ESTUDO SOBRE O PROFETA
MALAQUIAS...
Malaquias, o último dos doze
profetas menores, escreveu seu livro cerca 450 A.C..
Profetizou cerca de 100 anos
depois dos profetas Ageu e Zacarias, no tempo de Esdras e Neemias, e encerrou
as profecias do Antigo Testamento.
Não se ouvirá a voz de profecia
até a vinda do Messias, conforme Malaquias.
Malaquias trás a mensagem
final a uma nação desobediente e a um remanescente fiel. Profetiza a vinda do
Messias que julgaria e purificaria a nação, contém várias sentenças proferidas
por Deus repreendendo o povo de Israel.
O público alvo deste livro é o povo de Israel. Eles eram os
destinatários exclusivos da mensagem divina quanto ao peso. Deus usou o
profeta Malaquias para entregar uma mensagem contra Israel.
Diante desta característica do livro se faz necessário um cuidado maior
quanto à interpretação das mensagens nele contida. É necessário a quem
interpreta o livro observar estes aspectos, pois eles delineiam o caminho para
uma interpretação segura.
A mensagem do livro é especifica para Israel, mas alguns dos aspectos da
mensagem demonstram de que maneira Deus se relaciona com suas criaturas,
pertinente a todos os homens.
Através da mensagem entregue pelo profeta é possível compreendermos em
que se baseia o amor de Deus.
O primeiro capítulo de Malaquias chama nossa atenção em pelo menos seis
pontos, para magnificarmos a Deus com agradecimento, a fim de obter o seu favor
e a vida eterna:
(1) Deus ama seu povo;
(2) Temos de apreciar as coisas sagradas;
(3) Deus espera que lhe ofereçamos o nosso melhor;
(4) A adoração verdadeira é motivada pelo amor altruísta, não pela
ganância;
(5) O serviço aceitável prestado a Deus não é uma formalidade penosa;
(6) Cada um de nós tem de prestar contas a Deus.
Malaquias 1, texto bíblico :
1 Peso da palavra do SENHOR
contra Israel, por intermédio de Malaquias.
2 Eu vos tenho amado, diz o
SENHOR. Mas vós dizeis: Em que nos tem amado? Não era Esaú irmão de Jacó? disse
o SENHOR; todavia amei a Jacó,
3 E odiei a Esaú; e fiz dos
seus montes uma desolação, e dei a sua herança aos chacais do deserto.
4 Ainda que Edom diga:
Empobrecidos estamos, porém tornaremos a edificar os lugares desolados; assim
diz o SENHOR dos Exércitos: Eles edificarão, e eu destruirei; e lhes chamarão:
Termo de impiedade, e povo contra quem o SENHOR está irado para sempre.
5 E os vossos olhos o
verão, e direis: O SENHOR seja engrandecido além dos termos de Israel.
6 O filho honra o pai, e o
servo o seu senhor; se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou
senhor, onde está o meu temor? diz o SENHOR dos Exércitos a vós, ó sacerdotes,
que desprezais o meu nome. E vós dizeis: Em que nós temos desprezado o teu nome?
7 Ofereceis sobre o meu
altar pão imundo, e dizeis: Em que te havemos profanado? Nisto que dizeis: A
mesa do SENHOR é desprezível.
8 Porque, quando ofereceis
animal cego para o sacrifício, isso não é mau? E quando ofereceis o coxo ou
enfermo, isso não é mau? Ora apresenta-o ao teu governador; porventura terá ele
agrado em ti? ou aceitará ele a tua pessoa? diz o SENHOR dos Exércitos.
9 Agora, pois, eu suplico,
peça a Deus, que ele seja misericordioso conosco; isto veio das vossas mãos;
aceitará ele a vossa pessoa? diz o SENHOR dos Exércitos.
10 Quem há também entre vós
que feche as portas por nada, e não acenda debalde o fogo do meu altar? Eu não
tenho prazer em vós, diz o SENHOR dos Exércitos, nem aceitarei oferta da vossa
mão.
11 Mas desde o nascente do
sol até ao poente é grande entre os gentios o meu nome; e em todo o lugar se
oferecerá ao meu nome incenso, e uma oferta pura; porque o meu nome é grande
entre os gentios, diz o SENHOR dos Exércitos.
12 Mas vós o profanais,
quando dizeis: A mesa do Senhor é impura, e o seu produto, isto é, a sua comida
é desprezível.
13 E dizeis ainda: Eis
aqui, que canseira! E o lançastes ao desprezo, diz o SENHOR dos Exércitos; vós
ofereceis o que foi roubado, e o coxo e o enfermo; assim trazeis a oferta.
Aceitaria eu isso de vossa mão? diz o SENHOR.
14 Pois seja maldito o
enganador que, tendo macho no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor o que
tem mácula; porque eu sou grande Rei, diz o SENHOR dos Exércitos, o meu nome é
temível entre os gentios.
Malaquias
1:6 - Conforme os versos 1:6 e 2:1,
Malaquias é especificamente endereçado aos ministros desonestos, isto é,
aos sacerdotes da Antiga Aliança. Estes dois versos - 1:6 e 2:1 - são a chave
para se entender o Livro de Malaquias. Estes dois versos realmente REVERTEM o
que tem sido ensinado à maioria de nós, por toda a nossa vida. Quando vocês
estudarem o restante de Malaquias, não esqueçam o contexto destes dois versos.
Deus está censurando especificamente os seus ministros, os sacerdotes, e
não o povo. O primeiro “vós” em
Malaquias 1:6 refere-se aos sacerdotes. Eles são culpados de desonrar Deus e
desprezar o Seu nome.
Malaquias
1:7-8 - Deus está censurando os ministros por Lhe
darem o que ninguém mais deseja receber. Ao fazer isso, os ministros são
culpados de desprezar “a mesa do SENHOR”. Notem que Deus não diz que eles não
“têm” as ofertas adequadas para presenteá-Lo. Não há razão para se concluir que
os ministros eram forçados a dar alimento estragado porque eles não tinham nada
mais para dar.
Malaquias
1:9 - Deus criticou os SACERDOTES (e não o povo)
por Lhe trazerem OFERTAS inaceitáveis. Ele disse que o seu governador nem
sequer aceitaria essas ofertas de animal coxo e enfermo para a sua mesa. Isso
porque o governador sabia que esses ministros tinham uma porção de animais bons
e saudáveis para ofertar no sacrifício dos primogênitos e da sua porção de
animais dizimados. Por que isso é verdade? Porque Neemias havia ordenado que o
povo trouxesse essas ofertas e elas vieram em tal abundância que novos silos se
fizeram necessários. (Ver Neemias 10:35-38; 12:44, 47; 13:4, 5, 12, 13).
Malaquias
1:10 - Deus estava extremamente zangado com os
sacerdotes. Ele lhes disse que parassem toda a adoração hipócrita. Ele não
estava satisfeito com os sacerdotes e não aceitaria deles essas ofertas
insignificantes.
Malaquias
1:12 - Os sacerdotes eram culpados de profanar o
Nome de Deus. Seus sacrifícios desagradáveis revelavam o seu muito pecaminoso
desprezo por Deus.
Malaquias
1:13 - Então significa que os sacerdotes haviam de
algum modo apanhado uma porção “maior” do que a que lhes era legalmente
destinada. Visto como as primícias, os primogênitos e as ofertas iam diretamente
para eles, os sacerdotes não poderiam ter roubado esses itens (Neemias
10:35-37-b). Contudo, os sacerdotes poderiam ter apanhado a porção dos levitas
do dízimo da casa do tesouro (Neemias 13:10-11).
Malaquias
1:14 - Os que leem somente a maldição de Malaquias
3:9 não verificam que a palavra maldição havia sido antes usada 4
vezes por Malaquias, amaldiçoando os sacerdotes. Esta primeira maldição de
Malaquias 1:14 é muito claramente dirigida aos sacerdotes, os ministros do
Velho Testamento. O sacerdote já “TEM” animais aceitáveis para o sacrifício.
Deus não os desculpou porque o povo não houvesse pagado apropriadamente os
dízimos...
Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da
Religião Dr. Edson Cavalcante.
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