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sexta-feira, 18 de agosto de 2017

A VERDADEIRA HISTÓRIA CRISTÃ SOBRE O EGITO...


                           A VERDADEIRA HISTÓRIA CRISTÃ SOBRE O EGITO...
A Bíblia foi escrita num período de cerca de 1.600 anos. Sua história e profecias estão relacionadas a sete potências mundiais: Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia, Roma e, por último, a Anglo-Americana. Cada uma delas será considerada numa série de sete artigos. Qual o objetivo? Mostrar que a Bíblia é confiável e inspirada por Deus e contém uma mensagem de esperança — de que um dia o sofrimento causado pela má administração dos governos humanos acabará.
FAMOSO por suas pirâmides e pelo rio Nilo, o Egito foi a primeira potência mundial da história bíblica. Sob seu domínio foi formada a nação de Israel. Moisés, que escreveu os cinco primeiros livros da Bíblia, nasceu e foi educado no Egito. Será que a arqueologia e a História confirmam o que Moisés escreveu sobre aquela antiga nação? Analise alguns exemplos.
História confiável
Títulos e termos.
A evidência de exatidão histórica costuma ser revelada nos detalhes: costumes, etiqueta, nomes e títulos de funcionários, e assim por diante. Como os dois primeiros livros da Bíblia, Gênesis e Êxodo, se saem nesse sentido? A respeito da narrativa de Gênesis sobre José — um dos filhos do patriarca Jacó — e do livro bíblico de Êxodo. “ Nova Luz sobre as Origens Hebraicas): “[O escritor bíblico] estava bem familiarizado com o idioma, os costumes, as crenças, a vida na corte, a etiqueta e a burocracia do Egito”“.” Ele acrescenta: “ utiliza o título vigente correto, exatamente conforme era usado no período mencionado. . . . De fato, não há prova mais convincente do profundo conhecimento da vida egípcia no Velho Testamento e da confiabilidade dos escritores do que o uso da palavra faraó em diferentes períodos.” Duncan também diz: “Quando [o escritor] descreve os personagens na presença do Faraó, ele os retrata seguindo a devida etiqueta da corte e usando o linguajar apropriado.”
Fabricação de tijolos.
Durante o período de escravidão no Egito, os israelitas faziam tijolos de barro misturado com palha, que servia para dar liga. (Êxodo 1:14; 5:6-18) “Poucos países têm fabricado mais tijolos do que o Egito, onde tijolos secos ao sol continuam sendo, como sempre foram, o material de construção típico do país.” O livro também menciona “a prática egípcia de usar palha para fazer tijolos”, confirmando  assim esse detalhe adicional registrado na Bíblia.
Aparência pessoal.
Os homens hebreus da antiguidade usavam barba. Mas a Bíblia diz que José se barbeou antes de comparecer perante Faraó. (Gênesis 41:14) Por que ele fez isso? Em respeito à etiqueta e aos costumes egípcios, que consideravam pelos no rosto um sinal de impureza. “[Os egípcios] se orgulhavam de não ter barba”. De fato, estojos com lâminas, pinças e espelhos foram encontrados em túmulos. Fica claro que Moisés era um cronista meticuloso. O mesmo pode ser dito de outros escritores bíblicos que documentaram eventos relacionados ao Egito antigo.
Negócios.
Jeremias, que escreveu os dois livros dos Reis, deu detalhes sobre o comércio de cavalos e carros entre o Rei Salomão e os egípcios e hititas. A Bíblia diz que um carro custava “seiscentas moedas de prata e um cavalo. cento e cinquenta”, ou seja, 25% do preço de um carro. — 1 Reis 10:29.
O historiador grego Heródoto e descobertas arqueológicas confirmam que existia um comércio intenso de cavalos e carros durante o reinado de Salomão. De fato, “havia uma taxa de câmbio estabelecida de quatro cavalos para um carro egípcio”, diz o livro, comprovando os valores mencionados na Bíblia.
Guerras.
Jeremias e Esdras também mencionam a invasão de Judá pelo Faraó Sisaque, dizendo especificamente que isso ocorreu “no quinto ano do Rei Roboão [de Judá]”, ou seja, em 993 AEC. (1 Reis 14:25-28; 2 Crônicas 12:1-12) Por muito tempo, o único registro dessa invasão era o mencionado na Bíblia. Então, foi descoberto um relevo numa parede de um templo egípcio em Karnak (antiga Tebas).
O relevo retrata Sisaque, diante do deus Amom, com o braço erguido golpeando prisioneiros de guerra. Nele também está registrado o nome das cidades israelitas conquistadas, muitas das quais correspondem a lugares mencionados na Bíblia. Além disso, o documento cita “O Campo de Abrão” — a referência mais antiga ao patriarca bíblico Abraão em registros egípcios. — Gênesis 25:7-10.
 Assim, fica claro que os escritores bíblicos registraram fatos, não ficção. Sabendo que prestariam contas a Deus, escreveram a verdade, mesmo quando isso envolvia revelar fatos vergonhosos — como no caso das vitórias de Sisaque em Judá. Essa franqueza é bem diferente das crônicas enfeitadas e exageradas dos escribas do Egito antigo, que se recusavam a registrar qualquer coisa negativa sobre seus governantes ou povo.
Profecias confiáveis
Somente Deus, o Autor da Bíblia, pode prever o futuro com precisão. Note, por exemplo, o que ele inspirou Jeremias a predizer sobre duas cidades egípcias: Mênfis e Tebas. Mênfis, ou Nofe, foi no passado um destacado centro comercial, político e religioso. Mesmo assim, Deus disse: “A própria Nofe tornar-se-á mero assombro e será realmente incendiada, de modo a ficar sem habitante.” (Jeremias 46:19) E foi isso mesmo que aconteceu. O livro In the Steps of Moses the Lawgiver (Nos Passos de Moisés — o Legislador) diz que “as ruínas gigantescas de Mênfis” foram saqueadas por conquistadores árabes, que usaram os destroços em suas construções. Ele acrescenta que hoje “dentro do perímetro da cidade antiga não sobressai nenhuma pedra acima do solo escuro”.
Tebas, antes chamada Nô-Amom ou apenas Nô, e seus deuses inúteis tiveram um fim similar. Sobre essa cidade, que havia sido capital do Egito e o principal centro de adoração do deus Amom, Jeová disse: “Eis que volto a minha atenção para Amom . . . e para Faraó, e para o Egito, e para os seus deuses . . . E vou entregá-los. . . na mão de Nabucodorosor, rei de Babilônia.” (Jeremias 46:25, 26) Conforme profetizado, esse rei babilônio conquistou o Egito e a importante cidade de Nô-Amom. Em 525 AEC, a cidade sofreu outro ataque, dessa vez às mãos do rei persa Cambises II. Daí em diante, sua decadência foi constante até que por fim foi completamente destruída pelos romanos. Sem dúvida, por causa de suas profecias exatas, a Bíblia é um livro incomparável. Isso nos dá confiança de que suas predições sobre o nosso futuro também se cumprirão.
Uma esperança confiável
A primeira profecia registrada na Bíblia foi escrita por Moisés na época em que o Egito era a potência mundial. * Ela está em  Gênesis 3:15 e declara que Deus produziria um “descendente” que esmagaria Satanás e seu “descendente”, isto é, todos os que seguem os modos perversos do Diabo. (João 8:44; 1 João 3:8) Com o tempo, ficou provado que a parte principal do “descendente” de Deus era o Messias, Jesus Cristo. — Lucas 2:9-14.
O reinado de Cristo abrangerá a Terra inteira, e ele removerá dela toda a maldade e os opressivos governos humanos. Nunca mais ‘homem dominará homem para seu prejuízo’. (Eclesiastes 8:9) Além disso, igual a Josué, que liderou Israel até a Terra Prometida, Jesus conduzirá em segurança “uma grande multidão” de humanos fiéis a uma “Terra Prometida” sem comparação — uma Terra purificada que será transformada num paraíso global. — Revelação (Apocalipse) 7:9, 10, 14, 17; Lucas 23:43.
Essa esperança maravilhosa nos lembra de outra profecia registrada na época do Egito antigo. Ela está em Jó 33:24, 25 e diz que Deus libertará os humanos até mesmo da “cova”, ou sepultura, por meio da ressurreição. Assim, além dos que serão poupados da futura destruição dos perversos, muitos milhões que já morreram voltarão a viver com a perspectiva de vida eterna no Paraíso na Terra. (Atos 24:15) “A tenda de Deus está com a humanidade”, diz Revelação 21:3, 4. “[Ele] enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor.”
Profecias e história confiáveis — esse assunto continuará sendo analisado no próximo artigo desta série, que se concentrará na Assíria antiga, a potência mundial que sucedeu o Egito.
A ESTELA DE MERNEPTÁ
Em 1896, arqueólogos encontraram num templo funerário egípcio uma coluna de granito preto que ficou conhecida como Estela de Merneptá. Ela narra com arrogância às realizações do rei egípcio Merneptá, que se acredita ter governado no fim do século 13 AEC. Essa estela contém um hino que diz, em parte: “Israel está desabitado, sua descendência desapareceu.” Essa é a única referência conhecida a Israel em antigos textos egípcios e a mais antiga fora da Bíblia.
A estela foi feita durante o período bíblico dos juízes israelitas, período esse que ficou registrado no livro bíblico dos Juízes. No entanto, ao contrário das crônicas dos faraós, o livro dos Juízes revela não só os grandes feitos, mas também os fracassos de seu povo. A respeito dos fracassos, Juízes 2:11, 12 diz: “Os filhos de Israel puseram-se a fazer o que era mau aos olhos de Deus e a servir aos Baalins [deuses cananeus]. Deste modo abandonaram a Deus,  que os havia trazido para fora da terra do Egito.” Essa franqueza está presente na Bíblia inteira.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante.

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