ESTUDO É NA FORNALHA QUE DEUS IRÁ TER UM PARTICULAR CONTIGO...
Por que
Daniel não foi jogado na fornalha de fogo ardente com seus amigos, afinal, não
estavam juntos (Dn 3.1-30)?
O reino de Babilônia era dividido em províncias. Daniel foi nomeado governador sobre todas as províncias e permaneceu na capital do império. Atendendo a um pedido seu, o rei concordou que seus companheiros assumissem cargos políticos importantes no reino e, por isso, separaram-se: “E pediu Daniel ao rei, e constituiu ele sobre os negócios da província de Babilônia a Sadraque, Mesaque e Abednego; mas Daniel permaneceu na porta do rei” (Dn 2.49). A imagem do rei Nabucodonosor foi levantada no campo de Dura, distante cerca de dez quilômetros da Babilônia. Tudo indica que Daniel não estava presente ou foi dispensado de ter de demonstrar sua lealdade ao rei devido à sua elevada posição.
Como José, filho de Jacó, conseguiu guardar alimentos durante sete anos e onde? Teria utilizado um método milagroso para conservá-los (Gn 41.1-37)?
Naquela época, os cereais, plantas cujos grãos serviam de base à alimentação, especialmente o trigo, eram a principal fonte do sustento humano. O método de conservação era mediante os recursos naturais: os silos (fossos cavados na terra para depósito e manutenção dos cereais e das forragens verdes) e os celeiros (que permitiam a preservação dos alimentos por um longo período de tempo). A Bíblia narra que José abriu todos os celeiros: “Havendo, pois, fome sobre toda a terra, abriu José tudo em que havia mantimento, e vendeu aos egípcios; porque a fome prevaleceu na terra do Egito” (Gn 41.56). Todavia, não diz nada que houve milagre neste processo de armazenamento, embora o próprio Faraó tivesse reconhecido que em José havia o “espírito de Deus” e que não existia ninguém tão sábio e ajuizado quanto ele: “E disse Faraó a seus servos: Acharíamos um homem como este em quem haja o espírito de Deus? Depois disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão entendido e sábio como tu” (Gn 41.38,39).
O que podemos saber a respeito da epístola escrita à igreja de Laodicéia (Ap 3.14-22)?
Diferentemente das cidades vizinhas de Hierápolis, que possuíam fontes térmicas medicinais (quentes) e Colossos, que se abastecia de água fria da montanha, Laodicéia, apesar de ser uma cidade próspera e rica, recebia seu suprimento de água de uma fonte distante que chegava à cidade por meio de tubos. Em conseqüência disso, a água era morna e pouco potável. Cristo utiliza essa situação e, por analogia, orienta a igreja a abandonar a sua mornidão espiritual. Após um terremoto na região, enquanto outras cidades estavam aceitando a ajuda imperial, o povo de Laodicéia a rejeitou, porque, segundo seus moradores acreditavam, eram ricos e não tinham necessidade de nada: “Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu”(Ap 3.17).
Essa cidade também era muito conhecida pela sua fabricação de lã macia e preta, por seus vestidos caros feitos desse material, por sua escola de medicina e por um “pó frígio”, do qual se fazia um colírio bem conhecido. Daí a importância do versículo 18: “Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas”.
Como podemos ver, há um padrão nas mensagens enviadas a cada uma das igrejas: uma mensagem de louvor; uma mensagem de repreensão; um título simbólico de Cristo, adaptado às necessidades da igreja; uma promessa àqueles que vencem; e uma referência histórica que esclarece um pouco a mensagem. Laodicéia é a única que não recebe elogios, porque era uma igreja “nem quente, nem fria”, chamada de “infiel testemunha”, e para quem Cristo se apresenta como o Amém, a Testemunha fiel e verdadeira.
É verdade que o apóstolo Paulo escreveu três cartas aos coríntios? Qual delas se perdeu? Temos algum versículo bíblico que nos esclareça sobre seu tema ou conteúdo (1Co 5.9-11)?
Paulo visitou pela primeira vez a cidade de Corinto quando de sua segunda viagem missionária: “E depois disto partiu Paulo de Atenas, e chegou a Corinto” (At 18:1). Quando já estava em Éfeso, ouviu falar das desordens cometidas naquela igreja. Supõe-se que, nessa época, tenha feito uma visita apressada à cidade: “Eis aqui estou pronto para pela terceira vez ir ter convosco, e não vos serei pesado, pois que não busco o que é vosso, mas sim a vós: porque não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais para os filhos” (2Co 12.14). Portanto, a última visita foi feita depois de escrever a segunda carta aos coríntios. A primeira carta, por sua vez, foi escrita quando o apóstolo estava em Éfeso, durante sua terceira viagem missionária, em 55 d.C., aproximadamente.
Podemos supor que houve uma carta anterior que não chegou até nós. Seu conteúdo instruía os crentes daquela cidade a se separarem dos irmãos que praticavam atos imorais: “Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem” (1Co 5.9); fazia um pedido de oferta para os cristãos da Judéia que estavam padecendo necessidades, talvez em virtude das perseguições: “Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia” (1Co 16.1-4); além de tratar de outros assuntos relacionados a problemas na congregação.
Posteriormente, uma família de Corinto visitou Paulo, para informá-lo sobre algumas divisões que estavam surgindo na igreja daquela cidade. Provavelmente, também lhe trouxeram uma carta da igreja fazendo certas perguntas relativas à conduta cristã: “Ora, quanto às coisas que me escrevestes, bom seria que o homem não tocasse em mulher” (1Co 7.1). Para corrigir as desordens e responder às perguntas foi que Paulo escreveu aquela que conhecemos como sua primeira epístola aos coríntios.
Há um “capítulo de ouro” no livro do profeta Jeremias? Qual é e por quê?
Jeremias profetizou mensagens de condenação ao povo de Israel, que tinha abandonado a fé. Cobre um período que vai desde o décimo terceiro ano do reinado de Josias até a primeira parte do cativeiro da Babilônia e é um último esforço para salvar Jerusalém do cativeiro babilônico, que acabou acontecendo em, aproximadamente, 600 a.C.
Não há uma ordem cronológica em seus relatos. Algumas mensagens de tempos posteriores aparecem perto do início do livro, enquanto outras, consideradas as primeiras, aparecem no final. Todavia, podemos dizer que seus capítulos estão assim distribuídos:
Cap. 1 – Trata da chamada e da comissão de Jeremias.
Caps. 2-25 – Uma mensagem geral de repreensão à Judá.
Caps. 26-39 – Mensagens detalhadas de exortação, juízo e restauração.
Caps. 40-45 – Mensagens para depois do cativeiro.
Caps. 46-51 – Profecias referentes às nações.
Cap. 52 – Traz um retrospecto do cativeiro de Judá.
O capítulo mais conhecido do livro de Jeremias, o de ouro, e também o mais citado em pregações, é o 18, uma mensagem da casa do oleiro: “A palavra do Senhor, que veio a Jeremias, dizendo: Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras. E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas. Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer. Então veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel” (Jr 18.1-6).
O elemento descritivo desse capítulo nos mostra que o poder de Deus em tratar as nações segundo a sua soberana vontade pode ser simbolizado pela formação dos vasos pelo oleiro. Da mesma forma como o oleiro fazia com o vaso, Deus podia moldar Israel. Se continuassem em sua rebeldia, o Senhor poderia destruí-los como a um vaso; se, porém, demonstrasse arrependimento, Deus poderia tornar a construí-los. Como Israel persistiu em sua apostasia, Deus o rejeitou. Isso está simbolizado pela quebra do vaso...
O reino de Babilônia era dividido em províncias. Daniel foi nomeado governador sobre todas as províncias e permaneceu na capital do império. Atendendo a um pedido seu, o rei concordou que seus companheiros assumissem cargos políticos importantes no reino e, por isso, separaram-se: “E pediu Daniel ao rei, e constituiu ele sobre os negócios da província de Babilônia a Sadraque, Mesaque e Abednego; mas Daniel permaneceu na porta do rei” (Dn 2.49). A imagem do rei Nabucodonosor foi levantada no campo de Dura, distante cerca de dez quilômetros da Babilônia. Tudo indica que Daniel não estava presente ou foi dispensado de ter de demonstrar sua lealdade ao rei devido à sua elevada posição.
Como José, filho de Jacó, conseguiu guardar alimentos durante sete anos e onde? Teria utilizado um método milagroso para conservá-los (Gn 41.1-37)?
Naquela época, os cereais, plantas cujos grãos serviam de base à alimentação, especialmente o trigo, eram a principal fonte do sustento humano. O método de conservação era mediante os recursos naturais: os silos (fossos cavados na terra para depósito e manutenção dos cereais e das forragens verdes) e os celeiros (que permitiam a preservação dos alimentos por um longo período de tempo). A Bíblia narra que José abriu todos os celeiros: “Havendo, pois, fome sobre toda a terra, abriu José tudo em que havia mantimento, e vendeu aos egípcios; porque a fome prevaleceu na terra do Egito” (Gn 41.56). Todavia, não diz nada que houve milagre neste processo de armazenamento, embora o próprio Faraó tivesse reconhecido que em José havia o “espírito de Deus” e que não existia ninguém tão sábio e ajuizado quanto ele: “E disse Faraó a seus servos: Acharíamos um homem como este em quem haja o espírito de Deus? Depois disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão entendido e sábio como tu” (Gn 41.38,39).
O que podemos saber a respeito da epístola escrita à igreja de Laodicéia (Ap 3.14-22)?
Diferentemente das cidades vizinhas de Hierápolis, que possuíam fontes térmicas medicinais (quentes) e Colossos, que se abastecia de água fria da montanha, Laodicéia, apesar de ser uma cidade próspera e rica, recebia seu suprimento de água de uma fonte distante que chegava à cidade por meio de tubos. Em conseqüência disso, a água era morna e pouco potável. Cristo utiliza essa situação e, por analogia, orienta a igreja a abandonar a sua mornidão espiritual. Após um terremoto na região, enquanto outras cidades estavam aceitando a ajuda imperial, o povo de Laodicéia a rejeitou, porque, segundo seus moradores acreditavam, eram ricos e não tinham necessidade de nada: “Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu”(Ap 3.17).
Essa cidade também era muito conhecida pela sua fabricação de lã macia e preta, por seus vestidos caros feitos desse material, por sua escola de medicina e por um “pó frígio”, do qual se fazia um colírio bem conhecido. Daí a importância do versículo 18: “Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas”.
Como podemos ver, há um padrão nas mensagens enviadas a cada uma das igrejas: uma mensagem de louvor; uma mensagem de repreensão; um título simbólico de Cristo, adaptado às necessidades da igreja; uma promessa àqueles que vencem; e uma referência histórica que esclarece um pouco a mensagem. Laodicéia é a única que não recebe elogios, porque era uma igreja “nem quente, nem fria”, chamada de “infiel testemunha”, e para quem Cristo se apresenta como o Amém, a Testemunha fiel e verdadeira.
É verdade que o apóstolo Paulo escreveu três cartas aos coríntios? Qual delas se perdeu? Temos algum versículo bíblico que nos esclareça sobre seu tema ou conteúdo (1Co 5.9-11)?
Paulo visitou pela primeira vez a cidade de Corinto quando de sua segunda viagem missionária: “E depois disto partiu Paulo de Atenas, e chegou a Corinto” (At 18:1). Quando já estava em Éfeso, ouviu falar das desordens cometidas naquela igreja. Supõe-se que, nessa época, tenha feito uma visita apressada à cidade: “Eis aqui estou pronto para pela terceira vez ir ter convosco, e não vos serei pesado, pois que não busco o que é vosso, mas sim a vós: porque não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais para os filhos” (2Co 12.14). Portanto, a última visita foi feita depois de escrever a segunda carta aos coríntios. A primeira carta, por sua vez, foi escrita quando o apóstolo estava em Éfeso, durante sua terceira viagem missionária, em 55 d.C., aproximadamente.
Podemos supor que houve uma carta anterior que não chegou até nós. Seu conteúdo instruía os crentes daquela cidade a se separarem dos irmãos que praticavam atos imorais: “Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem” (1Co 5.9); fazia um pedido de oferta para os cristãos da Judéia que estavam padecendo necessidades, talvez em virtude das perseguições: “Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia” (1Co 16.1-4); além de tratar de outros assuntos relacionados a problemas na congregação.
Posteriormente, uma família de Corinto visitou Paulo, para informá-lo sobre algumas divisões que estavam surgindo na igreja daquela cidade. Provavelmente, também lhe trouxeram uma carta da igreja fazendo certas perguntas relativas à conduta cristã: “Ora, quanto às coisas que me escrevestes, bom seria que o homem não tocasse em mulher” (1Co 7.1). Para corrigir as desordens e responder às perguntas foi que Paulo escreveu aquela que conhecemos como sua primeira epístola aos coríntios.
Há um “capítulo de ouro” no livro do profeta Jeremias? Qual é e por quê?
Jeremias profetizou mensagens de condenação ao povo de Israel, que tinha abandonado a fé. Cobre um período que vai desde o décimo terceiro ano do reinado de Josias até a primeira parte do cativeiro da Babilônia e é um último esforço para salvar Jerusalém do cativeiro babilônico, que acabou acontecendo em, aproximadamente, 600 a.C.
Não há uma ordem cronológica em seus relatos. Algumas mensagens de tempos posteriores aparecem perto do início do livro, enquanto outras, consideradas as primeiras, aparecem no final. Todavia, podemos dizer que seus capítulos estão assim distribuídos:
Cap. 1 – Trata da chamada e da comissão de Jeremias.
Caps. 2-25 – Uma mensagem geral de repreensão à Judá.
Caps. 26-39 – Mensagens detalhadas de exortação, juízo e restauração.
Caps. 40-45 – Mensagens para depois do cativeiro.
Caps. 46-51 – Profecias referentes às nações.
Cap. 52 – Traz um retrospecto do cativeiro de Judá.
O capítulo mais conhecido do livro de Jeremias, o de ouro, e também o mais citado em pregações, é o 18, uma mensagem da casa do oleiro: “A palavra do Senhor, que veio a Jeremias, dizendo: Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras. E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas. Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer. Então veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel” (Jr 18.1-6).
O elemento descritivo desse capítulo nos mostra que o poder de Deus em tratar as nações segundo a sua soberana vontade pode ser simbolizado pela formação dos vasos pelo oleiro. Da mesma forma como o oleiro fazia com o vaso, Deus podia moldar Israel. Se continuassem em sua rebeldia, o Senhor poderia destruí-los como a um vaso; se, porém, demonstrasse arrependimento, Deus poderia tornar a construí-los. Como Israel persistiu em sua apostasia, Deus o rejeitou. Isso está simbolizado pela quebra do vaso...
Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da
Religião Dr. Edson Cavalcante
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