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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

RECONSTRUINDO O TABERNÁCULO...


                                       RECONSTRUINDO O TABERNÁCULO...
Amós 9.11 /Atos 15.15-18
O Tabernáculo de Davi foi tão importante que teve lugar nas profecias bíblicas, tanto na Antiga Aliança, quanto na Nova Aliança. Isso, porque ele teve uma grande relevância no culto e adoração ao Todo-Poderoso Deus. Davi estabeleceu a ordem davídica da adoração.
Deus queria mudar e estabelecer seu modelo de culto. Então, usou davi para estabelecer a adoração plena, com cânticos, júbilo, adoração, danças, instrumentos e alegria celebrando a Deus sem medida.
Antes de Davi, Moisés levantou a Suká (Tebernáculo) do Eterno. Fez conforme o modelo que Deus ordenou. O Tabernáculo de Moisés estava no Monte Gibeom, esse monte fala da Lei do Sinai. Gibeom significa (Colina Elevada) II Crônicas 1.4; I Crônicas 15.1; Salmo 76.2. Mas, o Tabernáculo de Davi estava sobre o monte Sião, na Cidade de Davi, Jerusalém, de onde ordena a bênção e a graça de Deus para sempre. HaleluYah!  
Os dois tabernáculos (Sukots) estavam funcionando simultaneamente. O de Moisés no monte servia para realização de sacrifícios diários. No de Davi em Sião era para se estar diante do Eterno Deus constantemente em atitude de louvor e adoração. No Tabernáculo de Moisés realizavam-se sacrifícios de animais manhã e tarde (I Crônicas 16.40-43). Mas no Tabernáculo de Davi tinha sacrifícios de louvor 24 horas.
O Tabernáculo de Moisés tinha pátio, o de Davi não.
O Tabernáculo de Moisés tinha um Véu separando os sacerdotes do sumo sacerdote, separando o lugar santo do santo dos santos, o de Davi não, pois lá todos os sacerdotes podiam estar diante da arca.
O Tabernáculo de Moisés ficou sem a Arca da Presença, o de Davi tinha a Arca da Presença, a Aaron Ha Kodesh (Arca sagrada).
O Tabernáculo de Moisés funcionava com sacrifícios de animais diários, o de Davi com sacrifícios de louvor diário.
No Tabernáculo de Moisés tudo era feito em silêncio, não havia louvor. O Tabernáculo de Davi era um lugar onde havia um Ministério de Música com vários instrumentos (I Crônicas 15.16; 25.1-4; I Crônicas 23.5.
No Tabernáculo de Moisés, somente o Sumo sacerdote podia ministrar diante da Arca uma vez por ano, pois tinha um Véu que separava. O Tabernáculo de Davi colocou os levitas diante da Arca para ministrarem diante do Eterno (I Crônicas 16.4,37). Havia o tabernáculo Real, do trono de Davi e o Tabernáculo Sacerdotal, da Arca. Ele é tanto Rei como Sacerdote. O Tabernáculo real se une ao Tabernáculo Sacerdotal, formando o Tabernáculo perfeito para Deus.
O Messias Yeshua é o nosso tabernáculo. Ele é a representação do tabernáculo eterno. Ele mesmo disse em João 14.6: “Anochi Ha Derech, veHaEmet, ve ha-Chaim (Eu Sou O caminho, a Verdade e a Vida)”. Yeshua é o átrio do tabernáculo, ele é o Caminho (Ha Derech). Yeshua é o altar, ele é a Verdade (Ha Emet). E Yeshua é o lugar Santo, onde está a Arca, ele é a Vida (Ha Chaim). No caminho é onde caminhamos, louvamos, adoramos, mantemos comunhão. Muitos podem estar no caminho, mas ainda não encontraram a verdade. Podemos conhecer a verdade, ser livres, participarmos do altar, sermos purificados, mas precisamos ter vida, a presença do Pai e seu Espírito pleno em nós. Somente quando saímos do altar e entramos no lugar Santo é que podemos nos achegar sem o véu que põe limites e estar diante da Arca da presença, adorarando o Pai em Espírito e em verdade (João 4.24)
A palavra Shahah no hebraico significa adorar, prostrar-se. Significa reverenciar, honrar, prestar homenagem e devoção a alguém. Adorar em espírito e em verdade é o tipo de adoração que não foi elaborado pelo homem e pela religião. Não depende de lugar, de objetos, de ritos. Mas provém de um coração regenerado e redimido, cheio de amor, devoção, adoração e vontade de agradar a Deus. É uma adoração livre, sem barreiras, de forma espiritual, conduzida pelo próprio Espírito de Deus. E é uma adoração verdadeira, que não é exterior, legalista ou formal, mas que vem de um coração quebrantado e contrito diante do Eterno (Salmos 51.17).
Yeshua e os discípulos, também a igreja do primeiro século celebravam as festas do Senhor. As festas bíblicas continuavam como forma de gratidão, expressão de alegria e louvor ao Deus de Israel. Não era diferente com Hag Sukot, a Festa dos Tabernáculos. Eles celebravam como atos proféticos relacionados ao Messias. No Evangelho segundo João, capítulo 7, versículos 37-39 relata a participação de Yeshua na Festa dos Tabernáculos.
37 E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. 38 Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. 39  E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado.
O último dia da festa dos tabernáculos, que era o sétimo dia, era chamado de Hoshana Rabbah (o Grande dia, “Salva-nos”). Era uma oração messiânica clamando a Deus pela vinda do Messias Salvador. O último dia da festa era o mais especial. O sacerdote vinha com uma bacia cheia de água tirada do tanque de Siloé (Shiloach), que significa o Enviado. Ele levava até o Sumo-sacerdote diante do Altar, e este derramava a água junto ao altar, enquanto soava o toque do Shofar, música, dança e Salmos de alegria e louvor a Deus. A água representava a chuva de Deus e o derramamento do Espírito Santo. Algumas comunidades começavam a derramar água uns nos outros na festa dos Tabernáculos.
Com a vinda de Yeshua Ha Mashiach (Jesus, o Ungido) o tabernáculo de Davi foi restaurado. A adoração diante de Deus com júbilo, alegria, palmas, danças e louvor diante da Arca Sagrada, que é a presença de Deus foi restaurado (1 Cr 16.4-38). A ordem de adoração de Davi veio sobre nós, de forma que podemos ministrar ao Senhor sem barreiras, pois não existe mais o véu que separa-nos da presença de Deus. O que Deus restaurou no Tabernáculo de Davi nos últimos dias?
a)      Sacrifícios de júbilo (Salmos 27.6)
b)      Ações de graças (Salmos 116.17)
c)      Sacrifícios de louvor (Salmos 51.17 / Salmos 50.23)
d)     As Festas do Senhor (Salmos 42.4)
A profecia de Amós 9.11, confirmada em Atos 15 foi cumprida com a vinda de Jesus e sua morte na cruz. O louvor a Deus tornou-se mais vivo, pois há motivos de alegria e júbilo, pois o Hoshana Rabbah foi cumprido, Yeshua veio e nos salvou, por isso estamos em festa! HaleluYah!
Somos tabernáculos, você é tabernáculo do Deus vivo. Deus não prometeu a restauração do templo, pois sempre habitou em tendas. Deus gosta de Tabernáculos porque uma adoração em espírito e em verdade não depende do templo, mas do tabernáculo. Somos o tabernáculo de Davi restaurado, a Igreja e congregação de Deus. Seu corpo é templo do Espírito para abrigar a Arca da Sua Presença! Adoremos a Deus no corpo, com expressões de louvor, na alma, com coração quebrantado e contrito e, no espírito, cheios da presença da Shekinah do Eterno, que nos leva para mais perto dEle e nos faz agradáveis e aceitáveis à Sua presença.
O tabernáculo de Davi é você e eu. E juntos, permaneceremos na celebração da vida, da graça, da salvação, do milagre, do livramento, da salvação e das bênçãos recebidas do céu.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante

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