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segunda-feira, 26 de julho de 2021

SIFRÁ E PUÁ MULHERES QUE PRESERVARAM A VIDA.


SIFRÁ E PUÁ MULHERES QUE PRESERVARAM A VIDA.
Êxodo 1: 15-21
Faraó mandou matar os nascituros do sexo masculino dentre os hebreus, foi uma ordem expedida diretamente por ele, sob a forma de um decreto nacional. Sem dúvida, as parteiras hebreias que não cumprissem a ordem poderiam esperar ser punidas, talvez até por execução capital. O Faraó não tinha feito uma sugestão.
Parteiras hebreias.
A primeira vez que apareceu a palavra parteira, na Bíblia, é um Gn. 13:14. Esse adjetivo pátrio indica um povo nômade, porque esse era o estilo de vida dos primeiros hebreus. No livro de Êxodo, todavia, esse termo atua como um sinônimo de Israel, embora os israelitas fossem apenas um dos grupos hebreus.
Sifrá.
No hebraico, beleza. Ela era uma das parteiras hebreias, a quem o Faraó, rei do Egito, ordenou que matassem todos os meninos que nascessem aos israelitas. Ela viveu em torno de 1570 A.C.
Puá.
No hebraico, sopro, declaração. Um termo cognato de esplêndido. No Antigo Testamento, esse é o nome de dois homens e de uma mulher. A mulher desse nome, que aparece neste versículo, era uma das duas parteiras (mencionadas por nome) que receberam ordens, da parte do Faraó para matar a todos os meninos que nascessem aos filhos de Israel. Essa foi uma tentativa de reduzir a população de Israel, no Egito, a fim de impedir uma possível revolta dos israelitas.
Não há no texto nenhuma indicação da razão pela qual as duas parteiras foram citadas por nome, nem por que havia duas delas. Talvez fossem mulheres de alguma reputação, que serviam como exemplos toda a classe das parteiras. Alguns eruditos supõem que havia alguma espécie de organização ou guiada de parteiras, que essas duas mulheres eram as administradoras da organização.
Quando servirdes de parteira
Embora nossa versão portuguesa assim não diga, o original hebraico contém uma palavra de difícil tradução, obnayim, que literalmente significa “duas crianças”. Algumas traduções dizem aqui “banqueta”. Parece que está em pauta algum tipo de assento onde as parturiente se sentava para dá a luz aos seus filhos. Nossa versão portuguesa omite a menção a esse objeto, fosse ele qual fosse. Alguns eruditos pensam em dois apoios, talvez feito até de pera, sobre os quais a mulher se sentava. Uma posição sem dúvida incomoda. Mas a verdade é que até hoje não se achou ainda posição confortável para a mulher assumir, na hora do parto. A arqueologia tem provado que as mulheres egípcias davam a luz na posição sentada. E é bem provável que as mulheres hebreias lhes tivesse seguindo o exemplo. (Jer. 18:13)
As parteiras hebreias deveriam matar os meninos hebreus assim que nascessem. Mas as meninas deveriam deixarem vivas.
Da opressão ao genocídio.
Todos os meninos hebreus deveriam ser mortos assim que nascessem. As meninas seriam facilmente absorvida na sociedade egípcia.
Essa matança com a matança dos inocentes, promovida por Herodes, o grande (Mt 2:16)
Isso com a história do genocídio de seis milhões de judeus a mando de Hitler, na Alemanha nazista o qual queria criar um mundo dominado por suposta raça ariana pura. Qualquer povo que perca sistematicamente os seus meninos mesmo que possa ficar com suas meninas, não demorará entrar em extinção. Portanto, nenhum golpe contra a nação de Israel em formação, no Egito, foi tão bem calculado para atingir o povo de Deus. Um plano verdadeiramente satânico.
As parteiras temeram a Deus
As parteiras hebreias ouviram e assentiram com a cabeça (a fim de salvarem a própria vida). Mas, na hora critica poupavam a da morte aos meninos. Humanidade, misericórdia e temor a Deus foram, para elas, motivos mais poderosos que o da autopreservação. O temor a Deus e misericórdia fazem parte da verdadeira religiosidade.
Sifrá e Puá deve ter sido supervisoras de parteiras, ou então estas duas recebem menção especial. As parteiras hebreias ajudavam as mulheres a dar à luz e cuidavam do bebê até que a mãe ficasse mais forte. Quando Faraó ordenou que as parteiras matassem os bebês hebreus do sexo masculino, ele estava se dirigindo ao grupo errado. As parteiras tinham o compromisso de ajudar os bebês a nascer, e não de mata-los. Estas mulheres mostraram grande coragem e amor para com Deus arriscando suas vidas ao desobedecer à ordem de Faraó.
Deus frustrou o plano genocida de Faraó. Foram baixas ordens de origem ainda superior as do Faraó, o próprio trono do Altíssimo, assim Israel continuou a multiplica-se e a prospera, apesar de todos os planos do Faraó e suas ordens genocidas.
Quando Israel finalmente partiu do Egito, segundo, disse Moises, os israelitas pediram “emprestadas” coisas dos egípcios. E quando Arão tentou desculpar-se diante de Moises sobre porque fizera o bezerro de ouro, Arão lançou a culpa sobre o fogo, dizendo: “e eu o lancei no fogo, e saiu esse bezerro” (Ex. 32:24) como se ele ficasse ficado tão admirado quanto qualquer outra pessoa. Portanto, há bastante humor no livro de Êxodo. Mas podemos estar certos de que, no tocante às parteiras, a questão era tão mortiferamente séria quanto uma questão de vida e morte. Alguns estudiosos pensam que neste versículo há alguma indicação de que também estavam envolvidas parteiras, como uma classe, responderam sim ao Faraó, mas agiram com um não, no que toca ao decreto real da matança dos meninos hebreus.
Por que deixastes viver os meninos?
Por que vocês desobedeceram às minhas ordens e agiram de modo contrário ao que eu tinha ordenado? Assim perguntou Faraó. Tratava-se de algo que não podia se ocultado. O vs. 19 dá uma resposta ridícula em que o Faraó dificilmente poderia ter acreditado. Mas não lemos que ele tenha mandado castigar as parteiras.
As parteiras defenderam-se com uma mentira ridícula: as mulheres hebreias são tão vigorosas que elas tem filhos antes de as parteiras chegaram, e estas já encontravam a criança nascida. Mas ainda que isso fosse verdade, nada impediria que as parteiras assassinassem, com pouco trabalho, os meninos hebreus, com pouco tempo de nascidos. Alguns estudiosos supõem que estaria envolvido em tudo isso um esperto uso dos fatos, ou seja, talvez o que o autor sagrado contou aqui uma pequena piada. Vários eruditos fazem grande esforço na tentativa de ilustrar como algumas mulheres dão seus filhos à luz, com grande facilidade, especialmente entre as classes laboriosas. Apesar de alguns casos poderem ser apresentados como comprovação disso, temos ai meras exceções, e não a regra do que acontece no ato do parto.
Deus fez bem as parteiras
Elas negaram-se a praticar imensa maldade, e Deus abençoou. E assim Israel amentou mais ainda em números e em poder por certo período de tempo. Por quanto tempo, o autor sagrado não nos informa. Mas o tempo passava, e o problema do Faraó ia apenas se acentuando, deixando-o vexado. Deus estava ganhando em cada round da luta. Deus abençoou aquelas mulheres, apesar de suas mentiras. Mas outros supõem que mentiras capazes de salvar vidas não se revestem de maldade. Obedecer a Deus, não aos homens, sempre será dever dos homens (Atos 5.29).
Contrariando as ordens de Faraó, as parteiras pouparam os bebês. Sua fé em Deus deu-lhe grande coragem para tomar a atitude que sabiam ser correta. Nesse caso, desobedecer à autoridade estava correto. Deus não deseja que obedeçamos às autoridade quando estas requerem que desobedecemos a Ele ou a Sua Palavra. A Bíblia está repleta de exemplo de exemplos de pessoas dispostas a sacrificar a própria vida para obedecer a Deus ou salvar outras pessoas. Ester e Mardoqueu (Et. 3.2; 4.13-16), Sandraque, Mesaque e Abede-Nego (Dn. 3.16-18) são exemplos de pessoas que defenderam o que era certo. Nações inteiras podem encontrar-se na imoralidade (racismo, escravidão, crueldade), por isso nem sempre é certo seguir a autoridade ou a maioria. Sempre que formos coagidos a desobedecer à Palavra de Deus, precisamos ter consciência de que “mais importante obedecer a Deus do que aos homens” (At. 5.29).
Ele lhes constituiu família
Essa tradução é uma interpretação. O hebraico diz “fez-lhes casas”, dando a entender que os outros israelitas, vendo o bom serviço que elas tinham prestado, construíram casas para elas. Mas alguns estudiosos dão ao Faraó o crédito: ele as teria posto dentro de casas, para que pudessem ser mais bem controladas. Todavia, o mais provável é que temos aqui uma alusão à fertilidade. Aquelas boas mulheres, ao ajudarem os casais israelitas, por não obedecerem às ordens de Faraó, foram abençoadas juntamente com suas respectivas famílias.
Será que Deus abençoou as parteiras porque mentiram para Faraó? Deus as abençoou não porque mentiram, mas pelo fato de terem salvado a vida de bebês inocentes. Isso não significa que a mentira era necessariamente a melhor resposta para Faraó. No entanto, as parteiras foram abençoadas porque não violaram a maior lei de Deus, que proíbe o assassinato.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante.

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