O PRÍNCIPE DESSE MUNDO IMPERA
livro de Apocalipse responde a essas perguntas!
João escreve: “Vi no céu outro sinal, grande e maravilhoso: sete anjos com as sete últimas pragas, pois com elas se completa a ira de Deus … E um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro cheias da ira de Deus …” (Apocalipse 15:1, 7, NVI).
Antes de examinarmos a natureza desta fase final dos castigos de Deus sobre os seres humanos que se recusaram a se arrepender (Apocalipse 16:9, 11), precisamos entender nossa situação a respeito do cenário dessas pragas.
Como já vimos, os que adoram a Besta serão os alvos da “ira” de Deus “sem mistura” [isto é, de força máxima] representada pelas sete últimas pragas. Além disso, essas coisas serão finalizadas “na presença do Cordeiro” (Apocalipse 14:9-10, NVI). Essas palavras indicam que todas as sete últimas pragas acontecerão dentro de um breve espaço de tempo. Quando Cristo descer através das nuvens, “todo olho O verá” (Apocalipse 1:7; compare Atos 1:9-11). Estes versículos sugerem que, uma vez que estas punições ocorram, o envolvimento direto de Cristo será visível para o mundo inteiro.
É importante lembrar que essas sete pragas representam os aspectos finais da sétima trombeta ou o “terceiro ai”, incluindo o retorno de Cristo (Apocalipse 11:14-15). Um dos propósitos para o Seu retorno é “destruir aqueles que destroem a terra” (versículo 18). Em outras palavras, Jesus planeja supervisionar pessoalmente a fase final da destruição do reino de Satanás.
As sete últimas pragas completará a punição de Deus e a destruição do maligno e satânico sistema governamental, cultural e religioso que começou na antiga Babilônia. Como Deus concluirá esta fase de Seu plano? Qual será o impacto de sua conclusão sobre as nações?
O plano de Deus para destruir o reino de Satanás―focaliza especialmente em sua principal cidade, a Grande Babilônia―foi concebido para mudar os padrões e as práticas de culto em todo o mundo. Depois que Ele terminar essa destruição, “todas as nações virão e se prostrarão diante de” Deus (Apocalipse 15:4).
Esta será uma reversão incrível. Por quê? Porque ao começar as pragas essas nações estarão concentradas na adoração da “besta e a sua imagem” (Apocalipse 14:11). Isto inclui o culto aos “demônios e os ídolos de ouro, e de prata, e de bronze, e de pedra, e de madeira, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar” (Apocalipse 9:20).
O reino de Satanás não deve apenas ser destruído, mas também os cidadãos de cada nação deve entender que Deus, que deu os Dez Mandamentos para a antiga Israel, é a fonte desta destruição. Eles tem que ver que os deuses e ídolos aos quais servem são totalmente indefesos e impotentes diante de Deus, a quem eles se recusaram a obedecer. O capítulos 16 a 20 de Apocalipse nos dão detalhes que mostram o Deus vivo cumprindo isso.
As sete últimas pragas
“E ouvi, vinda do templo, uma grande voz, que dizia aos sete anjos: Ide e derramai sobre a terra as sete taças da ira de Deus” (Apocalipse 16:1). Deus escolheu cuidadosamente cada um destes sete castigos. Cada um fará com que o reino da Besta colha o que plantou.
Cada um deles está diretamente ligado aos pecados desse sistema maligno como um todo, um sistema voltado ao desfrute dos prazeres e das riquezas, independentemente dos prejuízos causados aos outros. Muitos dos que vivem nele, que têm entendido e praticado o que é correto, foram perseguidos e mortos porque estavam em desarmonia com a visão e as atitudes distorcidas dessa sociedade.
Observe a atitude das pessoas em geral “nos últimos dias”. Paulo as descreve como “amantes de si mesmos, avarentos [que amam o dinheiro] … incontinentes, cruéis … mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela” (2 Timóteo 3:1-5).
Ele as descreve como obcecadas pelo conhecimento, mas lamentavelmente carentes de entendimento e “que aprendem sempre e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade” (versículo 7). Esta é uma sociedade completamente enganada.
Deus mostra que somente será capaz de atingir suas mentes cegas levando-os a colher o que semearam. E isso é o que Ele pretende fazer com as sete últimas pragas.
“O primeiro anjo foi e derramou a sua taça pela terra, e abriram-se feridas malignas e dolorosas naqueles que tinham a marca da besta e adoravam a sua imagem” (Apocalipse 16:2, NVI). Sua adoração equivocada―sua forma de piedade sem substância―tem sido a principal causa da dor infligida aos servos de Deus. Assim, a primeira praga manda de volta a seus perpetradores essa angústia.
“O segundo anjo derramou a sua taça no mar, e este se transformou em sangue como de um morto, e morreu toda criatura que vivia no mar” (versículo 3, NVI). O reino da Besta vinha sido sistematicamente matando os servos de Deus. Agora, o mar torna-se um lago de sangue―uma agravamento da recente praga da segunda trombeta. As áreas costeiras densamente povoadas serão impregnadas pelo fedor de sangue e de peixe morto. O retorno de Cristo fará com que os que apóiem a guerra da Besta contra Seus servos, sejam pessoalmente afetados com o fedor e a repugnância da morte.
“O terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes [intensificando o impacto da praga da terceira trombeta anterior], e eles se transformaram em sangue. Então ouvi o anjo que tem autoridade sobre as águas dizer: Tu és justo, tu, o Santo, que és e que eras, porque julgaste estas coisas; pois eles derramaram o sangue dos teus santos e dos teus profetas, e tu lhes deste sangue para beber, como eles merecem. E ouvi o altar responder: ‘Sim, Senhor Deus todo-poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos’” (versículos 4-7, NVI). Lembre-se, tudo isso está acontecendo muito rapidamente “diante dos santos anjos e diante do Cordeiro” (Apocalipse 14:10).
“O quarto anjo derramou a sua taça no sol, e foi dado poder ao sol para queimar os homens com fogo. Estes foram queimados pelo forte calor e amaldiçoaram o nome de Deus, que tem domínio sobre estas pragas; contudo, recusaram arrepender-se e glorificá-lo” (Apocalipse 16:8-9, NVI).
O reino de Satanás está fundamentado sobre uma “aparência de piedade” (2 Timóteo 3:5), que tem substituído constantemente os mandamentos de Deus pelas muitas tradições que começaram na antiga Babilônia. Seu reino foi à “guerra [contra os] … que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo” (Apocalipse 12:17). Por isso Deus, que tem controle de tudo e em toda parte, vai voltar-se contra aquele reino, do próprio sol, que muitos inconscientemente ainda adoram.
O costume moderno de substituir o domingo [em inglês, Sunday, dia do sol]―dia dedicado originalmente pelos pagãos a adoração ao sol―no lugar do sétimo dia bíblico, Sábado, é um exemplo claro de tal adoração.
Além disso, o costume de comemorar o Natal vem de uma outra antiga tradição de celebrar o “renascimento” anual do Sol no solstício de inverno. Como está escrito em quase toda enciclopédia, o dia vinte e cinco de dezembro era celebrado nas antigas religiões pagãs como o aniversário do sol, e mais tarde adotado como o suposto aniversário de Cristo. (Para entender melhor a perspectiva de Deus sobre tais práticas, não deixe de baixar ou solicitar a sua cópia gratuita de Feriados ou Dias Santos: Tem Alguma Importância Comemorar Esses Dias?)
Jesus repreendeu as pessoas do Seu século por substituir os mandamentos de Deus pelas tradições humanas: “Em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens” e “invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição” (Marcos 7:7, 9).
“O quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, cujo reino ficou em trevas. De tanta agonia, os homens mordiam a própria língua, e blasfemavam contra o Deus dos céus, por causa das suas dores e das suas feridas; contudo, recusaram arrepender-se das obras que haviam praticado” (Apocalipse 16:10-11, NVI). Deus agora acrescenta o terror da escuridão total (maior ainda que a praga da quarta trombeta anterior) à dor das feridas, ao fedor de sangue e ao calor insuportável que eles já experimentam. A escuridão é uma praga apropriada por causa da escuridão espiritual que a Besta lançou sobre o mundo.
As nações se unem para lutar Cristo
“O sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates, e secaram-se as suas águas para que fosse preparado o caminho para os reis que vêm do Oriente. Então vi saírem da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs. São espíritos de demônios que realizam sinais milagrosos; eles vão aos reis de todo o mundo, a fim de reuni-los para a batalha do grande dia do Deus todo-poderoso … Então os três espíritos os reuniram no lugar que, em hebraico, é chamado Armagedom” (versículos 12-16, NVI).
Lembremos novamente que as sete últimas pragas são o auge da sétima trombeta ou terceiro ai. Como vimos anteriormente, a sexta trombeta (o segundo ai) apresentou um violento ataque militar global em uma escala nunca antes vista. Agora, a sexta, das sete últimas pragas, mostra uma mobilização para os últimos espamos dolorosos desta luta.
Em antecipação ao surgimento de Cristo nas nuvens, Deus permitiu a Satanás e seus demônios realizarem sinais aparentemente milagrosos para incentivar os líderes mundiais a deslocarem seus exércitos para a Terra Santa. Embora, a intenção inicial possa ser batalhar entre si, eles juntarão forças contra o retorno de Cristo. O objetivo de Satanás sempre foi lutar contra Cristo na Sua vinda, usando os exércitos do mundo.
Os exércitos agora estão reunidos em Armageddon (a forma grega do hebraico Har Megiddo, ou “monte de Megido”, cerca de oitenta e oito quilômetros ao norte de Jerusalém), aparentemente sobre uma vasta planície aberta, que fica ao leste deste lugar. A batalha final, que terá lugar em Jerusalém (veja Zacarias 14), está prestes a começar.
“E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está feito!” (Apocalipse 16:17). Todos os esforços de Deus para trazer os seres humanos à razão agora chegaram ao fim. Entretanto, a humanidade continua, obstinadamente, se recusando a se arrepender.
Enquanto o Salvador da humanidade desce à terra, João explica que “a grande Babilônia” é lembrada por “Deus para lhe dar o cálice do vinho da indignação da sua ira” (versículo 19).
Isto é cumprido, em parte, por “um grande terremoto, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a terra” (versículo 18). E as ilhas e as montanhas desaparecem quando a terra é sacudida e estremecida (versículo 20).
Veja o que se segue a estas grandes convulsões terrestres: “vindas do céu, enormes pedras de granizo” destroem a terra e seus habitantes (versículo 21, NIV). O reino da “Babilônia” moderna de Satanás está sendo sistematicamente demolido.
O motivo da destruição da grande Babilônia
Os capítulos 17 a 19 explicam a razão da destruição da cidade da prostituta. Eles também descrevem o destino dos exércitos que Satanás persuadiu a lutar contra Cristo enquanto Ele desce para o Monte das Oliveiras, fora da Cidade Antiga de Jerusalém.
Nós já vimos que a influência de Satanás sobre a humanidade, especialmente sobre o reino da Besta, emana da “grande prostituta [cidade] que está assentada sobre muitas águas, com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição” (Apocalipse 17:1-2). Ela “se tornou morada de demônios, e abrigo de todo espírito imundo …” (Apocalipse 18:2).
Mais do que qualquer outra cidade do Ocidente, Roma é herdeira dos cultos misteriosos da antiga Babilônia e tem um histórico de se “[embriagar no] sangue dos santos e … das testemunhas de Jesus” (Apocalipse 17:6). Influenciada por um sistema religioso guiado pelo caminho da oposição a obediência aos mandamentos de Deus, Roma tem permitido e muitas vezes se encarregado de perseguir “os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Apocalipse 14:12).
Nenhuma cidade no mundo se encaixa, como ela, na descrição de Apocalipse 17. Retratada como uma prostituta montada sobre a Besta―o império de dez reis onde ela é centro cultural e espiritual―esta cidade da profecia de João novamente exercerá uma grande influência sobre os “povos, multidões, nações e línguas” da terra (Apocalipse 17:15, NVI). Como muitas vezes no passado, novamente ela vai desfrutar da fama e do status de ser “a grande cidade que reina sobre os reis da terra” (versículo 18).
No fim, contudo, a sua lua-de-mel com os líderes políticos vai azedar. Os reis que apoiaram sua imensa influência vão desprezá-la. Possivelmente, e finalmente, eles reconhecerão que Deus não está com ela e que suas alegações de apoio divino são uma mentira.
Seja qual for a razão, eles se voltarão vingativamente contra ela. “A besta e os dez chifres que você viu odiarão a prostituta. Eles a levarão à ruína e a deixarão nua, comerão a sua carne e a destruirão com fogo, pois Deus colocou no coração deles o desejo de realizar o propósito que ele tem, levando-os a concordarem em dar à besta o poder que eles têm para reinar até que se cumpram as palavras de Deus” (versículos 16-17, NVI).
O capítulo 18 descreve a reação de muitas pessoas proeminentes do mundo ao incêndio desta cidade poderosa. “Quando os reis da terra, que se prostituíram com ela e participaram do seu luxo, virem a fumaça do seu incêndio, chorarão e se lamentarão por ela … ficarão de longe e gritarão: “”Ai! A grande cidade! Babilônia, cidade poderosa! Em apenas uma hora chegou a sua condenação!” Os negociantes da terra chorarão e se lamentarão por causa dela …” (versículos 9-11, NVI).
Os aspectos comerciais do reino de Satanás, como descrito no capítulo 18, refletem o preconceito e a ganância que norteavam todo o sistema. Aqueles que mais lucravam eram os “mercadores … que com elas se enriqueceram”, o “piloto [capitão de navio]” e “e todo marinheiro, e todos os que negociam no mar” (versículos 15, 17). “Seus mercadores eram os grandes do mundo”, proclama um anjo. “Todas as nações foram seduzidas por suas feitiçarias” (versículo 23, NVI).
Com sua queda o império cultural de Satanás entra em colapso. Seu reino se desmorona.
Deus advertiu o Seu povo para não ser pego neste sistema maligno para também não se tornem vítimas de sua destruição. “Então ouvi outra voz do céu dizer: Saiam dela, vocês, povo meu … para que as pragas que vão cair sobre ela não os atinjam! Pois os pecados da Babilônia acumularam-se até o céu, e Deus se lembrou dos seus crimes. Retribuam-lhe na mesma moeda; paguem-lhe em dobro pelo que fez; misturem para ela uma porção dupla no seu próprio cálice. Façam-lhe sofrer tanto tormento e tanta aflição como a glória e o luxo a que ela se entregou … e o fogo a consumirá, pois poderoso é o Senhor Deus que a julga” (versículos 4-8, NVI).
E a toda a criação é dito, “Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas, porque já Deus julgou a vossa causa quanto a ela” (Versículo 20).
O jubiloso tema continua no próximo capítulo: “Depois disso ouvi nos céus algo semelhante à voz de uma grande multidão, que exclamava: Aleluia! A salvação, a glória e o poder pertencem ao nosso Deus, pois verdadeiros e justos são os seus juízos. Ele condenou a grande prostituta que corrompia a terra com a sua prostituição. Ele cobrou dela o sangue dos seus servos” (Apocalipse 19:1-2, NVI).
A vitória de Cristo
João agora descreve o retorno magnífico de Jesus Cristo a Jerusalém: “Vi os céus abertos e diante de mim um cavalo branco, cujo cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro. Ele julga e guerreia … e o seu nome é Palavra de Deus. Os exércitos dos céus o seguiam, vestidos de linho fino, branco e puro, e montados em cavalos brancos. De sua boca sai uma espada afiada, com a qual ferirá as nações. “Ele as governará com cetro de ferro”. Ele pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus todo-poderoso. Em seu manto e em sua coxa está escrito este nome: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES” (versículos 11-16, NVI).
Não podemos esquecer que Satanás reuniu os exércitos das nações em Jerusalém para lutar contra Cristo (versículo 19). Neste ponto, Deus está dando a Satanás liberdade para instigar a rebelião final. Mas até mesmo em sua rebelião Satanás está levando a cabo o propósito de Deus. Deus quer deixar claro que todos os exércitos da terra nada são diante do poder do Seu Rei—o Messias conquistador—que retorna à cidade santa de Jerusalém.
Há muito tempo Deus profetizou: “Reunirei todos os povos para lutarem contra Jerusalém … Depois o senhor sairá para a guerra contra aquelas nações, como ele faz em dia de batalha. Naquele dia os seus pés estarão sobre o monte das Oliveiras, a leste de Jerusalém, e o monte se dividirá ao meio, de leste a oeste, por um grande vale” (Zacarias 14:2-4, NVI). E acrescenta: “O senhor será rei de toda a terra. Naquele dia haverá um só senhor e o seu nome será o único nome” (versículo 9, NVI).
Note como Cristo destrói os exércitos adversários: “Esta é a praga com a qual o Senhor castigará todas as nações que lutarem contra Jerusalém: sua carne apodrecerá enquanto estiverem ainda em pé, seus olhos apodrecerão em suas órbitas e sua língua apodrecerá em sua boca. Naquele dia, grande confusão causada pelo senhor dominará essas nações. Cada um atacará o que estiver ao seu lado. Também Judá lutará em Jerusalém. A riqueza de todas as nações vizinhas será recolhida, grandes quantidades de ouro, prata e roupas” (versículos 12-14, NVI).
Um anjo então convoca as aves de rapina para a festejar na carne dos exércitos (Apocalipse 19:17-18, 21). Então, “a besta foi presa, e com ela o falso profeta que havia realizado os sinais milagrosos em nome dela, com os quais ele havia enganado os que receberam a marca da besta e adoraram a imagem dela. Os dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre” (versículo 20, NVI). (Veja “Satanás: O Grande Sedutor”. Página 74)
Conforme o reino da Besta é desmantelado e destruído, Satanás e seus demônios vão sendo impedidos de enganar e manipular. Portanto, um anjo “prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo, Satanás, e o acorrentou por mil anos; lançou-o no Abismo, fechou-o e pôs um selo sobre ele, para assim impedi-lo de enganar as nações, até que terminassem os mil anos” (Apocalipse 20:2-3, NVI).
O controle de Satanás sobre o “presente século mau” (Gálatas 1:4; 1 João 5:19) é, então, tomado pelos próximos mil anos. A batalha pelo controle da terra termina.
Cristo torna os santos Seus co-governantes
Agora, o governo pacífico de Cristo começa. Logo, João vê Jesus recompensando os santos pelo sofrimento que passaram nas mãos de Satanás e seu sistema babilônico. João assistiu que os mártires “ressuscitaram e reinaram com Cristo durante mil anos” (Apocalipse 20:4, NIV; ver também Apocalipse 22:12).
Enquanto Seus servos fiéis recebem a vida eterna no momento da ressurreição, Jesus começa a cumprir Sua palavra de que eles seriam Seus co-herdeiros. Ele havia prometido: “Àquele que vencer e fizer a minha vontade até o fim darei autoridade sobre as nações” e “ao vencedor darei o direito de sentar-se comigo em meu trono, assim como eu também venci e sentei-me com meu Pai em seu trono” (Apocalipse 2:26, 3:21; NVI).
“Felizes e santos os que participam da primeira ressurreição”, escreve João. “A segunda morte não tem poder sobre eles; serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante mil anos” (Apocalipse 20:6, NVI).
Daniel há muito tempo também vislumbrou essa ocasião maravilhosa em uma visão: “Então a soberania, o poder e a grandeza dos reinos que há debaixo de todo o céu serão entregues nas mãos dos santos, o povo do Altíssimo. O reino dele será um reino eterno, e todos os governantes o adorarão e lhe obedecerão” (Daniel 7:27, NVI).
Este é o início da era maravilhosa muitas vezes referida, por estudantes da Bíblia, como o Milênio. Para mais detalhes sobre o que ocorrerá durante o reinado milenar de Cristo, faça o download ou solicite gratuitamente nossos livros O Evangelho do Reino, Qual é o Seu Destino? e Você Pode Entender a Profecia Bíblica.
O julgamento final
Já vimos que Satanás será confinado durante o Milênio. No entanto, também lemos: “Depois disso, é necessário que ele seja solto por um pouco de tempo” (Apocalipse 20:3, NVI).
Durante o Milênio nascerão muitos seres humanos que não serão expostos a influência de Satanás. O caminho de Deus será o único que eles terão conhecido. No entanto, as Escrituras revelam que Deus testará essas pessoas para saber se sua obediência é de coração (Deuteronômio 8:2, Apocalipse 2:10). E a maneira que Ele faz isso é permitindo que escolham entre o bem e o mal (Deuteronômio 30:19). João indica que isto acontecerá no fim do Milênio.
Veja como isso acontecerá: “Quando terminarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá para enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a batalha. Seu número é como a areia do mar. As nações marcharam por toda a superfície da terra e cercaram o acampamento dos santos, a cidade amada; mas um fogo desceu do céu e as devorou” (Apocalipse 20:7-9, NVI).
Deus não revela se esse é o único teste Ele que usará no decurso do Milênio para separar as pessoas insinceras das sinceras. Mas certamente será o teste final e o mais importante dos mil anos. Será uma parte vital do processo de julgamento.
Agora chega o tempo de tirar Satanás de cena de uma vez por todas: “Aí o Diabo, que os havia enganado, foi jogado no lago de fogo e enxofre, onde o monstro e o falso profeta já haviam sido lançados. E lá eles serão atormentados para todo o sempre, de dia e de noite” (versículo 10, BLH). Ele nunca mais terá permissão para enganar ninguém.
A segunda ressurreição
Mas o processo de julgamento ainda não está completo. Aqueles que morreram antes do início do Milênio e que não se arrependeram, também têm que ser julgados. Neste julgamento final a misericórdia e a sabedoria de Deus ficam ainda mais evidentes.
Lembre-se, os cristãos fiéis são ressuscitados ao retornar Cristo, no início do Milênio. A resurreição deles foi a “primeira ressurreição” (versículo 5, NVI). Entretanto, uma nota entre parênteses aqui afirma que “o restante dos mortos não voltou a viver até se completarem os mil anos” (mesmo versículo).
Esses mortos serão ressuscitados para comparecer “diante do trono” de Deus (versículo 12), após “terminarem os mil anos” (versículo 7, NVI) porque nunca conheceram a Deus e Seus caminhos. Eles nunca compreenderam o que realmente significa se arrepender de seus pecados. Eles são ressuscitados para serem condenados para sempre? De modo nenhum. Veja o propósito desta segunda ressurreição:
“E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros [da Bíblia]. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras” (versículos 11-12). Eles são ressuscitados e julgados pelos critérios bíblicos—de acordo com sua resposta ao esclarecimento espiritual que agora recebem pela primeira vez.
A palavra traduzida como “livros” nesta passagem é o termo grego biblia, a raiz da qual se originou a palavra Bíblia em português. Quando Deus ressuscitar essas pessoas, Ele vai explicar-lhes todo o significado dos livros das Sagradas Escrituras. Quando eles responderem e se arrependerem, seus nomes também serão escritos no Livro da Vida.
Mas observe o que acontece com aqueles que, depois de ser ressuscitados e de receber uma compreensão clara do que Deus espera deles, ainda se recusam a se arrepender. “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo” (versículo 15).
A Punição dos ímpios incorrigíveis
Outras escrituras indicam que um terceiro grupo de pessoas deve ser ressuscitado para fazer parte desta destruição final dos ímpios no lago de fogo.
Jesus disse que alguns deliberada e conscientemente desprezam o conhecimento espiritual de Deus, que abriria suas mentes para a compreensão. E isso é considerado blasfêmia “contra o Espírito Santo”, disse Ele, não será perdoado “nem neste século nem no futuro” (Mateus 12:31-32).
Aqueles que já recusaram todas oportunidades para se arrepender e ser perdoados também devem ser ressuscitados para julgamento final (Apocalipse 21:8). Estas são pessoas que deliberadamente rejeitaram o caminho de vida de Deus mesmo depois de terem sido “iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo” (Hebreus 6:4-6). Eles já foram perdoados e receberam o Espírito Santo. Mesmo assim escolheram rejeitar o governo de Deus sobre eles e blasfemar contra o Espírito Santo.
Portanto, dizem as Escrituras, para aqueles que maliciosamente pisaram “o Filho de Deus, e tiver[am] por profano o sangue do testamento, com que foi santificado, e fizer[am] agravo ao Espírito da graça” (Hebreus 10:29), “já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há de devorar os adversários” (versículo 26-27).
É importante entender o propósito do lago de fogo. Deus sentenciou que todos os ímpios devem ser queimados. “Porque eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o senhor dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo” (Malaquias 4:1, NVI).
Portanto, parece que essa última ressurreição, necessariamente, diz respeito aos ímpios que já foram condenados a perecer no lago de fogo—mesmo que possam ser poucos, comparativamente falando.
A vitória sobre a morte
Isto nos leva ao tempo em que Paulo disse, “tragada foi a morte na vitória” (1 Coríntios 15:54). Até o fim do período do julgamento final todos os seres humanos que já viveram terão recebido a oportunidade de escolher entre a vida e a morte—arrependendo-se e se submetendo a Deus para receber a vida eterna ou recusando-se a se arrepender e, consequentemente, escolhendo a morte eterna. Definitivamente não há meio termo, nenhuma outra escolha.
Alguns, infelizmente, apegar-se-ão obstinadamente ao seu processo de auto-aprendizagem, a despeito de todas as oportunidades de se arrepender oferecidas por Deus. Entretanto, Deus não vai forçar ninguém a aceitar a vida eterna. Aqueles que, conscientemente, optarem por não se arrepender serão julgados por suas ações e destruídos no lago de fogo. Este é verdadeiramente um ato de misericórdia, uma vez que tais pessoas trariam sofrimento perpétuo para si e para os outros por toda eternidade.
Quando tudo estiver terminado, nos é dito: “E a morte e o inferno [grego: Hades] foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte” (Apocalipse 20:14). O julgamento de Deus está completo. Nunca mais temerão a morte aqueles que receberam a salvação. A morte terá sido tragada pela vitória.
Isto cumpre uma das profecias de Jesus: “Mandará o Filho do Homem os seus anjos, e eles colherão do seu Reino tudo o que causa escândalo e os que cometem iniqüidade. E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali, haverá pranto e ranger de dentes. Então, os justos resplandecerão como o sol, no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça” (Mateus 13:41-43).
O entendimento inspirador das ressurreições nos ensina que a recompensa do povo fiel de Deus não é ir para o céu como uma alma sem corpo logo após a morte. Em vez disso, haverá um despertar da inconsciência para uma vida renovada na primeira ressurreição, quando Jesus retornar para estabelecer o Reino de Deus na Terra. (Para uma explicação mais completa do que acontece após a morte e sobre as bênçãos prometidas por Deus a Seus obedientes seguidores, não deixe baixar ou solicitar os livros gratuitos O Que Acontece Após a Morte?e O Céu e o Inferno: O Que Realmente a Bíblia Ensina?)
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante
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