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domingo, 28 de abril de 2019

ANANIAS E SAFIRA A FALSA HONESTIDADE

                                       ANANIAS  E SAFIRA A FALSA HONESTIDADE
Referência bíblica: “Entretanto, certo homem, chamado Ananias, com sua mulher, Safira, vendeu uma propriedade, mas, em acordo com sua mulher, reteve parte do preço e, levando o restante, depositou-o aos pés dos apóstolos. Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus. Ouvindo estas palavras, Ananias caiu e expirou, sobrevindo grande temor a todos os ouvintes. Levantando-se os moços, cobriram-lhe o corpo e, levando-o, o sepultaram. Quase três horas depois, entrou a mulher de Ananias, não sabendo o que ocorrera. Então, Pedro, dirigindo-se a ela, perguntou-lhe: Dize-me, vendestes por tanto aquela terra? Ela respondeu: Sim, por tanto. Tornou-lhe Pedro: Por que entrastes em acordo para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e eles também te levarão. No mesmo instante, caiu ela aos pés de Pedro e expirou. Entrando os moços, acharam-na morta e, levando-a, sepultaram-na junto do marido. E sobreveio grande temor a toda a igreja e a todos quantos ouviram a notícia destes acontecimentos”. (Atos 5. 1-11)
Exposição do texto: o casal Ananias e Safira vendeu uma propriedade para fazer uma doação diante dos apóstolos. Venderam por um elevado preço e entregaram um valor menor, alegando que era tudo. Essa mentira foi rejeitada por Deus, que a revelou ao apóstolo Pedro.
Discussão:
1 – Você está interessado em que haja condições materiais para que a alegria da vida cristã permaneça e ainda se espalhe?
2 – É importante para você que os outros saibam o quanto você dá?
3 – Alguma vez já se interessou em buscar de Deus que transforme seu coração e suas motivações para se tornar um doador com alegria?
Objetivo: diferenciar as motivações que existem em nosso coração ao ofertarmos.
Contexto: quando a igreja nasceu, pelo ensino e pregação dos apóstolos, milhares se entregaram a Jesus. Nesse contexto, a doação de dinheiro era abundante e muito comum. Em Atos 2.44 e 45, vemos que “todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e seus bens, distribuindo o produto (valor conseguido) entre todos”. Em seguida, o versículo 47 mostra que, ao desfrutarem dessa comunhão, louvavam a Deus, que é um sinal de alegria. E, ainda, em Atos 4.32-35, vemos que “ninguém considerava ‘exclusivamente sua’ nenhuma das coisas que possuía; pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; que distribuíam a medida da necessidade”’. Dessa forma, eles mantinham o convívio cristão.
Está em destaque nos textos bíblicos a comunhão que tinham, ou seja, seu ajuntamento, o realizar todas as coisas juntos, e a Bíblia mostra quais coisas eram essas:
A) perseveravam na doutrina dos apóstolos, ou seja, se reuniam para serem ensinados na Palavra. Os irmãos se reuniam e os apóstolos ensinavam a Palavra de Deus conforme haviam aprendido com o Senhor Jesus;
B) na comunhão se reuniam para viverem o estilo de vida do céu, um novo estilo, conforme a chegada do reino de Deus, trazido por Jesus, colocado em prática, vivenciado diariamente no relacionamento entre eles;
C) no partir do pão, a Ceia do Senhor. Jesus instituiu a celebração da Ceia, do partir do pão, em memória Dele. E os discípulos, constantemente, celebravam ao Senhor reunidos no partir do pão;
D) nas orações estavam juntos para a dedicação desse momento;
E) atendimento aos necessitados, em que ninguém ficava com uma necessidade sem ser suprida. Todos se empenhavam pelo amor ao próximo, de modo que entre eles não houvesse ninguém que permanecesse em necessidade.
E, como resultado disso, o Senhor realizava curas, sinais, prodígios, trazia simpatia dos de fora, acrescentava os que iam sendo salvos, dava-lhes um só coração e uma só alma, liberava grande poder para testemunhar o Evangelho, enchia-os de graça, fazendo-os viver em alegria.
Eles viviam num ambiente cheio da presença de Deus e de alegria. E, nesse contexto, apareceu José Barnabé, um homem que encorajava, estimulava, consolava, exortava. Com esse coração, vendeu um campo que tinha e entregou todo o dinheiro aos pés dos apóstolos. Vivia alegremente, e com sua doação desejava estimular a continuidade daquela realidade. Os valores que todos doavam traziam condições materiais para que vivenciassem toda aquela realidade. Então, apareceram Ananias e Safira, porém, com uma motivação diferente, queriam aparecer diante das pessoas, pois declararam o valor que estavam doando. E pior, declararam com mentira, venderam por um valor alto, entregaram um valor inferior e disseram que foi tudo o que conseguiram.
O coração deles não estava alinhado ao coração de Deus, nem com a realidade trazida por Ele à Sua congregação.
Conseguir dinheiro é resultado de dedicação, esforço, trabalho, de empenhar a vida para adquiri-lo. Nesse sentido, o dinheiro é o resultado daquilo que eu fiz com a minha vida. Um salário mensal é resultado de 30 dias de vida dedicados a algum trabalho. Então, quando alguém entrega dinheiro, faz a entrega da vida que foi dedicada para adquiri-lo.
Entregar dinheiro é fazer uma entrega de vida, e o casal entregou falsamente, pela metade, tanto o dinheiro quanto a vida dele.
Barnabé e outros entregaram bens e dinheiro com a alegria de viver a realidade do reino de Deus e Sua expansão nesta terra. Ananias e Safira entregaram o dinheiro porque queriam fazer parte do grupo e ser notados diante dele.
Conclusão: existe uma realidade da vida cristã a ser experimentada. Grande parte dela precisa de recursos materiais para a realização. Existem pessoas que se alegrarão em cooperar para a sua continuidade e expansão. Existem outras que podem estar nesse meio, mas com um coração desalinhado do coração de Deus. O ideal é que sejamos os incentivadores desse reino e de toda a Sua obra, os que dão com alegria.
Aplicação: é preciso enxergar o grande agir de Deus em nosso meio, curando, libertando, acrescentando salvos, recebendo nosso louvor, nos dando condições de proclamar Sua Palavra, nos usando para praticar o amor ao próximo. E, enxergando tudo isso, precisamos nos alegrar com o que Deus Se alegra e cooperar com alegria, para que essa realidade continue e cresça.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

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