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sexta-feira, 16 de junho de 2017

O JARDIM FECHADO DE DEUS...


                                             O JARDIM FECHADO DE DEUS...
“Jardim fechado és tu, noiva minha, manancial recluso, fonte selada. És fonte dos jardins, poços das águas vivas, torrentes que correm do Líbano! Ah! Venha o meu amado para o seu jardim e coma os seus frutos excelentes!” Ct. 4,12,15,16
 Por que a mensagem de Salomão mostra-nos a Igreja de Jesus como “um Jardim fechado”? Porque o Jardim aberto, no Éden, foi invadido e profanado pelo Diabo. A Igreja, invisível, é um Jardim Fechado.
No Jardim do Éden, o 1º Adão cedeu à tentação, mas no Jardim do Getsêmani, o 2º Adão, Jesus, venceu a tentação.
O homem transformado pelo Espírito Santo é como um jardim fechado, manancial fechado, fonte selada. Veja nesses versículos como somos comparados a um jardim santo e consagrado a Deus, quando temos o Seu Espírito.
A Palavra sempre utiliza de metáforas para comparar o amor de Deus para conosco. Numa delas o próprio Senhor nos compara a um jardim: “E o SENHOR te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam” (Is. 58.11).
Por toda a Bíblia, nós lemos deste amor de Cristo por nós, um amor tão intenso é como o amor de um noivo para com sua noiva. E este livro “Cântico dos Cânticos”- um livro romântico - é dedicado somente a isto: o amor do Senhor por sua amada; descreve o amor, a paixão, o desejo do noivo, que representa Jesus, para com sua noiva, que representa eu e você, a Igreja. O verso 4.12 é uma declaração do Noivo para a Noiva, uma declaração de Jesus para a igreja. Ele a compara com um “jardim fechado”.
Assim somos eu e você: Nós, como noiva de Cristo – como igreja, somos este jardim fechado, propriedade exclusiva de Deus, como está escrito em 1Pd 2.9: “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus”. Quando nós entendemos isso (que não somos mais de nós mesmos, mas que somos de Deus – propriedade de Deus), é que passamos a zelar pela santidade, pela pureza, na nossa vida. É a partir disso, que nós procuramos fazer tudo o que agrada a Jesus, o nosso Noivo.
Existe um jardim fechado. Sabe onde ele está? Às vezes procuramos pela vida afora em tantos lugares e tantas coisas que acabamos mais confusos e perdidos. Às vezes o procuramos mesmo sem ter muita consciência do que queremos, só percebemos a inquietação em nossa alma, o gosto amargo na boca, a frustração do sentimento de algo perdido que buscamos, mas ainda não encontramos. E assim vamos rolando pela vida como uma pedra no riacho. Muitos passam a vida inteira assim. Numa vida vazia de sentido, numa busca vã de preencher, de responder aos desejos mais profundos do seu coração na acumulação de coisas materiais, títulos, fama, poder, ou ainda na bebida, droga ou sexo.
Sabe onde está o jardim fechado? Ele está dentro do seu coração. E só o encontraremos se tivermos coragem de retirar os entulhos que fomos acumulando ao longo da vida. Se ousarmos ir além da estreiteza de nossos limites, condicionamentos, preconceitos. Só o encontraremos se desejarmos voltar para casa e encontrarmos Aquele que buscamos mesmo sem saber, encontrarmos o Amor, sermos chamados pelo nome amorosamente. O jardim fechado está no mais profundo do nosso coração. Ali brota a fonte da vida que jorra para a vida eterna. Ele é quem anda pelos jardins, produzindo e colhendo os frutos excelentes.
Percebemos cinco características marcantes na figura do que deveria ser nosso coração para com Deus. Primeiro, o jardim do Senhor é um jardim fechado. Segundo, é um jardim com águas, com uma fonte selada. Terceiro, é um jardim frutífero. Um paraíso de romãs, cheio de frutos. Quarto é um jardim perfumado, com árvores odoríferas e todo tipo de especiarias. Por fim, é um jardim refrescante no qual as “águas vivas” fluem, e o perfume rescende pelo mundo inteiro. Um jardim fechado. Se o coração é para o prazer do Senhor, então tem de ser um “jardim fechado” é um jardim refrescante no qual as “águas vivas” fluem, e o perfume rescende pelo mundo inteiro. Um jardim fechado. Se o coração é para o prazer do Senhor, então tem de ser um “jardim fechado”.
No princípio, plantou o Senhor Deus um Jardim no Éden da banda do oriente, e pôs ali o homem que tinha formado. E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; o Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra, de que fora tomado. E, havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.
E o Senhor te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares secos, e fortificará teus ossos; e serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas nunca faltam.
Porque o Senhor consolará a Sião, e consolará a todos os seus lugares assolados, e fará o seu deserto como o Éden e a sua solidão, como o jardim do Senhor; gozo e alegria se acharão nela, ações de graças e voz de melodia. Eu, o Senhor, a guardo e, a cada momento, a regarei; para que ninguém lhe faça dano, de noite e de dia a guardarei
Nossas especulações em torno dos textos bíblicos sobre o Éden nos levam a crer que o ouro, que havia num dos rios que saíam de lá, estava bem próximo. Mas o grande tesouro do homem estava mesmo no Jardim. As maiores riquezas que Deus reservou para a humanidade estavam no quintal de Adão! Sua intimidade! O privilégio de se encontrar com Deus e falar com Ele, olhar em Seus olhos quando comentava sobre qualquer detalhe do jardim.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante

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