FAMÍLIA CRISTÃ
DIVIDIDA...
...
MAS, CONHECENDO ELE OS SEUS PENSAMENTOS, DISSE-LHES: TODO O REINO, DIVIDIDO
CONTRA SI MESMO, SERÁ ASSOLADO; E A CASA, DIVIDIDA CONTRA SI MESMA, CAIRÁ –
LUCAS 11.17
Existem algumas atitudes do homem que Deus odeia, entretanto o
que é abominável aos olhos Dele e o exercício humano que semeia a contenda
entre os irmãos.
Provérbios 6.16-19 – “Estas seis coisas o Senhor odeia, e a
sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam
sangue inocente, o coração que maquina pensamentos perversos, pés que se
apressam a correr para o mal, a testemunha falsa que profere mentiras, e o que
semeia contendas entre irmãos.”
O que significa algo abominável?
Para mim abominável é a qualidade que sugere um comportamento
reacionário à santidade divina. É algo repulsivo aos olhos de Deus. As
abominações são trevas que tentam ofuscar a luz. Abominável é uma ação humana
indesejável, inaceitável, reprovável, contrária aos propósitos da aliança feita
por Cristo Jesus. João 17.21 – “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és
em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que
tu me enviaste.”
* Dicionário on line Priberam traz a seguinte definição:
abominável, que merece abominação; detestável, execrável, odioso, nefando.
Lembro agora que a Bíblia nos chama a comunhão, a fim de que na
congregação haja a manifestação da multiforme sabedoria de Deus. O amor somente
será expresso se houver livre curso nos corações humanos. (o amor é o vínculo
da paz). A reunião de esforços somente se dará se houver alianças e propósitos
comuns. O contrário resulta em contenda (briga) provocada por ciúmes, pelejas
(guerras) e mortes.
Deus abomina a contenda entre os homens salvos, principalmente
que sem acordo não se pode andar nem duas pessoas juntas. Amós 3.3 –
“Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” E como poderemos
proclamar o Senhorio de Cristo sobre nós, se ainda fazemos o que Ele não
aceita? Como as pessoas ouvirão a Palavra Santa, se os nossos atos falam mais
altos? Se o vaso não consegue reter a essência de Deus (a sua Santidade
expressa na Palavra sacrossanta) em si, como promoverá a paz e o progresso da
humanidade? Se nesta forma de vida te
moldas, saibas és um vaso quebrado! Hipócrita!
Romanos 9.20, 21 – “Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus
replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste
assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um
vaso para honra e outro para desonra?”
Por falar nisso, dizem os estudiosos e o dicionário logo abaixo
que a palavra hipocrisia teve sua origem nas encenações teatrais do passado. A
verdadeira identidade individual de um homem, infelizmente, não é a aparente,
ela está mascarada, disfarçada. Como no teatro, que os atores fazem a
dramatização se passando por outra pessoa, assim são aqueles que dizem que amam
a Deus, e não amam o seu próximo. I João 4.20 – “Se alguém diz: Eu amo a Deus,
e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu
como pode amar a Deus, a quem não viu?”
Isso não significa dizer que se deva ser bonzinho. Pois a Bíblia
diz que o único ser bom é Deus. E ela mesma assevera que Deus usa de
severidade. Especialmente quando ela descreve: “Se suportais a correção, Deus
vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?” –
Hebreus 12.7
Romanos 11.22 – “Considera, pois, a bondade e a severidade de
Deus: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, benignidade, se
permaneceres na sua benignidade; de outra maneira também tu serás cortado.”
* HIPOCRISIA, vem do Grego hypocrisia, forma poética de
hypócrísis, desempenho de um papel no teatro, dissimulação. Substantivo
feminino, impostura, fingimento; manifestação de virtudes ou sentimentos que
realmente se não tem.
Com essa reflexão inicial, exponho um grande mal que revela os
aspectos das instituições não corporativas, no sentido positivo da palavra
(aquelas que são intransigentes com as faltas individuais, mas lutam pelos
benefícios também individuais, dando importância devida ao seu ente corporado,
sempre alimentando a distinção vitoriosa da sua causa coletiva).
O exemplo da Polícia Militar que objetivamente seus
administradores (nem todos) procuram agradar os poderes influentes no governo.
Como alguém pode defender (e falar bem dela) se ela mesma age com as equações
da ética seletiva.
(ética seletiva é aquela que somente sustenta a virilidade dos
mais “fortes”. Os mais “fracos”
naturalmente são inexistentes. Não opinam em nada. São os pequenos. São
caudas, nunca cabeças. A exemplo do cão sem raça definida que vive nas ruas,
comendo o que lhe dão e o que encontra nas calçadas, os mais fortes deles
sobrevivem e os mais fracos morrem, isso é uma seleção natural das espécies.
Por isso esse animal domesticado com um tempo, em existência, comem de tudo,
sem a necessidade de tanta vacinação e vermifugação, portanto, tem um sistema
imunológico mais fortalecido que os cães com raças definidas)
Desde os bancos escolares de uma academia policial ou de outra
unidade de ensino se ouve que devemos buscas a unidade – unidade de doutrina e
unidade de comando -, mas na prática administrativa e operacional prevalecem em
muitas oportunidades:
a) O dito do poder externo, que molda pensamentos e contraria a
regra;
b) As promoções vergonhosamente barganhadas politicamente, sem
qualquer zelo pela verdadeira ética corporativa.
c) Um outro princípio ético parecido com a autofagia.[do Grego
autós, próprio + phag, r. de phagein, comer. Substantivo feminino, nutrição à
custa das reservas do próprio organismo]. Os policiais chegados à política não
fortalecem a instituição (na sua maioria), pelo contrário maculam quem quer que
seja para galgar os seus pleitos particulares. Maculam até o chefe se for
preciso. São verdadeiros mexeriqueiros.
Não tem vergonha na cara. Levítico 19.16 – “Não andarás como mexeriqueiro entre
o teu povo; não te porás contra o sangue do teu próximo. Eu sou o Senhor.”
d) A atividade fim da PM está nas mãos dos poucos íntegros
oficias e dos raros praças moralmente sadios, mas também nas mãos de pessoas
socialmente e profissionalmente irresponsáveis [prevaricadores e
irreconciliáveis com a conduta moral]. Parece que não há uma seleção técnica
positiva. Na verdade, os politiqueiros pouco fazem pela Corporação. Para que?
Se eles são protegidos assim como estão! Para pagar advogado, quando o policial
de rua vai resolver um conflito social usa da força e é questionado? Eles não
estão nessa. Para correrem riscos de vida? Eles não querem.
e) Os interesses estimulados pelas gratificações da atividade
administrativa, em muitas delas.
Mateus 12.25 – “Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos,
disse-lhes: Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade,
ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá.”
Precisamos retornar ao primeiro amor. Apocalipse 2.4, 5 –
“Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de
onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não,
brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te
arrependeres.” A igreja de Éfeso precisava de uma reforma nas suas concepções.
Precisavam se sujeitar à vontade divina. Com certeza, vários poderes públicos
precisam se sujeitar as concepções de Justiça, de disciplina, de hierarquia,
mas acima de tudo, serem submissos os homens a sabedoria que excede a todo o
entendimento, a sábia orientação do General Jesus Cristo.
Romanos 12.18 – “Se for possível, quanto estiver em vós, tende
paz com todos os homens.”
Hoje, no mundo todos os homens fingem-se conviver uns com os
outros. Os da situação com os da oposição. Até os que não querem praticar a
politicagem interesseira, são vistos como oposicionistas. Sejamos
transformados.
Romanos 12.2 – “E não sede conformados com este mundo, mas sede
transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual
seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”
Eu sou e espero sempre ser um dos promotores da unidade, como
Jesus Cristo. Vejam bem quantas coisas
boas ganharemos com a riqueza da glória de Deus:
a) Faremos amigos verdadeiros, e não fingidos. Teremos a coragem
de construirmos uma nova ponte, pelo perdão, sempre que essa estiver ruindo.
b) Seremos repartidores justos. Praticaremos a justiça santa, e
não a “justiça” maquiavélica (dos meios que justificam os fins).
c) Não julgaremos com hipocrisia e fazendo acepção de pessoas,
diferenciando-as por posições ideológicas ou por afinidades pessoais
ilegítimas.
Hebreus 12.14 – “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a
qual ninguém verá o Senhor.”
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião
Dr. Edson Cavalcante
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