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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

PROFUNDO ESTUDO SOBRE AS SETE TAÇAS DA IRA DE DEUS...


               PROFUNDO ESTUDO SOBRE AS SETE TAÇAS DA IRA DE DEUS...
“E vi outro grande e admirável sinal no céu: Sete anjos que tinham as sete últimas pragas, porque nelas é consumada a ira de Deus” (Ap 15.1).
Só entenderemos as maravilhosas implicações de pertencer à igreja, quando formos arrebatados para estar para sempre com o Senhor.
·   Exaltar a importância da igreja e o privilégio incomparável de pertencer a ela.
·   Enfatizar que estaremos prontos para julgar o mundo quando amarmos justiça e a santidade.
·   Deixar claro que só serão julgados por Deus aqueles que se recusarem a sofrer a disciplina do Senhor.
Textos de Referência: Ap 15.5,6; 16.1,7,17
Introdução: Você estudou na lição anterior que a pregação do Evangelho Eterno será, ao mesmo tempo, apelo à conversão, anúncio da destruição da sociedade fundada na injustiça e na soberba humana e aviso quanto ao destino último da Besta e de seus adoradores. Cumpridas estas etapas o julgamento divino sobre a terra e seus habitantes será concluído e as últimas sentenças serão executadas “porque nelas é consumada a ira de Deus”.
A lição anterior trouxe o relato quanto a visão que João teve dos cento e quarenta e quatro mil selados juntos ao Cordeiro no monte Sião. O monte Sião no texto de Ap 14.1 além de trazer um vislumbre quanto à sede do futuro Reino Milenar de Jesus Cristo, sendo esta em Jerusalém, é também uma figura de linguagem para o céu (ver Hb 12.22,23), o que indica a presença dos cento e quarenta e quatro mil selados junto ao Cordeiro no céu depois destes cumprirem o seu ministério na terra (ver Ap 14.2-5). O texto de Ap 14-15 prossegue apresentando ainda os seguintes acontecimentos antes de se ter início o derramamento das sete taças da ira de Deus:
·   Em Ap 14.6-13 João relata a visão de três anjos que proclamam o evangelho eterno e os juízos de Deus a todos os habitantes da terra, e a toda nação, e tribo e língua e povo.
·   Em Ap 14.14-20 a visão de João diz respeito a ceifa e a vindima, quando então no período dos três anos e meio finais da Grande Tribulação, gentios e judeus estarão sendo preparados para a batalha do Armagedom. João tem uma antevisão da batalha, porém o ajuntamento de judeus e gentios para esta batalha somente acontece depois do derramamento da sexta taça descrita em Ap 16.12-16, sendo o seu cumprimento final descrito em Ap 19.11-21.
·   Em Ap 15.2-4 a visão de João diz respeito aos salvos do período final da Grande Tribulação antes de se ter início o derramamento das sete taças da ira de Deus. Muitos são vistos no céu tendo saídos vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, tendo provavelmente sofrido o martírio por amor ao Senhor Jesus e a sua palavra (ver Ap 13.10; 14.12,13).
·   Em Ap 15.5-8 a visão de João diz respeito aos últimos preparativos no céu para que tenha então início o derramamento das sete taças da ira de Deus sobre a terra.
Esta lição fala da ceifa e da vindima, da antevisão que João tem da batalha do Armagedom; do anúncio feito pelos três anjos antes da visão da ceifa e da vindima; dos últimos preparativos no céu para dar início ao derramamento das taças e do derramamento de quatro taças dos juízos de Deus.
  1. Curiosidades iniciais – A seção intitulada “A ceifa e a vindima” (Ap 14.14-20) faz parte dos preparativos para o derramamento das últimas pragas da ira de Deus, por isso, foi incluída nesta lição. Nela aparecem quatro anjos que somados aos três de Apocalipse 14.6-13 perfazem um total de sete. Pelas suas características parecem apontar para os anjos das trombetas em Apocalipse 8.2, e para os que derramarão os sete cálices do furor de Deus sobre a terra.
Em Ap 8.2, João relata a visão de sete anjos que estavam diante de Deus aos quais foram entregues as sete trombetas do juízos de Deus: “E vi os sete anjos que estavam diante de Deus, e foram-lhes dadas sete trombetas”. Na seção intitulada “A ceifa e a vindima”, posterior ao anúncio do evangelho eterno e dos juízos de Deus feito por três anjos em Ap 14.6-11, João vê assentado sobre uma nuvem branca “um semelhante ao Filho do Homem” e depois três outros anjos. As características destes sete em Ap 14.6-20, pelo menos em parte, não parecem apontar para os anjos das trombetas em Ap 8.2 e nem para os sete anjos que tem as sete pragas em Ap 15.1 “E vi outro grande e admirável sinal no céu: Sete anjos que tinham as sete últimas pragas, porque nelas é consumada a ira de Deus”, pois notadamente Aquele assentado sobre uma nuvem branca semelhante ao Filho do Homem é o próprio Senhor Jesus Cristo. O que estas passagens têm em comum é o número sete que traz em si o ensino quanto a perfeição de Deus em seus propósitos e na aplicação de seus juízos.
1.1 O anjo de coroa na cabeça e foice na mão – Apocalipse 14.14 e Daniel 7.13 indicam que esse [...] é o Senhor: Esse alguém como “Filho do Homem” é uma figura de Cristo, que está pronto para lançar a foice do julgamento, em um mundo já amadurecido pela maldade e perversidade. É bom observar que o anjo não dá ordem ao que está assentado, ele clama, como alguém que sabe o momento de agir. [...].
1.2 A colheita final – [...] Serão condenados os [...] habitantes da terra, os adoradores da Besta [...]. Os cachos de uvas serão colhidos e lançados no lagar da ira de Deus (Ap 14.19), “mas o trigo, ajuntai-o no meu celeiro” (Mt 13.30).
O texto de Ap 14.14-20 pode ser dividido em duas partes. O trecho referente aos versículos 14 a 16 trata da ceifa estando esta relacionada, segundo escreve A. Gilberto (2000, p. 158) às nações gentílicas e o trecho referente aos versículos 17 a 20, segundo o mesmo autor, trata da vindima estando esta relacionada à nação de Israel. João começa trazendo o relato quanto a visão de “uma nuvem branca e, assentado sobre a nuvem, um semelhante ao Filho do Homem, que tinha sobre a cabeça uma coroa de ouro e, na mão, uma foice aguda”. Sendo o termo “Filho do Homem” uma linguagem referente ao Senhor Jesus (ver Dn 7.13) e o branco símbolo de justiça, a expressão utilizada por João identifica Aquele que estava assentado sobre a nuvem como sendo o próprio Senhor Jesus em sua majestade como Rei, estando Ele pronto a exercer justiça, e daí Ele ter em sua mão “uma foice aguda”. A sega que é então descrita no versículo 16 e que é realizada pelo próprio Senhor Jesus “E aquele que estava assentado sobre a nuvem meteu a sua foice à terra, e a terra foi segada” trata-se do julgamento do Senhor sobre as nações gentílicas amadurecidas então pela maldade, perversidade, iniqüidade etc..., sendo isto notadamente reconhecido pelo anjo que sai do templo e que clama com grande voz: “Lança a tua foice e sega! É já vinda a hora de segar, porque já a seara da terra está madura”. Através da foice em suas mãos, Jesus faz separação entre os bons e os maus, e desta forma, as nações gentílicas sofrerão os juízos das taças que ocasionará a morte de muitos (vidas ceifadas), e além disto estas nações serão também conduzidas a se agruparem para a batalha do Armagedom que terá então ocasião no final dos últimos três anos e meio da Grande Tribulação. Acerca de Ap 14.14-16, W. Malgo (2000, v. 3, p. 83) escreve:
“‘...E aquele que estava sentado sobre a nuvem passou sua foice sobre a terra, e a terra foi ceifada’. Uma ceifa estranha, que não podemos compreender racionalmente! Essa ceifa de juízo engloba todas as catástrofes, que acontecerão em breve sobre esta terra. As taças da cólera de Deus serão derramadas; para horror de todo o mundo, Babilônia desmorona com grande barulho; são cortados os mais importantes nervos vitais, seus adornos reais, sendo coberta de pragas, miséria e fogo. Se João diz aqui: ‘...e a terra foi ceifada’, então ele fala da conclusão definitiva desta era da graça, como fez também o Senhor quando estava sobre a terra: ‘a ceifa é a consumação do século’ (Mt 13.39). Esse é o curto, mas gravíssimo, conteúdo da visão de João sobre Armagedom, sobre a luta final dos povos, que é descrita detalhadamente em Apocalipse [...]  16”.
Em Ap 14.17, João vê saindo do templo, “que está no céu, outro anjo, o qual também tinha uma foice aguda”. Na sequência, ele vê sair do “altar outro anjo, que tinha poder sobre o fogo, e clamou com grande voz ao que tinha a foice aguda, dizendo: Lança a tua foice aguda e vindima os cachos da vinha da terra, porque já as suas uvas estão maduras” (Ap 14.18). A vinha da terra é uma figura de linguagem referente a nação de Israel (ver Sl 80.8-15; Jr 2.21; Os 10.1,2; Jl 1.7), e suas uvas maduras uma figura de linguagem para o Israel apóstata. A vindima que é descrita em Ap 14.19 “E o anjo meteu a sua foice à terra, e vindimou as uvas da vinha da terra, e lançou-as no grande lagar da ira de Deus” trata-se, portanto do juízo de Deus sobre o Israel apóstata da época da Grande Tribulação, sendo este constituído por aqueles que se recusarem a reconhecer o Senhor Jesus como o verdadeiro Messias de Israel. A nação de Israel estará neste período, também sendo conduzida a se agrupar para a batalha do Armagedom, sendo que esta acontecerá no vale do Megido (ver Zc 12.11), o qual é chamado em Ap 14.19 de o grande lagar da ira de Deus. O julgamento das nações gentílicas representado pela ceifa e da nação de Israel representado pela vindima, no grande lagar da ira de Deus é também mencionado pelo profeta Joel em Jl 3.11-13: “Ajuntai-vos, e vinde, todos os povos em redor, e congregai-vos (ó Senhor, faze descer ali os teus fortes!); movam-se as nações e subam ao vale de Josafá; porque ali me assentarei, para julgar todas as nações em redor. Lançai a foice, porque já está madura a seara; vinde, descei, porque o lagar está cheio, os vasos dos lagares transbordam; porquanto a sua malícia é grande”. Em Ap 14.20, João tem uma antevisão desta batalha quando então ele escreve: “E o lagar foi pisado fora da cidade, e saiu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, pelo espaço de mil e seiscentos estádios”. Tal linguagem indica o grande número de mortes que acontecerá por ocasião desta batalha tanto no que diz respeito aos gentios agrupados contra Israel quanto no que diz respeito aos judeus que mantiverem os seus corações endurecidos. Acerca desta passagem, W. MacDonald (2008, p. 1011), escreve:
“As uvas maduras são colhidas e lançadas no grande lagar da cólera de Deus. O processo de pisar as uvas para fazer vinho é usado aqui para retratar um julgamento esmagador. A vindima se dará fora da cidade de Jerusalém, talvez no vale de Josafá. A carnificina será tão grande que o sangue correrá como um riacho a uma profundidade correspondente ao nível dos freios dos cavalos e por uma extensão de quase trezentos quilômetros, a distância entre Jerusalém e o sul de Edom”.
1.3 Os três anjos e a proclamação dos juízos (Ap 14.6-13) – Observamos mais uma vez outro vislumbre da graça divina, um último alerta, um último escape. Deus nunca se deixou a si mesmo sem testemunho. Antes de sua manifestação como o Messias de Israel, enviou João Batista (Mt 3.1). Observando o Apocalipse vemos que Deus tem pausado juízos para aplicar sua benigna misericórdia. Agora, os anjos saem antes que as sete últimas taças sejam lançadas na terra. O objetivo da mensagem é que toda tribo, língua e nação tema ao Senhor e lhe dê glória, porque vinda é a hora do juízo (Ap 14.6,7). Na sequência, o segundo anjo traz a revelação antecipada da queda de Babilônia (a igreja falsa mundial), e o terceiro avisa que os que forem selados pela besta estarão perdidos para sempre (Ap 14.8-11). A conclusão da mensagem é paciência, morte e bem aventurança (Ap 14.12,12). Neste tempo não haverá a frase “sou evangélico”, como muitos apenas a declaram sem ter nada haver com Cristo. Neste tempo, ser cristão não será status, será renunciar a própria vida.
João relata em Ap 14.6-11, antes do relato acerca da ceifa e da vindima, a visão de três anjos que proclamam o evangelho eterno e os juízos de Deus sobre a terra. Tal fato indica que Deus ainda dará aos homens mais uma oportunidade para que estes recebam a salvação eterna antes que tenha início o derramamento das sete taças, nas quais é consumada a ira de Deus sobre a terra. O primeiro anjo é visto a voar pelo meio do céu, tendo “o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda nação, e tribo, e língua e povo” (Ap 14.6b). Este anjo conclama todos a temerem a Deus e dar-lhe glória, advertindo quanto a vinda da hora do seu juízo. O anjo exalta a Deus como o Criador do céu, e da terra, e do mar, e das fontes de águas e desta forma, ele convoca os homens a adorá-lo em contraposição aos acontecimentos na terra onde muitos, encantados com o Anticristo, estarão a este falso messias prestando adoração (ver Ap 13.4). O segundo anjo segue trazendo uma antevisão quanto a queda do falso sistema de religião representado por Babilônia: “Caiu! Caiu Babilônia, aquela grande cidade que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição!” (Ap 14.8). A queda, porém de fato de Babilônia é relatada somente em Ap 17, e sendo assim a queda sendo vista como já consumada no anúncio feito pelo anjo indica a oportunidade que ainda será dada aos homens para que estes fujam de todo falso sistema de religião, pois estes serão também alvos dos juízos de Deus. O terceiro anjo adverte os homens a não adorarem a besta, ou seja, o Anticristo e sua imagem e também a não receberem o sinal da besta na testa ou na mão, pois o destino daqueles que assim procederem será a participação nos juízos de Deus representados pelas taças. O anjo fala também do destino final daqueles que adorarem a besta, sendo este a perdição eterna, conforme fica subentendido em Ap 14.9-11: “Se alguém adorar a besta e a sua imagem e receber o sinal na testa ou na mão, também o tal beberá do vinho da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não tem repouso, nem de dia nem de noite, os que adoram a besta e a sua imagem e aquele que receber o sinal do seu nome” (Ap 14.9-11).
Em Ap 14.12, João mostra a importância dos santos, aqueles que ainda estiverem vivos e outros que se converterem durante este período final de Grande Tribulação, perseverarem na fé resistindo ao Anticristo e na obediência aos mandamentos de Deus em meio às perseguições e aos sofrimentos deste período. Na sequência, João descreve uma voz que vinda do céu, ordena que ele escreva: “Bem aventurados os mortos, que desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam” (Ap 14.13). Este versículo indica que muitos salvos, tanto judeus como gentios, morrerão ainda antes do derramamento das sete taças da ira de Deus, sendo estes provavelmente aqueles que são vistos posteriormente por João no céu, conforme se descreve em Ap 15.2-4: “E vi um como mar de vidro misturado com fogo e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor, Deus Todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos! Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o teu nome? Porque só tu és santo; por isso, todas as nações virão e se prostrarão diante de ti, porque os teu juízos são manifestos”. 
     2. Os anjos das sete taças da ira de Deus – O capítulo 15 relata a detalhada preparação para o julgamento final. “E os sete anjos... saíram do templo” (Ap 15.6). O juízo provém do mesmo templo celestial. Os anjos saem não como servos ou mensageiros, mas como administradores reais do juízo, cingidos à altura do peito com cintos de ouro. A ira de Deus é repartida entre os sete anjos por um dos seres viventes e estará contida em sete taças de ouro.
Ap 15.5-8: “E depois disto olhei, e eis que o templo do tabernáculo do testemunho se abriu no céu. E os sete anjos que tinham as sete pragas saíram do templo, vestidos de linho puro e resplandecente, e cingidos com cintos de ouro pelos peitos. E um dos quatro animais deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da ira de Deus, que vive para todo o sempre. E o templo encheu-se com a fumaça da glória de Deus e do seu poder; e ninguém podia entrar no templo, até que se consumassem as sete pragas dos sete anjos”.
2.1 Eles saíram do Templo no Céu (Ap 15.5,6) – No presente texto, “o templo” que João viu se abrir” não foi na terra, mas no céu. O apóstolo contemplou o interior do “lugar” do testemunho de Deus. Os judeus criam que as coisas terrenas eram figuras das coisas celestiais (Hb 8.5; 9.23), de maneira que o templo terrestre era apenas uma cópia do celestial (Ap 3.12; 7.15; 11.19; 14.15). A grande lição que aprendemos aqui é que do templo procede a justiça e, sendo a igreja uma cópia do templo celeste, devemos estar prontos para combater a toda sorte de injustiças através de nossos agentes.
Em Ap 15.5, João olha e vê se abrir no céu, o templo do tabernáculo do testemunho. Esta linguagem traz em memória o Santo dos santos, onde no tabernáculo encontrava-se a Arca de Deus e em seu interior as tábuas da lei, as tábuas do testemunho no qual governo justo e moral de Deus é revelado. A abertura do templo do tabernáculo do testemunho neste momento indica o justo juízo de Deus sobre o mundo ímpio que amou mais as trevas do que a luz, e diante disto os sete anjos que tinham as sete pragas saem do templo de forma que nada mais poderá tardar o derramamento das sete taças da ira de Deus sobre a terra.
Sl 11.4-7: “O Senhor está no seu santo templo, o trono do Senhor está nos céus; os seus olhos estão atentos, e as suas pálpebras provam os filhos dos homens. O Senhor prova o justo; porém ao ímpio e ao que ama a violência odeia a sua alma. Sobre os ímpios fará chover laços, fogo, enxofre e vento tempestuoso; isto será a porção do seu copo. Porque o Senhor é justo, e ama a justiça; o seu rosto olha para os retos”.
2.2 Eles estão vestidos de linho puro – Observamos que os trajes dos anjos, no presente texto são semelhantes aos trajes de Cristo descritos no capítulo 1.13. Eles simbolizam a dignidade e o “elevado ofício”. O linho puro aponta para a justiça dos santos, roupagem que a noiva de Cristo vestirá (Ap 19.8). [...].
2.3 Peito cingido com cinto de ouro – Em Isaías 15.11 está escrito: “E a justiça será o cinto dos seus lombos”. Estas vestes e cintos só eram usados pelos sacerdotes e juízes da alta Corte. No caso dos anjos nesta seção, refere-se a função de “juízes” por eles desempenhada. Os sete magistrados da Suprema Corte estavam cingidos com cinto de ouro e a mesma coisa é dita acerca de Cristo (Ap 1.13). Eles eram uma comissão proveniente dos mais elevados céus. Seus trajes simbolizam poder, dignidade, retidão e verdade (Is 22.21; Ef 6.14).
Os trajes dos anjos semelhantes aos trajes de Cristo indicam o Senhorio de Cristo sobre os anjos que em tudo lhe obedecem, inclusive na execução dos juízos de Deus. Além disto, o linho branco indica a pureza e justiça de suas ações, já que o linho puro na Bíblia é símbolo de justiça. O fato dos anjos estarem cingidos com cintos de ouro pelo peito e não pela cintura indica que nenhuma intercessão poderá deter a ira de Deus sobre a impiedade dos homens. O cinto de ouro pelo peito fala do juízo de Deus, enquanto que o cinto de ouro na cintura fala da graça de Deus em função do ofício sacerdotal de Jesus Cristo no Santo dos santos. Em Ap 15.7, João observa que é um dos quatro animais que dá aos sete anjos as sete taças cheias da ira de Deus. Sendo os quatro animais, querubins representando a criação de Deus, esta entrega mostra os juízos de Deus também em resposta ao clamor de sua própria criação, pois conforme Paulo diz em Rm 8.20-22: “...a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua própria vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora”. O templo se enche “com a fumaça da gloria de Deus e do seu poder; e ninguém podia entrar no templo, até que se consumassem as sete pragas dos sete anjos” (Ap 15.8). Esta linguagem de Ap 15.8 indica, mais uma vez a impossibilidade de qualquer intercessão sacerdotal, conforme também compreende W. MacDonald (2008, p. 1011) de acordo com o seguinte comentário descrito abaixo:
“O ato de ninguém poder penetrar no santuário, enquanto não se cumprirem os sete flagelos significa que, agora, nenhuma intercessão sacerdotal poderá deter a ira de Deus”.
3. Os alvos das quatro primeiras taças – No capítulo 16, à semelhança das pragas derramadas sobre o Egito, os sete anjos recebem ordem para despejar suas taças sobre a terra. Será o julgamento definitivo anunciado pela proclamação do Evangelho Eterno. Será também a última etapa do resgate do povo de Deus dos domínios do iníquo e da purificação do planeta. Um processo parecido com a colheita e o preparo do solo para um novo plantio. Depois virá o Milênio.
Ap 16.1: “E ouvi, vinda do templo, uma grande voz, que dizia aos sete anjos: Ide, e derramai sobre a terra as sete taças da ira de Deus”.
Em Ap 15.7, João viu quando um dos quatro animais deu aos sete anjos as sete taças de ouro cheias da ira de Deus. Os sete anjos, porém apesar de já estarem em todos os sentidos prontos para a execução, não podem tomar nenhuma atitude, enquanto não é emitida a ordem vinda do templo. Este fato é importante, pois revela a total supremacia e soberania de Deus sobre toda sua criação e desta forma nenhum acontecimento sobre a terra e todo universo pode ocorrer senão sob a permissão do Deus Todo-Poderoso.
3.1 O solo – O primeiro anjo despejará sua taça sobre a terra e atingirá todas as pessoas que trouxerem em seus corpos a marca da Besta. Os adoradores da Besta adoecerão de umas chagas malignas e dolorosas semelhantes a úlceras (Ap 16.2; Zc 14.12,13). Será o complemento da primeira trombeta (Ap 8.7), quando somente a vegetação foi atingida. Os servos de Deus nada sofrerão desta e das outras pragas, porque os que não tiverem morrido pelas mãos da Besta (Ap 13.7), gozarão de proteção especial do selo de Deus.
Ap 16.2: “E foi o primeiro, e derramou a sua taça sobre a terra, e fez-se uma chaga má e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem”.
Conforme foi visto no ponto 1.3, muitos salvos morrerão antes do derramamento das sete taças sendo estes assim poupados dos juízos vindouros das sete taças através da morte (ver Ap 14.13). Pode ser, porém que nem todos venham a morrer e desta forma, haverão ainda salvos vivos durante o período do derramamento das taças. A chaga má e maligna proveniente do derramamento da primeira taça, porém não os atinge, pois o texto de Ap 16.2 mostra esta atingindo somente aqueles que terão o sinal da besta e que estarão prestando adoração a sua imagem.
3.2 As águas – O segundo e o terceiro anjo derramarão as suas taças sobre as águas. O primeiro, no mar, ou seja, em todas as águas que separam os continentes. Morrerão todos os seres que habitam nas águas, que se tornará em sangue (Ap 16.3. A navegação se tornará impraticável. O segundo derramará sobre as águas potáveis que, feitas sangue serão dadas a beber aos assassinos dos santos e profetas (Ap 16.6). Estas duas pragas completam os julgamentos iniciados pelos toques da segunda e da terceira trombeta (Ap 8.8-11).
Ap 16.3-7: “E o segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um morto, e morreu no mar toda a alma vivente. E o terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue. E ouvi o anjo das águas, que dizia: Justo és tu, ó Senhor, que és, e que eras, e santo és, porque julgaste estas coisas. Visto como derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também tu lhes deste o sangue a beber; porque disto são merecedores. E ouvi outro do altar, que dizia: Na verdade, ó Senhor Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos”.
A segunda trombeta levou a terça parte do mar tornar-se em sangue, ocorrendo a morte da terça parte das criaturas no mar e perda da terça parte das naus. No derramamento da segunda taça o mar como um todo é atingido transformando a água em sangue e isto afeta toda alma vivente no mar. O toque da terceira trombeta afetou terça parte dos rios e fontes de águas tornando as águas amargas. No derramamento da terceira taça toda água nos rios e fontes se tornam em sangue. O derramamento da segunda e terceira taças deve provocar um desequilíbrio sobre a economia mundial por afetar a navegação, além de desencadear mau cheiro, sede, fome, seca, doenças e tantos outros flagelos em decorrência dos efeitos de morte no mar e em decorrência da falta de água potável. Os juízos de Deus são reconhecidos como justos pelo “anjo das águas”, que vê neles a justa retribuição de Deus àqueles que foram responsáveis pela morte dos santos e dos profetas. A voz ouvida por João “do altar”, onde os juízos de Deus são considerados justos, mostra que o clamor dos mártires debaixo do altar de Deus, desde a morte de Abel, é agora respondido por Deus, depois de um longo tempo onde a graça de Deus prevaleceu dando oportunidade aos homens para se arrependerem.
3.3 O sol – O quarto anjo despejará sua taça sobre o sol que emitirá muito mais calor do que o habitual (Ap 16.8). Essa praga é o fechamento dos juízos começados em Ap 8.12 e exibirá de uma vez por todas o caráter dos ímpios. Debaixo do excessivo calor solar blasfemarão de Deus (Ap 16.9). É o recrudescimento da criatura contra o Criador, que já foi mostrado em Apocalipse 9.20. Assim, vemos que quando o homem rejeita a graciosa salvação em Jesus, traça, ele mesmo o seu próprio destino: A primeira morte e a segunda (Ap 19.21), que é o lago de fogo (Ap 20.15).
Ap 16.8,9: “E o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que abrasasse os homens com fogo. E os homens foram abrasados com grandes calores, e blasfemaram o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas; e não se arrependeram para lhe darem glória”.
A quarta trombeta afetou terça parte do sol e da lua e das estrelas. No derramamento da quarta taça o sol parece ser afetado causando alterações no universo, de forma que os efeitos solares atingirão os homens em grande proporção. O sofrimento atingirá os homens, porém ao contrário do que muitos dizem aqueles que não vieram a Deus pelo amor, não virão também pela dor, antes pelo contrário,  de forma arrogante blasfemarão o nome de Deus.
“Ouvi, vinda do santuário, uma grande voz, dizendo aos sete anjos: Ide e derramai pela terra as sete taças da cólera de Deus” (Ap 16.1).
Chega ao fim à última série de juízos de Deus sobre a terra. È do templo, agora como corte de julgamento dos inimigos de Deus, que saia grande voz, que ordena: “Derrama a tua indignação sobre as nações que não te conhecem e sobre os povos que não invocam o teu nome; porque devoraram a Jacó, devoraram-no, consumiram-no e assolaram a sua morada” (Jr 10.25).
Começa agora o derramamento das sete taças da ira de Deus, isto ocorrerá ainda dentro da Grande Tribulação, e antes da volta do Senhor em Glória com seus santos.
1ª Taça: Chaga má e maligna. “Saiu, pois, o primeiro anjo e derramou a sua taça pela terra, e, aos homens portadores da marca da besta e adoradores da sua imagem, sobrevieram úlceras malignas e perniciosas” (Ap 16.1-2).
Esta primeira praga é semelhante à que caiu no Egito (Êx 9.9-11). Aqui são atingidos todos os adoradores da besta, menos os judeus que possuem o selo de Deus na testa.
Para o mundo que achava ter encontrado a paz e tinha privilégio em servir a besta e o falso profeta, agora, começa a ser derrota e sofrimento por uma chaga má e maligna a atormentar as suas vidas.
1)        Será uma praga terrível sobre os que têm o sinal da besta.
2)        Essa praga será pior do que o câncer.
3)        Será uma epidemia mundial, não haverá recursos médicos para tal enfermidade.
4)        Esta praga invalidará a milhões de pessoas.
Durante a guerra fria, a Rússia continha armas bélicas, mas também biológica (vírus da ebola e da varíola) que seriam usados se numa situação de guerra, mas com a queda do comunismo os cientistas que mantinham guardados estes vírus em laboratórios voltaram para suas pátrias de origem e os levaram juntos. Hoje não se sabe aonde estes vírus estão armazenados. No meu entendimento esses vírus que causam chagas malignas estão guardados para um determinado evento na terra, ou seja na Grande Tribulação.
2ª Taça: As águas do mar apodrecem-se totalmente. “Derramou o segundo a sua taça no mar, e este se tornou em sangue como de morto, e morreu todo ser vivente que havia no mar” (Ap 16.3).
Lembra-se aqui a primeira praga do Egito (Êx 7.19-24). O mar fica tão contaminado que toda criatura dentro dele morre. Na segunda trombeta tocada a terça parte das águas do mar torna-se em sangue, mas com a segunda taça da ira de Deus, todo o mar ficará morto, sem vida.
A presunção do homem em opor se ao verdadeiro Deus e sua Palavra (Bíblia Sagrada), leva-o a receber o castigo que sua própria culpa merece.
3ª Taça: As águas dos rios e das fontes tornar-se-ão em sangue. “Derramou o terceiro a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue. Então, ouvi o anjo das águas dizendo: Tu és justo, tu que és e que eras, o Santo, pois julgaste estas coisas; porquanto derramaram sangue de santos e de profetas, também sangue lhes tens dado a beber; são dignos disso. Ouvi do altar que se dizia: Certamente, ó Senhor Deus, Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos” (Ap 16.4-7).
Na terceira trombeta as águas dos rios e das fontes se tornarão amargas, mas com a 3ª taça derramada elas ficarão em sangue.
Deus é louvado pelos justos juízos. Assim como eles derramaram o sangue dos santos e dos profetas, Deus lhes retribui da mesma maneira, dando-lhes sangue a beber.
João ouve uma voz vinda do altar; Aqui Deus julga as almas daqueles que não aceitaram a marca da besta e foram mortos por amor a Cristo.
4ª Taça: Calor solar. “O quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado queimar os homens com fogo. Com efeito, os homens se queimaram com o intenso calor, e blasfemaram o nome de Deus, que tem autoridade sobre estes flagelos, e nem se arrependeram para lhe darem glória” (Ap 16.8-9).
Hoje já estamos sentidos os efeitos solares sobre o nosso planeta, causados pelo efeito estufa. Naquele dia um terrível calor abrasará a humanidade, a situação será crítica, o sol abrasará os homens com fogo, e bem nesta época não terá água para beber. Mesmo com todos estes terremotos, os homens não se arrependerão dos seus pecados.
No Egito, quando tinham de confessar que as pragas eram de Deus (Êx 8.18-19), os egípcios, ao invés de arrependerem-se, endureciam mais o coração. Da mesma maneira são os súditos da besta e do falso profeta; depois de conhecerem que as pragas são de Deus, não se arrependerão para lhe dar glória.
5ª Taça: O reino da besta (Anticristo) se faz tenebroso. “Derramou o quinto a sua taça sobre o trono da besta, cujo reino se tornou em trevas, e os homens remordiam a língua por causa da dor que sentiam e blasfemaram o Deus do céu por causa das angústias e das úlceras que sofriam; e não se arrependeram de suas obras” (Ap 16.10-11).
Aqui o Senhor Deus derrama da Sua ira. Note que a primeira e a quinta taça atingem especificamente o trono da besta, ferindo na sede de seu poder. A quinta taça começa a lançar em confusão o domínio mundial do Anticristo. E nesta hora a besta e o falso profeta blasfemam de Deus. E no meio do terrível julgamento divino, os homens ainda continuarão firmes sem se arrependerem e permanecerão debaixo da rebelião: “Quem é semelhante à besta e quem pode pelejar contra ela?” (Ap 13.14). A própria besta chefe do Império Romano ressurgido na Grande Tribulação e do Falso Profeta são reservados para uma terrível condenação (Ap 19.20) e aos que associam ao governo daquele reino, caem sob a mão de Deus.
O Anticristo irá incutir na mente dos homens que Deus não tem amor por suas criaturas, e nem por suas obras criadas, pois está enviando pragas sobre a terra para ferir suas criaturas, e os homens darão ouvidos a esta mensagem de rebelião e continuarão pecando, sem arrependerem-se. Deus estará justamente lançando seus juízos terríveis sobre os homens para poder frustrar o reinado do Anticristo, e para os homens se arrependerem.
Na quinta trombeta como na quinta taça, encontra-se evidenciada “a profundeza de Satanás” (Ap 2.24): Satanás agindo em sua plenitude. Nestes dias será solta uma casta de demônios, mais que maligna (Ap 9.1-12), que está reservada para esse juízo (1ª Pe 2.4; Jd 6). Ali os sofrimentos infernais atingirão as nações de um modo geral, aqui serão destinados exclusivamente à besta, na própria sede de seu império. O reino tornar-se-á plenamente “tenebroso”, isto é, ficará inteiramente coberto pelo poder das trevas espirituais: Satanás com completo domínio sobre os homens age à vontade sobre seus demônios infernais (compare com a quinta trombeta).
Todos os vassalos da besta morderão as suas próprias línguas de dor, à semelhança dos que se encontram no lago de fogo (Mt 25.30), tal é o sofrimento produzido pelas chagas em consequências das primeiras quatros pragas.
O sol se escurecerá, o mundo espiritual da maldade tomará conta deste planeta o sofrimento será tal que morderão suas línguas de dor.
6ª Taça: Preparação para o Amargedom. “Derramou o sexto a sua taça sobre o grande rio Eufrates, cujas águas secaram, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do lado do nascimento do sol” (Ap 16.12).
Deus fez secar o Mar Vermelho; fez secar também o rio Jordão em tempo de enchente (Js 3.15-17) Vai secar ainda o rio Eufrates, o grande rio de 2.165 Km de comprimento, de 3 a 10 metros de profundidade e de 200 a 400 metros de largura.
A sétima trombeta e da sexta taça aqui referidos demonstra que o rio Eufrates como um dos limites do Império Romano, uma espécie de barreira que divide o Oriente e o Ocidente, uma vez seco, permitirá a marcha dos reis do Oriente à Terra Santa.
Já no finalzinho da tribulação o Anticristo já sente que o seu tempo está esgotando-se, e então ele prepara-se para sua rebelião final. O sexto anjo vai e seca o Rio Eufrates, preparando o caminho para os reis (que serão nações do mundo inteiro) que, impulsionadas por forças satânicas, participarão do conflito, a saber, a guerra do Amargedom, com rio Eufrates seco, formar-se-á caminho no deserto, e ficará muito mais fácil para chegar até Israel. Os três espíritos semelhantes a rãs são demônios, que farão pressão às nações e as conduzirão até o vale do Amargedom.
Israel nesta altura dos acontecimentos estará por completo banido de suas terras, com todas as artimanhas do Anticristo, Israel será a única nação no mundo que não aceitará a marca do Anticristo.
“Então, vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs; porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus Todo-Poderoso” (Ap 16.13.14).
A trindade satânica deixará sair de sua boca três espíritos imundos, os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo para os congregar para aquele grande dia do Deus Todo Poderoso. O Dragão (Satanás) usará a Besta (chefe do Império Romano) e o Falso Profeta (líder religioso), para provocar o movimento político e militar, de que há de resultar o ajuntamento das nações, que serão arregimentadas no vale de megido especialmente contra os remanescentes de Israel, afim de cumprir-se Isaías 63.4: “Porque o dia da vingança me estava no coração, e o ano dos meus redimidos é chegado”.
Quando Cristo aparecer já as nações estarão em guerra cruciante, em extermínio completo. Satanás estará furioso, preparando os seus exércitos para a destruição final. Jesus, pessoalmente, fará cessar a luta e todos em pânico procurarão esconder-se a Sua presença. Os que arrogantemente resistirem a Ele, serão mortos pelo sopro da sua boca (Ap 19.14).
7º Taça: Haverá terríveis transtornos geológicos. “Então, derramou o sétimo anjo a sua taça pelo ar, e saiu grande voz do santuário, do lado do trono, dizendo: Feito está! E sobrevieram relâmpagos, vozes e trovões, e ocorreu grande terremoto, como nunca houve igual desde que há gente sobre a terra; tal foi o terremoto, forte e grande. E a grande cidade se dividiu em três partes, e caíram as cidades das nações. E lembrou-se Deus da grande Babilônia para dar-lhe o cálice do vinho do furor da sua ira. Todas as ilhas fugiram, e os montes não foram achados; também desabou do céu sobre os homens grande saraivada, com pedras que pesavam cerca de um talento; e, por causa do flagelo da chuva de pedras, os homens blasfemaram de Deus, porquanto o seu flagelo era sobremodo grande” (Ap 16.17-21).
A sétima taça é derramada no ar. A morada de Satanás é no espaço, por isto ele é chamado o príncipe das potestades do ar (Ef 2.2). Cremos que “as hostes espirituais de maldade” (Ef 6.12), foram atingidas, pois o propósito de Deus é extinguir completamente o mal de toda a sua criação.
A grande voz partiu do Trono soando em todo o céu, vinda do templo: “Feito está”. Jesus disse: “Está consumado”, ao concluir a obra da redenção, pelo oferecimento de Sua vida na cruz do Calvário (Jo 19.30). Agora tudo tem chegado a consumação. Chegou o fim de toda oposição e da destruição das obras humanas feitas sem Deus (Is 2). È o final do Império do Anticristo, é a “pequena pedra” de Daniel 2, quando bate nos pés da grande estátua, destruindo-a completamente.
“E sobrevieram relâmpagos, vozes e trovões, e ocorreu grande terremoto, como nunca houve igual desde que há gente sobre a terra; tal foi o terremoto, forte e grande” (v. 18).
Vozes, trovões e relâmpagos, é a continuação de julgamento manifestado no céu e confirmado na terra pelo grande terremoto.
1.        Haverá um grande terremoto, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a terra.
2.        Toda a natureza estará revoltada contra os adoradores da besta. E a cidade de Babilônia, a capital do mundo, a mãe das prostituições e da idolatria, será terrivelmente castigada.
3.        Cairá do céu uma chuva de meteoros do peso de um talento, equivalente de 30 kg.
4.        Essas serão as últimas pragas que surgirão na terra antes de se dar a volta do Senhor, para implantação do Milênio.
Roma será fendida em três partes e todas as cidades das nações cairão. O mundo tornar-se-á um verdadeiro caos, porque todas as cidades ficarão em completa ruína.
Enquanto são destruídas as cidades, com grande alvoroço e morte e confusão, toda a humanidade fica perplexa e perturbada, e ainda cai do céu sobre os homens uma grande chuva de saraiva, cujas as pedras pesam, cada uma, um talento, ou seja, cerca de trinta quilos.
Terminando os 7 anos de Grande Tribulação, nunca devemos nos esquecer de que os crentes nos céus estarão com Jesus neste período, quando já estiver na hora do Senhor voltar à terra para implantar o Milênio, haverá algo de muito importante no céu.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante

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