ESTUDO JESUS O SACERDÓCIO PERFEITO...
1 – João 17
Introdução
I. A chave da compreensão desta oração está em entendermos quem está orando.
A. A figura central deste capítulo é o Senhor Jesus.
• Ele é o Deus eterno – a segunda pessoa da santa Trindade.
• Ele é o criador e sustentador de todas as coisas.
• Ele é o escolhido, através dos decretos eternos de Seu Pai, para receber a glória a qual Ele é digno através de toda a criação, redenção e história. Ele deve ter a preeminência em todas as coisas (Colossenses 1:18).
• Ele é o Messias prometido no Antigo Testamento, Aquele nascido da virgem Maria e que através daquele nascimento, Ele que era eternamente e completamente Deus se tornou homem completo sem perder nada absolutamente da Sua divindade.
• Ele é o redentor da raça humana, tendo vindo a este mundo para morrer como nosso substituto.
B. Nesta oração nós temos o privilégio de aprender como era a comunicação entre Deus o Filho e Deus o Pai.
• O Senhor Jesus estava prestes a terminar o Seu ministério terreno e se encontra neste instante as vésperas da cruz.
• Ele escolheu, ao se encarnar deixar de lado Sua glória e o uso voluntário dos Seus atributos, para assumir a posição de um servo, para limitar a Si mesmo aos recursos humanos, e por ganhar o conhecimento da vontade de Seu Pai através dos processos da vida e sofrimentos.
• Ele está pronto agora para entrar na maior experiência da Sua vida. Ele vai morrer como aquele que vai levar, sobre suas costas, todos os pecados da raça humana. A profundidade angustiosa dos sofrimentos que lhe aguardam, começam a sobrevir sobre Ele como nunca antes.
• Neste momento crucial de Sua vida Ele se volta para Seu Pai em oração.
1. A base tríplice desta oração.
a. A base motivacional: Seu amor pelos Seus
Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim. João 13:1
b. A base histórica: Sua obra consumada
Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti, assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste.E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer.. João 17:1-4
c. A base eterna: A glória de Deus
Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti.. João 17:1
C. Neste estudo existem dois aspectos importantes da vida do Senhor Jesus que nós precisamos reconhecer se quisermos estar preparados para entender esta oração.
1. O sacerdócio do Senhor Jesus
2. O lugar desta oração na vida do Senhor Jesus
a. O Ensino Bíblico Acerca do Sacerdócio de Jesus
A importância da ordem Levítica do Antigo Testamento – Uma descrição profética do Sacerdócio de Jesus.
Ora, a primeira aliança também tinha preceitos de serviço sagrado e o seu santuário terrestre. É isto uma parábola para a época presente; e, segundo esta, se oferecem tanto dons como sacrifícios, embora estes, no tocante à consciência, sejam ineficazes para aperfeiçoar aquele que presta culto, Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, Hebreus 9:1, 9 e 11.
Comentário: O Tabernáculo, o sacerdócio e o sistema de sacrifícios do Antigo Testamento apontavam para a vinda do Senhor Jesus e para o trabalho que ele iria executar. Todas aquelas coisas eram meras ilustrações de verdades celestiais maiores “os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes, assim como foi Moisés divinamente instruído, quando estava para construir o tabernáculo; pois diz ele: Vê que faças todas as coisas de acordo com o modelo que te foi mostrado no monte – Hebreus 8:5”. A lição que Deus queria ensinar era bem clara: ninguém pode se aproximar de Deus sozinho. Torna-se necessária a indicação divina de um sacerdócio, que ofereça sacrifícios divinamente designados e que estes sacrifícios sejam apresentados a Deus na forma que Deus mesmo indicou.
b. O Significado da Pessoa e da Obra do Senhor Jesus Cristo.
(i). Seu nascimento: a possibilidade do Seu sacerdócio.
Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida. Pois ele, evidentemente, não socorre anjos, mas socorre a descendência de Abraão. Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo. Hebreus. 2:14-17.
Comentário: Para se tornar nosso sacerdote e poder oferecer a Si mesmo, como nosso sacrifício, o Senhor Jesus precisava se tornar membro da raça humana. Nós pecamos contra Deus e somente um de nós poderia ser nosso representante diante de Deus. O Senhor Jesus satisfaz esta condição através do Seu nascimento virginal por Maria.
(ii). Sua Vida: a preparação para Seu sacerdócio.
Porque todo sumo sacerdote, sendo tomado dentre os homens, é constituído nas coisas concernentes a Deus, a favor dos homens, para oferecer tanto dons como sacrifícios pelos pecados, e é capaz de condoer-se dos ignorantes e dos que erram, pois também ele mesmo está rodeado de fraquezas. por esta razão deve oferecer sacrifícios pelos pecados, tanto do povo como de si mesmo. Ninguém, pois, toma esta honra para si mesmo, senão quando chamado por Deus, como aconteceu com Arão. Assim, também Cristo a si mesmo não se glorificou para se tornar sumo sacerdote, mas o glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei; como em outro lugar também diz: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade, embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem, tendo sido nomeado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque. Hebreus 5:1-10
Comentário: O Senhor Jesus viveu nosso tipo de vida e experimentou muitos dos nossos pensamentos, sentimentos, desejos e problemas. Ele trabalhou na carpintaria de Seu pai. Ele tinha as mesmas limitações que nós temos. Exatamente por causa destas experiências é que ele pode demonstrar compaixão por nós e nos ajudar na nossa hora de necessidade “por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo. Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados. Hebreus 2:17-18”.
(iii). Sua Morte: a apresentação do Seu sacrifício sacerdotal.
Nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio. Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado. Hebreus 9:25-26
Comentário: O sofrimento e o significado do sacrifício de Jesus vão muito além da nossa capacidade de compreensão. Nos choca, pensar que, Jesus, o filho de Deus – nosso criador – deu-Se a Si mesmo como oferta para pagar pelos nossos pecados, que Ele morreu a morte que nós deveríamos morrer, suportou o castigo do inferno (ser separado de Deus) em nosso lugar e suportou a nosso favor o juízo e a condenação de Deus.
(iv). Sua Ressurreição: a prova de que Seu sacrifício sacerdotal foi aceito.
E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens. Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. 1 Coríntios 15:17-20
Comentário: A ressurreição de Jesus Cristo é uma evidência pública de que sua morte sacrificial foi suficiente para remir (satisfazer a justiça de Deus) os pecados, libertar da escravidão a Satanás e obter a vitória sobre a morte.
(v). Sua Ascensão: a promoção do seu sacerdócio de terreno para celestial.
Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus. Hebreus 9:24
Comentário: Na sua ascensão o Senhor Jesus iniciou seu ministério celestial de intercessão. Desta maneira ele aplica o valor do Seu sacrifício sacerdotal a todos que o pai lhe dá (João 6:37 Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora). O fato de Jesus interceder continuamente a nosso favor é a base da nossa segurança espiritual (Hebreus 9:25 Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles).
D. O Significado do Trabalho de Jesus como Nosso Representante: A Base do seu Sacerdócio.
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16
Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Romanos 5:8
Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. Gálatas 4:4 -5
Comentário: Através do Seu nascimento no gênero humano, o Senhor Jesus, pode então entrar em um relacionamento conosco onde Ele podia se tornar nosso representante diante de Deus. Desta forma nós somos identificados n’Ele. Ele morreu de uma forma tal que o benefício da sua morte substitucionária (vicária, em nosso lugar) podia ser transferido a nós. Quando as Escrituras dizem que Jesus morreu por nós, estão dizendo “a favor de nós” ou “em nosso lugar”.
Em certo grau, esta capacidade representativa do Senhor Jesus se estende a todas as facetas da Sua obra – Sua vida, morte, ressurreição, ascensão, a doação do Espírito Santo bem como sua presente intercessão a nosso favor.
Isto tudo indica que o Senhor Jesus tem o direito, a capacidade e o desejo de nos libertar das garras do Diabo. (Hebreus 2:14: Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo).
E. O Significado e a Natureza do Sacerdócio de Jesus.
1. O Sacerdócio de Cristo é imutável.
Ora, aqueles são feitos sacerdotes em maior número, porque são impedidos pela morte de continuar; este, no entanto,porque continua para sempre, tem o seu sacerdócio imutável. Hebreus 7:23-24
2. O Sacerdócio de Jesus é poderoso.
Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Hebreus 7:25.
3. O Sacerdócio de Jesus é Santo.
Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus. Hebreus 7:26.
4. O Sacerdócio de Jesus é Autoritário.
Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus. Hebreus 7:26.
5. O Sacerdócio de Jesus é Vicário – Ele é nosso Substituto.
Que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu. Hebreus 7:27.
6. Jesus tem um sacerdócio perfeito.
Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens sujeitos à fraqueza, mas a palavra do juramento, que foi posterior à lei, constitui o Filho, perfeito para sempre. Hebreus 7:28.
Comentário: Se você crê no Senhor Jesus, você tem mais do que um Redentor Nele. Você tem um Redentor-Sacerdote. Jesus assumiu a inteira responsabilidade por você. Como Sumo-Sacerdote ele é teu precursor (Hebreus 6:17-20), Segurança (Hebreus 7:20-28), Mediador (Hebreus 8:6 e 9:15), Advogado (I João 2:1-2) e Aquele que prometeu voltar (Hebreus 9:28)...
Introdução
I. A chave da compreensão desta oração está em entendermos quem está orando.
A. A figura central deste capítulo é o Senhor Jesus.
• Ele é o Deus eterno – a segunda pessoa da santa Trindade.
• Ele é o criador e sustentador de todas as coisas.
• Ele é o escolhido, através dos decretos eternos de Seu Pai, para receber a glória a qual Ele é digno através de toda a criação, redenção e história. Ele deve ter a preeminência em todas as coisas (Colossenses 1:18).
• Ele é o Messias prometido no Antigo Testamento, Aquele nascido da virgem Maria e que através daquele nascimento, Ele que era eternamente e completamente Deus se tornou homem completo sem perder nada absolutamente da Sua divindade.
• Ele é o redentor da raça humana, tendo vindo a este mundo para morrer como nosso substituto.
B. Nesta oração nós temos o privilégio de aprender como era a comunicação entre Deus o Filho e Deus o Pai.
• O Senhor Jesus estava prestes a terminar o Seu ministério terreno e se encontra neste instante as vésperas da cruz.
• Ele escolheu, ao se encarnar deixar de lado Sua glória e o uso voluntário dos Seus atributos, para assumir a posição de um servo, para limitar a Si mesmo aos recursos humanos, e por ganhar o conhecimento da vontade de Seu Pai através dos processos da vida e sofrimentos.
• Ele está pronto agora para entrar na maior experiência da Sua vida. Ele vai morrer como aquele que vai levar, sobre suas costas, todos os pecados da raça humana. A profundidade angustiosa dos sofrimentos que lhe aguardam, começam a sobrevir sobre Ele como nunca antes.
• Neste momento crucial de Sua vida Ele se volta para Seu Pai em oração.
1. A base tríplice desta oração.
a. A base motivacional: Seu amor pelos Seus
Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim. João 13:1
b. A base histórica: Sua obra consumada
Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti, assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste.E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer.. João 17:1-4
c. A base eterna: A glória de Deus
Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti.. João 17:1
C. Neste estudo existem dois aspectos importantes da vida do Senhor Jesus que nós precisamos reconhecer se quisermos estar preparados para entender esta oração.
1. O sacerdócio do Senhor Jesus
2. O lugar desta oração na vida do Senhor Jesus
a. O Ensino Bíblico Acerca do Sacerdócio de Jesus
A importância da ordem Levítica do Antigo Testamento – Uma descrição profética do Sacerdócio de Jesus.
Ora, a primeira aliança também tinha preceitos de serviço sagrado e o seu santuário terrestre. É isto uma parábola para a época presente; e, segundo esta, se oferecem tanto dons como sacrifícios, embora estes, no tocante à consciência, sejam ineficazes para aperfeiçoar aquele que presta culto, Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, Hebreus 9:1, 9 e 11.
Comentário: O Tabernáculo, o sacerdócio e o sistema de sacrifícios do Antigo Testamento apontavam para a vinda do Senhor Jesus e para o trabalho que ele iria executar. Todas aquelas coisas eram meras ilustrações de verdades celestiais maiores “os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes, assim como foi Moisés divinamente instruído, quando estava para construir o tabernáculo; pois diz ele: Vê que faças todas as coisas de acordo com o modelo que te foi mostrado no monte – Hebreus 8:5”. A lição que Deus queria ensinar era bem clara: ninguém pode se aproximar de Deus sozinho. Torna-se necessária a indicação divina de um sacerdócio, que ofereça sacrifícios divinamente designados e que estes sacrifícios sejam apresentados a Deus na forma que Deus mesmo indicou.
b. O Significado da Pessoa e da Obra do Senhor Jesus Cristo.
(i). Seu nascimento: a possibilidade do Seu sacerdócio.
Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida. Pois ele, evidentemente, não socorre anjos, mas socorre a descendência de Abraão. Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo. Hebreus. 2:14-17.
Comentário: Para se tornar nosso sacerdote e poder oferecer a Si mesmo, como nosso sacrifício, o Senhor Jesus precisava se tornar membro da raça humana. Nós pecamos contra Deus e somente um de nós poderia ser nosso representante diante de Deus. O Senhor Jesus satisfaz esta condição através do Seu nascimento virginal por Maria.
(ii). Sua Vida: a preparação para Seu sacerdócio.
Porque todo sumo sacerdote, sendo tomado dentre os homens, é constituído nas coisas concernentes a Deus, a favor dos homens, para oferecer tanto dons como sacrifícios pelos pecados, e é capaz de condoer-se dos ignorantes e dos que erram, pois também ele mesmo está rodeado de fraquezas. por esta razão deve oferecer sacrifícios pelos pecados, tanto do povo como de si mesmo. Ninguém, pois, toma esta honra para si mesmo, senão quando chamado por Deus, como aconteceu com Arão. Assim, também Cristo a si mesmo não se glorificou para se tornar sumo sacerdote, mas o glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei; como em outro lugar também diz: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade, embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem, tendo sido nomeado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque. Hebreus 5:1-10
Comentário: O Senhor Jesus viveu nosso tipo de vida e experimentou muitos dos nossos pensamentos, sentimentos, desejos e problemas. Ele trabalhou na carpintaria de Seu pai. Ele tinha as mesmas limitações que nós temos. Exatamente por causa destas experiências é que ele pode demonstrar compaixão por nós e nos ajudar na nossa hora de necessidade “por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo. Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados. Hebreus 2:17-18”.
(iii). Sua Morte: a apresentação do Seu sacrifício sacerdotal.
Nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio. Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado. Hebreus 9:25-26
Comentário: O sofrimento e o significado do sacrifício de Jesus vão muito além da nossa capacidade de compreensão. Nos choca, pensar que, Jesus, o filho de Deus – nosso criador – deu-Se a Si mesmo como oferta para pagar pelos nossos pecados, que Ele morreu a morte que nós deveríamos morrer, suportou o castigo do inferno (ser separado de Deus) em nosso lugar e suportou a nosso favor o juízo e a condenação de Deus.
(iv). Sua Ressurreição: a prova de que Seu sacrifício sacerdotal foi aceito.
E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens. Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. 1 Coríntios 15:17-20
Comentário: A ressurreição de Jesus Cristo é uma evidência pública de que sua morte sacrificial foi suficiente para remir (satisfazer a justiça de Deus) os pecados, libertar da escravidão a Satanás e obter a vitória sobre a morte.
(v). Sua Ascensão: a promoção do seu sacerdócio de terreno para celestial.
Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus. Hebreus 9:24
Comentário: Na sua ascensão o Senhor Jesus iniciou seu ministério celestial de intercessão. Desta maneira ele aplica o valor do Seu sacrifício sacerdotal a todos que o pai lhe dá (João 6:37 Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora). O fato de Jesus interceder continuamente a nosso favor é a base da nossa segurança espiritual (Hebreus 9:25 Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles).
D. O Significado do Trabalho de Jesus como Nosso Representante: A Base do seu Sacerdócio.
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16
Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Romanos 5:8
Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. Gálatas 4:4 -5
Comentário: Através do Seu nascimento no gênero humano, o Senhor Jesus, pode então entrar em um relacionamento conosco onde Ele podia se tornar nosso representante diante de Deus. Desta forma nós somos identificados n’Ele. Ele morreu de uma forma tal que o benefício da sua morte substitucionária (vicária, em nosso lugar) podia ser transferido a nós. Quando as Escrituras dizem que Jesus morreu por nós, estão dizendo “a favor de nós” ou “em nosso lugar”.
Em certo grau, esta capacidade representativa do Senhor Jesus se estende a todas as facetas da Sua obra – Sua vida, morte, ressurreição, ascensão, a doação do Espírito Santo bem como sua presente intercessão a nosso favor.
Isto tudo indica que o Senhor Jesus tem o direito, a capacidade e o desejo de nos libertar das garras do Diabo. (Hebreus 2:14: Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo).
E. O Significado e a Natureza do Sacerdócio de Jesus.
1. O Sacerdócio de Cristo é imutável.
Ora, aqueles são feitos sacerdotes em maior número, porque são impedidos pela morte de continuar; este, no entanto,porque continua para sempre, tem o seu sacerdócio imutável. Hebreus 7:23-24
2. O Sacerdócio de Jesus é poderoso.
Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Hebreus 7:25.
3. O Sacerdócio de Jesus é Santo.
Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus. Hebreus 7:26.
4. O Sacerdócio de Jesus é Autoritário.
Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus. Hebreus 7:26.
5. O Sacerdócio de Jesus é Vicário – Ele é nosso Substituto.
Que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu. Hebreus 7:27.
6. Jesus tem um sacerdócio perfeito.
Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens sujeitos à fraqueza, mas a palavra do juramento, que foi posterior à lei, constitui o Filho, perfeito para sempre. Hebreus 7:28.
Comentário: Se você crê no Senhor Jesus, você tem mais do que um Redentor Nele. Você tem um Redentor-Sacerdote. Jesus assumiu a inteira responsabilidade por você. Como Sumo-Sacerdote ele é teu precursor (Hebreus 6:17-20), Segurança (Hebreus 7:20-28), Mediador (Hebreus 8:6 e 9:15), Advogado (I João 2:1-2) e Aquele que prometeu voltar (Hebreus 9:28)...
Bispo.
Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante
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