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sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

DOMÍNIO PRÓPRIO


                                                              DOMÍNIO PRÓPRIO
Gálatas 5.22-23
Estamos caminhando na série de mensagens “Desfrutando do Espírito Santo”. Já vimos que podemos desfrutar da alegria, do amor, da benignidade, da mansidão, da paz, da longanimidade e da fidelidade. Hoje vamos refletir sobre mais um gomo desse delicioso fruto do Espírito, o domínio próprio.
Certa vez um irmão chegou para seu pastor e disse já haver conseguido plenamente em sua vida uma porção do fruto do Espírito Santo. O pastor muito animado perguntou-lhe qual parte do fruto ele estava experimentando. O irmão responde: O domine o próximo. Talvez esse fosse mais fácil para nós, mas hoje vamos falar do domínio próprio.
Para obtermos o domínio próprio precisamos conhecer:

1.O que é o domínio próprio?
A expressão domínio próprio, do grego enkrateia significa temperança, moderação ou autocontrole sobre nossos próprios desejos e paixões. Literalmente quer dizer “reprimir com mão firme”.
Segundo o dicionário livre de nossa língua, é saber controlar suas emoções ou atitudes, é quando temos o controle total do nosso próprio corpo, é quando nenhuma vontade ou vício consegue nos dominar. Alguns de nós temos tido lutas contra o excesso em diversas áreas de nossas vidas. Coisas boas podem tronar-se sérios problemas, virtudes podem tornar-se veneno.
O domínio próprio diz respeito ao que comemos ou bebemos, diz respeito à nossa vida sexual, ao que assistimos, ao que falamos (“Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar,  é perfeito varão, capaz de refrear também todo corpo” - Tiago 3.2), à nossa vida financeira (compramos) e muito mais.
O apóstolo Paulo resume este assunto em 1 Coríntios 6.12: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas”. Há coisas que são mais simples de dominar, outras nos dominam e nem percebemos; domínio próprio é não ser dominado por nada, mas ter autocontrole de sua própria vida e decisões.
Temos tido essa virtude em nossa vida?

2.O que faz o domínio próprio?
Já vimos o que é o domínio próprio. Agora precisamos compreender o que essa virtude faz em nossa vida. Sem dúvida alguma o domínio próprio nos protege de muitas ciladas e problemas. Não ter o domínio próprio é ter muitas brechas em nossa vida: “Como cidade derribada, que não tem muros, assim é o homem que não tem domínio próprio” (Provérbios 25.28).
Alguns exemplos na Bíblia: Negativos - Eva diante da árvore que era boa para comer, agradável aos olhos e desejável para dar entendimento não teve domínio contra sua vontade (Gênesis 3.6), Caim irou-se contra seu irmão, e apesar de Deus tê-lo alertado não teve domínio próprio: “... o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo” (Gênesis 4.7), Davi diante de Bate-Seba (2 Samuel 11.2), Salomão diante das mulheres e riqueza (1 Reis 11), Ananias e Safira ao venderem suas terras (Atos 5) e muitos outros. Positivos – José diante da esposa de Potifar teve coragem para fugir (Gênesis 39.12), Daniel diante dos banquetes do rei: “Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia...” (Daniel 1.8), Jesus diante das tentações no deserto (Mateus 4), o apóstolo Paulo comparando-se ao atleta diz que esmurra seu corpo e o reduz à escravidão para que não venha a ser desqualificado (1 Coríntios 9.25-27), e muitos outros.
O domínio próprio constrói um muro de proteção à nossa volta.

3.Como obter o domínio próprio?
Já vimos o que é e o que faz o domínio próprio. Começa com um novo coração em Jesus Cristo. Precisamos compreender que enquanto seres humanos somos seres insaciáveis em nossos desejos e para isso precisamos do domínio próprio. Agora, apesar do domínio ser próprio o fruto é do Espírito. Vamos lembrar de que estamos falando sobre desfrutarmos do Espírito. Quero dizer que você e eu não temos a capacidade de produzir em nós mesmos o domínio próprio. Não conseguiremos por esforço próprio controlar nossas ações e reações.  Precisamos reconhecer que não a temos o domínio próprio e desejar profundamente ser trabalhados em nossos corações por Deus.
À luz da psicologia, o domínio próprio é o superego que é desenvolvido a partir das relações com as pessoas. O meio em que você está vai definir os limites que você vai assumir. À luz da Palavra de Deus sabemos que o Espírito Santo vai gerar em nós essa virtude e que em nossos relacionamentos elas serão aprimoradas. Confessando uns aos outros nossas fraquezas somos curados (Tiago 5.16), cuidando uns dos outros somos protegidos, nos afastando das más amizades, não teremos nossos bons costumes corrompidos: “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes” (1 Coríntios 15.33).
Como árvores plantadas junto a ribeiros, sejamos nós, homens e mulheres plantados em Deus, por meio de Cristo, e desfrutemos da seiva do Espírito Santo.

Conclusão
Vimos o tema “desfrutando do domínio próprio”. Vimos o que é, o que faz e como obtê-lo. Concluo lendo 2 Pedro 1.3-8: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo, por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor. Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Nosso desafio é o de desejarmos receber essa dádiva de Deus nesta hora.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

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