ESTUDO SOBRE VAIDADE...
“O pastor disse que o assunto do sermão de hoje seria VAIDADE” – lembra
uma adolescente enquanto acaba de se arrumar de fronte ao espelho – “Com um
tema desses, acho que hoje nem vou usar maquiagem para ir à igreja”.
Você pode ter achado engraçado como essa adolescente demonstrou
desconhecer o que verdadeiramente a Bíblia fala sobre a vaidade... mas você
sabe?
Salomão escreveu todo o livro de Eclesiastes para nos ensinar que sem Deus, de nada vale riqueza, poder ou sabedoria. Ele conclui o livro com a seguinte máxima: “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.” (Ec 12.13). Se a temática do livro é o problema da vaidade, o versículo acima resume muito bem a fórmula do remédio. Vejamos o que podemos aprender:
1. A constante exposição
O cristão está constantemente exposto no mundo maligno que vive (1Jo 5.19). Nossos ouvidos estão abertos; não temos como deixar de escutar. Paramos no ponto de ônibus e ouvimos agressões à fé cristã; na sala de aula ou no trabalho, ouvimos piadas indecentes; diante da televisão, somos bombardeados com a defesa da homossexualidade, por exemplo. De igual forma, o conceito que o mundo tem do que seja vaidade tenta “fazer a cabeça” do cristão.
2. O que realmente importa
A adolescente do começo de nossa história definiu de maneira errada a vaidade condenada pela Bíblia. O cuidado com a aparência em si não é pecado. “A suma é…”, disse o autor de Eclesiastes. É necessário prender-se ao que realmente é importante. É necessário extrair o sumo e se preocupar menos com o bagaço. Tem muito crente por aí brigando por questões tão pequenas... será que a vaidade pode ser combatida tão somente deixando o cabelo crescer e usando apenas saia? Vaidade é uma busca intensa por aquilo que é vão - aliás, as duas palavras têm até a mesma raiz. Dessa forma, qualquer devoção exagerada pode se tornar vaidade. Adolescentes podem ser vaidosos ao quase idolatrar uma banda de rock da mesma maneira que um adulto adora seu próprio carro. A lista pode ser interminável... casa, beleza, músculos, notas na escola, salário, conhecimento... Vaidade é praticamente igual à idolatria. Daí, a exortação do profeta Samuel: “ Não vos desvieis; pois seguiríeis coisas vãs, que nada aproveitam e tampouco vos podem livrar, porque vaidade são.” (1Sm 12.21)
3. Temor de Deus
A vaidade é uma doença derivada do pecado. Portanto, como nós crentes ainda somos pecadores (embora redimidos por Jesus), temos que admitir que esse vírus esteja dentro de nós. Não temos escolha: somos portadores desse vírus maldito, mas depende de cada um desenvolver ou não a doença; você pode escolher, então, entre ficar doente ou não. A vaidade é uma doença contagiosa. Assim, mesmo portadores do vírus, temos que tomar cuidado para não nos aproximarmos muito daqueles que claramente apresentam sintomas. É isso que o apóstolo Paulo quer dizer para os membros da igreja de Éfeso: “Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos,” (Ef 4.17) Não podemos imitar os ímpios que estão a nossa volta e a única coisa que pode nos frear é temermos a Deus.
Temer quer dizer respeitar profundamente. Para o cristão fugir da vaidade, portanto, ele precisa ter intimidade com Deus. Você é íntimo de alguém? Claro que sim! Por isso, os filhos sabem o que significam muitos olhares de seus pais. Os pais percebem as mentiras dos filhos tão somente pela entonação da voz. Em ouvir um simples “boa noite” ao chegar em casa, o marido percebe que algo está errado com sua esposa. Tudo isso por causa da intimidade. Quando tememos a Deus, sabemos dar valor às coisas que o Senhor valoriza e não o mundo.
4. Obediência
Quem teme a Deus de verdade não tem como deixar de obedecê-lo: “ De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.” (Ec 12.13). Mas o problema é que a vaidade é um pecado muito sutil. Na maioria das vezes ela não nos tenta com algo errado. Veja na vida de Jesus um exemplo interessante a esse respeito: Quando Cristo foi tentado pelo diabo no deserto (Mt 4.1-11), ele ficou quarenta dias sem comer nada (4.2). A primeira tentação do diabo foi tentar convencer Jesus a transformar as pedras em pães (4.3). Veja só... que mal há em comer principalmente depois de tanto tempo de jejum? Comer pão em si não é pecado, mas dar mais importância a um pedaço de pão do que a vontade de Deus é. Por isso mesmo é que Jesus responde ao diabo: “Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.” (Mt 4.4) Ou seja, pão é importante, mas obedecer a Deus é ainda mais. Estudar é errado? Claro que não. Mas faltar a igreja para estudar é. Trabalhar é errado? Ao contrário; é motivo de bênção porquanto que não tome todo tempo ao ponto de não haver um momento devocional a sós com Deus ou não poder dar atenção necessária à família.
Não existe comunhão entre Deus e o mundo (2Co 6.14). Os ímpios não têm aquilo que deveria ser nosso maior bem, a vida eterna. Essa é a nossa pérola de grande valor (Mt 13.45-46), ou o tesouro escondido que nos foi revelado (Mt 13.44). Por isso os não crentes andam na vaidade de seus pensamentos (Ef 4.17). Eles ainda estão à caça de algo que lhes seja valioso. Eles põem o coração em coisas vãs que nós “ricos” deveríamos consideram como secundárias se não desprezíveis. Não existe lugar para a vaidade no coração do cristão. Paulo disse: “ Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo” (Fp 3.8). Chega de imitar o mundo! Chega de colocar o coração em coisas secundárias. Devemos buscar em primeiro lugar o que é mais importante e mais valioso: O Reino de Deus.
“ buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:33 RA)...
Salomão escreveu todo o livro de Eclesiastes para nos ensinar que sem Deus, de nada vale riqueza, poder ou sabedoria. Ele conclui o livro com a seguinte máxima: “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.” (Ec 12.13). Se a temática do livro é o problema da vaidade, o versículo acima resume muito bem a fórmula do remédio. Vejamos o que podemos aprender:
1. A constante exposição
O cristão está constantemente exposto no mundo maligno que vive (1Jo 5.19). Nossos ouvidos estão abertos; não temos como deixar de escutar. Paramos no ponto de ônibus e ouvimos agressões à fé cristã; na sala de aula ou no trabalho, ouvimos piadas indecentes; diante da televisão, somos bombardeados com a defesa da homossexualidade, por exemplo. De igual forma, o conceito que o mundo tem do que seja vaidade tenta “fazer a cabeça” do cristão.
2. O que realmente importa
A adolescente do começo de nossa história definiu de maneira errada a vaidade condenada pela Bíblia. O cuidado com a aparência em si não é pecado. “A suma é…”, disse o autor de Eclesiastes. É necessário prender-se ao que realmente é importante. É necessário extrair o sumo e se preocupar menos com o bagaço. Tem muito crente por aí brigando por questões tão pequenas... será que a vaidade pode ser combatida tão somente deixando o cabelo crescer e usando apenas saia? Vaidade é uma busca intensa por aquilo que é vão - aliás, as duas palavras têm até a mesma raiz. Dessa forma, qualquer devoção exagerada pode se tornar vaidade. Adolescentes podem ser vaidosos ao quase idolatrar uma banda de rock da mesma maneira que um adulto adora seu próprio carro. A lista pode ser interminável... casa, beleza, músculos, notas na escola, salário, conhecimento... Vaidade é praticamente igual à idolatria. Daí, a exortação do profeta Samuel: “ Não vos desvieis; pois seguiríeis coisas vãs, que nada aproveitam e tampouco vos podem livrar, porque vaidade são.” (1Sm 12.21)
3. Temor de Deus
A vaidade é uma doença derivada do pecado. Portanto, como nós crentes ainda somos pecadores (embora redimidos por Jesus), temos que admitir que esse vírus esteja dentro de nós. Não temos escolha: somos portadores desse vírus maldito, mas depende de cada um desenvolver ou não a doença; você pode escolher, então, entre ficar doente ou não. A vaidade é uma doença contagiosa. Assim, mesmo portadores do vírus, temos que tomar cuidado para não nos aproximarmos muito daqueles que claramente apresentam sintomas. É isso que o apóstolo Paulo quer dizer para os membros da igreja de Éfeso: “Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos,” (Ef 4.17) Não podemos imitar os ímpios que estão a nossa volta e a única coisa que pode nos frear é temermos a Deus.
Temer quer dizer respeitar profundamente. Para o cristão fugir da vaidade, portanto, ele precisa ter intimidade com Deus. Você é íntimo de alguém? Claro que sim! Por isso, os filhos sabem o que significam muitos olhares de seus pais. Os pais percebem as mentiras dos filhos tão somente pela entonação da voz. Em ouvir um simples “boa noite” ao chegar em casa, o marido percebe que algo está errado com sua esposa. Tudo isso por causa da intimidade. Quando tememos a Deus, sabemos dar valor às coisas que o Senhor valoriza e não o mundo.
4. Obediência
Quem teme a Deus de verdade não tem como deixar de obedecê-lo: “ De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.” (Ec 12.13). Mas o problema é que a vaidade é um pecado muito sutil. Na maioria das vezes ela não nos tenta com algo errado. Veja na vida de Jesus um exemplo interessante a esse respeito: Quando Cristo foi tentado pelo diabo no deserto (Mt 4.1-11), ele ficou quarenta dias sem comer nada (4.2). A primeira tentação do diabo foi tentar convencer Jesus a transformar as pedras em pães (4.3). Veja só... que mal há em comer principalmente depois de tanto tempo de jejum? Comer pão em si não é pecado, mas dar mais importância a um pedaço de pão do que a vontade de Deus é. Por isso mesmo é que Jesus responde ao diabo: “Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.” (Mt 4.4) Ou seja, pão é importante, mas obedecer a Deus é ainda mais. Estudar é errado? Claro que não. Mas faltar a igreja para estudar é. Trabalhar é errado? Ao contrário; é motivo de bênção porquanto que não tome todo tempo ao ponto de não haver um momento devocional a sós com Deus ou não poder dar atenção necessária à família.
Não existe comunhão entre Deus e o mundo (2Co 6.14). Os ímpios não têm aquilo que deveria ser nosso maior bem, a vida eterna. Essa é a nossa pérola de grande valor (Mt 13.45-46), ou o tesouro escondido que nos foi revelado (Mt 13.44). Por isso os não crentes andam na vaidade de seus pensamentos (Ef 4.17). Eles ainda estão à caça de algo que lhes seja valioso. Eles põem o coração em coisas vãs que nós “ricos” deveríamos consideram como secundárias se não desprezíveis. Não existe lugar para a vaidade no coração do cristão. Paulo disse: “ Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo” (Fp 3.8). Chega de imitar o mundo! Chega de colocar o coração em coisas secundárias. Devemos buscar em primeiro lugar o que é mais importante e mais valioso: O Reino de Deus.
“ buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:33 RA)...
Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson
Cavalcante.
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