CÂNCER DE PRÓSTATA E PREVENÇÃO
Câncer de próstata: causas, sintomas, tratamentos,
diagnóstico e prevenção
Câncer de próstata é o tumor que afeta a próstata,
glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a
bexiga ao orifício externo do pênis. O câncer de próstata é o mais frequente
entre os homens, depois do câncer de pele. Embora seja uma doença comum,
por medo ou por desconhecimento muitos homens preferem não conversar
sobre esse assunto.
As estimativas apontam 68.220 novos casos em 2018.
Esses valores correspondem a um risco estimado de 66,12 casos novos a cada
100 mil homens, além de ser a segunda causa de morte por câncer em
homens no Brasil, com mais de 14 mil óbitos. Na presença de sinais e sintomas,
recomenda-se a realização de exames.
A doença é confirmada após fazer a biópsia, que é
indicada ao encontrar alguma alteração no exame de sangue (PSA) ou no toque
retal, que somente são prescritos a partir da suspeita de um caso por um médico
especialista.
As células são as menores partes do corpo humano.
Durante toda a vida, as células se multiplicam, substituindo as
mais antigas por novas. Mas, em alguns casos, pode acontecer um
crescimento descontrolado de células, formando tumores que podem ser benignos ou malignos (câncer).
crescimento descontrolado de células, formando tumores que podem ser benignos ou malignos (câncer).
O câncer de próstata, na maioria dos casos, cresce de
forma lenta e não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar
a saúde do homem. Em outros casos, pode crescer rapidamente, se
espalhar para outros órgãos e causar a morte. Esse efeito é conhecido como
metástase.
A próstata é uma glândula presente
apenas nos homens, localizada na frente do reto, abaixo da bexiga,
envolvendo a parte superior da uretra (canal por onde passa a urina). A
próstata não é responsável pela ereção nem pelo orgasmo. Sua função
é produzir um líquido que compõe parte do sêmen, que nutre e protege
os espermatozoides. Em homens jovens, a próstata possui o tamanho de uma
ameixa, mas seu tamanho aumenta com o avançar da idade.
ATENÇÃO: As informações presentes nesta página têm
por objetivo apoiar e informar dados úteis sobre o câncer de próstata, mas não
substituem, em hipótese alguma, a consulta médica. Em casos de suspeita,
procure um médico especialista de sua confiança para avaliação.
Existem alguns fatores que podem aumentar as chances de
um homem desenvolver câncer de próstata. São eles:
- Idade:
o risco aumenta com o avançar da idade. No Brasil, a cada dez homens
diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos.
- Histórico
de câncer na família: homens cujo o pai, avô ou irmão tiveram câncer de
próstata antes dos 60 anos, fazem parte do grupo de risco.
- Sobrepeso
e obesidade: estudos recentes mostram maior risco de câncer de próstata em
homens com peso corporal mais elevado.
Já está comprovado que uma dieta rica em frutas,
verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura,
principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer, como
também de outras doenças crônicas não-transmissíveis. Nesse sentido, outros
hábitos saudáveis também são recomendados, como fazer, no mínimo, 30 minutos
diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o
consumo de álcool e não fumar.
Entre os fatores que mais ajudam a prevenir o câncer de
próstata estão:
- Ter
uma alimentação saudável.
- Manter
o peso corporal adequado.
- Praticar atividade
física.
- Não
fumar.
- Evitar
o consumo de bebidas alcoólicas.
Na fase inicial, o câncer de próstata pode não
apresentar sintomas e, quando apresenta, os mais comuns são:
- dificuldade
de urinar;
- demora
em começar e terminar de urinar;
- sangue
na urina;
- diminuição
do jato de urina;
- necessidade
de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.
Esses sinais e sintomas também ocorrem devido a
doenças benignas da próstata. Por exemplo:
- Hiperplasia
benigna da próstata é o aumento benigno da próstata. Afeta mais da
metade dos homens com idade superior a 50 anos e ocorre naturalmente
com o avançar da idade.
- Prostatite
é uma inflamação na próstata, geralmente causada por bactérias.
IMPORTANTÍSSIMO: Na presença de sinais e sintomas,
recomenda-se a realização de exames para investigar o câncer de próstata.
Para investigar os sinais e sintomas de um câncer de
próstata e descobrir se a doença está presente ou não, são feitos basicamente
dois exames iniciais.
- Exame
de toque retal: o médico avalia tamanho, forma e textura
da próstata, introduzindo o dedo protegido por uma luva
lubrificada no reto. Este exame permite palpar as partes posterior e
lateral da próstata.
- Exame
de PSA: é um exame de sangue que mede a quantidade de uma
proteína produzida pela próstata - Antígeno Prostático Específico
(PSA). Níveis altos dessa proteína podem significar câncer, mas
também doenças benignas da próstata.
Qual exame confirma/diagnostica o câncer de próstata?
Para confirmar o câncer de próstata é preciso fazer uma
biópsia. Nesse exame são retirados pedaços muito pequenos da próstata
para serem analisados no laboratório. A biópsia é indicada caso seja
encontrada alguma alteração no exame de PSA ou no toque retal.
Alguns especialistas são contra de se fazer exames
de rotina em homens sem sintomas, pois pode trazer tanto benefícios quanto
riscos à saúde. Outros, no entanto, são a favor.
- Benefícios: realizar
o exame pode ajudar a identificar o câncer de próstata logo no inicio
da doença, aumentando assim a chance de sucesso no
tratamento. Tratar o câncer de próstata na fase inicial pode evitar
que se desenvolva e chegue a uma fase mais avançada.
- Riscos: ter
um resultado que indica câncer, mesmo não sendo, gera ansiedade e
estresse, além da necessidade de novos exames, como a
biópsia. Diagnosticar e tratar um câncer que não evoluiria e
nem ameaçaria a vida. O tratamento pode causar impotência sexual
e incontinência urinária. Os riscos desses exames estão relacionados
às consequências dos seus resultados e não à sua realização.
DESTAQUE: O Ministério da Saúde, assim como a
Organização Mundial da Saúde (OMS), não recomenda que se realize o rastreamento
do câncer de próstata, ou seja, não é indicado que homens sem sinais ou
sintomas façam exames. Procure conhecer os riscos e os benefícios que envolvem
a realização desses exames de rotina e converse com um profissional de saúde da
sua confiança para decidir se deseja ou não realizá-los.
O câncer de próstata é feito por meio de uma ou de várias
modalidades/técnicas de tratamento, que podem ser combinadas ou não. A
principal delas é a cirurgia, que pode ser aplicada junto com radioterapia e
tratamento hormonal, conforme cada caso.
Quando localizado apenas na próstata, o câncer de
próstata pode ser tratado com cirurgia oncológica, radioterapia e até mesmo
observação vigilante, em alguns casos especiais. No caso de metástase, ou seja,
se o câncer da próstata tiver se espalhado para outros órgãos, a radioterapia é
utilizada junto com tratamento hormonal, além de tratamentos paliativos.
A escolha do melhor tratamento é feita individualmente,
por médico especializado, caso a caso, após definir quais os riscos, benefícios
e melhores resultados para cada paciente, conforme estágio da doença e
condições clínicas do paciente. Todas as modalidades de tratamento são
oferecidas, de forma integral e gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde
(SUS).
A próstata é uma glândula acessória exclusiva
do sistema genital masculino, que se localiza abaixo da bexiga. Ela é a
responsável por liberar uma secreção alcalina que neutraliza a acidez da uretra
e das secreções vaginais. Essa secreção se une ao líquido seminal, formando o
sêmen.
Considerado um câncer da terceira idade, o câncer de
próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens no Brasil,
atrás apenas do câncer de pele. Ainda não se conhece as causas
do câncer de próstata, mas especialistas consideram alguns fatores que
podem favorecer o desenvolvimento desse câncer, como:
→ Fatores genéticos. Homens que
tenham histórico de câncer de próstata na família têm maior
probabilidade de desenvolver a doença;
→ Fatores hormonais. Estudos
confirmaram que homens que não produzem o hormônio testosterona têm menores
chances de desenvolver o câncer de próstata, porém, outros estudos
mostraram que a produção de testosterona não causa o câncer, mas em homens que
já possuem a doença, o hormônio poderia estimular o crescimento do tumor;
→ Alimentação. Especialistas
acreditam que uma dieta rica em gordura e pobre em verduras e frutas predispõe
ao aparecimento do câncer de próstata;
→ Sedentarismo;
→ Fatores ambientais. Muitos
estudos estão sendo feitos para comprovar se realmente o ambiente pode
interferir no desenvolvimento do câncer de próstata. Estudos já
confirmaram que populações com baixa incidência de câncer de
próstata e que migram para locais com alta incidência, apresentam um
aumento da ocorrência de casos.
Os sintomas do câncer de próstata, na maioria
das vezes, não são sentidos nos estágios iniciais da doença, sendo o tumor
detectado apenas através de exames, como o do toque retal e PSA (antígeno
específico da próstata). Há outros casos em que o homem pode apresentar dificuldade
para urinar, jato da urina fraco, sensação de que a bexiga não esvaziou e
aumento no número de micções. É importante ressaltar que esses sintomas não
indicam a presença de um câncer, mas exige uma avaliação médica.
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Uma vez diagnosticado o câncer de próstata, outros
exames serão pedidos pelo médico a fim de verificar o tamanho do tumor, o
estágio da doença, e se o câncer sofreu metástase, ou seja, atingiu outros
órgãos do corpo.
O tratamento do câncer de próstata irá depender
do estágio em que se encontra a doença, idade do paciente e níveis do PSA.
A cura do câncer de próstata dependerá do
estágio, extensão do tumor e classificação das células malignas que há no
tumor.
O câncer é uma doença não transmissível, e o convívio com
familiares e amigos é normal, porém é importante lembrar que todo homem, acima
dos 40 anos de idade, precisa fazer o exame de toque retal e o PSA para
verificar se há ou não a presença de câncer na próstata. Vale ressaltar
que quando detectado nos estágios iniciais, o câncer de próstata tem até
100% de chances de cura, por isso a importância da prevenção.
O câncer de próstata é o segundo tumor maligno que
mais faz vítimas entre os homens, só perdendo para o câncer de pulmão. Isso se
dá muito em decorrência do diagnóstico tardio.
A estimativa é que em 2019, segundo dados do Instituto
Nacional de Câncer, sejam diagnosticados 68 mil novos casos de câncer de
próstata no Brasil, sendo estimadas mais de 13 mil mortes por ano.
Apesar da alta incidência e da elevada mortalidade
associada, a detecção precoce aumenta as chances de cura e controle da doença
em até 90%. Daí a importância do rastreamento periódico para todo homem a
partir dos 50 anos, já que a doença costuma ser silenciosa no estágio inicial.
Como ocorre em outros tipos de câncer, os mecanismos que
determinam a multiplicação desordenada das células da próstata não são
completamente conhecidos, embora se saiba que há o envolvimento genético e
questiona-se a participação dos hormônios masculinos para o crescimento do
tumor. De qualquer forma, o avanço da idade está comprovadamente associado ao
aumento da probabilidade de desenvolver câncer de próstata, assim como o
histórico familiar, um dos principais fatores.
Quem possui parentes diretos que tiveram essa doença,
como pai e irmãos, apresenta um risco de adquiri-la de três a dez vezes maior
do que o restante da população masculina.
O Dr. Leonardo Otero Pertusier, urologista sênior e
coordenador da Urologia do Check-up do Fleury Medicina e Saúde, afirma que o
câncer de próstata possui chances de cura de até 90% quando diagnosticado
precocemente. Dessa forma, conhecer os fatores de risco é fundamental para a
prevenção, sendo eles a hereditariedade, a idade (a incidência aumenta
exponencialmente após os 50 anos), a má alimentação, a obesidade e hábitos não
saudáveis, como o consumo excessivo de álcool e o tabagismo.
Exames preventivos
A próstata é uma glândula localizada logo abaixo da
bexiga, encostada no reto
Para o Dr. Pertusier, iniciativas como o Novembro Azul
são fundamentais para informar e sensibilizar a população. Sobre os exames
preventivos, explica: “recomenda-se que homens a partir dos 50 anos de idade
(45 anos, se tiverem fator de risco familiar) façam o exame de próstata anualmente,
que inclui o toque retal e o exame de sangue, para checar a dosagem do PSA
(antígeno prostático específico)”. Vale lembrar que um exame não substitui o
outro, ambos são necessários.
Principais sintomas que merecem uma consulta médica
No estágio inicial, o câncer de próstata costuma cursar
de forma lenta e quase sempre sem sintomas e silencioso – o que aumenta a
importância do rastreamento periódico para permitir o diagnóstico precoce.
Os sinais clínicos, em geral, que podem se confundir com
o crescimento normal e benigno da próstata, surgem em uma fase mais avançada da
doença onde o crescimento do tumor pode provocar complicações locais e também
fora da próstata, e incluem:
- Dificuldade
de iniciar a passagem da urina
- Dificuldade
de interromper o ato de urinar
- Urinar
em gotas ou jatos sucessivos
- Necessidade
de fazer força para manter o jato de urina
- Necessidade
premente de urinar imediatamente
- Sensação
de dor na parte baixa das costas ou na pélvis (abaixo dos testículos)
- Sangue
na urina ou no esperma
- Dor
durante a passagem da urina
- Dor
quando ejacula
- Dor
nos testículos
- Dor
lombar, na bacia ou nos joelhos
- Sangramento
pela uretra.
Genética e o câncer de próstata
Estima-se que entre 5% a 10% dos casos de câncer de
próstata são de origem hereditária. Já existe um teste chamado Painel Câncer de
Próstata Hereditário que sequencia genes relacionados ao risco de
desenvolvimento da doença.
A partir do conhecimento do perfil genético do indivíduo
é possível ter um plano de acompanhamento personalizado onde o pilar de
abordagem segue em conjunto com o rastreamento regular.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da
Religião Dr. Edson Cavalcante
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