ESTUDANDO
PROVÉRBIO 15...
15.1 — Muitas vezes não e pelo que dissemos, mas
como dissemos que damos azo as reações mais variadas, de aceitação a ira. (Para
conhecer as palavras gentis de Abigail a Davi quando ele estava irado, veja 1
Sm 25.12-34.)
15.2 — Vemos neste versículo outra comparação dos usos contrastantes da fala. Este provérbio coloca a língua dos sábios em contraposição a boca dos tolos. Um emprega bem o conhecimento; o outro arrota sua estultícia.
15.3 — O fato de os olhos do Senhor estarem em toda parte, observando tudo, arrepia os perpetradores do mal e conforta os súditos de Deus (Ec 12.14).
15.4 — A resposta branda do versículo 1 pode ser considerada de língua saudável, e a palavra dura do versículo 1, perversidade. A primeira é como uma árvore da vida, devolvendo-nos um pouco do Éden (Pv 3.18; 11.30; 13.12); a outra quebranta o espírito, recordando a expulsão do Jardim (G n 3.23,24).
15.5 — A pessoa verdadeiramente sábia tira proveito da correção. O termo traduzido como “prudentemente” na segunda parte deste versículo significa “ser astuto”. A astúcia pode ser maldosa, mas, aqui, tem o sentido positivo de ter jogo de cintura (Pv 1.4).
15.6 — Vemos aqui que uma casa é uma benção e a outra esta arruinada. O motivo disso é como a casa foi adquirida e como está sendo usada. A casa do justo contem grandes tesouros porque esta fundada na sabedoria e no respeito a Deus. Por outro lado, a dos perversos está destruída. Estes nunca terão ganho algum que os satisfaça, e perdem o que já tem por tratarem de forma desonesta.
15.7 — As pessoas revelam quem são através do que dizem. O tolo não consegue deixar de falar besteiras.
15.8,9 — Ocasionalmente, os provérbios tocam no tema da adoração (Pv 16.6). A adoração proveniente dos que não são contritos nem humildes é abominável a Deus (P v ll.2 0 ). De Gênesis 4 a João 4, as Escrituras comparam a adoração positiva a negativa (Is 1.11-15). Provérbio 15.9 fala de mais uma coisa abominável ao Senhor: a forma de vida escolhida pelos ímpios.
15.10 — Este provérbio promete correção molesta [severa lição, na NVI] a pessoa que deixa a vereda de Deus. Ou seja, disciplina é um meio de correção, e não de punição. Só a pessoa que aborrece a repreensão — a que teimosamente se recusa a escutar, vez após vez — morrerá.
15.11 — Este é um provérbio do tipo “quanto mais” (Pv 11.31), que estampa a claridade com que o Senhor sonda os corações das pessoas. A palavra hebraica sheol, traduzida como “inferno”, neste versículo denota o medo do desconhecido (Pv 9.8). Quando empregada junto a palavra que significa “perdição”, sheol significa o misterioso reino da morte, uma condição negra e assustadora. Entretanto, a morte não tem mistérios para o Senhor. E se o reino misterioso dos mortos é conhecido por Ele, certamente o coração das pessoas lhe é transparente. Argumentos como este, que procedem do grande para o pequeno, aparecem em ambos os Testamentos.
15.12 — A palavra “escarnecedor” (Pv 14.6) é empregada como recurso poético ou comparativo em provérbios para expor com mais clareza o caráter do sábio. Se o preguiçoso é uma figura cômica em Provérbios, por outro lado o escarnecedor e um vilão. Ele se deleita em zombar das coisas de Deus (Pv 1.22) e é incapaz de aceitar disciplina (Pv 9.7), repreensão (Pv 9.8) ou censura (Pv 13.1). Ele não é capaz de achar a sabedoria (Pv 14.6) e deve ser evitado (Sl 1.1). Seu grande problema é demonstrado por sua reação a correção. Ele não aprende com ela nem procura obtê-la. O escarnecedor e insensato com convicção.
15.13 — O objetivo deste versículo é relembrar que o sentimento interior transparece no rosto da pessoa. Logo, o homem de coração alegre resplandece essa felicidade.
15.14 — A pessoa que tem coração sábio nunca está satisfeita com o que já sabe. A busca da sabedoria e do conhecimento é uma tarefa para a vida toda — nunca está terminada nesta vida. Os tolos, porém, que não sabem o tamanho de sua ignorância, continuam a ir atrás da insensatez.
15.15 — A pessoa de coração alegre de Provérbio
15.13 Retorna neste versículo — um duro contraste entre as percepções das pessoas quanto ao seu fardo na vida. Para a pessoa alegre, a vida é um eterno banquete. Para o oprimido, cada dia é uma aflição.
15.16 — Este é outro versículo que usa a expressão “melhor é... do que” (Pv 12.9). Neste caso, põe em contraste o valor real do pobre com o do rico em matéria de presença ou ausência de temor ao Senhor (Pv 14.26,27). O rico indolente pode estar tomado de inquietudes, enquanto que o pobre devoto e capaz de habitar em paz.
15.17 — O ódio arruína até o banquete mais fino. O amor enobrece até a refeição mais simples.
15.18 — Uma pessoa iracunda pode criar problemas onde eles não existem; mas a pessoa que não tem “pavio curto” — que é longânime — apazigua brigas (v. 1).
15.19 — Comparada a estrada do justo, o caminho do preguiçoso é cheio de espinhos, sempre cercado por dores agudas. Como o caminho é extremamente difícil, o preguiçoso por vezes hesita trilhar seu caminho esperando que algum dia ele se torne mais fácil de seguir.
15.20 — Este provérbio é parecido com o quinto mandamento: Honra a teu pai e a tua mãe (Ex 20.12; Dt 5.16). “Honrar” e “ouvir” os pais é um assunto frequente nos provérbios de Salomão. O início deste versículo e o mesmo usado em Provérbio 10.1.
15.21 — O problema todo da insensatez é que ela se alimenta de si própria. Onde houver estultícia, haverá tolos deslumbrados, haverá também um homem de entendimento andando na direção oposta.
15.22 — Quanto maior a decisão, maior a necessidade de aconselhamento. Até mesmo tomadores de decisões sábios e experientes — sejam eles pessoas comuns ou governantes — precisam de conselheiros (Pv 13.10).
15.23 — As palavras têm poder para edificar ou destruir. Salomão escreveu muitos provérbios sobre as consequências da fala (Pv 15.4; 14.23). Assim como palavras tolas podem trazer a derrocada da pessoa (Pv 14-3), da mesma forma a palavra sábia pode alegrar todos os que a ouvirem. O apóstolo Tiago escreveu sobre o poder destrutivo das palavras (Tg 3.5,6). O autor de Hebreus também nos exortou a incentivarmos uns aos outros (Hb 10.24,25).
15.24 — A assustadora palavra “inferno” (hb. sheol, Pv 15.11) é empregada aqui como o destino do tolo, mas não do prudente e trabalhador. Enquanto que o caminho da estultícia (do tolo) tem uma inclinação pronunciada, descendo ao abismo, o caminho da vida (do prudente) conduz para cima, para a glória, e seu destino final e Deus.
15.25 — Deus fará justiça no fim dos tempos. Aos soberbos, o Senhor servirá uma dose de humildade. Mas a viúva, pessoa completamente indefesa na Antiguidade, Ele concederá proteção. Em muitos pontos, as Escrituras descrevem Deus como Protetor dos indefesos (Dt 10.18; SI 68.5; 146.9; Jr 49.11).
15.26 — Diversos provérbios tratam do que Deus abomina (v. 8,9). Maus pensamentos, por exemplo, enojam o Senhor. Não existem pensamentos ocultos a Ele. Devemos orar como Davi para que nossas palavras e a meditação de nosso coração sejam aceitáveis aos olhos de Deus (SI 19.14).
15.27 — O mal do suborno está em perverter a justiça, ser uma distorção que, com o tempo, semeia a desconfiança e a desonra entre a população.
15.28 — Uma pessoa justa (sabia) pondera como melhor responder; a pessoa ímpia (tola) simplesmente emitira alguma tagarelice malévola. O louco atrai mais loucura pelo comportamento que tem e e levado, por companhias também tolas, a praticar mais perversidade e loucura.
15.29 — Deus mantém distância dos ímpios, aproximando-se deles vez por outra apenas para punir ou fazer justiça. No entanto, o Senhor tem prazer de estar perto dos justos. As preces destes são sempre bem-vindas.
15.30 — Os efeitos das boas ações e dos sentimentos positivos são apresentados ainda com mais ênfase neste versículo do que em Provérbio 15.16.
15.31,32 — A disciplina é essencial para o aprendizado. Logo, o instinto natural de autopreservação é perigoso quando chega a hora de ouvir uma censura necessária. (Para aprender sobre a relação entre disciplina e sabedoria, consulte Pv 1.7.)
15.33 — Somente o conhecimento não torna ninguém mais sábio. É preciso também o temor do Senhor. O mesmo vale para a honra, que necessita ser acompanhada da humildade...
15.2 — Vemos neste versículo outra comparação dos usos contrastantes da fala. Este provérbio coloca a língua dos sábios em contraposição a boca dos tolos. Um emprega bem o conhecimento; o outro arrota sua estultícia.
15.3 — O fato de os olhos do Senhor estarem em toda parte, observando tudo, arrepia os perpetradores do mal e conforta os súditos de Deus (Ec 12.14).
15.4 — A resposta branda do versículo 1 pode ser considerada de língua saudável, e a palavra dura do versículo 1, perversidade. A primeira é como uma árvore da vida, devolvendo-nos um pouco do Éden (Pv 3.18; 11.30; 13.12); a outra quebranta o espírito, recordando a expulsão do Jardim (G n 3.23,24).
15.5 — A pessoa verdadeiramente sábia tira proveito da correção. O termo traduzido como “prudentemente” na segunda parte deste versículo significa “ser astuto”. A astúcia pode ser maldosa, mas, aqui, tem o sentido positivo de ter jogo de cintura (Pv 1.4).
15.6 — Vemos aqui que uma casa é uma benção e a outra esta arruinada. O motivo disso é como a casa foi adquirida e como está sendo usada. A casa do justo contem grandes tesouros porque esta fundada na sabedoria e no respeito a Deus. Por outro lado, a dos perversos está destruída. Estes nunca terão ganho algum que os satisfaça, e perdem o que já tem por tratarem de forma desonesta.
15.7 — As pessoas revelam quem são através do que dizem. O tolo não consegue deixar de falar besteiras.
15.8,9 — Ocasionalmente, os provérbios tocam no tema da adoração (Pv 16.6). A adoração proveniente dos que não são contritos nem humildes é abominável a Deus (P v ll.2 0 ). De Gênesis 4 a João 4, as Escrituras comparam a adoração positiva a negativa (Is 1.11-15). Provérbio 15.9 fala de mais uma coisa abominável ao Senhor: a forma de vida escolhida pelos ímpios.
15.10 — Este provérbio promete correção molesta [severa lição, na NVI] a pessoa que deixa a vereda de Deus. Ou seja, disciplina é um meio de correção, e não de punição. Só a pessoa que aborrece a repreensão — a que teimosamente se recusa a escutar, vez após vez — morrerá.
15.11 — Este é um provérbio do tipo “quanto mais” (Pv 11.31), que estampa a claridade com que o Senhor sonda os corações das pessoas. A palavra hebraica sheol, traduzida como “inferno”, neste versículo denota o medo do desconhecido (Pv 9.8). Quando empregada junto a palavra que significa “perdição”, sheol significa o misterioso reino da morte, uma condição negra e assustadora. Entretanto, a morte não tem mistérios para o Senhor. E se o reino misterioso dos mortos é conhecido por Ele, certamente o coração das pessoas lhe é transparente. Argumentos como este, que procedem do grande para o pequeno, aparecem em ambos os Testamentos.
15.12 — A palavra “escarnecedor” (Pv 14.6) é empregada como recurso poético ou comparativo em provérbios para expor com mais clareza o caráter do sábio. Se o preguiçoso é uma figura cômica em Provérbios, por outro lado o escarnecedor e um vilão. Ele se deleita em zombar das coisas de Deus (Pv 1.22) e é incapaz de aceitar disciplina (Pv 9.7), repreensão (Pv 9.8) ou censura (Pv 13.1). Ele não é capaz de achar a sabedoria (Pv 14.6) e deve ser evitado (Sl 1.1). Seu grande problema é demonstrado por sua reação a correção. Ele não aprende com ela nem procura obtê-la. O escarnecedor e insensato com convicção.
15.13 — O objetivo deste versículo é relembrar que o sentimento interior transparece no rosto da pessoa. Logo, o homem de coração alegre resplandece essa felicidade.
15.14 — A pessoa que tem coração sábio nunca está satisfeita com o que já sabe. A busca da sabedoria e do conhecimento é uma tarefa para a vida toda — nunca está terminada nesta vida. Os tolos, porém, que não sabem o tamanho de sua ignorância, continuam a ir atrás da insensatez.
15.15 — A pessoa de coração alegre de Provérbio
15.13 Retorna neste versículo — um duro contraste entre as percepções das pessoas quanto ao seu fardo na vida. Para a pessoa alegre, a vida é um eterno banquete. Para o oprimido, cada dia é uma aflição.
15.16 — Este é outro versículo que usa a expressão “melhor é... do que” (Pv 12.9). Neste caso, põe em contraste o valor real do pobre com o do rico em matéria de presença ou ausência de temor ao Senhor (Pv 14.26,27). O rico indolente pode estar tomado de inquietudes, enquanto que o pobre devoto e capaz de habitar em paz.
15.17 — O ódio arruína até o banquete mais fino. O amor enobrece até a refeição mais simples.
15.18 — Uma pessoa iracunda pode criar problemas onde eles não existem; mas a pessoa que não tem “pavio curto” — que é longânime — apazigua brigas (v. 1).
15.19 — Comparada a estrada do justo, o caminho do preguiçoso é cheio de espinhos, sempre cercado por dores agudas. Como o caminho é extremamente difícil, o preguiçoso por vezes hesita trilhar seu caminho esperando que algum dia ele se torne mais fácil de seguir.
15.20 — Este provérbio é parecido com o quinto mandamento: Honra a teu pai e a tua mãe (Ex 20.12; Dt 5.16). “Honrar” e “ouvir” os pais é um assunto frequente nos provérbios de Salomão. O início deste versículo e o mesmo usado em Provérbio 10.1.
15.21 — O problema todo da insensatez é que ela se alimenta de si própria. Onde houver estultícia, haverá tolos deslumbrados, haverá também um homem de entendimento andando na direção oposta.
15.22 — Quanto maior a decisão, maior a necessidade de aconselhamento. Até mesmo tomadores de decisões sábios e experientes — sejam eles pessoas comuns ou governantes — precisam de conselheiros (Pv 13.10).
15.23 — As palavras têm poder para edificar ou destruir. Salomão escreveu muitos provérbios sobre as consequências da fala (Pv 15.4; 14.23). Assim como palavras tolas podem trazer a derrocada da pessoa (Pv 14-3), da mesma forma a palavra sábia pode alegrar todos os que a ouvirem. O apóstolo Tiago escreveu sobre o poder destrutivo das palavras (Tg 3.5,6). O autor de Hebreus também nos exortou a incentivarmos uns aos outros (Hb 10.24,25).
15.24 — A assustadora palavra “inferno” (hb. sheol, Pv 15.11) é empregada aqui como o destino do tolo, mas não do prudente e trabalhador. Enquanto que o caminho da estultícia (do tolo) tem uma inclinação pronunciada, descendo ao abismo, o caminho da vida (do prudente) conduz para cima, para a glória, e seu destino final e Deus.
15.25 — Deus fará justiça no fim dos tempos. Aos soberbos, o Senhor servirá uma dose de humildade. Mas a viúva, pessoa completamente indefesa na Antiguidade, Ele concederá proteção. Em muitos pontos, as Escrituras descrevem Deus como Protetor dos indefesos (Dt 10.18; SI 68.5; 146.9; Jr 49.11).
15.26 — Diversos provérbios tratam do que Deus abomina (v. 8,9). Maus pensamentos, por exemplo, enojam o Senhor. Não existem pensamentos ocultos a Ele. Devemos orar como Davi para que nossas palavras e a meditação de nosso coração sejam aceitáveis aos olhos de Deus (SI 19.14).
15.27 — O mal do suborno está em perverter a justiça, ser uma distorção que, com o tempo, semeia a desconfiança e a desonra entre a população.
15.28 — Uma pessoa justa (sabia) pondera como melhor responder; a pessoa ímpia (tola) simplesmente emitira alguma tagarelice malévola. O louco atrai mais loucura pelo comportamento que tem e e levado, por companhias também tolas, a praticar mais perversidade e loucura.
15.29 — Deus mantém distância dos ímpios, aproximando-se deles vez por outra apenas para punir ou fazer justiça. No entanto, o Senhor tem prazer de estar perto dos justos. As preces destes são sempre bem-vindas.
15.30 — Os efeitos das boas ações e dos sentimentos positivos são apresentados ainda com mais ênfase neste versículo do que em Provérbio 15.16.
15.31,32 — A disciplina é essencial para o aprendizado. Logo, o instinto natural de autopreservação é perigoso quando chega a hora de ouvir uma censura necessária. (Para aprender sobre a relação entre disciplina e sabedoria, consulte Pv 1.7.)
15.33 — Somente o conhecimento não torna ninguém mais sábio. É preciso também o temor do Senhor. O mesmo vale para a honra, que necessita ser acompanhada da humildade...
Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor
em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.
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