VEM AI O DIA DO SENHOR-PROFECIAS DE
SOFONIAS...
· O profeta
Sofonias é o autor do livro que leva o seu nome.
· O fato de a
linhagem de Sofonias ser reconstituída até a quarta geração (1.1) é único na
literatura profética: Sofonias, filho de Cusi, filho de Gedalias, filho de
Amarias, filho de Ezequias (provavelmente o rei – 715-685 a.C.).
· O nome
"Sofonias", que significa “Yahweh [O SENHOR] esconde" é
mencionado com relação a um sacerdote contemporâneo de Jeremias (21.1; 29.25)
assim como de outras pessoas no Antigo Testamento (Zc 6.10,14).
· Embora o
profeta empregue vocabulário sacerdotal em vários pontos (1.4-5,7-9; 3.4,18),
não há nenhuma evidência conclusiva que indique que ele fosse oficialmente
associado ao templo.
Conclamar o povo de Judá e de Jerusalém ao arrependimento em
face da invasão babilônica, bem como à esperança numa grande restauração após o
tempo de destruição e exílio.
Verdades fundamentais:
· Deus usou os
babilônios para castigar severamente Judá e muitas outras nações por causa dos
seus pecados.
· Buscar
humildemente a Deus provê esperança de proteção contra o mal.
· A destruição
de outras nações redundaria, um dia, em benefício para Israel.
· Deus
purificará gentios e judeus e lhes concederá bênçãos grandiosas depois que o
seu julgamento estiver terminado.
Contextualização:
· Sofonias
profetizou durante o reinado de Josias (640-609 a.C.), mas há algumas questões
sobre se o seu ministério se precedeu ou foi posterior à reforma realizada por
Josias em 621 a.C.
· Sua denúncia a
respeito do sincretismo e do culto a Baal sugere nitidamente uma data anterior
às reformas de Josias.
· Tudo o que
podemos dizer com certeza é que Nínive ainda não havia sido destruída
(2.13-15); portanto, a mensagem do profeta foi pronunciada antes do seu
aniquilamento, em 612 a.C.
· Sofonias foi
contemporâneo de Jeremias (cujo chamado veio no décimo terceiro ano de Josias
[627 a.C.]) assim como de Naum (663-612 a.C.) e talvez de Habacuque (605-597
a.C.).
· Se datarmos o
ministério de Sofonias na primeira parte do reinado de Josias, então o profeta
pode ter sido um instrumento para a precipitação das reformas empreendidas por
Josias, uma vez que os pecados por ele atacados (1.4-6) foram exatamente os
abolidos mediante as reformas realizadas por Josias (2Rs 23.4; 2Cr 34.1-7).
· A terminologia
de Sofonias é muitas vezes semelhante à de seus predecessores o que
provavelmente indica que ele estava familiarizado com as profecias desses
profetas:
ü 1.7a com Hc 2.20.
ü 1.14 com JI 1.15.
ü 17b com Is 34.6.
· Ele manteve a
continuidade com os profetas que o precederam.
· O foco de sua
mensagem, entretanto, era “o dia do Senhor".
Nesse dia, um inimigo estrangeiro, a "espada" do
Senhor (2.12), infligida severa destruição a Jerusalém (1.4). Esse inimigo tem
sido variadamente identificado com os citas, os assírios ou os babilónios.
· Próximo ao
final do reinado de Ezequias, Isaías já havia identificado os babilônios como
aqueles que conquistariam Jerusalém (Is 39.5-7). Portanto, é muito possível que
Sofonias tivesse essa ameaça em mente.
· O tratamento
dado por Sofonias a esse tema forma dois ciclos que se movem do julgamento
divino para a esperança de salvação.
ü O primeiro siclo fala sobre o "dia do Senhor" (1.7)
- o tempo em que Deus devastaria os seus inimigos tanto dentro como fora de
Judá (1.2-18) e traria grandes bênçãos ao remanescente fiel (3.16-17).
O dia estava próximo (1.7) - um dia em que a ira e a indignação
do Senhor soberano de Israel seriam dirigidas contra os ímpios (1.15,18;
2.2-3).
Em seguida a esse anúncio de julgamento, o profeta conclama Judá
e as nações a arrependerem-se e buscarem o Senhor (2.1-3).
O arrependimento era a única esperança de salvar-se do
julgamento babilônio que se aproximava.
ü O segundo ciclo se inicia com o profeta acrescentando
pormenores sobre o julgamento por vir (2.4-3.8).
Ele esclarece que muitas outras nações seriam destruídas junto
com Judá. Então, o profeta retorna ao tema da esperança de salvação (3.9-20).
Com alegria, ele anuncia que, após o julgamento, Deus
purificaria o seu povo e restauraria a sorte de Jerusalém.
Cristo em Sofonias
O livro do Sofonias não contém nenhuma profecia messiânica
direta, mas o foco do profeta sobre o "dia do Senhor" como uma
ocasião de julgamento e bênção liga a sua mensagem com a obra de Cristo.
Num determinado momento, o Novo Testamento identifica o dia do
Senhor com o dom do Espírito no dia de Pentecoste (At 2.20).
Normalmente, entretanto, o dia do Senhor se refere ao retorno
glorioso de Cristo (1Co 1 .8; 5.5; 2Co 1.14; lTs 5.2; 2Ts 2.2; 2Tm 4.8; 2Pe
3.10), e descreve esse dia como a ocasião em que Jesus destruirá todos os seus
inimigos e derramará bênçãos maravilhosas sobre seus fiéis seguidores.
Essas correlações entre a mensagem de Sofonias e o ensino do
Novo Testamento apontam para duas direções.
· Em primeiro
lugar, Sofonias predisse que a destruição infligida pelos babilónios alcançaria
a muitos. Não apenas os ímpios em Judá seriam julgados, mas as nações iníquas
do mundo também receberiam o julgamento de Deus.
Esse julgamento babilônico, entretanto, seria apenas um
prenúncio do julgamento eterno que virá quando Cristo retornar em glória.
· Em segundo,
Sofonias predisse que a destruição trazida pelos babilónios não anularia as
promessas de Deus.
Deus purificaria um povo para si mesmo de entre as nações e dos
exilados judeus, e os traria em alegre celebração às maravilhas de uma
Jerusalém renovada.
Essa visão profética é cumprida em Jesus.
Em Cristo, os gentios são unidos aos crentes judeus para formar
um corpo (Ef 2.11-16).
Quando Cristo retornar, homens e mulheres redimidos de todas as
nações se curvarão diante dele em louvor cheio de alegria (Ap 7.9-10) na nova
Jerusalém (Ap 21.1-3).
Esboço
I. CABEÇALHO (1.1).
II. O JULGAMENTO DIVINO (1.2-18).
III. ESPERANÇA DE SALVAÇÃO (2.1-3).
IV. O JULGAMENTO DIVINO (2.4-3.8).
V. ESPERANÇA DE SALVAÇÃO (3.9-20).
I. CABEÇALHO (1.1).
A genealogia e o tempo do ministério de Sofonias são
identificados.
No cabeçalho, a genealogia de Sofonias, até a 4ª. geração e a
ocasião do seu ministério são estabelecidas. Foi o único dos profetas, assim
descrito dessa forma.
Aos profetas eram direcionadas as palavras do SENHOR. Uma frase
frequentemente usada para se referir à revelação recebida do Senhor e
comunicada por intermédio de um profeta. Não foi comunicada por homens, nem por
anjos, nem por espíritos, mas pelo próprio Senhor.
É muito diferente tais comunicações com a comunicação do Senhor,
a única que é verdadeira, inspirada, revelada.
II. O JULGAMENTO DIVINO (1.2-18).
Nesta parte, o profeta predisse que um terrível dia de
julgamento viria em breve para Judá e para as nações.
Veremos nos dezoito versículos que se sequem o julgamento
divino. A profecia começa com uma extensa revelação do julgamento de Deus
contra Judá e as nações por meio da agressão babilônica.
Esse capítulo divide-se em duas partes principais: urna
dramática descrição do julgamento que se aproximava (vs. 2-6) e dois oráculos
relativos ao iminente Dia do Senhor (vs. 7-18) que formarão as seguintes
divisões. A. A aproximação do julgamento (1.2-6) – veremos agora; e, B. O
iminente dia do Senhor (1.7-18) – veremos agora.
A. A aproximação do julgamento (1.2-6).
Dos versos de dois a seis, veremos essa aproximação do
julgamento. A profecia começa com o anúncio de um julgamento universal (vs.
2-3), mas rapidamente reduz o seu foco para tratar de Judá e Jerusalém (vs.
4-6).
1. Contra todas as nações (1.2-3).
A frase é forte e logo o Senhor diz que irá consumir
completamente tudo sobre a terra. A profecia era contra todas as nações. O
Senhor devastaria o mundo com a destruição impetuosa causada pelos exércitos
babilônicos.
Ele diz que haveria de consumir, isto é, a expressão hebraica é
enfática e pode ser traduz da por "consumirei absolutamente” ou
(“completamente”, "totalmente'').
O julgamento a caminho foi comparado com o do dilúvio de Noé por
causa do uso de frases como “o homem e o animal” (Gn 6.7) e “as aves do céu”
(Gn 7.23).
O Senhor – vs. 3 - haveria de consumir por completo tudo de
sobre a terra:
· Os homens e os
animais.
· As aves do
céu.
· Os peixes do
mar.
· AS impiedades
juntamente com os ímpios.
Embora no contexto de Sofonias essa linguagem seja hiperbólica,
ela expõe de modo atenuado o futuro julgamento de Deus na ocasião do retomo de
Cristo (2Pe 3.3-7).
2. Contra Judá (1.4-6).
Dos versos 4 a 6, as profecias contra Judá. Três pecados
específicos de Judá são denunciados: a idolatria (vs. 4), o sincretismo (vs. 5)
e a indiferença religiosa (vs. 6).
A idolatria – vs. 4.
O Senhor iria estender as suas mãos contra Judá e contra todos
os habitantes de Jerusalém - essa frase refere-se ao poder de Deus desencadeado
contra os seus antagonistas (2.13; Ex 3.20: Dt 4.34; Is 5.25) -, e exterminar o
resto de Baal, o nome dos sacerdotes dos ídolos e os próprios sacerdotes. Ou
seja, todos os vestígios do culto a Baal. A expressão talvez estabeleça uma
comparação entre a geração de então e as anteriores. Esses sacerdotes
funcionavam nos lugares altos e "incensavam a Baal, ao sol, e à lua, e aos
mais planetas, e a todo o exército dos céus" (2Rs 23.5).
O sincretismo – vs. 5.
O culto a Baal e o culto aos exércitos do céu eram pecados que
haviam contribuído para a extinção do Reino do Norte (2Rs 17.16). Os altares
aparentemente eram erigidos sobre os telhados das casas (2Rs 23.12; Jr 19.13).
O povo se inclinava perante o Senhor, mas juravam por Milcon ou
“Moloque". O culto a esse deus amonita era especificamente proibido (Lv
18.21; 20.2-5). O hediondo ritual de sacrifício infantil fazia parte do culto
dos amonitas (veja 1 Rs 11.5; 2Rs 23.10; Jr 32.35).
A indiferença religiosa – vs. 6.
No verso 6, fica claro que o povo, em relação ao Senhor,
deixavam de andar após ele, não o buscavam, nem mesmo perguntavam por ele.
Viviam completamente apáticos com relação ao Deus verdadeiro que
os tinha livrado tantas vezes.
B. O iminente dia do Senhor (1.7-18).
Por essas razões estaria vindo o iminente dia do Senhor. O tema
do julgamento continua, com atenção específica dada à proximidade do Dia do
Senhor (vs. 7,14). Esses versículos se referem primeiro a Judá (vs. 7-13), mas
incluem as outras nações (vs. 14-18).
1. Contra Judá (1.7-13).
Dos versos 7 ao 13, veremos essas palavras contra Judá. O Dia do
Senhor traria severo julgamento contra o povo da aliança do Senhor.
O verso 7, fala para se calar diante do Senhor Deus (SI 46.10;
Hc 2.20; Zc 2.13.). O profeta exigiu reverente submissão ao soberano Deus da
aliança. A ordem de "cala-te" é frequentemente ligada ao fato de
estar na presença do Deus santo.
Era para se calar porque o Dia do SENHOR estava perto. Também
expresso por "naquele dia" (vs. 9-10,15; 2.2; 3.11,16; e
"naquele tempo" (1.12; 3.19-20).
Conforme a BEG, a frase se refere a qualquer tempo específico
quando o Senhor é glorioso na vitória - seja ela contra a Babilônia por meio da
Média (veja Is 13.1-. 14.27, especialmente 13.6), contra o Egito por meio da
Babilônia (veja 2.3,12; Ez 30.2-4) ou contra Israel por meio da Assíria (Am
5.18).
Essa passagem é particularmente vívida na descrição daquele dia.
Aquele dia da vingança do Senhor pode ser a ocasião de
libertação de Israel (Is 34.2-35.10), o qual é representado como o Senhor decisivamente
derrotando toda oposição contra Israel 12.3-15; 3.8-20; JI 3.14-16).
Também pode ser um dia de destruição para aqueles em Israel que
se rebelaram contra o Senhor, como é o caso nesse contexto (veja 2.1-2; Am
5.18-20).
O dia do Senhor estava perto porque o Senhor mesmo preparou o
sacrifício e já santificou os seus convidados. O iminente julgamento que vem
sobre Judá é comparado a um sacrifício (Is 34.6; Jr 4610; Ez 39.17-19), onde os
convidados provavelmente se referem à nação que serve como instrumento do
julgamento divino (Is 10.5-11; Hc 1.6). Ou, então, os convidados são o povo da
aliança, sendo eles mesmos a oferta sacrifical.
Nesse dia, em especial, o Senhor haveria de castigar os filhos
do rei – vs. 8. Refere-se aos filhos do rei israelita e outros oficiais reais.
Sua falta de compromisso para com a aliança era evidenciada pela adaptação aos
costumes e vestimentas estrangeiros, um sinal de deslealdade religiosa.
Também seriam castigados todos os que subiam o pedestal dos
ídolos e se enchiam de engano e violência. Ou seja, subiam o limiar de um
santuário (1 Sm 5.5). Uma prática religiosa dos filisteus que, provavelmente,
estava sendo imitada.
Ainda mais seriam castigados todo o povo, ou, "os
negociantes". Os gritos de angústia vindo de todas as partes da cidade
revelam a extensão do mal e do julgamento. A rica classe dos mercadores é
mencionada de modo especial por causa de sua ganância e práticas corruptas de
comércio (Am 8.4-6).
E assim, haveria de ser que naqueles tempos, o Senhor
esquadrinharia a Jerusalém com lanternas, isto é, não haveria nenhuma
possibilidade de escapar do escrutínio divino (SI 139.1-16,23-24; Am
9.1-4).
O castigo seria geral e em especial aos homens que se espessavam
com a borra do vinho e eram apegados a ela. Conforme a BEG, no processo de
fabricação do vinho, o sedimento engrossa e endurece se for deixado em
descanso. É necessário que o vinho seja despejado em outro recipiente para ser
filtrado dessas impurezas antes que elas endureçam.
Esses judaítas espiritualmente apáticos tinham perdido a fé no
Deus vivo que governa o mundo. Para eles o Senhor não fazia bem, nem mal. Eles
eram indiferentes quanto à posição que ocupavam diante de Deus.
2. Contra todas as nações (1.14-18).
Dos versos 14 ao 18, a palavra profética será contra todas as
nações.
Ao falar mais detalhadamente do Dia do Senhor, Sofonias foi
além, ampliando a sua visão para incluir a destruição de todas as nações (vs.
18).
Vejam os adjetivos empregados para esse grande dia – vs. 14 a
16:
· O grande dia
do Senhor.
· O dia do
Senhor.
· Dia de
indignação.
· Dia de
tribulação.
· Dia de
angústia.
· Dia de
alvoroço.
· Dia de
assolação.
· Dia de trevas.
· Dia de
escuridão.
· Dia de nuvens.
· Dia de densas
trevas.
· Dia de
trombeta.
· Dia de alarido
contra as cidades fortificadas e contra as torres altas.
Nesse dia, os homens se angustiariam e andariam como cegos. Uma
das maldições da aliança (Dt 28.28-29). Isso tudo porque pecaram. A razão de
ser do julgamento do Senhor contra Judá é apresentada em termos gerais (3.1-5).
»SOFONIAS [1]
Sf 1:1 A palavra do Senhor que veio a Sofonias,
filho de Cuche, filho de Gedalias, filho de Amarias, filho de Ezequias,
nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá.
Sf 1:2 Hei de consumir por completo tudo sobre a face da terra,
diz o Senhor.
Sf 1:3 Consumirei os homens e os animais;
consumirei as aves do céu, e os peixes do mar,
e os tropeços juntamente com os ímpios;
e exterminarei os homens de sobre a face da terra,
diz o Senhor.
Sf 1:4 E estenderei a minha mão contra Judá,
e contra todos os habitantes de Jerusalém;
e exterminarei deste lugar o resto de Baal,
e os nomes dos sacerdotes de ídolos,
juntamente com os sacerdotes;
Sf 1:5 e os que sobre os telhados adoram o exército do céu,
e aqueles adoradores que juram ao Senhor,
e juram por Milcom;
Sf 1:6 e os que deixam de seguir ao Senhor,
e os que não buscam ao Senhor,
nem perguntam por ele.
Sf 1:7 Cala-te diante do Senhor Deus,
porque o dia do Senhor está perto;
pois o Senhor tem preparado um sacrifício,
e tem santificado os seus convidados.
Sf 1:8 E no dia do sacrifício do Senhor castigarei os oficiais,
e os filhos do rei, e todos os que se vestem
de trajes estrangeiros.
Sf 1:9 Castigarei também naquele dia todos aqueles que saltam
sobre o umbral, que enchem de violência e de dolo
a casa do seu senhor.
Sf 1:10 E naquele dia, diz o Senhor,
far-se-á ouvir uma voz de clamor desde a porta dos peixes,
e um uivo desde a segunda parte,
e grande estrépito desde os outeiros.
Sf 1:11 Uivai vós, moradores de Mactes,
porque todo o povo de Canaã está arruinado;
todos os que pesam a prata são destruídos.
Sf 1:12 E há de ser que, naquele tempo,
esquadrinharei a Jerusalém com lanternas,
e castigarei os homens que se embrutecem
com as fezes do vinho,
que dizem no seu coração:
O Senhor não faz o bem nem faz o mal.
Sf 1:13 Por isso as riquezas deles se tornarão em despojo
e as suas casas em desolação;
e edificarão casas, mas não habitarão nelas;
e plantarão vinhas, mas não lhes beberão o vinho.
Sf 1:14 O grande dia do Senhor está perto;
sim, está perto, e se apressa muito;
ei-la, amarga é a voz do dia do Senhor;
clama ali o homem poderoso.
Sf 1:15 Aquele dia é dia de indignação,
dia de tribulação e de angústia,
dia de alvoroço e de assolação,
dia de trevas e de escuridão,
dia de nuvens e de densas trevas,
Sf 1:16 dia de trombeta e de alarido
Contra as cidades fortificadas
e contra as torres altas.
Sf 1:17 E angustiarei os homens,
e eles andarão como cegos,
Porque pecaram contra o Senhor;
e o seu sangue se derramará como pó,
e a sua carne como esterco.
Sf 1:18 Nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar
no dia da indignação do Senhor;
Mas pelo fogo do seu zelo será devorada toda a terra;
Porque certamente fará de todos os moradores
da terra uma destruição total e apressada.
Nem sua prata nem seu ouro os poderiam livrar desse dia - vejam
SI 49.6-9; Pv 11.4; Mt 16.26; Lc 12.13-21. O zelo de Deus (Ex 20.5; 34.14; Dt
4.24.) pressupunha o seu amor pactual que havia redimido um povo para fazer
dele a sua propriedade pessoal (Ex 19.5), e exigia, como resposta, a lealdade
absoluta desse povo.
Como nem ouro nem prata os poderiam livrar, eles seriam consumidos
pelo fogo do zelo do Senhor e assim toda a terra seria consumida, bem assim com
todos os moradores da terra. Essas referências indicam que Sofonias outra vez
tem em mente as nações gentílicas assim como Judá (vs. 2-3).
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião
Dr. Edson Cavalcante