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segunda-feira, 22 de junho de 2020

A BÍBLIA E O ALCORÃO


                                                          A BÍBLIA E O ALCORÃO
O Islamismo reivindica que Alá é o mesmo Deus revelado na Bíblia. Isso logicamente implica, num sentido positivo, que o conceito de Deus assentado publicamente no Alcorão corresponde em todos os pontos ao conceito de Deus encontrado na Bíblia.
Isso também implica, num sentido negativo, que, se a Bíblia e o Alcorão possuem pontos de vistas diferentes acerca de Deus, portanto, a reivindicação do Islamismo é falsa.
Essa questão só pode ser resolvida por meio de uma comparação entre os dois documentos em questão. Não deveria ser resolvida tomando por base uma inclinação religiosa de um dos lados, mas sim por meio de uma amostra de leituras de textos de ambos os livros.
OS ATRIBUTOS DE DEUS
O Orientalista Samuel Zwemer notou, em 1905:

Tem havido uma estranha rejeição por parte da maioria dos escritores que descrevem a religião de Maomé de estudar a idéia de Deus de Maomé. É muito fácil confundir-se com um nome ou por etimologias. Quase todos os escritores tomam por certo que o Deus do Alcorão é o mesmo Ser e tem os mesmo atributos de Jeová ou da Divindade do Novo Testamento. Está correto este ponto de vista?
A maior parte das pessoas simplesmente assume que o Deus da Bíblia e o Deus do Alcorão são um e o mesmo Deus, considerados apenas sob nomes diferentes. Porém, assim como Zwemer perguntou: Isso está certo?
Quando comparamos os atributos de Deus, como se encontram na Bíblia, aos atributos de Alá, encontrados no Alcorão, fica mais do que óbvio de que os dois não são o mesmo Deus.

Desde que o Islamismo ascendeu como uma religião, há registros históricos notórios de que estudiosos Cristãos e Muçulmanos têm debatido sobre quem tem a verdadeira visão de Deus.
A visão Bíblica acerca de Deus não pode ser igualada à que se tem de Alá, mais do que Alá pode ser igualado ao Deus da Bíblia.
O arcabouço histórico referente à origem e ao significado do Árabe "Alá" revela que Alá não pode ser o Deus dos Patriarcas Bíblicos, os Judeus, ou Cristãos. Alá é meramente uma reformada e uma magnificada divindade pagã árabe da lua.
Dr. Samuel Schlorff mencionou em seu artigo sobre as diferenças essenciais sobre o Alá do Alcorão e o Deus da Bíblia:
Acredito que o ponto chave é a questão da natureza de Deus e como Ele se relaciona a Sua criação. Islamismo e Cristianismo são, apesar de suas semelhanças formais, mundos distanciados nessa questão.
Vemos algumas diferenças históricas retomadas diversas vezes acerca do Deus da Bíblia e o Alá do Alcorão. Esses pontos de conflito são famosos em trabalhos de estudiosos a mais de mil anos.
Esses pontos de conflito são reconhecidos por todos os trabalhos exemplares sobre o assunto. Portanto, daremos apenas uma breve visão das questões envolvidas.

CONHECIDO VERSUS DESCONHECIDO
Segundo a Bíblia, Deus pode ser conhecido. Jesus Cristo veio a esse mundo para que conheçamos a Deus:

"E a vida eterna é esta: Que Te conheçam, a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviastes" (João 17: 3).
No Islamismo, porém, Alá é desconhecido. É tão transcendente, tão exaltado, que nenhum homem pode sequer conhecer Alá pessoalmente.
Enquanto, segundo a Bíblia, o homem pode chegar a um relacionamento pessoal com Deus, o Alá do Alcorão é tão distante, tão longínquo, tão abstrato, que ninguém pode conhecê-lo.
PESSOAL VERSUS IMPESSOAL
Fala-se do Deus da Bíblia como um Ser pessoal com intelecto, emoção e vontade.

Isso se contrasta ao Alá do Alcorão, que não é entendido como uma pessoa. Isso o abaixaria ao nível de um homem.
ESPÍRITUAL VERSUS NÃO-ESPÍRITUAL
Para o Islamismo, a idéia de que Alá é uma pessoa ou um espírito é blasfêmia, porque isso rebaixaria o Exaltado.

Porém, o conceito de que "Deus é Espírito" é um dos pilares da natureza Bíblica de Deus, ensinada pelo próprio Jesus Cristo, em João 4: 24.
TRINITARIANO VERSUS UNITARIANO
O Deus da Bíblia é um Deus em Três pessoas: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Essa Trindade não são três deuses, mas um Deus.

Quando nos atemos ao Alcorão, verificamos que ele nega a trindade explicitamente. O Alcorão declara que Deus não é um Pai, Jesus não é o Filho e nem o Espírito Santo é Deus.
LIMITADO VERSUS NÃO-LIMITADO
O Deus Bíblico é limitado por Sua própria natureza imutável e inalterável. Portanto, Deus não pode fazer qualquer coisa nem de tudo.

Em Tito 1: 2 somos informados de que "Deus não pode mentir". Somos também informados sobre isso em Hebreus 6: 18. Deus não pode nunca agir de uma forma que viesse contradizer Sua natureza divina, porque "não pode negar-se a Si mesmo" (II Timóteo 2: 13).
Porém, quando você se atém ao Alcorão, descobre que Alá não é limitado por nada. Não é limitado sequer por sua própria natureza. Alá pode fazer tudo, em qualquer lugar, a qualquer hora, sem nenhuma limitação.
DIGNO DE CONFIANÇA VERSUS INCONSTANTE
Pelo fato de o Deus da Bíblia ser limitado por Sua própria natureza justa e haver certas coisas que Ele não pode fazer, Ele é totalmente consistente e digno de confiança.

Porém, quando nos atemos a estudar as ações de Alá no Alcorão, descobrimos que ele é totalmente inconstante e indigno de confiança. Não é limitado por sua natureza ou sua palavra.
AMOR DE DEUS VERSUS NENHUM AMOR DE DEUS
O amor de Deus é o principal atributo do Deus Bíblico, que é revelado em passagens como I João 4: 8, "Deus é amor". Veja também João 3: 16, "Porque Deus amou o mundo". Deus tem sentimentos por suas criaturas, especialmente o homem.

Porém, quando nos voltamos ao Alcorão, não encontramos amor como sendo o principal atributo.
Alá nem sequer "tem sentimentos" em relação ao homem. Tal conceito é alheio à compreensão Islâmica. Isso reduziria Alá a ser um mero homem ! o que é uma blasfêmia para o Islamismo.
ATIVO NA HISTÓRIA VERSUS PASSIVO
Alá não participa da história humana pessoalmente e não atua como um agente histórico. Sempre lida com o mundo através da sua palavra, profetas e anjos. Não vem lidar com o homem pessoalmente.

Quão diferente é a idéia Bíblica da encarnação, pela qual o próprio Deus entra na história e atua para promover a salvação do homem: "Deus se manifesta em carne" (I Timóteo 3: 16). Mais uma vez, "Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5: 8).
ATRIBUTOS VERSUS SEM-ATRIBUTOS
O Alcorão nunca nos diz, num sentido positivo, o que é Deus em termos de sua natureza ou essência. Os chamados 99 atributos de Alá são todos negativos em sua forma, mostrando o que Alá não é, nunca dizendo, com isso, o que ele é.

A Bíblia nos dá ambos atributos positivos e negativos de Deus.
GRAÇA VERSUS OBRAS
Por último, a Bíblia fala muito sobre a graça de Deus em promover uma salvação gratuita para o homem através de um salvador, que é também um intercessor: "porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem" (I Timóteo 2: 5).

Já, no Alcorão, não há nenhum conceito da graça de Alá. Não há nenhum salvador ou intercessor, segundo o Alcorão.
Concluindo, quando você examina os atributos de Deus, que revela a si mesmo na Bíblia ao Alá descrito no Alcorão, vê-se que não são únicos e o mesmo Deus.
O MESMO DEUS?
Depois de apresentar esse material a um grupo de pessoas, uma pessoa respondeu que acreditava que o Islamismo e o Cristianismo adoravam o mesmo Deus porque ambos adoram "um único Deus".

O que essa pessoa não compreendeu é o fato que o monoteísmo (a crença de que há um único Deus) em si mesmo e por si mesmo não nos diz nada sobre a identidade ao único Deus que deve ser adorado. Em outras palavras, não é o bastante dizer que há um único Deus, se você tem o Deus errado!
Alguém poderia dizer que Ra, Isis ou Osíris é o único Deus verdadeiro, mas isso não significa que as divindades Cristãs e Egípcias são únicas e a mesma.
Os antigos podem ter ensinado que Baal ou Moloque eram o único Deus verdadeiro. Ou então, os gregos podem ter argumentado que Zeus ou Júpiter era o único Deus verdadeiro vivente.
Porém, a mera argumentação de que há um único Deus não significa automaticamente que o único Deus que você escolhe adorar é o Deus certo.
Nesse caso, o Deus da Bíblia tem revelado a Si mesmo de maneira que Sua natureza e Seus nomes não podem ser confundidos com a natureza e os nomes de deuses pagãos circundantes.
A seita da deusa lua que adorou a Alá foi transformado por Maomé em uma fé monoteísta.
Pelo fato de Maomé ter começado com um deus pagão, não é nenhuma surpresa que tenha terminado com um deus pagão.
ALÁ ESTA NA BÍBLIA?
Conversando com um embaixador de um país Islâmico, mencionei que o nome Alá vem de uma palavra árabe que tem a ver com a adoração da deusa lua na Arábia Pré-Islâmica. De modo que não pode ser encontrado no Velho Testamento Hebreu ou no Novo testamento Grego.

O embaixador usou dois argumentos por meio dos quais esperava provar que a Bíblia fala de Alá.
Primeiro reivindicou que o nome Alá foi encontrado na palavra Bíblica "aleluia". O "Ale", na primeira parte da palavra, era, na verdade, "Alá", segundo ele!
Mencionei-lhe que a palavra hebraica aleluia não é uma palavra hebraica composta. Ou seja, não é constituída de duas palavras. É uma única palavra hebraica que significa "um louvor a Iavé".
Da mesma forma, o nome de Deus consta da última parte da palavra, !ia?, que faz referência a Iavé ou Jeová. O nome Alá simplesmente não pode ser encontrado nessa palavra.
Continuou, dizendo-me que, quando Jesus clamou "Eli, Eli", na cruz, estava, na verdade, dizendo "Alá, Alá".
Porém, isso também não é verdade. O Novo testamento grego nesse ponto nos dá uma tradução aramaica, não árabe, de uma passagem de Salmos 22: 1. Jesus disse, "Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste? (Mateus 27:46). É um clamor distante vir de "Eli, Eli" até "Alá, Alá". Isso simplesmente não pode ser feito.
PERÍODO DE TEMPO ERRADO
Por uma questão de registro histórico, foi impossível para os autores da Bíblia falarem de Alá como Deus. Por que?

Até o século sétimo, quando Maomé fez de Alá o único Deus, Alá era o nome de uma divindade pagã!
Uma vez que a Bíblia foi completada muito antes do nascimento de Maomé, como ela poderia falar de um Alá posterior a Maomé?
Na verdade, o nome Alá nunca passou pelos lábios dos autores das escrituras.
Até o tempo de Maomé, Alá era simplesmente um deus pagão dentre muitos, seu nome era um nome particular para a deusa lua adorada na Arábia.
Os autores da Bíblia nunca teriam confundido Alá com Jeová não mais do que teriam confundido Baal com Jeová.
A BÍBLIA ÁRABE
Durante um show de rádio em Irvine, na Califórnia, um telespectador árabe respondeu a essas observações perguntando: "Mas a Bíblia Árabe não usa o nome "Alá" para Deus? Portanto, "Alá" é um nome Bíblico para Deus".

A resposta depende do período. Foi a Bíblia traduzida para o Árabe no tempo de Maomé? Não! A primeira tradução Árabe para a Bíblia não apareceu até por volta do século nono.
Até o século nono, o Islamismo era a força política dominante nas terras Árabe e os homens que traduziram a Bíblia para árabe enfrentavam uma situação política difícil. Se não usassem o nome "Alá" como o nome de Deus, poderiam sofrer nas mãos dos Muçulmanos fanáticos, que, como parte de sua religião, acreditavam ser o Alá do Alcorão o Deus da Bíblia.
Considerando que "Alá" era, nesse tempo, o nome comum para "Deus", devido ao domínio do Islamismo, os tradutores renderam-se às pressões políticas e religiosas e puseram "Alá" na Bíblia Árabe.
NENHUMA SUSTENTAÇÃO LÓGICA
Uma vez que a tradução Árabe para a Bíblia surgiu 900 anos depois da Bíblia ter sido completada, não pode haver nenhuma sustentação sobre se "Alá" foi originalmente um nome para Deus na Bíblia.

Por fim, o fato mais óbvio é de que uma tradução Árabe para a Bíblia do século nono não pode ser usada para estabelecer o argumento de que os autores Bíblicos que escreveram muitos séculos antes em hebreu e grego usaram a palavra Árabe "Alá" para se referirem a Deus. A credulidade tem seus limites!
ORIGENS PAGÃS
As origens do Islamismo têm sido traçadas por estudiosos à antiga religião da fertilidade de adoração da deusa lua, que sempre foi a religião dominante na Arábia. A deusa lua era adorada por meio de orações em direção a Meca varias vezes ao dia, por meio de peregrinação anual até a Caaba, um templo da deusa lua, por meio de corridas ao redor da Caba sete vezes, por meio de acariciar um ídolo composto de uma pedra negra colocado na parede da Caaba, por meio de corrida entre dois morros, por meio de fazer sacrifícios de animais, por meio de ajuntar-se às sextas-feiras para orações, por meio de dar esmolas aos pobres etc. Esses eram rituais pagãos praticados por Árabes muito antes de Maomé nascer.

A LUA CRESCENTE
Hoje em dia, qual religião pratica os ritos pagãos da deusa lua? O Islamismo! Isso explica o porquê a lua crescente é o símbolo do Islamismo. É colocado no topo das mesquitas e minaretes e exibido em chapéus, bandeiras, tapetes, amuletos e até jóias. Toda vez em que você vê o símbolo Muçulmano de uma lua crescente, você está vendo um antigo símbolo da deusa lua.

REJEIÇÃO NÃO UM REFÚGIO
O Muçulmano comum sabe que está adorando uma deusa lua? Não. Sabe o por quê o símbolo da lua crescente situa-se no topo da sua mesquita? Não. Ele fica chocado e talvez enraivecido com esses fatos históricos? Sim. Contudo, uma mera rejeição ou atitudes enraivecidas não podem refutar o fato de que o islamismo não é nada mais do que uma versão moderna de uma antiga religião da deusa lua Alá! O Muçulmano comum tem sido deixado no escuro pelos Mullahs e Imams, que perderiam seus poderes se a verdade viesse à tona.

CONCLUSÃO
Muitos ocidentais assumem que Alá é apenas um outro nome para Deus. Isso se deve à sua ignorância em relação às diferenças entre o Alá do Alcorão e o Deus da Bíblia, deve-se também à propaganda de Evangelistas Muçulmanos que usam a idéia de que Alá é tão somente outro nome para Deus como uma oportunidade para converter os ocidentais ao Islamismo.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante.

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