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quarta-feira, 2 de setembro de 2020

SOLI DEO GLORIA

 


SOLI DEO GLORIA

Estamos tão acostumados com esta expressão: “Glória a Deus!” que corremos o risco de enfraquecermos sua força bíblica. Para muitos a expressão já se tornou um jargão evangélico, um clichê. Contudo, a glória de Deus é a razão maior para tudo o que fazemos.

Isso nos leva a uma séria reflexão: o discípulo de Cristo precisa entender que tudo o que lhe diz respeito deve estar vinculado à glória de Deus. Tudo o que fizermos, seja comer, beber, divertir, trabalhar ou qualquer outra coisa, a glória de Deus deve fazer parte do objetivo final (1 Co. 10.22-31).

Mas, o que seria esta “glória de Deus”? “A glória de Deus é a santidade de Deus colocada em exposição. Isto é, o valor infinito de Deus manifestado. Perceba como Isaías muda de ‘santo’ para ‘glória’: ‘E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória’ (Is. 6:3). Quando a santidade de Deus enche a terra para que as pessoas vejam, ela chama-se glória”

As tentativas de usurpação da glória de Deus são tão antigas quanto a existência do mundo. Nossos primeiros pais (Adão e Eva) foram levados a dar a si mesmos a glória devida a Deus. O que isso significa? Implica em dar a Satanás a glória que é devida a Deus. Autoglorificação é uma forma de transferir para Satanás a glória que é de Deus. O Diabo tem obsessão por glória. Ele a quer a qualquer custo; oferece o que lhe for pedido se, em troca, receber honra, glória e louvor. Obviamente isso não é tão explícito, mas é o que é. Quem busca sua própria glória está assumindo a posição de Satanás, que é roubador da glória de Deus.

Sempre que o povo de Deus deixou de dedicar a Deus TODA a glória enfrentou sérios problemas. A história bíblica e a história da igreja evidenciam essa verdade. O profeta Isaías registrou as palavras do Senhor com relação a isso: “Eu sou o Senhor; esse é o meu nome! Não darei a outro a minha glória nem a imagens o meu louvor” (Is. 42.8). A Moisés o Senhor havia vetado todo tipo de tentativa de associação de qualquer figura viva a Ele (Êx. 20.3-5).

Conferir glória a Deus é uma forma de declarar que Ele é único, o Todo-Poderoso, o Criador, o inigualável, o Santíssimo. Quando o apóstolo Paulo escreveu sua primeira carta aos crentes romanos enalteceu a grandeza de Deus colocando-o acima de tudo e de todos. Escreveu sobre o seu poder de salvar e condenar. Em seguida escreveu sobre a necessidade de dedicarmos toda glória ao Senhor Deus, ou seja, enaltecê-lo, elogiá-lo, adorá-lo… “Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e inescrutáveis os seus caminhos! Quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Quem primeiro lhe deu, para que ele o recompense? Pois Dele, por Ele e para ele são todas as coisas. A Ele seja a glória para sempre! Amém” (Rm. 11.33-36).

O salmista escreveu: “Deem ao Senhor, ó famílias das nações, deem ao Senhor glória e força. Deem ao Senhor a glória devida ao seu nome” (Sl. 96.7,8). A oração que Jesus ensinou aos seus discípulos termina assim: “Teu é o Reino, o poder e a glória para sempre” (Mt. 6.13). Ele mesmo orou dizendo: “Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer” (Jo. 17.4).

A morte do homem natural glorifica a Deus. “O sepultamento da glória do homem é o nascimento da glória de Deus”.

O dever da Igreja não pode ser descumprido: glorificar ao Senhor, servindo ao Cordeiro Jesus Cristo!

“Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós, a Ele seja a glória na Igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre! Amém!”
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

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