virtudes que mais agrada Deus. “…porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça”.  (I Pedro 5:5)

A humildade deve ser vivenciada em dois aspectos. Horizontalmente, temos o dever de ser humildes no tratamento com as pessoas. Muitos casamentos acabam, porque marido e esposa são incapazes de abrir mão ou de ceder. O humilde é capaz de ceder para gerar o bem estar do próximo.

O outro aspecto da humildade é vertical. Precisamos ser humildes em nosso relacionamento com Deus. Jesus diz: “Bem aventurados os humildes de espírito….”. O humilde de espírito reconhece sua carência de Deus. Ele sabe que não pode viver sem Deus em sua vida. E é isso, que faz essa pessoa ir em busca de Deus a cada dia.

Foi cheio desse espírito de humildade que um centurião disse a Jesus: “Senhor, não sou digno de receber-te sob o meu teto,  mas dize somente uma palavra e o meu criado ficará são.”  Foi essa humildade em receber Jesus, que trouxe cura para o criado do centurião.

3. conclusão

Deus está convidando você para ter um relacionamento com Ele honesto e sem barreiras. Tenha o coração de uma criança se quiser entrar no reino de Deus.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

quinta-feira, 28 de março de 2019

INFERNO OU LAGO DE FOGO


                                                    INFERNO OU LAGO DE FOGO
Muita confusão tem sido feita em torno do “lago de fogo”, mencionado em Apocalipse como sendo onde os ímpios terão a “segunda morte” (cf. Ap.20:14). O lago de fogo não é um lugar onde as almas passam a eternidade queimando, o lago de fogo é a linguagem expressa por João para a morte final dos pecadores, a morte definitiva e irreversível (cf. Ap.20:14).
Como diz Bacchiocchi:
“Para os salvos, a ressurreição marca o galardão de outra vida mais elevada, mas para os perdidos marca a retribuição de uma segunda morte que é final. Como não há mais morte para os remidos (Apocalipse 21:4), assim não há mais vida para os perdidos (Apocalipse 21:8). A ‘segunda morte’, então, é a morte final e irreversível. Interpretar a frase de outro modo, como um tormento eterno e consciente ou separação de Deus, nega o significado bíblico da morte como uma cessação de vida”[1]
O lago de fogo é a segunda morte, é a morte física e espiritual, a morte final e irreversível. O lago de fogo é a morte da própria morte!
“Então a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. O lago de fogo é a segunda morte” (cf. Apocalipse 20:14)
Será a morte da morte!
O lago de fogo não é um lugar onde pessoas não-salvas passam a eternidade entre as chamas, mas é a morte da morte, é figurativamente a linguagem do completo fim a tudo: incluindo o Hades (sepultura) e a própria morte. Ignorar isso para seguir a crença popular de que o lago de fogo é um lugar que queima almas eternamente é desprezar o poder da morte sobre a morte. Em outras palavras, se a morte e a sepultura são tragadas pela “segunda morte” (lago de fogo), essa segunda morte tem que ser a morte final e definitiva, e não um prosseguimento eterno de existência. João trabalhava com figuras de linguagem no Apocalipse, e dentro dessa simbologia ele próprio nos dá alguns significados que nos auxiliam na compreensão textual do livro, e dentre eles destaca que o lago de fogo não é um lugar, mas é a segunda morte, é onde a própria morte será lançada.
A morte, em si, não é um lugar, mas uma condição de quem está morto, sem vida. Se o lago de fogo é a segunda morte, ele também não pode ser um lugar, mas deve ser uma condição, assim como a primeira morte. Assim como a primeira morte foi personificada por João no Apocalipse, como o “cavaleiro chamado morte” (cf. Ap.6:8), o que obviamente não significa que a morte seja literalmente um homem montado em um cavalo, da mesma forma a segunda morte foi personificada na imagem do “lago de fogo”, o que também obviamente não implica que o lago de fogo seja literalmente um lugar físico que existirá na terra.
Além disso, o fato de a morte ser lançada no lago de fogo prova que de fato este lago de fogo não é um lugar físico ou real, pois a morte em si mesma não é um lugar, mas apenas uma condição de quem está morto, e não há sentido em uma condição ser lançada em um lugar real. É evidente que, se a primeira morte é uma condição e não um lugar físico real, a segunda morte também é uma condição e não um lugar real, para dar sentido ao texto. Se, portanto, o lago de fogo não é um local físico e real, mas uma alegoria que o próprio João explica o significado e diz se tratar da segunda morte, é claro que os ímpios não passarão a eternidade nele, como pensam os imortalistas.
Ademais, seria um absurdo acreditar que o Hades é o “inferno”, como vertem algumas traduções[2] (já vimos ao longo de todo este livro que se trata apenas de uma figura da sepultura), pois se o Hades fosse o inferno e o lago de fogo também, teríamos um inferno sendo lançado dentro de outro inferno, um lago de fogo literal e físico sendo lançado dentro de outro lago de fogo literal e físico! Isso é um completo absurdo, o texto só faz sentido se de fato o Hades não é um lugar físico, mas uma figura simbólica da sepultura, e junto com a morte (que também não é um local físico) estar sendo lançada no lago de fogo (que também não é um lugar físico, mas a segunda morte).
Desta forma, tudo estaria sendo perfeitamente representado aqui. A “morte da morte” é na verdade é demonstração de que a primeira morte não era irreversível e definitiva, por causa da ressurreição futura para justos e ímpios. A segunda morte, por sua vez, é final e conclusiva, pois não há mais volta nem ressurreição para quem morre outra vez. É um fim completo, absoluto, irrevogável, sem volta, é para sempre. Isso explica perfeitamente a linguagem de “a morte ser lançada no lago de fogo que é a segunda morte”, isto é, da “morte da morte”, pois não há mais vida ou existência para quem é lançado no lago de fogo, mas apenas uma final, definitiva e irreversível morte.
Crer que o lago de fogo é um lugar para onde vão os não-salvos passar a eternidade é negar o fato de o lago de fogo ser a segunda morte (se a primeira morte não é um lugar, por que a segunda morte seria um lugar?), é negar o fato de ser a “morte da morte” (i.e, uma morte final e irreversível, e não um tormento eterno com permanência de vida para sempre) e é inferir também que nunca haverá uma morte final, a “morte da morte”, um fim absoluto de existência para aqueles que sofrem o dano da segunda morte, pois para sempre existiriam ímpios e demônios queimando conscientemente em vida neste lugar.
Isso sem mencionar o absurdo de se crer em um inferno literal sendo lançado dentro de um lago de fogo igualmente real e literal, o que só faz sentido na imaginação fértil de alguns imortalistas, que são obrigados a chegarem a essa conclusão por causa de seus conceitos completamente errôneos sobre o significado do Hades e do lago de fogo.
Debatam esse assunto no Comentário deste blog. Troquem ideias entre vocês. Respondam uns aos outros, além de minhas respostas. Trocar conhecimento é sempre enriquecedor para todos. Que nosso Pai nos conduza a TODA verdade. A sua verdade!
“Quem tem ouvidos para ouvir, OUÇA.”
Apóstolo.Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

quarta-feira, 27 de março de 2019

PRESO PELA MALDIÇÃO


                                                          PRESO PELA MALDIÇÃO
Muitas pessoas se perguntam o por quê de certas coisas más acontecerem com umas pessoas e não com outras, ou ainda, por que certas ondas de azar acontecem. Várias pessoas atribuem a má sorte a feitiços e ações eventuais como a quebra de um espelho, passar por debaixo de escada, etc. E para combater essa má sorte se valem de vários recursos e patuás, contudo aqui não trataremos da questão da sorte, boa ou má, e sim da maldição, pois muitos confundem uma coisa com outra.
Sorte é coisa passageira e não tem causa especifica, pode vim a qualquer um.

Observei ainda e vi que debaixo do sol não é dos ligeiros a carreira, nem dos fortes a peleja, nem tampouco dos sábios o pão, nem ainda dos prudentes a riqueza, nem dos entendidos o favor; mas que a ocasião e a sorte ocorrem a todos. Eclesiastes 9:11

Já maldição ela pode até ser passageira, mas tem causa especifica.
Como o pássaro no seu vaguear, como a andorinha no seu voar, assim a maldição sem causa não encontra pouso. Provérbios 26:2

Então comecemos.
O que é maldição?

A primeira coisa a fazermos para compreendermos as causas das maldições é sabermos o que é realmente uma maldição!
Na Bíblia existem 06 palavras em hebraico e 04 palavras em grego para designar a maldição, e cada uma com significados específicos. Mas, não ficaremos nas explicações sobre os tipos de maldição, a colocaremos aqui de forma genérica, para entendermos melhor suas causas.

Maldição é mal dizer, ou seja, resumidamente, é falar mal de alguém, diminuir por meio de palavras, falar palavras de má sorte, ridicularizar.

Na antiguidade, e até hoje em dia, muitas pessoas acreditam no poder mágico das palavras, assim como, se você dizer tal coisa, isso ira acontecer. Veja no meio evangélico, existe a questão de “profetizar”, “a palavra tem poder”, e fora do mundo evangélico essa ideia persiste através de rituais, mantras, rezar, mandingas, benzeduras, etc.
Porém a Bíblia declara que só a Palavra de Deus é que tem o poder de fazer algo miraculoso acontecer. Claro que as palavras humanas têm efeito prático, exemplo disso é a psicologia, que de fato é uma “cura pelo falar” e se uma mãe, por exemplo, ficar dizendo constantemente a seu filho: “você não presta”, provavelmente a criança introjectará essa ideia, e poderá não prestar mesmo. Mas esses não são efeitos miraculosos e sim humanos.
Enfim tanto a benção de Deus como as maldições estão condicionadas a alguma ação, escolhas ou posturas humanas, aprovadas ou reprovadas por Deus, e não a falas ou atos, mesmo proféticos, que são invocações mágicas meramente, e são essas condições e motivos relativas as maldições que iremos ver.

O céu e a terra tomo hoje por testemunhas contra ti de que te pus diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência. Deuteronômio 30:19
1º Motivo da maldição: Quem desobedece a Lei de Deus.

Se, porém, não ouvires a voz do Senhor teu Deus, se não cuidares em cumprir todos os seus mandamentos e os seus estatutos, que eu hoje te ordeno, virão sobre ti todas estas maldições, e te alcançarão: Deuteronômio 28:15
A maldição é o contrario da benção, e a benção esta condicionada a obediência, então a desobediência gera a maldição, notem porem que os mandamentos foram feitos para o bem do ser humano, assim o descumprimento desses mandamentos de Deus gera males, seria como se um doente não tomasse os medicamentos indicados pelo médico.
2º Motivo da maldição - Quem amaldiçoa é amaldiçoado.

Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da terra. Genesis 12:3
Este é o principio da semeadura, o que o homem planta ele colhe, sendo assim se alguém amaldiçoa outro, receberá esta maldição para si, pois a maldição só vem com uma causa, perceba a Bíblia condena severamente os maldizentes e murmuradores. Então perceba que o versículo acima Deus não diz que vai abençoar Abraão e sim as pessoas que abençoarem a ele e por causa disso também Abraão seria o canal de benção para as famílias da terra. Em suma tanto a benção como a maldição são condicionais a postura do homem.
3º Motivo da maldição - Quem confia no homem

Assim diz o Senhor: Maldito o varão que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor! Jeremias 17:5

Todo homem é instável, ou seja, ele pode mudar ou estar errado, além do fato da mentira e falsidade ser real na vida humana, por esses motivos o homem não é confiável, porém a questão da confiança no homem que a Bíblia se refere, vai muito além de ter pessoas confiáveis ou não, a gestão é não por sua confiança e esperança no homem, no poder humano e nas coisas materiais; por exemplo, a pessoa crer que terá um emprego, pois conhece alguém importante (pistolão), ou ainda espera uma velhice segura, pois tem um bom plano de aposentadoria; ficará rico porque fez bons investimentos, Jesus chama essas pessoas de locos na parábola do rico insensato, pois para Deus o homem é vaidade.
É melhor refugiar-se no Senhor do que confiar no homem.
É melhor refugiar-se no Senhor do que confiar nos príncipes. Salmo 118: 8-9
3º Motivo da maldição - Quem faz a obra de Deus relaxadamente

Maldito aquele que fizer a obra do Senhor negligentemente, e maldito aquele que vedar do sangue a sua espada! Jeremias 48:10

Ninguém gosta de ter um funcionário, ou até um serviço feito para si de forma negligente, relaxada. Imagine alguém construindo sua casa de qualquer jeito, ou fazendo sua comida sem o mínimo de cuidado e higiene; logicamente estes fatos geram revolta no ser humano, quanto mais no coração de Deus, que é zeloso. Sendo assim esta pode ser uma das grandes causas de maldição entre os crentes, pois veja uma ideia corrente de fazer as coisas sem o devido zelo e preparo, então depois de se perceber que a coisa não esta boa se diz: “É para Deus, Ele aceita”. Na Biblia Deus manda entregar este tipo de oferta aos ilustres da comunidade e amaldiçoa o enganador hipócrita que simula santidade.

Pois quando ofereceis em sacrifício um animal cego, isso não é mau? E quando ofereceis o coxo ou o doente, isso não é mau? Ora apresenta-o ao teu governador; terá ele agrado em ti? ou aceitará ele a tua pessoa? diz o Senhor dos exércitos.
Mas seja maldito o enganador que, tendo animal macho no seu rebanho, o vota, e sacrifica ao Senhor o que tem mácula; porque eu sou grande Rei, diz o Senhor dos exércitos, e o meu nome é temível entre as nações. Malaquias 1: 8 e 14


Então compare certos cultos e apresentações, eles seriam feitos da mesma forma se fossem exibidos em uma rede de televisão, por exemplo?
Dentro deste conceito de negligencia esta inserido também a falta de cuidado com a casa de Deus, a infidelidade e o deixar de buscar a Deus e isso esta relacionado em Malaquias 2 e Oseías 4, comparativamente o dizimo, ofertas e o estudo da Palavra de Deus.
4º Motivo de maldição - Quem não produz fruto

Então Pedro, lembrando-se, disse-lhe: Olha, Mestre, secou-se a figueira que amaldiçoaste. Marcos 11:21

Nós fomos criados para produzirmos, exemplo disso é que uma das primeiras ordens dadas ao primeiro casal foi para serem fecundos e encherem a terra.
Por causa disso é que no Novo testamento vemos Jesus só uma vez amaldiçoando algo, que foi justamente a árvore que não tinha fruto, e veja que nem era o tempo propicio para isso, não era tempo de figos (Marcos 11:13).
Sendo assim podemos estar sendo amaldiçoados se não tivermos em nossos corações o interesse de produzir:
Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento. Marcos 3:8
Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade. Gálatas 5:22

E o fruto do crente que é um outro crente.
5º Motivo de maldição - Quem distorce a Palavra de Deus

Agora, ó sacerdotes, este mandamento e para vós.
Se não ouvirdes, e se não propuserdes no vosso coração dar honra ao meu nome, diz o Senhor dos exércitos, enviarei a maldição contra vós, e amaldiçoarei as vossas bênçãos; e já as tenho amaldiçoado, porque não aplicais a isso o vosso coração. Malaquias 2:1-2


Entendimento errado da Palavra sempre existiu e continuará existindo, pois somos falhos, porém cabe a nós estarmos atentos para ouvirmos a correção de outros que Deus usa para corrigir a sua igreja. Veja o exemplo do que talvez seja a primeira interpretação errada do que Jesus disse:

Ora, vendo Pedro a este, perguntou a Jesus: Senhor, e deste que será?
Respondeu-lhe Jesus: Se eu quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso? Segue-me tu.
Divulgou-se, pois, entre os irmãos este dito, que aquele discípulo não havia de morrer. Jesus, porém, não disse que não morreria, mas: se eu quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso? João 21: 21-23


Então veja a sutileza do erro Jesus não afirmo, Ele simplesmente questiona a Pedro, perceba que o diabo usou a mestra estratégia de deturpação da Palavra de Deus com Eva:
Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Genesis 3:1
O diabo deturpou a Palavra colocou uma pergunta para questionar uma afirmação, e em João 21 o engano é colocar uma pergunta como afirmação. Contudo essas são coisas que muito acontece e a maldição vem pelo não se deixar corrigir pelo Espírito de Deus, nem buscas a Palavra, deixando-se levar por seus desejos carnais.
Foi isso que aconteceu com Eva, ela achou que a fruta era boa, os sacerdotes amaldiçoados citados em Malaquias faziam acepção de pessoas, e é assim sempre deixa-se a Palavra de Deus por algum desejo humano e quando vem a correção não aceita pois amam as benesses do erro.

Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus. Mateus 5:19
O erro estar em permanecer com a atitude pecaminosa, seria como esperar pelas recompensas nesta terra, porém a pessoa não percebe que esta sob uma maldição, exemplo disso podemos citar como a avareza, pois a pessoa corre a procura de dinheiro, e quanto mais tem, mais é escravo dele.
Conclusão
Ninguém no mundo é perfeito, porém para Deus a perfeição humana é ter um coração arrependido, e disposto a voltar para Ele. E é bom lembrar sempre que Deus perdoa todos os tipos de pecado, menos Blasfêmia contra o Espírito Santo, que basicamente é não aceitar a correção dEle própria, e não se converter a Jesus.
Portanto vos digo: Todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Mateus 12:31

Por que.

E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo:
do pecado, porque não crêem em mim;
da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais,
e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado. João 16:8-11
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

terça-feira, 26 de março de 2019

O PROFETA ELIAS


                                                           O PROFETA ELIAS
Elias nasceu na cidade de Tisbe, ele foi levando por Deus como um profeta para confrontar a idolatria em que vivia o povo de Israel. Governado pelo rei Acabe e sua esposa Jezabel os israelitas se afastaram do Deus vivo e começaram a adorar Baal.
Certo dia Elias encontrou Acabe e falou:
– Certamente o Senhor Deus de Israel não trará mais chuva a Israel nos próximos anos. A chuva voltará apenas mediante a minha palavra.
Depois disso, Deus pediu que ele Elias fosse para o riacho de Querite (que ficava a leste do rio Jordão). Lá ele seria alimentado por corvos e beberia a água do riacho.
Elias fez como o Senhor lhe ordenou e sobreviveu as margens do riacho por algum tempo, até que este secou porque não chovia mais sobre a terra. Deus ordenou que Elias fosse para Serepta para encontrar-se com uma viúva, ela haveria de alimentá-lo.

A viúva de Sarepta

Quando Elias chegou em Sarepta encontrou a viúva e lhe pediu:
– Você pode me trazer um pouco de água e um pedaço de pão?
Mas ela respondeu:
– Meu senhor, tenho apenas um pouco de farinha e óleo em meu jarro. Eu estava aqui recolhendo alguns gravetos para preparar uma refeição para mim e para meu filho, iríamos comer e depois morrer, pois não temos mais comida.
Elias então disse a viúva:
– Não tenha medo. Vá para casa e faça um pequeno bolo com o que você tem e traga pra mim e depois cozinhe para si e para seu filho. Porque assim diz o Senhor:
A farinha da panela não se acabará, e o azeite da botija não faltará, até o dia em que o Senhor dê chuva sobre a terra. ( I reis 17:14)
Ela fez conforme tudo que Elias tinha orientado e de fato, seu azeite e sua farinha não acabaram.
Algum tempo depois, o filho da viúva ficou muito doente e veio a morrer. A viúva muito triste falou ao profeta:
– O que foi que eu fiz homem de Deus? Você veio a minha casa para lembrar dos meus pecados e matar meu filho?
Elias levou o menino morto para o quarto onde estava hospedado e o deitou na cama. Então clamou ao Senhor:
Ó Senhor meu Deus, também até a esta viúva, em cuja casa estou, afligiste, matando-lhe seu filho? ( I reis 17: 20)
Então ele se deitou sobre o menino três vezes e pediu que Deus lhe restaurasse a vida. Deus ouviu a oração de Elias e reviveu o menino. Elias devolveu o filho a mãe e está declarou:
– Agora sei que tu és de fato homem de Deus!

Obadias e os 100 profetas

Passado três anos de seca Deus pediu que Elias se apresentasse a Acabe, pois tinha decidido que iria mandar chuva outra vez. Elias foi encontrar-se com o rei.
Naquele tempo o rei acabe pediu ajuda para Obadias um dos responsáveis pelo palácio para administrar a quantidade de comida que ainda tinha sobrado na cidade. Obadias era um homem muito temente a Deus, ele conseguiu esconder 100 dos profetas do senhor em cavernas, pois Jezabel estava em uma campanha para extermínio de todos os profetas.

Os dois altares e a resposta de Deus

O rei Acabe e Obadias se dividiram em uma jornada para procurar o que restou de comida nos territórios do reino. Quando Obadias estava em sua jornada ele encontrou Elias, ajoelhou-se diante dele e disse:
– És tu mesmo Elias?
– Sou. Vá dizer ao seu senhor Acabe que eu estou aqui e desejo falar com ele.
Obadias dirigiu-se a Acabe e passou a informação. Quando Acabe encontrou a Elias lhe disse:
– É você mesmo? O perturbador de Israel?
Depois de derrotar os profetas de Baal, Elias disse a Acabe:
– Acho melhor você ir comer e beber, pois já ouço o barulho da chuva.
Elias subiu ao monte Carmelo com seu ajudante, se ajoelhou e ordenou que o ajudante olhasse em direção ao mar:
– Não há nada lá – disse o ajudante
Sete vezes Elias mandou “Volte para ver”
Na sétima vez o ajudante disse:
– Vejo uma pequena nuvem do tamanho da mão de um homem.
– Vá avisar a Acabe que prepare o seu carro e desça para Jezreel antes que a chuva o impeça.
Pouco depois disso, nuvens escuras apareceram no céu e começou a chover fortemente. Acabe partiu para Jezreel.
O poder de Deus veio sobre Elias e este correu à frente da carruagem de Acabe até chegar a Jezreel, calcula-se que a distância que Elias percorreu era de mais ou menos 30 quilômetros.

A perseguição

Então Acabe contou a Jezabel tudo o que Elias tinha feito e como tinha matado os profetas de Baal. Jezabel ficou furiosa e mandou um mensageiro dizer a Elias:
– Que os deuses me punam se amanhã a esta mesma hora eu não fizer com você o que você fez com os profetas de Baal.
Elias sentiu medo e fugiu, caminhou para o deserto e parou embaixo de uma árvore. Orou dizendo:
– Chega, não aguento mais. Senhor, tira a minha vida!
O profeta dormiu embaixo da árvore e um anjo o acordou e tocou nele dizendo:
– Levanta e come Elias.
Ele se levantou e encontrou uma porção de pães assados e uma jarra de água a seus pés, comeu e voltou a dormir. Então o anjo apareceu novamente dizendo:
– Come e bebe porque tua viagem será muito comprida.
Elias comeu novamente e fortalecido viajou quarenta dias e quarenta noites até chegar no monte Horebe e entrar em uma caverna para passar a noite.
Quando estava ali Deus falou com ele dizendo:
– O que você está fazendo aqui Elias?
Ele respondeu:
– Senhor, tenho sido muito dedicado por ti e pela tua casa. Mas os Israelitas quebraram os teus altares e a tua aliança e mataram os teus profetas. Somente eu sobrei e agora procuram também tirar-me a vida.
Então Deus disse:
– Elias fique no monte, na minha presença, porque vou passar diante de ti.
Então veio um vento forte e despedaçou muitas rochas, mas Deus não estava nesse vento.
Depois veio um terremoto, mas Deus não estava no terremoto.
Depois do terremoto surgiu um fogo, mas Deus não estava no fogo.
E depois do fogo veio um suspiro em uma brisa suave. Quando Elias ouviu a brisa saiu da caverna e tapou o rosto com suas vestes e uma voz lhe perguntou:
– O que você está fazendo aqui Elias?
Vai, volta pelo teu caminho para o deserto de Damasco; e, chegando lá, unge a Hazael rei sobre a Síria. Também a Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei de Israel; e também a Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar. E há de ser que o que escapar da espada de Hazael, matá-lo-á Jeú; e o que escapar da espada de Jeú, matá-lo-á Eliseu. Também deixei ficar em Israel sete mil: todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda a boca que não o beijou. (1 Reis 19:15-18)

O chamado de Eliseu

Elias encontrou Eliseu arando um campo e jogou sua capa sobre ele. Eliseu pediu para que o profeta apenas o deixasse despedir-se de seus parentes. Elias permitiu e Eliseu se tornou seu auxiliar a partir de então.

A profecia contra o rei Acazias

Depois da morte de Acabe, seu filho, Acazias passou a reinar sobre Israel. Certo dia, Acazias caiu da sacada de seu palácio e ficou muito ferido, então mandou os mensageiros consultarem Baal-Zebube, deus de Ecrom, para saber se ele se recuperaria.
Mas o anjo de Deus falou com o profeta Elias dizendo:
Levanta-te, sobe para te encontrares com os mensageiros do rei de Samaria, e dize-lhes: Porventura não há Deus em Israel, para irdes consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom?
E por isso assim diz o Senhor: Da cama, a que subiste, não descerás, mas sem falta morrerás. 2 Reis 1:3,4
Então Elias partiu e informou os mensageiros sobre a palavra que havia ouvido do Senhor. Ao chegar essa notícia aos ouvidos do rei Acazias este mandou 50 soldados irem buscar a Elias.
Elias se encontrava no alto de um monte quando os soldados o chamaram:
– Homem de Deus! O rei ordena que tu desças
Respondeu Elias:
– Se sou homem de Deus que desça fogo dos céus e consuma você e seus cinquenta soldados.
E nesse momento fogo desceu dos céus e consumiu os soldados.
O rei Acazias ao saber disso mandou mais cinquenta soldados e de novo fogo dos céus desceu e consumiu os soldados. Um terceiro grupo foi enviado, mas desta vez o oficial responsável se ajoelhou ao se aproximar de Elias e clamou pela própria vida:
– Homem de Deus tem piedade de mim e dos meus cinquenta homens!
Um anjo falou a Elias “Acompanhe-o não tenha medo dele!” E Elias foi encontrar-se com o rei e anunciou o que já havia profetizado antes. Acazias morreu exatamente segundo a palavra de Elias.

Elias é levado aos céus

Elias e Eliseu pararam as margens do rio Jordão. Então Elias tirou seu manto enrolou ele e bateu na água duas vezes. As águas se dividiram e eles passaram pelo meio do rio, em terra seca. Ao chegar do outro lado Elias disse a Eliseu:
– O que eu posso fazer por você antes que eu seja levado?
– Faz de mim o principal herdeiro do teu espírito, me dê a porção dobrada do teu espírito profético – respondeu Eliseu.
Elias afirmou que se Eliseu visse o seu arrebatamento o seu pedido seria atendido, caso o contrário, não seria.
De repente enquanto caminhavam apareceu um carro de fogo puxado por cavalos de fogo e levou a Elias. Eliseu observou todas essas coisas e disse:
– Meu pai, meu pai, tu eras como os carros de Israel, e os seus cavaleiros! (2 Reis 2:12)
A unção de Elias repousou sobre Eliseu e este nunca mais o viu.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante