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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

O PAPADO E O ANTICRISTO




                                                          O PAPADO E O ANTICRISTO

“Não há outro Cabeça da Igreja senão o Senhor Jesus Cristo. Em sentido algum pode ser o papa de Roma o cabeça dela, senão que ele é aquele Anticristo, aquele homem do pecado e filho da perdição que se exalta na Igreja contra Cristo e contra tudo o que se chama Deus”

“Como a nossa Confissão de Fé afirma, nós também dizemos que o Papado é o Anticristo. Esta não é uma sugestão, mas uma assertiva. Fazemos a dogmática afirmação de que a instituição do papado como conhecemos, é o Anticristo predito nas Escrituras. Uma afirmação ousada como esta evidentemente exige alguma evidência. Nesta época confusa, a Igreja de Roma é vista como uma Igreja Cristã por muitos e o Papa o seu cabeça na terra. Embora o papado reivindique e sustenta esta posição tão exaltada, de fato isto não representa a realidade. Ao invés de ocupar um lugar de maior importância, na verdade ocupa o mais infame. Afirmamos que enquanto pretende ocupar o lugar de Cristo, na realidade ocupa mesmo é o lugar do diabo. O Papado não tem sua origem no paraíso, mas no inferno. O Papa é o Anticristo”. (1)

Em nosso assunto, vamos definir, de forma breve, o que entendemos por Anticristo e Papado. Então, apresentaremos nossas evidências para provar que o Papado é o Anticristo. E finalmente iremos aplicar estas coisas ao tempo presente.


Anticristo
Quando nos referimos ao Anticristo, falamos da figura que está revelada na Escritura como o grande oponente de nosso Senhor Jesus Cristo. O diabo, evidentemente, é o maior inimigo de Deus; contudo é um inimigo invisível pertencente ao reino dos principados e potestades. O Anticristo é o grande campeão do diabo neste mundo, um inimigo visível. Ele é feito de carne e sangue. Ele emerge de entre os homens e toma lugar no palco da história. Assim como nosso Salvador tem na Bíblia muitos títulos que revela seu caráter, assim também o Anticristo tem nomes e títulos que mostra seu caráter amaldiçoado. Ele é o pastor de ídolos, o pequeno chifre, o vil, o homem do pecado, o filho da perdição, o iníquo, a besta e o falso profeta. O título atual de Anticristo é encontrado em I Jo 2:18 “… e, como ouvistes que vem o anticristo”.

Deste texto em João, está claro que estamos lidando com uma figura que no tempo quando o cânon das Escrituras foi completado, já havia aparecido na Palavra, mas não ainda no mundo. Profecias veterotestamentárias foram cumpridas por eventos acontecidos no Velho e no Novo Testamento. As profecias do Novo Testamento cumprem-se ao longo do período da revelação. Isto significa que, para o nosso entendimento da verdade sobre o Anticristo, nós precisamos estudar o ensino das Escrituras e estudar também os registros da história da igreja e fazer uma correlação entre os dois.


Papado
Quando falamos de papado, estamos nos referindo à instituição que está no ápice da hierarquia Católica Romana. A palavra papa, vem do latim e significa “pai”. Primeiro foi aplicada num sentido geral a todos os sacerdotes, depois aos bispos com um título de honra e a partir de 604 a.d. ao Bispo de Roma, em particular, com um título indicando que ele era reconhecido como bispo universal. Esse uso, do título “pai” já deveria nos fazer pensar e lembrar o que Cristo disse, “A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus” (Mt. 23:9)

Há três estágios distintos no desenvolvimento desta surpreendente reivindicação do papado.


1) A Reivindicação de Soberania Espiritual.
Roma era formalmente a grande cidade pagã onde o imperador agia como Sumo Sacerdote da sua religião. No quarto século este paganismo que havia por muito tempo perseguido a fé cristã, foi, na verdade, sucumbido por ela. O Imperador Constantino, tendo se mudado de Roma para Constantinopla em 334 a.d., estabeleceu o Cristianismo como religião oficial do império. O Bispo de Roma, já instalado com tal, e sem nenhum rival imediato, começou a receber grande honra e status e sobreviveu intacto à decadência do Império Romano que logo se seguiu. Mesmo ainda sujeito ao poder civil, o Bispo de Roma começou a reivindicar supremacia sobre outros bispos no campo espiritual, ainda que cautelosamente. Gregório I declarou, no fim do século VI, que, qualquer que se intitulasse bispo ou sacerdote universal, seria o precursor do Anticristo.

Foi o sucessor de Gregório, Bonifácio III, quem mais adiante perseguiu essa ambição. Cinco cidades estavam no Império Romano: Roma, Constantinopla, Antioquia, Alexandria e Jerusalém. Os bispos destas cidades disputavam entre si a supremacia. Em 607 a.d. o Imperador Focas, concedeu a Bonifácio III, bispo de Roma, o título de cabeça de todas as igrejas cristãs. O Bispo de Roma, agora, passa a ser um Papa. Ele reivindica o universal e ilimitado episcopado. Usando a máscara de pastor, ele sustenta em suas mãos um bordão. Mas este não é de forma alguma o fim de suas pretensões.


2) A Reivindicação de Soberania Temporal.
Longe estava a pretensão da jurisdição papal se limitar apenas à jurisdição espiritual. Agora com poderes ilimitados na esfera eclesiástica, o papado começou a interferir cada vez mais na esfera das nações. Este desenvolvimento alcançou seu clímax em 755 a.d. quando o Imperador Pepino, tendo derrotado os Lombardos no norte da Itália, depositou as chaves da cidade no altar de S. Pedro, em Roma. O Bispo de Roma, é agora rei e evoca para si monarquia ilimitada. Deixando cair a máscara de pastor, ele passa a segurar na mão uma espada. Contudo mesmo esse absurdo não é o limite de sua ambição.


3) A Reivindicação de Soberania Divina.
A jurisdição papal, neste ponto, é espiritual e temporal. Mas o papado não estava contente com isso. Havia ainda outro degrau a galgar: Um degrau que, de tão descarado e monstruoso, trememos só de pensar e falar sobre ele. Em 1073 a.d. o Papa Gregório VII, conhecido como Hildebrando, reivindicou ser o representante de Deus e estar acima dos reis do mundo e que seu reinado não era outro senão o reino de Deus. O Bispo de Roma era agora deus. Ele evocou divindade. Agora ele sustenta nas mãos o cetro do universo. Pense nisto! Um mero homem de carne e sangue, um pobre pecador, reivindicando ser Deus! Já tem sido dito que Gregório VII estabeleceu a teocracia na terra. Isto não é estritamente verdade. Teocracia significa “governo de Deus”. Nenhuma nação, especialmente cristã deveria temer ser governado por Deus, da mesma forma como os judeus o foram como povo da aliança. O que Gregório instituiu (e o papismo é, de fato) foi uma eclesiocracia. É o governo por sacerdotes ou clericalismo. É a igreja dominando o estado e tomando o controle da toda a política econômica e social. O Vaticano é uma miniatura do que Roma gostaria de alcançar sobre toda terra. Século após século têm-se testemunhado o desenvolvimento desse extraordinário propósito. No décimo quarto século Bonifácio declarou: “Aquilo que foi falado a respeito de Cristo ‘que todas as coisas sejam sujeitas aos seus pés…’ deve ser dito da mesma forma a meu respeito. Eu tenho a autoridade de Rei dos reis, eu sou tudo em todos e sobre todos, assim como Deus, Ele mesmo e eu, o Vigário de Deus, temos um só consistório (autoridade), e eu sou capaz de fazer quase tudo que Deus pode fazer. O que podem me considerar senão Deus?”. (2)

No século XVII (1644) um cardeal se dirigiu ao recém eleito Papa Inocente X: “Santíssimo e abençoado Pai, Cabeça da Igreja, Governador do Mundo, a quem as chaves do Reino dos céus foram entregues, a quem os anjos nos céus reverenciam, e a quem as portas do inferno temem, a quem todo o mundo adora, nós especialmente veneramos, cultuamos e te adoramos, e nos entregamos com tudo que nos pertence ao teu dispor, paternal e divino”. (3) O que mais poderia ser dito que considere o papa um Deus?

No século XIX, durante o Concílio Vaticano (1870) que pronunciou o dogma de que os papas são infalíveis, proclamou: “O Papa é Cristo em ofício, Cristo em jurisdição e poder… nós nos inclinamos diante de tua voz, ó Piedoso, como diante da voz de Cristo, o Deus da verdade; em nos unirmos a ti, estamos unidos a Cristo”. (4)

No século XX (1922) Pio XI declarou: “Vós sabeis que eu sou o Santo Padre, o representante de Deus na terra, o Vigário de Cristo, o que significa que eu sou Deus na terra”. (5)

Quando o papa é coroado hoje, são ditas estas palavras: “Receba tu a Tiara. Adornada com três coroas, e saiba que tu és o pai de Reis e de Príncipes, Governador do Mundo, e Vigário de Cristo na terra, a quem seja honra e glória para sempre”. (6)

O papado, portanto é um ofício que tem se desenvolvido ao longo de séculos, aumentando em poder e influência até onde não se pode ir mais. É um ofício que, evidentemente, tem sido ocupado por muitos e diferentes indivíduos. Este é um fato muito importante quando formos observar as Escrituras mais tarde.

Identidade
Agora chegamos ao momento em que vamos provar que o papado é o Anticristo predito nas Escrituras. A Bíblia nos diz que é necessário termos várias testemunhas para que tenhamos sucesso, pois “pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra será estabelecida” (2Cor. 13:1) Vamos então considerar três testemunhos:


1) O TESTEMUNHO HISTÓRICO
Tem havido muitos e diferentes opiniões sobre a identidade do Anticristo. Ele é tanto um político como um prelado. Ele é tanto um ateu com um apóstata. Ele é tanto um judeu como um gentio. Ele é tanto um indivíduo como uma dinastia. Ele tanto já veio e já foi, está presente agora e ainda virá. Desses, aqueles que crêem que o Anticristo é um sistema em lugar de uma pessoa, têm sugerido sua identidade como: Humanismo, Materialismo, Comunismo Internacional, Islã. Daqueles que crêem que o Anticristo é um indivíduo em particular têm sugerido nomes como: O Imperador Nero, Napoleão, Adolf Hitler, Henry Kissinger, Saddam Hussen.

Um ponto de vista, no entanto, tem prevalecido através da história e resistido ao teste do tempo. É a visão de que o papado é o Anticristo. Esta visão, não é sustentada meramente por uns poucos extremistas dos dias atuais, mas tem sido o testemunho de piedosos como estabelece 2 Co. É sustentado em todas as eras, como também por fontes das mais surpreendentes. Vamos então examinar essas variadas fontes:

Os Pais Apostólicos
Tertuliano (155-222 a.d.), comentando 2 Ts 2:7 e a revelação do Anticristo: “Que obstáculo há para que o estado Romano dividido e fragmentado em dez reinos, introduza o Anticristo em suas próprias ruínas?” (7) (A divisão do Império Romano não havia ainda completado até 476 a.d.)

Cirilo de Jerusalém (315-386 a.d): “Levantar-se-ão, juntos dez reinos de Roma, reinando em diferentes partes, talvez, mas todos ao mesmo tempo; e após este, um décimo primeiro, o Anticristo, que através de suas artes mágicas ocupará o poder de Roma”. (8) O papado não somente tomou Roma para se assentar sobre sua autoridade, mas usurpou até o título de “Pontifex Maximus” da Roma pagã para dar ao bispo supremo, o papa.

Jerônimo (347-420a.d): “Diz o apóstolo Paulo em sua segunda carta aos Tessalonicenses” que, a menos que o Império Romano seja primeiro desolado, e o anticristo se manifeste, Cristo não virá”. (9)

Agostinho de Canterbury (540-604 a.d.): “Eu digo, confidencialmente no entanto, aquele que chama a si mesmo Bispo Universal, ou mesmo deseja em seu orgulho ser chamado de tal, é o precursor do anticristo”. (10)

Reformadores
Lutero (1483-1546 a.d) (Numa carta a George Spalatin, um Reformador Alemão e amigo, em 1520), disse: “Eu estou extremamente aflito em minha mente. Não tenho mais dúvida de que o papa é realmente o anticristo. As vidas e as conversas dos papas, suas ações, seus decretos, tudo aponta para a descrição que as Escrituras fazem dele”. (11)

Calvino (1509-1564): “Daniel (Dn 9:27) e Paulo (2Ts. 2:4) predizem que o Anticristo se assentaria no Templo de Deus. Entre nós, é o Pontífice Romano que fazemos líder e representante legítimo deste iníquo e abominável reino”. (12)

Thomas Cranmer (1489-1556): (Por ocasião do seu martírio) “E quanto ao papa, eu o abomino como inimigo de Cristo, e anticristo, com todas as suas falsas doutrinas”. (13)

John Knox (1514-1572): (Ao Deão Annan, um Romanista, em 1547) “Quanto à sua Igreja Romana, encontra-se corrompida… Eu não tenho mais dúvida quanto a ela ser Sinagoga de Satanás e aquele que se intitula cabeça dela, o papa, o homem do pecado de que o apóstolo Paulo falou, do que eu tenho dúvida que Jesus Cristo sofreu pela instigação da Igreja visível de Jerusalém. (14)

Sucessores
Matthew Poole (1624-1679): “Vou falar ousadamente: ou não há anticristo, ou o bispo de Roma é ele”. (15)

Matthew Henry (1662-1714): “O anticristo aqui mencionado é alguém usurpador da autoridade de Deus na Igreja Cristã e que reivindica honra divina; e a quem isto melhor se aplica além do bispo de Roma, a quem os títulos mais blasfemos têm sido dados…?”. (16)

Patrick Fairbairn ( 1805-1875): (Ao alistar os maiores erros e abusos do papado) “Tudo isso vai de encontro de forma admirável às condições da profecia de S. Paulo, e sua história e progresso também se encaixam com as admoestações apostólicas sobre seu aparecimento gradual e dissimulado, que onde quer que outro anticristo possa existir, é preciso estar estranhamente influenciado, para não discernir a semelhança que há na apostasia Romana”. (17)

Charles H. Spurgeon (1834-1892): “É responsabilidade e dever de todo cristão orar contra o Anticristo, e quem seria este anticristo ninguém em sã consciência ousa questionar. Se não é o papado na Igreja de Roma não há nada neste mundo que possa ser chamado como tal. Se temos um aviso sobre o Anticristo, deveríamos ter esta igreja em suspeição,… pelo fato de corresponder tão exatamente à descrição”. (18)

Outros
Igreja Ortodoxa: (Em conexão com a recente visita do Papa à Grécia) “Mas nos dias que antecederam a chegada do pontífice à Grécia, a União Clerical Ortodoxa, denunciou o papa como ‘arque-herético’ e o chamou de ‘grotesco monstro de dois chifres de Roma’” (Rod Dreher, um colunista do New York Post, 08/05/01). Alguns foram até mais além. Do mosteiro em Mont Athos, uma comunidade de monges ortodoxos, penduraram nas paredes do mosteiro uma faixa dizendo: “O Papa é anticristo”. (19)

“A trepidação que nós, Gregos Ortodoxos, temos com relação ao papado origina-se dos sérios desvios dessa instituição da Fé Apostólica e seu papel histórico na tentativa de forçar, o mundo cristão Grego a estes mesmos desvios. O Cardeal croata Stepinac e seu companheiro nazista Ustasha forçaram a conversão de milhares de ortodoxos sérvios ao catolicismo massacrando milhares de refugiados. O Cardeal Stepinac foi recentemente beatificado pelo papa João Paulo II”. (20)

O romanista, (Cardeal Manning) “A Igreja Católica é, ou a obra-prima de Satanás, ou o Reino do Filho de Deus”. (21)

(John Henry Newman) “A ordem sacerdotal é historicamente a essência da Igreja de Roma; se não foi apontada divinamente,então ela é, doutrinariamente, a essência do anticristo”. (22)

2) O TESTEMUNHO CONFESSIONAL
O ponto de vista de que o papa é o anticristo, não é sustentado somente por indivíduos, mas também por igrejas. Ao confeccionar suas confissões de fé, que sevem tanto para teste da ortodoxia, como um testemunho para o mundo, as grandes denominações procuraram incluir uma sessão sobre o papa.

Segunda Confissão Helvética (1536) (Reformada):
Capítulo XVII. “NENHUMA PRIMAZIA NA IGREJA” Cristo, estritamente proibiu seus apóstolos e seus sucessores a ter qualquer primazia e domínio na Igreja. Quem não vê, portanto, que quem quer que contradiga e se oponha a esta verdade clara será contado entre o número daqueles de quem Cristo e os apóstolos profetizaram: Pedro em II Ped. 2, e Paulo em At.20:2; II Cor. 11:2; II Tess. 2, e também em outros lugares?

Artigos de Smalcald (1537) (Luterano):
Este ensino mostra, vigorosamente, que o papa é de fato o Anticristo, que se exalta a si mesmo sobre todos, e se opõe a Cristo, porque não permitirá que cristãos sejam salvos sem o seu poder…dizendo que para uma pessoa ser salva deve obedecer-lho” (Part II, Art. IV)

Trinta e nove artigos (1562) (Anglicano):
XIX. “Da Igreja”

“Como a Igreja de Jerusalém, Alexandria, e Antioquia, erraram; também a Igreja de Roma tem errado, não somente em sua vida e forma cerimonial, mas também em matéria de Fé”

XXXVII. Do Magistrado Civil

“O Bispo de Roma não tem jurisdição no Reino da Inglaterra”

Artigos Irlandeses (1615) (Episcopal):
“O Bispo de Roma é, longe de ser a cabeça da Igreja Universal de Cristo, o que sua doutrina e obras, de fato revelam, que ele é aquele “homem do pecado” predito nas santas Escrituras, a quem o Senhor há de consumir com o espírito de Sua boca, e abolir com o resplendor de sua vinda”
Confissão de Fé de Westminster (1647) (Presbiteriano):
25.6 “Não há outro cabeça da Igreja senão o Senhor Jesus Cristo: (Col. 1:18; Ef.1:22). Em sentido algum pode ser o papa de Roma o cabeça dela, senão que ele é aquele anticristo, aquele homem do pecado e filho da perdição que se exalta na Igreja contra Cristo e contra tudo o que se chama Deus.” (Mat. 23:8-10; 2 Tess. 2:3,4,8,9; Apoc. 13:8)

Declaração de Fé de Savoy:
26.4 “ Não há outro cabeça da Igreja senão o Senhor Jesus Cristo. (Col. 1:18; Ef. 1.22) Nem pode, portanto, o papa de Roma, em nenhum sentido ser o cabeça; Mas ele é aquele Anticristo, aquele homem do pecado, o filho da perdição, que se exalta a si mesmo, na Igreja, contra Cristo e a tudo que se chama Deus, a quém o Senhor destruirá com o resplendor de Sua vinda.” ( Mat. 23:8-10; 2 Tess. 2:3,4,8,9; Apc. 13:6).

Confissão de Fé Londrina (1689) (Batista):
26.4 O Senhor Jesus Cristo é o cabeça da Igreja, a Quele que, por designação do Pai, todo poder para o chamamento, instituição, ordem ou governo da igreja foi investido de maneira suprema e soberana; (Col. 1:18; Mat. 28: 18-20; Ef. 4:11,12) Nem pode o papa de forma alguma ser o cabeça dela, mas ele é o anticristo, aquele homem do pecado, e filho da perdição, que se exalta a si mesmo, na igreja, contra Cristo e a tudo que se chama Deus; a quem o Senhor destruirá com o resplendor da sua vinda” (O leitor é dirigido à 2 Tess. 2:2-9).

Notas de John Wesley ao Novo Testamento (Metodista):
(2 Tess. 2:3) “o homem do pecado, o filho da perdição…” em muitos aspectos, o papa, tem um indisputável merecimento desses títulos. Ele é, num senso enfático, o homem do pecado, enquanto ele aumenta, de todas as formas, o pecado acima da medida. E ele é, também, propriamente estilizado como o filho da perdição, por causar a morte de inumeráveis multidões, tanto de seus opositores como de seguidores, destruição de inúmeras almas, e ele mesmo irá perecer eternamente. Ele é aquele que se opõe ao imperador, uma vez que reivindica soberania; e que exalta a si mesmo acima de tudo que se chama Deus, ou é adorado – dominando anjos, e pondo reis aos seu pés, quando ambos são chamados “deuses” nas Escrituras; requerendo o poder supremo, a honra suprema, aceitando, não somente uma vez, o título de Deus ou vice-deus. Na verdade isto está implícito nos seus títulos comuns de “Sua Santidade” e “Santíssimo Padre”

Assim, sentado entronizado no templo de Deus – Mencionado em Ap. 11:1, declarando-se a si mesmo ser Deus – reivindicando prerrogativas que pertencem somente a Deus”.

Vamos entender o significado dessas afirmações. As igrejas que subscrevem estas confissões estão dizendo que seus oficiais, não somente: “vocês devem crer nisso” ou “Devemos preferir crer nisso” mas, “ Vocês têm que crer nisso”. Temos ainda que adicionar, que a visão do papado como anticristo, é sustentado não somente por igrejas, em nossa terra, mas também, pelo nosso Estado,(escocês). Isto é freqüentemente esquecido. A Confissão de Fé de Westminster, incluindo a sessão do homem da iniqüidade, foi ratificada por um Ato do Parlamento Escocês em 1649. Não temos conhecimento de que esse Ato tenha sido retirado; ele é simplesmente ignorado. Está no Ato de Instalação e no Juramento de Coroação. A despeito de todos os esforços para remover esta legislação, ela ainda está lá em seu lugar.

3) O TESTEMUNHO ESCRITURÍSTICO
Saber o que um bom homem crê ajuda. Saber o que as igrejas decidiram crer é útil. Mas no final sempre fica a pergunta: “O que as Escrituras dizem?” Quem é o Anticristo de acordo com a Palavra de Deus?

.A palavra “anticristo” ou “anticristos” ocorre cinco vezes na Bíblia, todas na epístola de João, mas o Anticristo é referido em outra passagem da Escritura. Há três grandes passagens:

Daniel capítulo 7. Lá aprendemos do surgimento do Anticristo.

2 Tessalonicenses capítulo 2. Lá aprendemos sobre o reino do Anticristo.

Apocalipse capítulo 13, 17e18. Lá aprendemos sobre a ruína do Anticristo.

A passagem chave é 2 Tess. 2:3-10. Nós podemos nos concentrar nesta passagem, porque, ela é talvez a mais clara. É importante notar, que esta passagem não é somente profética, mas também pastoral. Foi escrita para uma congregação do povo de Deus, que estava perplexa com respeito ao futuro. Foi escrita para instruí-los e ajudá-los com suas dificuldades. Temos de lembrar disto, quando as pessoas dizem que não podemos saber com certeza quem é o homem do pecado! Desta passagem nós podemos notar doze marcas do Anticristo. Iremos nos referir às outras passagens quando for necessário.

Em sua segunda epístola aos tessalonicenses, Paulo está corrigindo um mal entendido com respeito à primeira epístola; nela ele havia afirmado que “o dia do Senhor vem como um ladrão de noite” (1 Tess. 5:2). Ao que parece, alguns o interpretaram como ensinando que o retorno de Cristo seria, não somente de repente, mas também imediato. Portanto, eles começaram a negligenciar seus deveres atuais, até deixando de trabalhar em alguns casos (2 Tess. 3:11). Assim, agora, ele explica que certos eventos devem acontecer antes do retorno do Senhor. Nós iremos examinar este seu ensino aqui, pois ele traz à luz o homem do pecado – o Anticristo.


1) O Anticristo é uma figura significante
V3. “isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade”
O Anticristo é um grande sinal dos tempos. Não se trata de uma figura de menor importância para apenas um breve período na história da igreja. Sua aparição é digna de nota e de grande significância para a igreja de Cristo nesta dispensação e indica que uma apostasia tem ocorrido. De fato no original grego trata-se da “a apostasia”. O Anticristo surge quando o povo se afasta de Cristo. Tudo nesta passagem indica que esta defecção, liderada pelo homem do pecado, é espiritual e não de outra sorte.

O romanismo é um sistema personificado em sua cabeça, o Papa. Cada novo papa herda o sistema e é o cabeça do sistema. Esta é a razão porque é propriamente chamado de “papado”. Alguém poderia tirar a Rainha como cabeça do estado Anglicano ou da mesma forma o moderador da Assembléia Geral do Presbiterianismo e ainda assim permaneceria a essência destes sistemas. Mas não é assim com o papado. Você não pode ter papado sem o Papa! Ele resume o sistema Romano.

Bispo Newton escreveu: “Esta imagem e representatividade da Besta é o Papa. Ele é propriamente o ídolo da Igreja. Ele representa em si mesmo, todo o poder da Besta e é a cabeça de toda autoridade, temporal, como também espiritual. Ele não é nada mais do que uma pessoa privada, sem poder e sem autoridade, até que a Besta de dois chifres, ou clero corrompido, o escolha como Papa, dando a ele vida, e o capacita para falar e decretar, e perseguir até a morte, tanto quantos recusam se submeter e adorá-lo. Tão logo é escolhido papa, ele é vestido com os tarjes Pontifícios, é coroado e colocado sobre o altar, e os Cardeais vêm beijar seus pés. Esta cerimônia é chamada de “adoração”. (23)

Deste texto nós vemos o erro do “preterismo”. O preterismo é aquela escola de profecia que vê o livro do Apocalipse, exceto os três últimos capítulos, como descrevendo eventos que ocorreram logo após João ter escrito. O Anticristo então apareceu. Alguns preteristas crêem, que a predição da vinda do Anticristo, foi cumprida na tirania do Império Romano contra a igreja, outros na rejeição do evangelho pelos judeus e a conseqüente destruição de Jerusalém no ano 70A.D. Este esquema de interpretação, tem sua origem com o Jesuíta Alcazar em 1614. Mas é uma decepção, designada por Roma, para excluir o papado de ser reconhecido e identificado como o Anticristo.


2) O Anticristo é uma figura iníqua
v. 3. “o homem do pecado”
O Anticristo é caracterizado pelo pecado. Ele é caracterizado pela desobediência. Ele é “aquele Iníquo” (vs.8)

O Anticristo é caracterizado pelo pecado. Ele é o proeminente em desobediência. Ele é aquele “iníquo”(v.8). Ele é o supremo anticristo e ele ultrapassa a todos os outros em impiedade. “Filhinhos é chegada a hora: e como tens ouvido que o anticristo virá, mesmo agora há muitos anticristos; por esta razão sabemos que é chegada a última hora”(I Jo. 2:18)

As doutrinas do papado são doutrinas ímpias. São do tipo das que não encontramos apoio nas Escrituras e, que muito ao contrário, vão de encontro ao que as Escrituras ensinam. Daniel previu o Anticristo, na forma de “dois chifres”, que aparecerá entre dez outros chifres. O Chifre pequeno é único, pois nele há “olhos como olhos de homem, e boca que fala grandes coisas” (Dan. 7:8). O que ele viu era claramente um homem – o homem do pecado. O pequeno chifre representava um rei e um reino diferente de todos os outros, um que “fala grandes coisas contra o Altíssimo” e que “pensa em mudar tempos e leis” (Dan. 7:25). O Anticristo despreza os santos mandamentos e inventa seus próprios mandamentos pecaminosos. Ele age assim despudoradamente. De acordo com Thomas Manton, o Cardeal Belarmino disse:”que Cristo deu a Pedro e a seus sucessores, o poder de fazer o pecado não ser pecado, e que se o Papa errar em proibir virtudes e ordenar vícios, a Igreja estaria obrigada a crer que os vícios são bons as virtudes más”. (24) Mas a Escritura diz: “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz escuridade; põem o amargo por doce e o doce por amargo!” (Is. 5:20).

O que Daniel viu obscuramente, Paulo viu claramente: “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios; pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos fieis e por quantos conhecem plenamente a verdade” (1 Tim. 4:1-3), James Begg comenta: “ A descrição do apóstolo abarca, não só a mentira espiritual do papado, que se caracteriza pela primazia neste expediente, como a proibição do casamento no caso das freiras, monges e sacerdotes, contudo, a característica notável do sistema, – é o mandamento de se abster de certas carnes, mas pior que isto, como Mede provou…foi a restauração da adoração demoníaca de heróis do paganismo, na forma da ímpia adoração oferecida à Virgem Maria e aos reais ou supostos santos” [i.e. “prestando atenção aos espíritos sedutores”]. (25)

A vida dos papas possuem uma característica perversa. Selecionamos o que Albert Barnes escreveu neste versículo em suas Notas do Novo Testamento, comentando a frase “homem do pecado”: “Embora tenha havido algumas exceções, ainda assim nunca houve uma sucessão de homens de caráter tão decididamente perverso como ocupou o trono papal desde que começou a grande apostasia. Poucas referências aos personagens dos papas fornecerão uma ilustração desse ponto. O papa Vagilius percorreu o trono pontifício através do sangue de seu antecessor. Papa Joan – os escritores católicos romanos nos dizem – uma mulher disfarçada, foi eleito e confirmou o papa, como João VIII. Platina diz que “ela concebeu uma criança com alguns dos que estavam à sua volta; e que abortou e morreu do caminho de Latrão para o templo. “O Papa Marcelino sacrificou aos ídolos … O Papa João II foi acusado publicamente em Roma de incesto … O Papa Sixto IV licenciou os bordéis em Roma. O Papa Alexandre VI era, como diz um historiador católico romano, “um dos maiores e mais horríveis monstros da natureza que poderiam escandalizar a cadeira sagrada. A sua imensidade imensa, sua avareza insaciável, sua crueldade tabelível, suas concupiscências furiosas e seu incesto monstruoso com sua filha Lucretia são, em grande parte, descritos por Guicciardini Ciaconius e outros historiadores papais autênticos.” (26)


3) O Anticristo é uma figura repulsiva
v. 3. “o filho da perdição”
O Anticristo é um filho de inferno. Ele emerge das profundezas do inferno (Apc. 11:7). Ele foi tipificado em outra figura identificada como “filho da perdição” – Judas Iscariote (Jô. 13:27). Jesus disse aos seus discípulos: “… não vos escolhi eu em número de doze? Contudo um de vós é o diabo” (Jô 6:70). No relato que João fez da última ceia, nós vemos como Jesus identificou o Seu traidor, dando um bocado molhado a Judas. “Após o bocado, imediatamente entrou nele Satanás. Então disse Jesus: O que pretendes fazer faça-o depressa” (Jo 13:27). Esse foi o ponto sem volta, para este falso amigo de Cristo. “Ele, tendo recebido o bocado, saiu logo. E era noite” (vs.30). Havia trevas sobre Jerusalém e havia trevas sobre a alma de Judas também.

Quando Judas fez o que fez, vendo que Cristo foi condenado à morte, ficou com remorso. Então “se arrependeu”. Reconhecendo a inocência de Cristo, ele disse aos principais sacerdotes e anciãos, “pequei”. Mas indo enforcou-se (Mt. 27:3,4). Não houve verdadeiro arrependimento. Na verdade, ele não podia se arrepender. Ele havia cometido o pecado do qual João escreve, isto é, o pecado que é para a morte: “Se alguém, vir a ser irmão cometer pecado não para a morte, pedirá e Deus lhe dará vida aos que não pecaram para morte. Há pecado para a morte e por esse não digo que rogue” (1 Jo 5:16). O que é este pecado? É revelado em outro lugar, como sendo pecado contra o Espírito Santo. Jesus disse: “mas, aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não tem perdão para sempre, visto que é réu de pecado eterno.” (Mc 3:29). Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, mas alguns foram mais longe. Olhando este pecado no seu contexto escriturístico, uma pessoa é culpada de pecado contra o Espírito Santo, quando ele atribui à obra de Deus como sendo obra do diabo. Quando Cristo havia curado um homem cego e surdo, possesso do diabo, os Fariseus disseram: “…Este não expele os demônios senão pelo poder de Belzebu, maioral dos demônios” (Mt. 12:24) Jesus lhes disse: “Se porém eu expulso os demônios, pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o Reino de Deus sobre vós” e ainda: “Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do homem ser-lhe-á perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir.” (vs. 32).

Que pecado é esse? É revelado em todo lugar como sendo a blasfêmia contra o Espírito Santo. O papado tem cometido este pecado imperdoável. O papado blasfema contra o Espírito Santo. O papa declara seu anátema contra aqueles que fazem a obra de Deus hoje, pregando o evangelho da graça pelo Espírito Santo que desceu do céu. Ele amaldiçoa quem crê na Justificação pela Fé somente. Assim, o papa, não pode ser salvo – Conhecemos dos sacerdotes Católicos Romanos, alguns que foram salvos – mas que dizer de bispos, cardeais e papas? Parece que, enquanto sacerdotes, podem vir ao reconhecimento de seus pecados, aqueles que fazem homens sacerdotes e conferem a eles seus supostos poderes, estão fora da esfera da misericórdia de Deus.


4) O Anticristo é uma figura soberba.
v.4 “Aquele que se opõe e se exalta acima de tudo o que se chama Deus, ou que é adorado”.
O Anticristo é distinguido pela arrogância. Ele tem o mesmo espírito daquele Diótrefes descrito na terceira Carta de João, que “amava ter a preeminência” (3Jo 9). Sua carreira é caracterizada por uma auto-exaltação que não tem limite. Ele ataca a divindade, especialmente o Senhor Jesus Cristo. Aqui nós vemos o primeiro significado do prefixo “anti” – que significa “contra”. Ao que exatamente o Anticristo é contra? “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o Anticristo, o que nega o Pai e o Filho” (1Jo 2:22). Contudo o seu ataque ao Todo Poderoso, não é direto. È do mesmo tipo do qual o apóstolo Paulo adverte Tito: “No tocante a Deus professam conhecê-lo, entretanto o negam por suas obras, por isso que são abomináveis, desobedientes e reprovados para toda boa obra” (Tito 1:16).

Roma confessa o grande Credo Ecumênico com sua boca, mas o nega com suas obras, especialmente pelas ações do papa, em cujas mãos o poder e a glória estão concentrados. Quase não há uma doutrina, sequer, que não tenha sido contaminada pelo papado. Em particular, a Pessoa e obra de Jesus Cristo são negadas pelas ações do papa. O papado apresenta Cristo não tanto como Filho de Deus mas, sim, como Filho de Maria. O papado exalta-se a si mesmo acima de Deus, exaltando a Virgem acima de Cristo. O papado a coroou Rainha dos Céus. O Papa Pio IX declarou (1854), que ela foi preservada imaculada, livre do pecado original, uma dignidade que pertence somente a Cristo. O Papa Pio XII, declarou em(1950) que ela acendeu corporalmente ao céu, mais uma vez detratando Cristo. Ela é chamada de Mãe de Deus e a medianeira entre Deus e os homens. Ela é considerada mais compassiva de que seu Filho para com Ele interceder por pobres pecadores. Para o papado, ela é efetivamente uma quarta pessoa na divindade. Pela adoração da Virgem Maria nega-se o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

O Papa João Paulo II foi bem conhecido pela sua devoção à Maria. Seu moto pessoal era “Totus Tuus” “totalmente Seu”. Para um cristão, isto se aplica a Cristo, mas para o Papa se refere à Maria, não a Cristo. Ele publicamente creditou a ela seu livramento do atentado que sofreu em 1982. Durante sua visita a Endinburgh em 1981, disse o seguinte aos jovens: “Sigam o exemplo da nossa Abençoada Senhora, perfeito modelo de confiança em Deus e total cooperação ao seu plano divino para a salvação da humanidade…através de Sua intercessão ele (Jesus), transformará a vida de vocês”. (27) Milhões são feitos cegos e iludidos por essa idolatria velada.

O papado não somente exalta-se a si mesmo acima de tudo o que se chama Deus, ou é para ser reverenciado, mas também se opõe a tudo que pertence a Deus. O que pode ser mais precioso para Deus do que Seu povo neste mundo? E qual tem sido a conseqüência para eles quando o poder papal é desenfreado? Opressão, tirania, perseguição e derramamento de sangue. O papado nega a verdadeira liberdade civil religiosa e a Igreja de Roma, tem sido conhecida pela sua crueldade através dos séculos. “A Inquisição Espanhola” é o termo de linguagem que ficou conhecido, para caracterizar as atrocidades e torturas feitas para examinar alguém. O espírito de perseguição do papado esteve em ação desde o tempo em que Roma obteve sua ascendência. A Inquisição, foi formalmente instalada pelo Papa Gregório IX em 1232. O seu objetivo declarado, era manter a supremacia do papado na Europa e suprimir a “heresia” – que obviamente significava qualquer oposição ao papado. O trabalho de prender e julgar os heréticos foi confiado aos inquisidores papais, frequentemente tirados das ordens dos Dominicanos e Franciscanos. Podemos listar alguns dos episódios infames da perseguição Romana: a perseguição dos Valdenses e outros nos vales de Piedmont e Savoy no século XII; o extermínio dos Albigenses no Sul da França durante o século treze; a chacina de milhares de Hussitas na Boêmia em 1421; a Perseguição da Maria Sanguinária (1553-1558), na qual uns 300 homens, puritanos, mulheres e crianças foram martirizadas na Inglaterra por sua fé Protestante, muitos deles queimados; o morticínio de milhares de Protestante na Holanda pelo Duque de Alva em 1567; o Massacre do Dia de São Bartolomeu (1572), no qual 70.000 Protestantes, Uguenotes, foram assassinados na França e após o qual um “Te Deum” ou hino de ação de graças foi cantado em Roma; e o assassinato de milhares de Irlandeses em 1641 durante a insurreição declarada pela Igreja de Roma. Isto corresponde ao que a Bíblia diz:“E nela se achou o sangue de profetas, de santos, e de todos os que foram mortos sobre a terra.” (Apoc 18:24).

Em teoria a Inquisição acabou em 1820. Mas a perseguição de Roma, não acabou. No ultimo século, durante a Segunda Guerra Mundial, um evento extraordinário aconteceu na Europa despercebido pelo mundo de então. Um novo estado chamado Croácia foi criado do território da Iugoslávia. Os cabeças, Católicos Romanos do estado, em acordo com o Arcebispo Católico Romano, declarou um “converta-se ou morra” entre uma minoria não-católica romana – os Sérvios, Judeus e outros. Hoje, isto seria chamado de “limpeza étnica”. Contudo, neste caso, houve uma diferença. Todos não precisavam morrer. Se tão somente se tornassem Católicos Romanos! 200.000 o fizeram, os outros 700.000 foram mortos da maneira mais selvagem.

É Esta que é chamada de Igreja de Cristo, que segura uma espada de aço ao invés da Espada do Espírito que é a Palavra de Deus? Ainda hoje recebemos notícia vez após vez, através da mídia Cristã, de Protestantes no México e em outros lugares dominados por Roma, sendo atacados e mortos por causa do evangelho e os sacerdotes locais, sempre são coniventes com isto. É só um lembrete do que são poupados os que vivem em Países Protestantes. E é também um aviso, do que pode nos esperar se esse reavivamento de Roma continuar e mais uma vez o papado volte a reinar.


5) O Anticristo é uma figura cristã.

v.4. “…a ponto de assentar-se no Templo de Deus”

Temos que explicar precisamente o que significa aqui o termo “cristão”. Queremos dizer que o nome Anticristo é encontrado somente no campo espiritual. Ele não é um ateísta, mas um eclesiástico. No Novo Testamento, o “templo de Deus”, indica tanto o corpo individual de cada crente, como o corpo coletivo de todos os crentes, a Igreja Cristã. Paulo escreve à igreja de Corinto e diz: “Não sabeis que sois santuário de Deus?” (1Cor. 3:16). Assim, o Anticristo não é uma pessoa de fora, mas uma figura cristã que se levanta no meio da igreja. O papado emerge precisamente no meio da Igreja de Jesus Cristo. Foi da sua própria liderança que surgiu a idéia dessa aspiração hierárquica e assunção gradual de mais e mais poder.

É preciso observar o erro do liberalismo. Há uma abordagem da Bíblia, particularmente quanto às pastagens proféticas, que demanda um cumprimento literalista de tudo que está predito. Isto, geralmente nos conduz a absurdos. Muitos fundamentalistas esperam que o templo judaico seja reconstruído e que o Anticristo emirja da raça judia. O fundamentalista Americano Jerry Falwell, recentemente insistiu que o Anticristo deve ser uma figura judia, porque ele será um falso Cristo que enganará o povo. Ele conjectura, que a única pessoa que poderia passar como um falso Cristo seria um homem judeu! Ele disse que o Anticristo, provavelmente, já esteja vivo sobre a terra nesse momento. Contudo, o Anticristo não irá enganar os homens por sua aparência, mas por sua posição.

Da mesma forma, é fácil perceber por este verso, que Maomé também está desqualificado para ser o Anticristo. Ele não surge do meio da igreja Cristã, nem o Islã tenta se passar com Cristianismo. Da mesma forma Sadam Hussein e Osama Bin Laden. Mas o Romanismo, muitos o confundem com o Cristianismo.


6) O Anticristo é um blasfemador.

v.4. “Ostentando-se como Deus”

O Anticristo é um rival de Cristo. Ele também reivindica Divindade. Aqui nós vemos o segundo significado do prefixo “anti”. Ele pode também significar “invés de”. Na Bíblia, blasfêmia pode significar falar contra Deus, mas também pode significar pretender possuir atributos divinos, títulos e privilégios para si mesmo. O Anticristo reivindica poderes divinos para si mesmo, vangloriando-se e elevando-se acima de todas as autoridades legítimas e colocando-se em pé de igualdade com Deus. É notório que o papado é culpado desta blasfêmia suprema. No século XI o Papa Gregório VII (1073-1085), declarou que o poder papal era superior ao poder do imperador. Por ter desafiado o poder do Papa Gregório, Henrique IV, Imperador da Alemanha, foi forçado a vir perante os portões do castelo papal e como penitência, ficar de pés descalços na neve. Desde este tempo, os papas nunca desistiram de reivindicar o poder e o domínio terreal. Mas eles foram adiante, usurpam a autoridade divina também. O papado assume atributos divinos. Infalibilidade é aquilo que qualifica alguém ou alguma coisa de estar livre de erro, na verdade de ser incapaz de errar. Em 1870, o Papa Pio IX declarou o dogma da infalibilidade papal, isto é o papa é infalível em matéria de doutrina e moral, quando fala “ex-cátedra”, ou da cadeira de S. Pedro. Mas a Bíblia diz: “Não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que não peque” (Ec 7:20). Ela nos diz que não é a palavra do papa, mas a Palavra de Deus “não pode falhar” (Jo 10:35). Ela ainda nos exorta: “À Lei e ao Testemunho, se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Is. 8:20).

O papado assume títulos divinos. De fato o papado emprega títulos que são blasfemos a cada pessoa da Trindade. O papa é conhecido como “Santo Padre” ou “Santo Pai”, um título que pertence exclusivamente a Deus o Pai e que foi largamente usado pelo Senhor Jesus Cristo em sua grande oração sacerdotal em João no capítulo 17 (v. 11). O papa é chamado de “Governador de Mundo”, um título que pertence somente ao Deus Filho, a quem o Pai diz, no Salmo segundo: “Pede-me e te darei as nações por herança e as extremidades da terra por Sua possessão” (v.8). O papa é conhecido como o “Vigário de Cristo”, que significa o substituto de Cristo, um título que pertence exclusivamente ao Deus Espírito, pois foi Dele que Cristo disse: “Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro consolador, a fim de que esteja para sempre convosco” (Jo 14:16; cf. v.26). O papado assume privilégios divinos. Pertence a Deus somente perdoar pecados. Foi porque Cristo disse ao homem paralítico, “Filho, tem bom ânimo, teus pecados te são perdoados” (Mat. 9:2), que os escribas o acusaram de blasfêmia, sem saber que Deus mesmo, na Pessoa do Filho Unigênito, estava no meio deles. O “Filho do Homem tem poder, sobre a terra, de perdoar pecados” – mas o homem do pecado não tem poder de fazer a mesma coisa. Contudo ele reivindica ter. Através de seus supostos sacerdotes, ele absolve o penitente de todos os seus pecados no confessionário. Acha que pode inclusive obter o perdão divino para aqueles que se foram e penam no purgatório! – ou pelo menos remissão da punição divina. Não! Dizemos como a Escritura: “Quem pode perdoar pecados senão Deus?” (Mc. 2:7). O papa seria capaz de dizer ao paralítico, “Levanta, toma o teu leito, e anda?” – e fazer com que isso aconteça imediatamente? Só então, poderíamos crer que ele tem poder para perdoar pecados. Cristo, no entanto, fez ambas as coisas.


7) O Anticristo é uma figura oculta.

v.6 “E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado somente em ocasião própria”.

O Anticristo estava “nas asas” nos dias de Paulo; ele emergiria no mundo somente mais tarde. João disse: “E todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo” (1Jo 4:3). Alguma coisa estava retendo o Anticristo naquele tempo. O verso 7 nos diz que essa alguma coisa era de fato alguém:” aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém”.

Comumente se interpreta que estas palavras se referem ao Espírito Santo. Algumas versões colocam o pronome pessoal com letra maiúscula no verso 7. Na versão King James nós lemos: “Aquele que agora o detém o fará, até que Ele seja tirado” Esta é uma das razões porque não devemos utilizar esta versão. Neste lugar temos mais uma interpretação do que uma tradução, e cremos que esta interpretação está errada. A idéia é de que o poder do Espírito retém o poder do Anticristo até que, nos propósitos de Deus, o tempo venha quando o Anticristo possa ter livre curso sobre a terra. Mas a expressão “seja afastado”, se aplica de fato ao Espírito Santo? Não é mais apropriado admitirmos que se trate de uma pessoa humana do que divina? E por que essa interpretação de que é o Espírito Santo? Aprendemos pelos versos anteriores, que enquanto estava com eles, Paulo lhes havia dito acerca de alguém que restringiria o surgimento do homem do pecado: “Não vos recordais de que, ainda convosco, eu costumava dizer-vos estas coisas?” (v.5). Havia sabedoria na maneira como ele se referia ao agente da retenção, por causa da sua identidade. Ele precisava ser cuidadoso por alguma razão. Por quem e por que o homem do pecado estava sendo restringido?

Está claro que o movimento que culminaria no sistema papal teve sua origem nos tempos apostólicos. Paulo profetizou: “Dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles” (At. 20:30). Nos tempos apostólicos o Império Romano estava estabelecido. Três das quatro Bestas de Daniel – O leão, o urso e o leopardo, representando os impérios, Babilônia, Medos-Persas e os Gregos – já haviam passado. A quarta besta de Daniel, que era “terrível, espantosa e sobremodo forte” (Dn 7:7), estava agora no poder. Este era o Império Romano, com todos os seus imperadores poderosos. Enquanto o Império Romano estava no poder, com seus imperadores pagãos à testa, o Cristianismo era uma religião ilegal. As aspirações do Anticristo não poderiam fruir. Mas o Império Romano chegou ao seu final em 476 A.D.

Após a remoção da influência restritiva do Anticristo, o caminho estava aberto para que fossem revelados seus intentos e natureza. Quando a religião cristã, no tempo de Constantino, se tornou religião oficial do estado, a organização exterior da Igreja, pôde construir, sem obstáculo, estabelecimento do trono do Papado, e este fator se tornou mais proeminente com os ingentes esforços de Leão I. A partir do final do quinto século, para frente, o caráter do papado foi revelado mais e mais. Turrentin, diz que foi em seiscentos anos que o “Anticristo levantou sua cabeça”. (28) A Roma Pagã, abriu caminho para a Roma Papal. Roma mudou sua forma, mas permaneceu com o mesmo espírito, no entanto, seu poder maléfico cresceu. Em sua visão, Daniel viu que a aparência do chifre pequeno era “mais robusto que seus companheiros” (Dn 7:7).


8) O Anticristo é uma figura astuta

v.7 “Com efeito o mistério da iniquidade já opera”

O Anticristo não se apresenta como um inimigo de Cristo. Ele é cheio de malícia e esperteza. Como Judas Iscariotes ele usa uma máscara de amigo de Cristo..

Assim como muitos não reconheceram Cristo quanto veio a este mundo, assim muitos não reconhecem o Anticristo. E assim como existe o grande mistério da piedade: “Deus se manifestou em carne” (1Tim.3:16), assim também existe o grande mistério da iniqüidade, que é a encarnação do diabo disfarçada. Ninguém, sem a graça, reconhece o verdadeiro caráter da igreja que tem o papado como cabeça, pois ela tem o nome de mistério: “A GRANDE BABILÔNIA” (Ap. 17:5). A verdadeira Igreja sempre aparece como mulher, mas enquanto a noiva de Cristo está vestida de branco, a falsa está vestida de escarlate e púrpura; enquanto a noiva de Cristo é virgem, a outra é uma prostituta. O papado foi exposto como Anticristo por Lutero e outros durante a Reforma. Ele foi ferido, mas recuperou-se para ser adorado por muitos hoje. Divisões entre os Protestantes e o movimento da Contra-Reforma, permitiram que ele continuasse suas atividades até os dias atuais. Ele não é visto como realmente ele é. Assim, tem sido freqüentemente consultado pelos governantes. Homens, os mais diversos, tais como, Tarig Aziz e Tony Blair o tem visitado. O que o Papa lhes tem dito, não sabemos, mas uma coisa é clara, o Papa não abriu a Bíblia para estes dois homens para apresentar a eles Jesus Cristo como “o caminho a verdade e a vida” (Jô. 14:16). Ele não lhes disse que “não há outro nome debaixo dos céus e entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At. 4:12). Ele não os advertiu sobre o pecado, a incredulidade e o Dia do Juízo. Os que vão visitar o Papa são crédulos. Não recebem qualquer tipo de benefício. O papado é que é beneficiado. Ele é realmente uma instituição política, buscando a dominar o mundo para si. E seu projeto tem alcançado sucesso.


9) O Anticristo é uma figura vulnerável.

v.8. “ a quem o Senhor Jesus matará com o sopro da Sua boca”

O Anticristo não obtém completo sucesso. Há uma arma que ele não pode resistir. Por “sopro de Sua boca”, nós entendemos ser a Santa Escritura. Ela é a palavra inspirada de Deus. Ela é a Palavra de Cristo: “e da boca lhe saia uma espada afiada de dois gumes” (Ap. 1:16). Quando o Evangelho é pregado, no poder do Espírito Santo, então o Anticristo é consumido pelo Senhor Jesus Cristo.

Por longos séculos de história, desde o Novo Testamento, convertidos têm sigo resgatados de Roma, através da tradução e circulação de cópias fieis das Escrituras e através da pregação do Evangelho da Graça. Não é de se admirar que Roma tenha banido e queimado Bíblias no passado! Nem, que tenha sido responsável pelas traduções ecumênicas e se alegrado pelo dilúvio de versões pervertidas que obscurecem a verdade do Evangelho.

Deste verso, nós podemos ver o erro do futurismo. Futurismo é a escola de profecia que vê o livro de Apocalipse, com exceção dos três primeiros capítulos, como eventos que ainda não aconteceram. O Anticristo, dizem, ainda irá aparecer! Os futuristas procuram por um Anticristo pessoal que dará início ao período da Grande Tribulação que, segundo eles, ocorrerá no fim da era Cristã, próximo à vinda de Cristo. Este esquema de interpretação teve sua origem, com o Jesuíta Ribera em 1591. Mas outra vez, é um engano designado por Roma, para excluir o papado de ser reconhecido e identificado como o Anticristo.


10) O Anticristo é uma figura condenada.

v.8. “e o destruirá, pela manifestação de Sua vinda”

O Anticristo será destruído quando Cristo retornar. Ele se manifestou no tempo e seu domínio será quebrado pelo evangelho, mas só será finalmente destruído, pelo retorno glorioso do Senhor no Dia do Juízo.

Nós vimos pela história. O espírito do anticristo já estava em ação no tempo dos apóstolos. Este espírito iria se desenvolver “nos bastidores”, até que o Anticristo mesmo seria claramente manifesto em determinado ponto do tempo, e haveria de continuar agindo até o dia de Cristo. Isto mostra que o Anticristo não é um indivíduo em particular, mas uma série de pessoas ocupando um mesmo ofício. Não temos necessidade de pensar que o título “homem do pecado” tenha que ser uma pessoa em particular. Quando lemos nas Escrituras a expressão: “Homem de Deus”, entendemos que isto se aplica a um homem somente? Não, esta é uma designação para os ministros em geral. Quando lemos o título: “homem do pecado”, isto representa uma dinastia, com “o sumo sacerdote” ou “o rei”. O Papa João Paulo II, se tornou o Anticristo em 1978, quando da sua entronização. Quando o Papa João Paulo II morreu, o Papa Bento XVI se tornou o Anticristo em seu lugar.

Robert Murray M’cheyne escreveu: “No Salmo 137 nós vemos que a Babilônia, ou Papado, está “condenada à destruição” e em Apocalipse 18 vemos que sua destruição será repentina e terrível. Oh! Que venha logo, pois milhares estão perecendo sob seus erros destruidores de almas!” (29)


11) O Anticristo é uma figura carismática.

v.9. “o aparecimento será…segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder e sinais e prodígios da mentira”

O Anticristo reivindica poder de realizar milagres. Note, no entanto, que ele é caracterizado por milagres da mentira. A igreja de Roma tem sempre se caracterizado por ser cheia de supostos milagres. Os carismáticos, não chegam nem aos pés do papado! Há milagres “visíveis”: relíquias, o Santo Sudário, visões de Maria, as curas de Lurdes, etc. E há os milagres “invisíveis”: a regeneração batismal, absolvição sacerdotal, extrema unção, e, o maior de todos, o milagre da Missa. As palavras sacerdotais, supostamente operam a transubstanciação do pão e do vinho no corpo, sangue, alma e divindade de Cristo. Você não pode ver estes milagres. Tem que tomá-los como confiáveis. Isto é repugnante à razão, muito mais às Escrituras. Este engano é crido por milhares de pessoas. Os Anglicanos Reformados, nos seus Noventa e Nove Artigos, dizem o seguinte sobre a Missa: “Portanto, o sacrifício da Missa, que comumente se diz que o sacerdote oferece Cristo por vivos e mortos, para remissão de pecados de dor ou culpa, são fábulas blasfemas e perigosos enganos.” (XXXI Da oblação de Cristo completada na Cruz).


12) O Anticristo é uma figura fraudulenta.

v.10. “com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos”

O Anticristo desvia os homens pela decepção e os afasta para longe do Salvador. O Anticristo está constantemente enganando pessoas que acreditam em suas falsas reivindicações. “Porque muitos enganadores têm saído pelo mundo fora, os quais não confessam Jesus Cristo vindo em carne: assim é o enganador e o anticristo” (2Jo. 7).

O Romanismo, nega que Cristo tenha vindo em carne. Mas alguém dirá: Não é verdade, a Igreja de Roma sustenta a doutrina da Encarnação! Veja a devoção que dedicam à Maria, Mãe de Jesus! Contudo o que ela dá com uma mão, tira com a outra. Ela age como se Cristo nunca tivesse vindo ao mundo e sofrido para fazer expiação pelo pecado. Com seu sacrifício sacerdotal e culto ritualístico, ela pertence mais ao Velho Testamento do que ao Novo. Até mesmo, a outra religião com característica do Velho Testamento, o Judaísmo, tem ficado para trás em altares e templos.

Jesus disse: “porque surgirão falsos cristos” (Mt. 24:24). Pessoas dirão: “Eis aqui o Cristo, ou Ei-lo ali” (v.23). Essa é a decepção. É a marca do Anticristo que ele trará consigo “todo engano de injustiça”. O uso das Escrituras pelo papado, somente faz com que a ilusão e operação de maravilhas sejam mais enganosas. Isto é encontrado em seus seguidores também, porque eles têm amado mais a mentira do que a verdade e como juízo, “Deus lhes manda a operação do erro” (v.11).

Que poderoso engano vemos em nossos dias! O papado parece ter mudado! Uma imagem mais amigável e benigna tem sido apresentada ao mundo. Os “hereges” que ela perseguiu ontem, hoje são “irmãos separados” a quem ela corteja frequentemente. Mas entenda isso. Nenhuma só doutrina mudou. Roma ainda amaldiçoa quem crê na doutrina bíblica da Justificação pela fé. Ela é simper idem – sempre a mesma.
Esta é a visão histórica. Esta é a visão confessional. Esta é a visão bíblica. Mas concluindo, temos que dizer alguma coisa mais.


4) O TESTEMUNHO ESSENCIAL

“Oh! Não!” muitos dirão, “Nós não temos que acreditar nisto! Isto não é necessário para a salvação”. Este não é o ponto. Crer nesta doutrina, pode não ser necessário para o pecador alcançar o céu. Há igrejas que não aceitam isso. Embora confessar estas coisas, não seja necessário para uma igreja ser igreja, é necessário para o bem dessa igreja. Isto é especialmente importante para esse nosso século ecumênico. Igrejas Protestantes que não sustentam a visão de que o Papa é o Anticristo e que crê, que a Igreja de Roma é simplesmente uma outra denominação cristã, além de estarem erradas, ainda estão em perigo de se tornarem suas presas. Roma as irá engolir. O que é verdade para igrejas, é verdade para indivíduos. Pessoas com convicção religiosas, olham para o Arcebispo da Cantuária (Qualquer um) e ficam desapontadas; então olham para o Papa e dizem: “Bem, pelo menos ele fala com alguma autoridade!” Parece haver alguma ortodoxia, moralidade! Assim muitas pessoas são convertidas à Roma, inclusive pessoas importantes como Duquesa de Kent, John Gummer, Ann Widdecombe e muitos outros. Outros fazem afirmações crassas acerca do Papa, como Billy Graham em 1980 disse que “o Papa João Paulo II surgiu com “o maior líder religioso do mundo moderno e um dos maiores líderes da moral … deste século” (30)

Temos que aprender a lição da Reforma. Houve três claras visões para a grande obra de Deus. A visão doutrinária: o puro evangelho foi redescoberto nas Escrituras. A visão prática: a santidade foi vivificada através da obediência à Lei Moral. A visão profética: o papado foi renunciado por ser o Anticristo predito na Bíblia. Os evangélicos hoje olham para trás e dão graças à Deus pelas duas primeiras, mas não estão muito dispostos a insistir na terceira. Se a verdade do papado ser o homem do pecado aparece, eles se sentem embaraçados em sustentar isto, mas as três visões estão juntas. H. Grattan Guinness escreveu acerca dos reformadores:

“Eles se opuseram à Igreja de Roma, como sendo condenada pelas doutrinas, preceitos e profecias da Palavra de Deus. É difícil dizer qual destas três visões pesava mais. Em cada uma eram claros e enfáticos. Estes três elementos não podem ser separados na estima que nutrimos pela Reforma. Do início ao fim, aquele movimento foi revigorado pela palavra profética. Lutero nunca se sentiu forte e livre para combater contra a apostasia papal, até que tivesse reconhecido o Papa como Anticristo. Foi só então que ele queimou a bula papal. O primeiro sermão de João Knox, o sermão que o lançou na missão de reformador, foi sobre as profecias concernentes ao papado. Os reformadores incorporaram suas interpretações das profecias nas suas confissões de fé, e Calvino nas Institutas. Todos os reformadores foram unânimes no assunto e suas interpretações destas profecias foram determinantes para suas ações de reforma. Isto os levou a protestar contra Roma com extraordinária força e destemida coragem. Isto os capacitou a resistir às exigências daquela Igreja apóstata até as últimas conseqüências. Isto os fez mártires. Os sustentou nas estacas. E estas visões dos reformadores foram compartilhadas por milhares, centenas de milhares. Foram adotadas por Príncipes e Povos. Sob suas influências, nações abjuraram de sua lealdade ao falso sacerdote de Roma. Nas reações que se seguiram, parece que todo poder do inferno foi direcionado aos aderentes da Reforma. Guerra após guerra: torturas, incêndios e massacres se multiplicaram. Ainda assim a Reforma permaneceu firme e inconquistável. A Palavra de Deus os sustentou e os revigorou com Seu poderoso Espírito. Era a mesma obra de Cristo, a mesma que fundou a Igreja dezoito séculos atrás; e a revelação do futuro que Ele deu dos céus, aquele livro profético com qual as Escrituras se encerram, foi o maior e mais poderoso instrumento empregado para completar a obra”. (31)

É como diz a Escritura: “Um cordão de três dobras não é facilmente quebrado” (Ec. 3:12).

Não podemos nos silenciar. Temos que avisar as pessoas. Estamos familiarizados com as palavras do final do livro de Apocalipse: “Se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia Deus tirará sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro.” (Ap 22:19). Este texto é corretamente aplicado, àqueles que se intrometem em corromper o texto inspirado das Escrituras, removendo ou alterando versos segundo o julgamento moderno da alta crítica textual. Mas nós também não alteramos as profecias, quando falhamos em interpretá-las propriamente e as ensinamos e aplicamos erradamente? Capítulos inteiros, são retirados do Apocalipse quando ignoramos o papado. Estas coisas também foram “escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem o fim dos tempos tem chegado” (1Cor. 10:11). A noite já vai longe e o dia está à porta. Vamos ficar firmes na sã doutrina e não exitar em declarar todo conselho de Deus, incluindo o que Ele nos diz sobre o papado.

É sempre bom ser positivo em tudo que pudermos. Há algumas coisas que são estressantes. Conquanto detestemos o papado e tudo o que ele sustenta, não devemos nutrir inimizade com os católicos. Nosso dever é mostrar gentileza para com eles e lhes apresentar o amado Salvador. Podemos nos encorajar com o abençoado livro escrito por Richard Bennett: “Longe de Roma, perto de Deus”. (32) Ele contém o testemunho de cinqüenta ex-padres da igreja de Roma, que foram convertidos a Cristo. O Anticristo não triunfará a final! Ele não é páreo para o Filho de Deus. Assim que dizer a todos, você seguirá a Jesus ou ao papado? Cristo ou Anticristo? Só existe uma resposta. Vamos seguir a Cristo.

Concluímos com uma citação apropriada de James Begg. “Agora podemos facilmente imaginar que o Papado vai ficar ansioso e restringir sua força e atuação diante destas massivas e consistentes evidências – contudo, até onde sabemos, não foi feito nenhum recuo ou tentativa de mudança; mas o que é difícil de entender, é por que Protestantes continuam cegos com relação as enormes evidências escriturísticas que identificam o nosso grande inimigo. Podem estas evidências serem aplicadas a qualquer outra coisa registrada na história? Não se aplicam literalmente e tão notavelmente ao Papa como Anticristo? Não é confortador saber que nada aconteceu sem que o Espírito de Deus não tenha predito claramente? E não podemos nós, triunfantemente antecipar o tempo, agora tão perto, quando este monstro encubado será estirpado do meio da Cristandade, e a verdadeira Igreja de Cristo se erguerá diante dos anjos e homens em toda sua glória e sua força milenar? O zelo do Senhor fará isso”
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

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