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quarta-feira, 30 de setembro de 2020

A GLÓRIA DA SEGUNDA CASA

 


A GLÓRIA DA SEGUNDA CASA

“Quem há entre vós que, tendo ficado, viu esta casa na sua primeira glória? E como a vedes agora? Não é esta como nada em vossos olhos, comparada com aquela?” (Ageu 2:3)

Ciro rei da Pérsia, havia permitido que 50.000 judeus voltassem a Jerusalém sob a liderança do governador Zorobabel e o sumo sacerdote Josué. Durante o segundo ano de seu retorno, foram lançadas os alicerces do templo. A oposição dos samaritanos, porém, fez cessar a obra. Esta tarefa ficou paralisada por dezesseis anos. E, os judeus se tornaram espiritualmente fracos. Foi quando Deus enviou os profetas Ageu e Zacarias para encorajá-los.

1 – A casa do Senhor estava deserta:

“Porventura é para vós tempo de habitardes nas vossas casas forradas, enquanto esta casa fica deserta?” (Ageu 1:4)

Os judeus que voltaram do cativeiro estavam tão ocupados, com os próprios interesses, que passaram negligenciar a construção da casa de Deus. As suas casas estavam revestidas de madeira de cedro, enquanto o templo permanecia em ruínas. Ageu mostra-lhes que a obra de Deus tem que ter primazia. O Reino de Deus e as causas do Mestre precisam ter prioridade em nossa vida: “Mas, buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33). Jesus era zeloso pela casa e obra de Deus: "Lembraram-se então os seus discípulos de que está escrito: O zelo da tua casa me devorará." (João 2:17); -"Disse-lhes Jesus: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e completar a sua obra." (João 4:34); - "Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou." (João 6:38) O que estabelecemos como prioridade, indica o amor que devotamos ao nosso Senhor.
2 – Semeastes muito e recolhestes pouco:

“Tendes semeado muito, e recolhido pouco; comeis, mas não vos fartais; bebeis, mas não vos saciais; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para o meter num saco furado. Assim diz o Senhor dos exércitos: Considerai os vossos caminhos. Subi ao monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me deleitarei, e serei glorificado, diz o Senhor.

Esperastes o muito, mas eis que veio a ser pouco; e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu o dissipei com um assopro. Por que causa? diz o Senhor dos Exércitos. Por causa da minha casa, que está em ruínas, enquanto correis, cada um de vós, à sua própria casa.

Por isso o céu não vos dá o orvalho, e a terra não dá seus frutos. E mandei vir a seca sobre a terra, e sobre as colinas, sobre o trigo e o mosto e o azeite, e sobre tudo o que a terra produz; como também sobre os homens e os animais, e sobre todo o seu trabalho.” (Ageu 1:6-11)

O povo de Deus perdera a sua bênção, pois estava vivendo apenas em função das próprias vantagens. Revelavam um mínimo interesse pelos alvos e propósitos divinos. Podemos esperar um declínio das bênçãos e da ajuda de Deus em nossa vida, se não estivermos envolvidos pela sua obra, tanto no lar quanto entre as nações.
3 – Ouviu a voz do Senhor:

“Então Zorobabel, filho de Sealtiel, e o sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque, juntamente com todo o resto do povo, obedeceram a voz do Senhor seu Deus, e as palavras do profeta Ageu, como o Senhor seu Deus o tinha enviado; e temeu o povo diante do Senhor.” (Ageu 1:12)

Os líderes e o povo reagiram positivamente à mensagem de Ageu. Obedeceram e temeram ao Senhor. Levaram a sério a Palavra de Deus. Recomeçaram de imediato a construção da casa do Senhor.
4 – Eu sou convosco:

“ Então Ageu, o mensageiro do Senhor, falou ao povo, conforme a mensagem do Senhor, dizendo: Eu sou convosco, e diz o Senhor.” (Ageu 1:13)

Deus responde a obediência do seu povo, prometendo-lhe que estaria de seu lado. Fortaleceu-lhes a decisão, ajudou-os a levar adiante a obra: “Então ele me respondeu e disse para mim: Esta é a palavra do Senhor para Zorobabel dizendo: Não é por força, não é pelo poder, mas pelo meu espírito, diz o Senhor dos Exércitos.” (Zacarias 4:6) Estar “Contigo” é a mais grandiosa promessa que o Senhor pode nos fazer: “E o Senhor lhe apareceu naquela noite, e disse: Eu sou o Deus de teu pai Abraão; não temas, porque estou contigo, e eu te abençoarei e multiplicarei tua descendência por causa de meu servo.” (Gênesis 26:24)
“E eu estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar a esta terra; porque não te deixarei até que esteja cumprido aquilo de que te falei.” (Gênesis 28:15)

“E Ele disse: Eu estarei contigo; e isto te será por sinal de que eu te enviei: Quando houveres tirado do Egito meu povo, servireis a Deus neste monte.” ( Êxodo 3:12)

“Ensinando-os a obedecer tudo o que eu vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” (Mateus 28:20)

5 – A glória da segunda casa:

“Quem há entre vós que, tendo ficado, viu esta casa na sua primeira glória? E como a vedes agora? Não é esta como nada em vossos olhos, comparada com aquela?” (Ageu 2:3)

Deus encoraja o povo com três promessas:

a. O próprio Deus estará com eles para garantir o cumprimento de todas as promessas (verso 4).

b. O espírito de Deus permanecerá entre o povo (verso 5).

c. A glória do último templo seria maior do que a do primeiro por causa da demonstração do poder de Deus que nele haverá (verso 9).

O ministério de Jesus e dos apóstolos aconteceu no segundo templo. Não é a beleza da estrutura que dá frutos no Reino de Deus. O que mais importa é a presença dos dons, ministérios e presença do poder do Espírito Santo em nosso meio. O Espírito Santo tem se manifestado em nosso meio, com poder?
6 – Perguntai, agora, aos sacerdotes:

“Ao vigésimo quarto dia do mês nono, no segundo ano de Dario, veio a palavra do Senhor ao profeta Ageu, dizendo: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Pergunta agora aos sacerdotes, acerca da lei, dizendo:

Se alguém levar na aba de suas vestes carne santa, e com a sua aba tocar no pão, ou no guisado, ou no vinho, ou no azeite, ou em qualquer outro mantimento, ficará este santificado? E os sacerdotes responderam: Não.

Então perguntou Ageu: Se alguém, que for contaminado pelo contato com o corpo morto, tocar nalguma destas coisas, ficará ela imunda? E os sacerdotes responderam: Ficará imunda. Ao que respondeu Ageu, dizendo: Assim é este povo, e assim é esta nação diante de mim, diz o Senhor; assim é toda a obra das suas mãos; e tudo o que ali oferecem imundo é.” (Ageu 2:10-14)

A influência corruptiva do pecado é contagiosa Morar na terra santa não torna ninguém santo. O pecado profana tudo o que povo faz, inclusive a adoração.
7 – Aplicai o vosso coração a isso, desde este dia em diante:

“Agora considerai o que acontece desde aquele dia. Antes que se lançasse pedra sobre pedra no templo do Senhor, quando alguém vinha a um montão de trigo de vinte medidas, havia somente dez; quando vinha ao lagar para tirar cinqüenta, havia somente vinte.

Eu vos feri com vento causticante, e com ferrugem, e com granizo, em todo o trabalho de vossas mãos; contudo não houve entre vós quem me desse atenção, diz o Senhor. Sede cautelosos de hoje em diante, fazei uma reflexão até o vigésimo quarto dia do mês nono, em que foi colocado o fundamento do templo do Senhor; considerai bem.

Está ainda semente no celeiro? A videira, a figueira, a romeira, e a oliveira ainda não dão os seus frutos? Desde este dia hei de vos abençoar.” (Ageu 2:15-19)

Deus ordena ao povo que considere por que não fora ainda abençoado. A causa era a desobediência (Ageu 1:9-11). Agora as bençãos vinham a partir da decisão de edificar o templo (a obra). Deus faz com que tudo que empreendam tenha êxito. O favor de Deus, amor, e comunhão, vêm a medida que continuamos a buscá-lo e observar os seus mandamentos.
“Quem tem os meus mandamentos e os obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele. Disse então Judas (não o Iscariotes): Senhor, por que estás para manifestar-te a nós e não ao mundo? Jesus respondeu: Se alguém me ama,guardará a minha palavra. Meu Pai o amará, e viremos a ele e faremos nele morada.” (João 14:21-23)

O Templo foi reiniciado no ano de 520 a.C e terminado no ano 516 a.C.

Concluímos que quando amamos a obra do Senhor e investimos os nossos recursos e trabalho, seremos ricamente abençoados.

As promessas de nosso Deus não falham. Deus é fiel
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante.

terça-feira, 29 de setembro de 2020

DEVORADO POR VERMES



DEVORADO POR VERMES

No capítulo 12 do livro de Atos nos é dito que um certo Herodes – que é conhecido dos historiadores seculares como Herodes Agripa I – mandou matar o apóstolo Tiago, e quis fazer o mesmo com Pedro, mas um anjo apareceu e libertou Pedro da prisão. Então, próximo do fim do capítulo, Lucas nos dá este relato:

“Herodes, tendo-o procurado e não o achando, submetendo as sentinelas a inquérito, ordenou que fossem justiçadas. E, descendo da Judéia para Cesaréia, Herodes passou ali algum tempo. Ora, havia séria divergência entre Herodes e os habitantes de Tiro e de Sidom; porém estes, de comum acordo, se apresentaram a ele e, depois de alcançar o favor de Blasto, camarista do rei, pediram reconciliação, porque a sua terra se abastecia do país do rei. Em dia designado, Herodes, vestido de trajo real, assentado no trono, dirigiu-lhes a palavra; e o povo clamava: É voz de um deus e não de homem! No mesmo instante, um anjo do Senhor o feriu, por ele não haver dado glória a Deus; e, comido de vermes, expirou” (Atos 12:19-23).

Naturalmente, esta é o próprio tipo de história que os céticos dizem que prova que a Bíblia não é historicamente acurada. É muito forçada, eles dizem, para ser verdade.

Acontece, contudo, que a morte de Herodes Agripa é contada também pelo historiador judeu do primeiro século, Josefo. Sua narrativa diz:

“Então, quando Agripa tinha reinado durante três anos sobre toda a Judéia, ele veio à cidade de Cesaréia, que antes era chamada Torre de Strato, e ali ele apresentou espetáculos em honra a César, ao ser informado que ali havia um festival celebrado para se fazerem votos pela sua segurança. Em cujo festival uma grande multidão de pessoas principais se tinha reunido, as quais eram de dignidade através de sua província. No segundo dia dos quais espetáculos ele vestiu um traje feito totalmente de prata, e de uma contextura verdadeiramente maravilhosa, e veio para o teatro de manhã cedo; ao tempo em que a prata de seu traje sendo iluminada pelo fresco reflexo dos raios do sol sobre ela, brilhou de uma maneira surpreendente, e ficou tão resplendente que espalhou horror entre aqueles que olhavam firmemente para ele; e no momento seus bajuladores gritaram, um de um lugar, outro de outro lugar, (ainda que não para o bem dele) que ele era um deus; e acrescentavam: ‘Sê misericordioso conosco, pois ainda que até agora te tenhamos reverenciado somente como um homem, contudo doravante te teremos como superior à natureza mortal’. Quanto a isto o rei não os repreendeu, nem rejeitou sua ímpia bajulação. Mas, estando ele presente, e depois olhou para cima, viu uma coruja pousada numa corda sobre sua cabeça, e imediatamente entendeu que este pássaro era o mensageiro de más notícias, como tinha sido antes mensageiro de boas notícias; e caiu na mais profunda tristeza. Uma dor severa também apareceu no seu abdome e começou de maneira muito violenta. Ele portanto olhou para seus amigos e disse: ‘Eu, a quem chamais deus, estou presentemente chamado a partir desta vida; enquanto a Providência assim reprova as palavras mentirosas que vós agora mesmo me disseram; e eu, que por vós fui chamado imortal, tenho que ser imediatamente afastado depressa para a morte...’ Quando ele acabou de dizer isto, sua dor se tornou violenta. Desse modo, ele foi carregado para dentro do palácio; e o rumor espalhou-se por toda parte, que ele certamente morreria dentro de pouco tempo... E quando ele tinha se esgotado muito pela dor no seu abdome durante cinco dias, ele partiu desta vida” (Antiguidades, XIX, 7.2).

Josefo é muito mais prolixo do que Lucas, mas a concordância entre as duas histórias é tocante. Os relatos são bastante diferentes, para que nenhum pudesse sido copiado do outro. E são bastante semelhantes para atestar um ao outro a autenticidade, ainda que Josefo pareça acrescentar alguns promenores até fantasiosos.

Este é um exemplo de como as fontes antigas, não cristãs, dão testemunho da exatidão histórica da Bíblia. E é uma de muitas. Naturalmente, isto coloca os incrédulos numa posição bem desconfortável. Se a Bíblia é consistentemente acurada em retratar tais eventos como a morte de Herodes, então não temos razão sólida para duvidar dos seus registros de milagres. Não há razão sólida para duvidar da ressurreição de Jesus. Não há evidência sólida de que estas coisas não aconteceram. Mas na Bíblia temos testemunhas oculares de escritores que, ponto por ponto, têm provado a si mesmos como confiáveis. Mais ainda, por meio de outros estudos vemos que é completamente razoável concluir que Deus existe, meramente pelo exame do funcionamento do universo físico. E certamente o Deus que criou o universo é capaz de executar os milagres descritos nas Escrituras. Portanto, vemos novamente que a evidência é toda a favor de aceitar a Bíblia no que ele declara ser – a palavra de Deus.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante.
No capítulo 12 do livro de Atos nos é dito que um certo Herodes – que é conhecido dos historiadores seculares como Herodes Agripa I – mandou matar o apóstolo Tiago, e quis fazer o mesmo com Pedro, mas um anjo apareceu e libertou Pedro da prisão. Então, próximo do fim do capítulo, Lucas nos dá este relato:

“Herodes, tendo-o procurado e não o achando, submetendo as sentinelas a inquérito, ordenou que fossem justiçadas. E, descendo da Judéia para Cesaréia, Herodes passou ali algum tempo. Ora, havia séria divergência entre Herodes e os habitantes de Tiro e de Sidom; porém estes, de comum acordo, se apresentaram a ele e, depois de alcançar o favor de Blasto, camarista do rei, pediram reconciliação, porque a sua terra se abastecia do país do rei. Em dia designado, Herodes, vestido de trajo real, assentado no trono, dirigiu-lhes a palavra; e o povo clamava: É voz de um deus e não de homem! No mesmo instante, um anjo do Senhor o feriu, por ele não haver dado glória a Deus; e, comido de vermes, expirou” (Atos 12:19-23).

Naturalmente, esta é o próprio tipo de história que os céticos dizem que prova que a Bíblia não é historicamente acurada. É muito forçada, eles dizem, para ser verdade.

Acontece, contudo, que a morte de Herodes Agripa é contada também pelo historiador judeu do primeiro século, Josefo. Sua narrativa diz:

“Então, quando Agripa tinha reinado durante três anos sobre toda a Judéia, ele veio à cidade de Cesaréia, que antes era chamada Torre de Strato, e ali ele apresentou espetáculos em honra a César, ao ser informado que ali havia um festival celebrado para se fazerem votos pela sua segurança. Em cujo festival uma grande multidão de pessoas principais se tinha reunido, as quais eram de dignidade através de sua província. No segundo dia dos quais espetáculos ele vestiu um traje feito totalmente de prata, e de uma contextura verdadeiramente maravilhosa, e veio para o teatro de manhã cedo; ao tempo em que a prata de seu traje sendo iluminada pelo fresco reflexo dos raios do sol sobre ela, brilhou de uma maneira surpreendente, e ficou tão resplendente que espalhou horror entre aqueles que olhavam firmemente para ele; e no momento seus bajuladores gritaram, um de um lugar, outro de outro lugar, (ainda que não para o bem dele) que ele era um deus; e acrescentavam: ‘Sê misericordioso conosco, pois ainda que até agora te tenhamos reverenciado somente como um homem, contudo doravante te teremos como superior à natureza mortal’. Quanto a isto o rei não os repreendeu, nem rejeitou sua ímpia bajulação. Mas, estando ele presente, e depois olhou para cima, viu uma coruja pousada numa corda sobre sua cabeça, e imediatamente entendeu que este pássaro era o mensageiro de más notícias, como tinha sido antes mensageiro de boas notícias; e caiu na mais profunda tristeza. Uma dor severa também apareceu no seu abdome e começou de maneira muito violenta. Ele portanto olhou para seus amigos e disse: ‘Eu, a quem chamais deus, estou presentemente chamado a partir desta vida; enquanto a Providência assim reprova as palavras mentirosas que vós agora mesmo me disseram; e eu, que por vós fui chamado imortal, tenho que ser imediatamente afastado depressa para a morte...’ Quando ele acabou de dizer isto, sua dor se tornou violenta. Desse modo, ele foi carregado para dentro do palácio; e o rumor espalhou-se por toda parte, que ele certamente morreria dentro de pouco tempo... E quando ele tinha se esgotado muito pela dor no seu abdome durante cinco dias, ele partiu desta vida” (Antiguidades, XIX, 7.2).

Josefo é muito mais prolixo do que Lucas, mas a concordância entre as duas histórias é tocante. Os relatos são bastante diferentes, para que nenhum pudesse sido copiado do outro. E são bastante semelhantes para atestar um ao outro a autenticidade, ainda que Josefo pareça acrescentar alguns promenores até fantasiosos.

Este é um exemplo de como as fontes antigas, não cristãs, dão testemunho da exatidão histórica da Bíblia. E é uma de muitas. Naturalmente, isto coloca os incrédulos numa posição bem desconfortável. Se a Bíblia é consistentemente acurada em retratar tais eventos como a morte de Herodes, então não temos razão sólida para duvidar dos seus registros de milagres. Não há razão sólida para duvidar da ressurreição de Jesus. Não há evidência sólida de que estas coisas não aconteceram. Mas na Bíblia temos testemunhas oculares de escritores que, ponto por ponto, têm provado a si mesmos como confiáveis. Mais ainda, por meio de outros estudos vemos que é completamente razoável concluir que Deus existe, meramente pelo exame do funcionamento do universo físico. E certamente o Deus que criou o universo é capaz de executar os milagres descritos nas Escrituras. Portanto, vemos novamente que a evidência é toda a favor de aceitar a Bíblia no que ele declara ser – a palavra de Deus.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

A FÚRIA DO DIABO



 A FÚRIA DO DIABO

A guerra de Satanás contra o povo de Deus―inclusive contra Jesus Cristo, contra os descendentes naturais da antiga Israel e contra todos os verdadeiros cristãos―é o principal assunto de Apocalipse 12 e 13. Estes capítulos explicam a motivação do diabo e introduz os poderes do mundo que ele emprega em sua batalha final contra Cristo e Seus servos.

João começa assim: “E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça. E estava grávida e com dores de parto e gritava com ânsias de dar à luz” (Apocalipse 12:1-2). Esta mulher simboliza o povo de Deus, escolhido para ser a luz do mundo  em contraste com a mulher de Apocalipse 17, que é a mãe das meretrizes.

Estas imagens lembram a história ancestral da antiga Israel. O patriarca José descreveu um de seus sonhos reveladores para sua família: “E disse . . . Eis que ainda sonhei um sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim. E, contando-o a seu pai [Jacó, ou Israel] e a seus irmãos, repreendeu-o seu pai e disse-lhe: Que sonho é este que sonhaste? Porventura viremos eu, e tua mãe, e teus irmãos a inclinar-nos perante ti em terra?” (Gênesis 37:9-10).

No entanto, depois que José tornou-se vice-governador de Faraó no Egito, sua família curvou-se diante dele. Seu sonho provou ser uma revelação de Deus.

Jacó, pai de José, rapidamente captou o simbolismo do sonho de José. O sol representava a Jacó, a lua a sua esposa e as estrelas os seus filhos―doze ao todo, incluindo José. Em outras palavras, o simbolismo do sonho de José referia-se à família de Jacó, da qual se originou a antiga nação de Israel. A mulher, em Apocalipse 12, vestida com esses mesmos símbolos, também representa a família de Jacó, que depois tornou-se uma nação povo de Israel escolhido por Deus.

Muitas centenas de anos depois da época de José, os judeus (descendentes das tribos de Judá, Benjamin e Levi) e alguns remanescentes das outras tribos foram os únicos descendentes da antiga Israel que permaneceram na Palestina. O poderoso Império Romano dominava-os quando chegou o tempo de Jesus, o Messias, nascer na nação judaica. “E deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono” (Apocalipse 12:5).

Mas note o que aconteceu imediatamente após o nascimento de Cristo. Satanás, simbolizado pelo dragão, “parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho” (versículo 4). Os Evangelhos registram como Satanás influenciou a Herodes, o rei romano dos judeus, para matar todas as crianças do sexo masculino de dois anos para baixo ao redor de Belém, numa tentativa de eliminar a potencial ameaça ao seu trono (Mateus 2:16). O rei não sabia que Deus já havia livrado Jesus porque seus pais humanos apressadamente O levaram para o Egito até que Herodes morresse (versículos 13-14).

Por causa desse cuidado amoroso de Deus, Satanás foi impedido de destruir a mulher estimada (Apocalipse 12:6). No entanto, Satanás, de novo, perseguirá e matará implacavelmente o povo de Deus no tempo do fim.

A guerra total de Satanás
Observe o próximo evento. “E houve batalha no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão; e batalhavam o dragão e os seus anjos, mas não prevaleceram; nem mais o seu lugar se achou nos céus. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele” (versículos 7-9).

Este evento ocorre pouco antes de Cristo retornar para trazer “a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus” (versículo 10). Então o anjo de Deus anuncia: “Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar! Porque o diabo desceu a vós e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo” (versículo 12).

Quando Satanás perde sua batalha com os anjos de Deus, ele dirige a sua fúria contra o povo de Deus, simbolicamente representado pela mulher anteriormente mencionada (versículos 13). É evidente que a espiritual “Israel de Deus” agora são os membros de Sua Igreja (ver Gálatas 6:16; 3:7, 29; Romanos 2:25-29). Deus promete a esta mulher favorecida um lugar “onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo [três anos e meio], fora da vista da serpente” (versículo 14). Deus vai intervir para ajudar a mulher a sobreviver durante este tempo de aflição inacreditável (versículos 15-16).

A guerra de Satanás será dirigida não apenas contra os descendentes naturais, físicos, de Israel, como quando do nascimento de Cristo, mas ainda mais específicamente contra o “resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo” (versículo 17).

Observe que Satanás se enfurecerá especialmente contra os santos que guardam os mandamentos e que seguem, hoje em dia, os ensinamentos de Cristo. Todos eles estão destinados a serem odiados. Embora esteja profetizado que alguns vão sobreviver ao furioso ataque instigado por Satanás, as Escrituras revelam que muitos serão martirizados. Como Cristo já havia advertido: “Então, vos hão de entregar para serdes atormentados e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as gentes por causa do meu nome” (Mateus 24:9).

O império perseguidor
O poder geopolítico mais ativamente envolvido nesta perseguição ao povo de Deus―que é uma revivificação do Império Romano do fim dos tempos, como veremos―é introduzido em Apocalipse 13 como “uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e, sobre os chifres, dez diademas, e, sobre as cabeças, um nome de blasfêmia” (versículo 1). Esta “besta” recebe “seu poder, e o seu trono, e grande poderio” do dragão, Satanás (versículo 2; compare 12:3). Suas características são como as de um leopardo, de um urso e de um leão (Apocalipse 13:2).

Daniel escreveu séculos antes sobres essas mesmas bestas como símbolos dos sucessivos impérios da Babilônia, da Pérsia e da Grécia (Daniel 7:4-6; comparar com Daniel 8:19-22), cada um governaria a Terra Santa. Mais tarde, esse território seria conquistado e controlado por Roma, sinônimo da terrível quarta besta descrita por Daniel. João escreve sobre o renascimento desse antigo sistema: “E vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta” (Apocalipse 13:3).

No tempo do fim todos esses impérios antigos parecerão, de uma perspectiva histórica, ter sido destruídos definitivamente. Mas grande parte de sua antiga herança cultural e religiosa foi cuidadosamente preservada. Esta herança do Império Romano será restabelecida no fim dos tempos, uma poderosa aliança de dez “reis” ou governantes―atualmente intitulados como presidentes, primeiro-ministros ou chanceleres―surgirá pouco antes da volta de Cristo.

Em Daniel 2 a herança deste poderoso reino ou império do tempo do fim é representada por uma estátua de uma figura humana composta de quatro metais (versículos 31-33). Sua cabeça representa o império neo-babilônico de Nabucodonosor (versículos 37-38), que conquistou e destruiu Jerusalém em 586 a.C. Os poderes dominantes depois da Babilônia, representados por outras partes da imagem, foram o império Medo-persa, império Greco-macedônio estabelecido por Alexandre, o Grande, e o Império Romano (versículos 39-40).

A manifestação final deste sistema é representada pelos pés da estátua: “Assim como os dedos eram em parte de ferro e em parte de barro, também esse reino será em parte forte e em parte frágil. E, como viste, o ferro estava misturado com o barro. Isso significa que se buscarão fazer alianças políticas por meio de casamentos, mas a união decorrente dessas alianças não se firmará, assim como o ferro não se mistura com o barro. Na época desses reis, o Deus dos céus estabelecerá um reino que jamais será destruído . . .” (versículos 42-44, NVI). Em outras palavras, os dez dedos desta imagem vai existir no tempo do fim e serão esmagados ao voltar Jesus Cristo (versículos 34, 44-45).

Os dez dedos na estátua de Daniel 2, aparentemente correspondem aos dez chifres da besta de Apocalipse 17. Então, o que significam esses dez chifres?

“Os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão o poder como reis por uma hora, juntamente com a besta. Estes têm um mesmo intento e entregarão o seu poder e autoridade à besta. Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá . . .” (Apocalipse 17:12-14).

A “besta”, formada por todos esses chifres, será um império do tempo do fim governado por Satanás, a qual terá vida curta. Como veremos mais adiante, será uma entidade política, religiosa e militar economicamente guiada como o império governado pela antiga Babilônia.

A besta que aparece a João em Apocalipse 13 é composta dos impérios representados pela imagem descrita em Daniel 2 e pelas quatro bestas de Daniel 7. O quarto animal de Daniel 7 foi o Império Romano, descrito como diferente daqueles que o precederam. A besta composta de Apocalipse 13 é uma ressurreição desse Império Romano, incorporando as características dos três impérios anteriores.

João refere-se claramente aos outros impérios quando diz: “E a besta que vi era semelhante ao leopardo [o império grego], e os seus pés, como os de urso [o império persa], e a sua boca, como a de leão [antiga Babilônia]; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio” (versículo 2).

Veja como essa besta, possuindo muitas características chaves dos impérios perseguidores precedentes, será poderosa ao se manifestar no tempo do fim: “E toda a terra se maravilhou após a besta. E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?”

“E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses. E abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu. E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda tribo, e língua, e nação” (Apocalipse 13:3-7).

O livro de Apocalipse revela, em mais de uma perspectiva, o surgimento deste vasto império do fim dos tempos governado a partir de uma grande cidade, classificada por Deus como “A GRANDE BABILÔNIA” (Apocalipse 17:5, 18), referindo-se aqui a Roma. Esta ressurreição final do Império Romano, centrado na Europa, está destinada a se tornar a superpotência dominante do mundo. Satanás a usará como sua principal arma contra Cristo e Seu povo no final da era.

Satanás fará com que o ditador humano do fim dos tempos do império bestial―que também é referido como “a besta”―seja adorado em todo o mundo. Satanás dará a este ditador o poder de transformar seus objetivos políticos e militares (assim como os de Satanás) em uma cruzada religiosa mundial.

João explica: “E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Apocalipse 13:8).

O fator religioso
Depois João diz: “Então vi outra besta que saía da terra, com dois chifres como cordeiro, mas que falava como dragão. Exercia toda a autoridade da primeira besta, em nome dela, e fazia a terra e seus habitantes adorarem a primeira besta, cujo ferimento mortal havia sido curado” (Apocalipse 13:11-12, NVI).

Quem é a segunda besta? Ela é um instrumento de Satanás usada por sua posição e autoridade para influenciar a humanidade a adorar a primeira besta.

Como ele convencerá as massas a aceitar tamanha arrogância? Ele será um enganador habilidoso e capacitado manipulado diretamente por Satanás. “E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens. E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida de espada e vivia. E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta” (versículos 13-15).

Depois disso João descreve o poderoso líder religioso como “o falso profeta que havia realizado os sinais milagrosos em nome dela [da Besta]” (Apocalipse 19:20, NVI). O Falso Profeta é, evidentemente, o líder satânico de um falso sistema religioso representado pela mulher imoral montada na besta de Apocalipse 17 (ver “As Duas Mulheres de Apocalipse” que começam na página 58).

Paulo também predisse a vinda de um enganador super-poderoso: “E, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira, e com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem” (2 Tessalonicenses 2:8-10). Tragicamente, a maioria das pessoas será enganada ao acreditar nele.

Haverá novamente adoração ao imperador?
Para a maioria de nós o cenário profetizado do culto mundial à Besta―muito parecido com o culto aos antigos imperadores romanos―pode parecer quase impossível de se repetir nesta era moderna. Mas tão recentemente como durante a Segunda Guerra Mundial os japoneses eram obrigados a adorar o imperador do Japão. Seus soldados travavam a guerra entusiasmadamente em seu nome.

Devemos lembrar também que durante a nossa vida muitos líderes religiosos têm surgido dizendo representar seres divinos na carne. Alguns tem obtido sucesso e seduzem milhares de seguidores em todas as esferas sociais. Às vezes, esses discípulos iludidos têm entregue prontamente suas vidas aos caprichos de tais líderes.

A ideia de que humanidade moderna não pode ser enganada por um líder fanático—especialmente um com uma personalidade poderosamente carismática—absolutamente não é verdade. A história prova que sempre é possível.

A segunda besta descrita em Apocalipse 13 se apresenta como um cordeiro (como Cristo), mas fala como um dragão (o diabo). Ele vai persuadir o mundo a adorar a primeira besta (versículo 12). Ele até influenciará e convencerá os negociantes do comércio internacional, a ponto de que “ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome” (versículo 17). (Para obter informações adicionais, consulte “A Marca e o Número da Besta”, página 56.)

Vencedores e perdedores
O resultado inevitável da guerra de Satanás contra os servos de Deus é o assunto do capítulo 14 e dos quatro primeiros versículos do capítulo 15. Aqui os verdadeiros vencedores e perdedores são claramente descritos nas mensagens divinas entregues pelos anjos.

Cristo, representado como um cordeiro, é retratado no meio dos cento e quarenta e quatro mil “que em sua testa tinham escrito o nome dele e o de seu Pai” (Apocalipse 14:1). Estes são descritos como aqueles que seguiram fielmente a Cristo, o Cordeiro, em vez da besta mesmo durante este tempo de grande tribulação (versículo 4).

João descreve esses servos honrados e leais de Cristo como “irrepreensíveis diante do trono de Deus” (versículos 4-5). E continua: “E vi um como mar de vidro misturado com fogo; e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro . . .” (Apocalipse 15:2-3, NVI; compare a 14:3).

João está vendo-os, em sua visão, cantando e se alegrando, enfim, como os verdadeiros vencedores deste grande conflito espiritual.

João também vê que antes desta guerra acabar “toda a nação, e tribo, e língua, e povo” terá a mensagem deste “evangelho eterno” proclamado a eles: “Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra . . .” (Apocalipse 14:6-7, NVI). Durante esse tempo, a iminente queda e destruição dessa grande cidade, a Grande Babilônia, é anunciada por um outro anjo (versículo 8).

João também identifica claramente os perdedores na guerra pelo controle espiritual da humanidade: “Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, Também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira “ (versículos 9-10). O julgamento das pessoas que seguem os caminhos de Satanás, julgamento há muito esperado pelos servos de Deus, está à mão.

Os santos têm toda a razão para estarem confiantes no resultado. Mas, por enquanto, as provas do povo de Deus ainda não acabaram: “Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus. E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem” (versículos 12-13, NVI). Aparentemente, Satanás enviará até o fim os seus instrumentos humanos enganados para perseguir e matar aqueles que realmente tentam obedecer e servir a Deus.

Então segue-se uma descrição de Cristo e de um anjo removendo os maus e sua maldade da terra como um fazendeiro removeria os grãos de um campo com uma foice ou “ajunta os cachos de uva da videira da terra” (versículos 14-18, NVI). E aqueles colhidos são lançados “no grande lagar da ira de Deus” (versículos 19-20, NVI). Deus vai manifestar a Sua ira através das “sete últimas pragas, pois com elas se completa a ira de Deus” (Apocalipse 15:1, NVI).
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante.

domingo, 27 de setembro de 2020

MINISTÉRIO DA INTERCESSÃO

 


MINISTÉRIO DA INTERCESSÃO

É algo especifico dado por Deus a alguém, também considerado como um dom especial que contribui para o crescimento e fortalecimento do corpo de Cristo.

E da mesma maneira também o ESPÍRITO ajuda as nossas fraquezas, porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo

ESPÍRITO intercede por nós com gemidos inexprimíveis. {Romanos: 8 v. 26}.

INTERCESSÂO: Oração feita com intensidade, sempre colocando um objetivo direto para orar por alguém, povos, nações, paises, e em geral, são momentos em que o intercessor se coloca em oração na intimidade e comunhão com Deus.

INTERCESSOR: Vem do ato de interceder, aquele que fica e serve de intermediário por outro através da oração num pedido; aquele que entra na brecha pela vida de alguém e torna-se seu intercessor no momento da oração e do pedido.

É comum o intercessor ter sentimentos pelas almas quando o Senhor o coloca pra orar.

Veremos alguns sinais que considero importante na vida de um intercessor e que define a característica do homem e da mulher de Deus como intercessores:


OS SINAIS:

O GEMIDO: É uma característica peculiar do intercessor, pois este gemido vem do Espírito Santo e quando isso acontece à oração se torna sobrenatural e a pessoa passa a orar com gemidos promovidos pelo próprio ESPÍRITO que o faz sentir na hora da intercessão, isto se dá no momento em que o Senhor faz com que o intercessor sinta com gemidos a situação daquele por quem está sendo feita à intercessão, e esse sentimento é espiritual, e isto eu digo, o mesmo gemido com que o ESPÍRITO vive, faz com que o intercessor possa viver também.

O CHORO: É outra característica peculiar do intercessor, que move a sua oração diante do Senhor através do choro que vem de dentro de sua alma, isto também é promovido pelo ESPÍRITO, que através deste sentimento faz com que o intercessor sinta a necessidade de qualquer situação daquele por quem o Senhor lhe direcionou a orar, ele se torna uma pessoa sensível aos sentimentos do ESPÍRITO, o intercessor neste caso sua oração muitas vezes se resume em choro, que também é caracterizado como uma forma de oração intensa.

ELE SOFRE PELAS ALMAS: Vemos em II corintios 11 do versículo 16 ao 33 o Apóstolo Paulo fazendo a sua defesa com respeito aos grandes sofrimentos que ele tinha sofrido por amor aos irmãos, e vemos ai uma marca da intercessão do Apóstolo Paulo.

O cristão que não tem um sentimento de sofrer pelas almas precisa rever seus conceitos de testemunha de Jesus, e este sentimento é, sentir amor e ser apaixonado pelas almas que precisam de salvação.

O intercessor nesta característica sofre quando ele vê uma pessoa acorrentada por satanás e que precisa de libertação, e por este sentimento passa a orar por esta pessoa até que ela seja completamente liberta.

Também é promovido pelo ESPÍRITO este sentimento pra que o intercessor sinta em sua alma o sofrer do seu próximo.

ELE SENTE DOR: Pode até parecer estranho para alguns este sentimento, e alguém dizer por que eu tenho que sentir dor?

Vou contar uma experiência que aconteceu comigo num monte orando onde eu estava fazendo uma campanha no dia 18 de outubro de 2000, o Senhor mandou eu fazer um jejum com pão asmo e água e eu comi aquela comida no monte, apartir daquele momento comecei a sentir dores no meu corpo de forma incontrolável que eu gemia e gritava ao mesmo tempo de dor e não conseguia entender porque estava sentindo aquilo, eu nunca tinha sentido uma dor assim antes, então o Senhor me falou que ELE estava fazendo eu sentir as dores das pessoas que estavam doentes de todas as sortes de moléstias e problemas e era pra eu orar pra essas pessoas serem curadas e libertas, pra mim aquele ato era algo novo no meu Ministério e em minha vida, passei três dias sentindo aquelas dores todas as vezes que ia orar, tomei vários tipos de remédios para o fígado, pra dor de estômago e musculares, mas o Senhor queria me ensinar algo com isso e foi tremendo para o meu Ministério e aprendizado.

Depois de quase três dias era numa quinta-feira as 10:00h da manha quando o Senhor me disse servo não adianta tomares remédios, pois o que estas sentindo não é dor carnal e sim dor espiritual pelas almas, e realmente nenhum dos remédios que tomei fizeram efeito e nem aliviava as dores do meu corpo, mas o que me impressionou na época foi que quando se completaram os três dias que durou até as 14:00h do sábado daquela semana, pois o Senhor tinha falado que duraria 72 horas aquela experiência e realmente eu confirmo que ao termino do período não sentir mas aquelas dores, o interessante foi para mim ver depois daquela experiência as pessoas sendo curadas pela minha oração, pois entendi o que aconteceu comigo foi um ato profético da parte do Senhor para que depois acontecesse o seu objetivo na minha vida.

Também considero esse tipo de oração uma característica do intercessor dado pelo Senhor para aperfeiçoar o MINISTÉRIO DA INTERCESSÃO na vida dos servos de Deus.

A VIDA DO INTERCESSOR: Precisa ser de forma irrepreensível na sua conduta cristã, não dando lugar pro adversário bloquear sua intercessão através de brechas, portas e vínculos em sua vida que ainda dão direitos a satanás de dominar determinadas áreas da vida da pessoa.

Neste caso as retaliações são freqüentes na vida da pessoa e são áreas que ainda não estão cobertas pela armadura de Deus, por isso quando um intercessor ora por alguma pessoa se colocando por ela na brecha e o intercessor tiver alguma área de sua vida não liberta pelo Senhor, com certeza terá problemas com o mundo espiritual das trevas, pois satanás parte pra cima e joga os seus dardos inflamados e se houver brechas, portas e vínculos não fechados, as retaliações alcançarão a vida da pessoa.

Por isso aconselho que antes da pessoa querer ser um intercessor, procure libertação de áreas que ainda possa estar dando motivos pra satanás manter sua vida cativa.

Ser um intercessor é ter uma vida diariamente de oração constante na presença do Senhor, é um Ministério precioso nas mãos do nosso Deus.

Ninguém consegue manter uma vida de intercessão, só com a oração do café da manha, do almoço, da janta e na hora de dormir, tem que ter uma vida no altar da oração com o Senhor.

O intercessor não sente preguiça de orar e sempre procura andar no comando, na comunhão e intimidade com o Senhor.

Eu creio que o intercessor através da oração passa a ser um guerreiro ativo na guerra da Batalha Espiritual.

E quando entra em oração, manda bombardeios de fogo e unção do poder de Deus que sempre desestrutura e quebra as fortalezas do inimigo colocadas nas pessoas, cidades, povos, nações e em geral.

Considero importantíssimo que seja levantado o MINISTÉRIO DA INTERCESSÃO na Igreja do Senhor nos dias de hoje, pois creio que uma Igreja que tenha um grupo de INTERCESSORES seria como que levantar um muro ao seu redor com colunas bem firmes e preparadas, ficando assim uma Igreja pronta para guerra e de difícil acesso para satanás e seu reino.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante.