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segunda-feira, 7 de julho de 2014

NÃO SE DESESPERE, POIS DEUS ESTÁ NO CONTROLE DA SITUAÇÃO...


                   NÃO SE DESESPERE, POIS DEUS ESTÁ NO CONTROLE DA SITUAÇÃO...
Quando lemos a história de Abraão, deparamos com muitas coisas ruins e coisas boas que ela passou. –
Coisas ruins:
Fome e fuga para o Egito – Gênesis 12:10
Mentira no Egito por causa de Sara -Gênesis 12:13
Briga dos seus servos com os servos de Ló – Gênesis 13:7.
Separação de Ló – Gênesis 13:9.
Guerra com quatro reis -Gênesis 14:12-17.
Coisas boas:
Promessa de uma terra – Gênesis 13:14-15.
É abençoado por Melquisedeque quando oferece os dízimos- Gênesis 14:18-24.
Igualzinho a você–
Para vir aqui, recebeu uma fechada no trânsito e alguém te xingou.
Passou a 75 Km/h no radar e tomou uma multa. Chegou na igreja raivoso e a culpa é da tua mulher que se atrasou.
Chega na porta para estacionar e o diácono diz que você vai ter que estacionar a uns 2 km para frente.
Você sai daqui e bate o carro: todo mundo bate o carro. Quem não bate, corre e é atropelado. Chove na casa do rico e do pobre. Todo mundo está sujeito aos mesmos problemas. É depois destes acontecimentos que as coisas vão mudar. Meu irmão comece a olhar para frente. Aprenda a caminhar na vida. Não fique agarrado no passado. Depois destes acontecimentos, Deus vai falar com você. Depois da noite vem a luz do dia. Olha pra frente. Tem coisa nova pela frente. Aprenda a virar a página.
Depois do desemprego, da crise financeira, do problema no casamento, da reprovação. Tem gente que depois desses acontecimentos fica amargo, se revolta contra Deus, foge da igreja. Faz como Pedro, volta a pescar. É depois desses acontecimentos que as coisas começam a acontecer.
1. No meio destes acontecimentos Deus fala com você. Gênesis 15: 1.
Depois destes acontecimentos Deus vai falar com você!
Depois desses acontecimentos Deus se manifesta. Primeiro ele deixa o caldo engrossar, o coro comer, mas depois ele fala. Depois desses acontecimentos, Deus se manifesta.
Crente passa por problema: bate carro; quem não bate carro é atropelado. Crente fica doente. Crente tem briga na família.
2. Depois destes acontecimentos Deus tem uma palavra específica.
Deus falou com Abraão, não foi com Ló, nem com Sarai. Deus tem uma palavra para sua vida. Essa é uma palavra específica. Deus se revela a quem dá ouvidos a essa palavra.
3. Essa Palavra revela 3 coisas:
Ela revela o cuidado de Deus – “Não temas”.
“Deus cuida de mim, à sombra das tuas asas”, “Deus cuidará de ti” (Kleber Lucas). Você não tem que temer, o teu cuidado é descansar em Deus. Há mais de 365 não temas. Para cada dia, Deus tem uma palavra para você. Lança fora o medo (1 Jo 4:18) – A presença do amor lança fora todo o mundo.
Tem muita gente na igreja atormentada: oh vida, oh azar, oh dia, oh segunda-feira! Oh, meu Deus. Espera com paciência. Será que eu vou conseguir, será que eu vou casar, será que eu vou passar no concurso, no vestibular. Irmão larga a dúvida. Confie. Creia!
Deus cuida de você melhor que cuida das aves, do que o lírio do campo.
A proteção de Deus
Dá para andar nesses dias em que todos os governadores estão prometendo segurança. O crente tem que andar confiando em Isaías 54:17: “nenhuma arma forjada contra você prosperará”.
Deus é seu escudo. Ele cerca você por trás, por diante. Sua vida está nas mãos do Deus vivo. Você não precisa temer o diabo, nem o mundo.
Você é a menina dos olhos de Deus.
Quem tocar em você mexe com Deus e arranja uma grande encrenca com Ele. Deus é o meu Pai. Ai de quem tentar mexer na minha vida, ai de quem tentar por a mão em você. Você é propriedade exclusiva do Senhor. Ninguém pode tocar em você. Deus é o seu escudo.
3. Nós servimos ao Deus de vitória.
Teu galardão será sobremodo grande.
Deus tem uma bênção grande, uma batalha grande, uma vitória grande.
Aqueles que esperam com paciência recebem a bênção do Senhor. Deus galardoa e esse galardão é muito grande.
Meu irmão, nenhum olho viu nem ouvido ouviu o que Deus preparou para você. Você é filho, herdeiro, vitorioso.
Sua herança é inacessível, gloriosa. Veja quão rico você é. Você é muito abençoado: Deus escolheu você...

Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ênfase e Divindades Dr. Edson Cavalcante

domingo, 6 de julho de 2014

FALSO OU VERDADEIRO QUE AMIGO VOCÊ É...


                                 FALSO OU VERDADEIRO QUE AMIGO VOCÊ É...
Em todo o tempo ama o amigo e para a hora da angústia nasce o irmão; Provérbios 17.17
O homem de muitos amigos deve mostrar-se amigável, mas há um amigo mais chegado do que um irmão; Provérbios 18.24
 Todo homem e toda mulher querem ter um amigo; amigo que possa conversar, rir, brincar e até mesmo chorar, falando dos seus problemas.
Mas, infelizmente isso não parece ser tão fácil, pois nos tempos atuais e até antepassados, presenciamos e encontramos aqueles amigos falsos e hipócritas, e quando achamos aquele sincero, muitas das vezes, estes vão embora ou passam rapidamente das nossas vidas.
 Amigo não é aquele que te faz sofrer, nem aquele que machuca sem ao menos te escutar e ajudar, mas aquele que te ouve, ajuda, compreende e se precisar, chora junto contigo. É triste dizer isso, mas temos que estar preparados para termos esses tais amigos enganosos, se é que é certo definirmos como ‘amigos’; todavia, o que o homem não percebe é que temos um ‘Amigo’ que pode resolver qualquer tipo de problema na hora que desejar: ‘Jesus Cristo’. Por que não tê-Lo como o 1° Amigo?
O Senhor pode nos dar dádivas que um amigo terrestre não pode, Ele tem poder para transformar nossas agonias e melancolias em alegrias e dádivas dEle para mim e você; ter Jesus como Amigo é suficiente, mas o ser humano quer, naturalmente, um amigo, aliás, isso é bíblico.
Vejamos que em João 11.11, “Assim falou; e depois disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono”, Jesus chamou Lázaro de amigo, e de certa forma a seguir da leitura dessa passagem, podemos ver claramente que Ele o amava, se Jesus, o Todo-Poderoso, Onipotente e Onisciente, tinha amigo, nós, certamente, também podemos ter.
Mas, devemos escolher nossas amizades, não é em qualquer pessoa que podemos contar nossos segredos, nossos sonhos, nossas esperanças e petições que fazemos com Deus; com sabedoria e cautela, é necessário, primeiramente, ver se aquela pessoa realmente  não quer nosso mal, nossa ruína, aliás, saibamos que erramos, há muitos indivíduos enganados e cegos que estão confiando na pessoa que deseja arduamente no seu coração a sua destruição, por muitos motivos, sendo a inveja a principal e forte.
 Então, perguntemos: como saber que ela ou ele é um verdadeiro amigo? Ora, através do Espírito Santo que revela as coisas escondidas, ademais, a pessoa que serve mesmo a Deus, é difícil ser enganada, pois antes de qualquer atitude, esta vai à busca da confirmação e permissão de Jeová, e mesmo que seja, é por pouco tempo, porquanto logo Deus usa um servo dele, ou em sonhos, a fim de avisá-lo a falsidade que lhe rodeia.
No entanto, é bom ter amigo, faz bem conversar com alguém que é confiável, que lhe oferece ajuda, que não lhe derruba, mas te levanta e anima com palavras de fé, esperança e vida, aliás, ter amigo assim, é um amigo ilustre, difícil de encontrar, a propósito, você é um amigo leal?
Enfim, há algo mais elevado do que apenas ser chamado ‘amigo do homem’, seja, preferivelmente, denominado ‘amigo de Deus’, “E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus; Tiago 2.23”; porquanto o homem pode trair o amigo, machucá-lo, humilhá-lo, matá-lo, fazê-lo sofrer, mas Cristo, Cristo jamais se esquece dos filhos seus: “Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti, Isaías 49.15”. E para ser amigo de Deus é bem mais fácil que ser amigo do homem, apenas, pois, viva no mundo, mas jamais deixe que o mundo viva dentro de você: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus; Tiago 4.4”.Que Deus possa mostrar dentro do seu coração quem é seu verdadeiro amigo e os que apenas estão fingindo, mas, não se esqueça, o Senhor é o Maior de todos...
Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ênfase e Divindades Dr. Edson Cavalcante         


sábado, 5 de julho de 2014

O LADRÃO DE IDENTIDADE...


                                                    O LADRÃO DE IDENTIDADE...
"E subiu Judá, e o Senhor lhe entregou na sua mão os cananeus e os perizeus; e feriram deles, em Bezeque, a dez mil homens. E acharam Adoni-Bezeque em Bezeque, e pelejaram contra ele; e feriram aos cananeus e aos perizeus. Porém Adoni-Bezeque fugiu, mas o seguiram, e prenderam-no e cortaram-lhe os dedos polegares das mãos e dos pés. Então disse Adoni-Bezeque: Setenta reis, com os dedos polegares das mãos e dos pés cortados, apanhavam as migalhas debaixo da minha mesa; assim como eu fiz, assim Deus me pagou. E levaram-no a Jerusalém, e morreu ali." (Juizes 1:4-7)
Nós poderíamos extrair do texto da Palavra de Deus em Juizes 1:4-7 uma grande lição concernente à Justiça de Deus ou amor ao próximo. Nunca deveríamos desejar ou fazer ao próximo aquilo que não queremos para nós mesmos.
O próprio Adoni-Bezeque reconhece no versículo 7: “...assim como eu fiz, assim Deus me pagou...”
Mas, o que na realidade nos chama a atenção, foi a forma como este homem, rei cananeu de Bezeque veio a se tornar um homem sem identidade, pois ele perdeu as suas digitais.
Adoni-Bezeque devia ser conhecido em todo o mundo daquela época. Cada cidade conquistada por ele era saqueada e como prova de seu poderio e crueldade recebia a sua marca registrada: o rei da cidade era humilhado e, provavelmente, diante de todo o povo tinha os seus dedos polegares das mãos e dos pés mutilados. Homem cruel, homem perverso!
Mas um certo dia Adoni-Bezeque conheceu o reverso da moeda. Ele conheceu a justiça de Deus! Da mesma forma que ele fizera, com setenta reis inimigos, Judá lhe fez: cortou seus dedos polegares das mãos e dos pés.
O opressor estava oprimido! O mutilador estava mutilado!
Quero chamar a sua atenção para o fato de que Deus nos dotou de individualidade. Cada um de nós somos um ser único neste mundo; por mais parecidos que dois irmãos gêmeos possam ser, há algo que os diferencia: as suas impressões digitais.
Todos nós quando retiramos o nosso Documento de Identidade (R.G.) deixamos registrados, em nosso prontuário, nossas impressões digitais que serão a nossa identificação civil e criminal.
Vocês se lembram de Jorgina de Freitas, a “famosa” fraudadora do INSS? Morava tranqüilamente na Costa Rica, com uma nova identidade e um novo rosto totalmente “plastificado”, mas, suas impressões digitais a condenaram. Ela era ela mesmo!!!
Quero transportar esta situação real, pela qual Adoni-Bezeque passou, para o âmbito espiritual. Quando aceitamos a Cristo como salvador pessoal, nos tornamos novas criaturas em Cristo (II Co 5:17) “...se alguém está em Cristo, nova criatura é..." Ganhamos uma nova identidade em Cristo, uma identidade espiritual.
Mas, hoje existem muitos filhos de Deus que, tal qual Adoni-Bezeque, perdem suas digitais, sua identidade; deixam que o inimigo corte-lhe os dedos dos pés e das mãos, ou seja, vivem no mundo totalmente alheios à sua incumbência de identificarem-se como sal da terra e luz do mundo (Mt 5:13,14) “...vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar?...vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte...”, como verdadeiros Filhos de Deus (Fp 2:15) “...para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo...”
Muitos não honram sua identidade, sua posição e iniciam um processo de degradação na vida espiritual que pode culminar com a sua completa perda de identidade.
Imaginemos como o inimigo age em nossas vidas, procurando cortar nossos dedos espirituais, ou seja, acabando com nossa identidade espiritual...

Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ênfase e Divindades Dr. Edson Cavalcante

sexta-feira, 4 de julho de 2014

QUE HAJA PAZ ENTRE VOS E NÃO CONTENDAS...


                                 QUE HAJA PAZ ENTRE VOS E NÃO CONTENDAS...
"E os pastores de Gerar porfiaram com os pastores de Isaque, dizendo: Esta água é nossa, por isso chamou o seu nome Eseque, porque contenderam com ele. Então, cavaram um outro poço e também porfiaram sobre ele. Por isso, chamou o seu nome Sitna. E partiu dali e cavou um outro poço; e não porfiaram sobre ele. Por isso, chamou o seu nome Reobote e disse: Porque agora nos alargou o Senhor, e crescemos nesta terra." Gn 26.20-22
Vemos neste texto que a contenda provoca inimizade, e aqueles que permanecem fiéis à Deus e não se envolvem em contendas serão abençoados. Para nossa melhor compreensão, vamos analisar alguns detalhes de Gn 26.20-22:
* SIGNIFICADOS DAS PALAVRAS.
ESEQUE-contenda
SITNA-inimigo, inimizade. Sitna é uma palavra hebraica que deu origem ao nome "Satanás", literalmente; adversário.
REOBOTE-alargamento e prosperidade.
* O QUE OS SIGNIFICADOS DAS PALAVRAS ENSINAM:
1º) A contenda começa onde há interesse pessoal e egoísta. No caso, os pastores de Gerar se interessaram pelo poço cavado pelos pastores de Isaque ( confira o versículo 19: "Cavaram, pois, os servos de Isaque naquele vale e acharam ali um poço de águas vivas." Gn 26.19).
2º) Depois de começada a contenda, vem a inimizade. Os pastores de Isaque não se importaram em perder o poço que eles mesmos cavaram, mas os pastores de Gerar voltaram a contender pelo o outro poço que foi cavado, e daí começou a inimizade entre ambos.
(Gn 26.21).
3º) Isaque e seus pastores saíram do lugar onde havia contenda e inimizade, e como resultado de seu bom procedimento, ele foi abençoado por Deus ( Gn 26.22).
Para compreendermos ainda mais os resultados negativos causados pela contenda, vamos olhar para o que a Bíblia diz sobre o assunto.
* COMO COMEÇA A CONTENDA:
1º) Pessoas orgulhosas e soberbas. "O altivo de ânimo levanta contendas, mas o que confia no Senhor engordará"(Pv 28.25). "Da soberba só provém a contenda, mas com os que se aconselham se acha a sabedoria"(Pv 13.10).
Mas os orgulhosos serão arruinados(" A soberba precede a ruína, e altivez do espírito precede a queda." Pv 16.18).
E Deus resite os soberbos ( " Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes." Tg 4.6).
2º) Pessoas em pecado. "O que ama a contenda ama a trangressão; o que alça a sua porta busca a ruína" ( Pv 17.19). " perversidade há no seu coração; todo o tempo maquina o mal; anda semeando contendas." Pv 6.14).
3º) Pessoas carnais. "...porque ainda sois carnais, pois havendo entre vós inveja, CONTENDAS, e dissensões, não sois, porventura, carnais e não andais segundo os homens?" (1Co 3.3 grifo meu). " Donde vem as guerras e pelejas entre vós? Porventura, não vem disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?"(Tg 4.1).
A Palavra de Deus assegura que os carnais não herdarão o Reino de Deus ( Gl 5.19-21).
* DEUS DETESTA A CONTENDA
" Estas seis coisas aborrece o Senhor, e a sétima a sua alma abomina:...
..., e o que semeia contendas entre irmãos" (Pv 6.16-19).
* A CONTENDA DESTRÓI A UNIDADE DA IGREJA
"Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa e que não haja entre vós dissensões; antes, sejais unidos, em um mesmo sentido e em um mesmo parecer. Porque a respeito de vós, irmãos meus, me foi comunicado pelos da família de Cloe que há contendas entre vós." (1Co 1.10,11)
* PARA MANTERMOS A UNIDADE DA IGREJA, É PRECISO RESISTIR À TENDÊNCIA DE CONTENDER
" Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus." (1Co 11.16) Confira Fp 2.1-3,14,15; 2Tm 2.23,24.
 COMO VENCER A CONTENDA?
1º) Com amor (Pv 10.12; 1Pe 4.8).
2º) Com oração ( Jd 17-21)...

Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ênfase e Divindades Dr. Edson Cavalcante

quinta-feira, 3 de julho de 2014

ESTUDO POR QUE DEUS PEDIU QUE ABRAÃO SACRIFICASSE O SEU FILHO ISAQUE...


ESTUDO POR QUE DEUS PEDIU QUE ABRAÃO SACRIFICASSE O SEU FILHO ISAQUE...
Eu creio que cada um de nós já foi provado por Deus nas mais diferentes situações. Mas, nunca fomos provados da maneira que o fora Abraão. Porque Deus nunca pediu para nenhum de nós sacrificar um dos nossos filhos. Esta foi a maior prova na vida de Abraão. Deus pediu seu único filho.
Abraão era um homem de muita fé em Deus! Era um homem que tinha uma vida íntima com Deus, ao ponto de ser chamado amigo de Deus (Isaías 41:8). Na maioria dos relatos acerca da vida de Abraão, é destacado por Moisés a fé e a obediência de Abraão para com Deus.
Apesar de toda fé e obediência de Abraão, ele não é a personagem mais importante neste relato. A personagem mais importante neste relato é o Grande e Poderoso Deus de Moisés, de Abraão e de Isaque. O Deus de cada um de nós. Ele é o Deus que providencia vida quando homens como nós estamos em uma situação de morte. Pois, Ele é…
1. Deus proveu fé para Abraão.
Chegou a hora de Abraão mostrar que tinha realmente fé em Deus. Que confiava de todo o seu coração na promessa do bom Deus feita a ele. Esta foi a hora da confirmação da fé de Abraão.
Aconteceu que certa vez Deus chegou para o velho Abraão e disse-lhe: “Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui! Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei”.
Este é um pedido duro! Muito difícil para qualquer pai ou mãe obedecer. Matar o seu único filho? Isto vai além de nossa compreensão! Vai além de nossas forças! Mas Abraão obedeceu! Ele não duvidou de Deus. Abraão mostrou mesmo sua fé em Deus. Abraão confiou e creu mesmo na promessa de Deus feita a ele.
“Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado”. É muito provável que ainda não tivesse saído o primeiro raio de sol, e Abraão já estava pronto para cumprir a ordem do senhor Deus. Abraão tinha muita fé no Deus provedor. Em gálatas 3:6, 7 – Paulo escreve o seguinte: “É o caso de Abraão que creu em Deus e isso lhe foi imputado para a justiça. Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão”.
Abraão creu que Deus era sim capaz de trazer o seu filho à vida novamente. No versículo 5 lemos: “Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós”. Este “voltaremos” que está no versículo 5, em conjunto com o que nos é dito em Hebreus 11:17-19 mostram, claramente, que Abraão, quando posto à prova, não duvidou que Deus podia fazer um milagre, restaurando seu filho à vida. Sabei, pois, que os da fé são aqueles que, como Abraão, creem, confiam e nada consideram mais importante do que o Grande Deus. Esses sim são verdadeiramente lavados pelo sangue de Cristo que foi derramado na cruz do calvário.
Neste episódio, já ficou bem claro que Abraão tinha muita fé em Deus. Mas, de onde vem tanta fé para Abraão? Ele já havia preparado tudo para matar seu único filho. Fez tudo com muita fé e confiança em Deus.
Quando Abraão ergueu a sua mão com o fim de matar Isaque, o SENHOR interveio: “Abraão! Abraão! Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças”. Agora, para Abraão, já não era mais necessário sacrificar o seu filho amado. A sua fé já havia sido confirmada. Foi Deus mesmo quem falou: “Pois agora sei que temes a Deus”. Esta fé tão grandiosa que Abraão tinha foi dada pelo próprio Deus. Deus providenciou esta fé tão magnífica ao seu servo Abraão. Deus não tinha interesse na morte de Isaque. Até porque o próprio Deus diz que não se agrada de sacrifício humano (Deuteronômio 12:31). Deus queria mesmo era confirmar a fé de Abraão.
Deus tem, também, confirmado a nossa fé quando nos põe à prova. Mas, Deus mesmo, dá-nos a fé que necessitamos para passarmos por tais provas. A fé vem de Deus. A fé é um dom de Deus. Em Romanos 12:3 o apóstolo Paulo escreveu: “Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo, além do que convém, antes, pense com moderação segundo a medida da fé que Deus.
Repartiu à cada um”.
Deus deu duas alegrias a Abraão. Primeira, Deus deu a alegria de Abraão voltar para casa com o seu filho amado, sem nem sequer o ter sacrificado. Segunda, Deus mostrou para Abraão o tamanho da fé que o próprio Deus colocou no coração dele. E, este mesmo Deus, é quem tem provido fé para cada um de nós, fé de graça.
2. Deus proveu um sacrifico para Isaque viver!
Este sacrifício, o cordeiro aqui no texto, que fora provido por Deus, garante que Isaque, o filho da promessa, continue a viver. Não é que Deus não pudesse restituir
Isaque à vida. Não, todos nós sabemos que Ele podia. Mas, para confirmar o que prometera a Abraão em Gênesis 17:19, onde lemos: “Deus lhe respondeu: De fato Sara, tua mulher, te dará um filho e lhe chamarás Isaque: Estabelecerei com ele a minha aliança, aliança perpétua para a sua descendência”, e em Gênesis 21:12: “Disse, porém, Deus a Abraão: Não te pareça isso mal por causa do moço e por causa da tua serva; atende a Sara em tudo que ela te disser: porque por Isaque será chamada a tua descendência”, para que de fato esta promessa se realizasse, era necessário que Isaque vivesse.
De fato, Deus podia mesmo trazer Isaque de volta à vida. Mas Deus, nem se quer deixou que Isaque morresse, arranjou logo um substituto. Isaque, aqui neste relato, era um rapaz que teria entre dezesseis e vinte anos. E nesta idade, levando-se em consideração a velhice de Abraão, ele podia opor-se a seu sacrifício. Contudo, ele não desobedeceu ao seu pai. Desta forma, Isaque aponta para o SENHOR Jesus Cristo. Ele aponta para a obediência de Jesus Cristo, que foi até à morte. Isaque também foi obediente até à morte. Se Deus não interviesse, Abraão teria sim matado a Isaque. Mais uma vez, podemos perceber o quanto Deus é maravilhoso. Ele arranjou um substituto para Isaque, um cordeiro. Desta maneira Deus devolveu Isaque para o seu pai.
3. Deus proveu um sacrifício para nós vivermos.
Deus proveu fé para Abraão. Deus proveu um sacrifício para que Isaque vivesse. Mas, Deus foi muito além de Isaque e Abraão. Em primeiro lugar, esse sacrifício aqui foi usado para Isaque e para confirmar a fé de Abraão. Mas Deus providenciou, também, um sacrifício para redimir todo o pecador que nele crer. Isto é muito mais amplo. Isto sim, é ir muito além do que simplesmente Abraão e Isaque. É trazer salvação a uma multidão que ninguém enumera. São muitos, como as estrelas do céu e como a areia na praia. Este sacrifício aqui aponta para o grande sacrifício, para o sacrifício muito mais perfeito e superior. O qual não liberta o homem apenas desta morte, mas liberta o homem da morte eterna. Que liberta o homem do inferno e dá escravidão e da miséria do pecado.
O versículo 8 mostra-nos que Deus mesmo é o provedor dos dois sacrifícios: “Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto”. Ele proveu um sacrifício para aquela ocasião de Abraão e Isaque. Ele proveu um sacrifício para todas as ocasiões em que um pecador arrependido volta-se para Ele em busca de salvação.
Deus não poupou o seu único Filho amado, o sacrifício superior e perfeito. O senhor Jesus Cristo foi entregue para pagar completamente os nossos pecados. Os meus pecados, os de vocês, os de Abraão, os de Isaque, e os de quantos mais o senhor nosso Deus chamar. Demos, pois, graças a Deus, porque somos salvos por este tão perfeito sacrifício. Não desistamos, ficando pelo caminho. Mas, corramos a carreira da fé. Corramos com perseverança para a vida eterna...

Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ênfase e Divindades Dr. Edson Cavalcante

quarta-feira, 2 de julho de 2014

ESTOU NOS BRAÇOS DE MEU CRISTO...


                                         ESTOU NOS BRAÇOS DE MEU CRISTO...
"Volta, minha alma, para o teu repouso, pois o SENHOR te fez bem". Salmo 116
Nesta vida, quando nos vemos colhidos pelo passamento de um ente querido, somos atingidos pela dor de uma separação que, segundo nossa visão natural, julgamos que será separação definitiva e eterna. A ausência da pessoa, especialmente nos primeiros dias, é a constatação da fria realidade da morte.
A afeição que sentimos pela pessoa que se foi é que faz aumentar esse sentimento de perda. E quanto maior a afeição, maior a dor. Quanto maior o amor, maior o desconsolo.
Quem é que pode avaliar a intensidade de um sentimento senão a pessoa que o sente? Só a pessoa e o Senhor. Por isso, nas horas de separação por causa da morte, só o Senhor pode nos consolar e revigorar nossas forças, restabelecendo-nos para, confortados, continuar a vida com esperança e resistência para novas lutas.
Diz um hino cristão sobre o cuidado Divino: "Com Seu amor tão puro e bom, Ele está sempre ao meu redor". Ele nos contempla, vê nossos sentimentos e tem compaixão de nós, para nos confortar e vivificar.
Foi o Senhor quem nos deu a vida. Ele vela por nós neste mundo; Ele previu todos os nossos dias, de antemão sabia por todas as dificuldades e lutas que teríamos de passar. Por isso, só Ele pode nos dar auxílio, consolo, coragem e renovação de esperança, contanto que confiemos que Ele sabe o que faz e que, em Sua Divina Providência, sabe o que é bom para cada um de nós.
Para obter esse auxílio e força do Senhor Jesus Cristo, temos de recorrer às Escrituras Santas, com um coração humilde pedir que Ele nos reanime e nos oriente. E lá, nos Evangelhos, nós O encontramos. Vemos Sua face bondosa, vemos Suas mãos a trabalhar para o benefício de todos aqueles que nEle crêem. Ouvimos Suas palavras, palavras de vida.

Na Palavra Divina podemos encontrar o descanso, o consolo, o alívio com a lembrança de Sua benignidade para conosco, como lemos no Salmo (116:7): "Volta, minha alma, para o teu repouso, pois o SENHOR te fez bem".
Nos Escritos da Nova Igreja ensinamentos que nos esclarecem a respeito da vida eterna e nos dão razões sólidas para confiar, nos esperança e certeza de que o Senhor é Quem governa nosso destino e que Ele provê o melhor bem que pudermos alcançar na vida futura. Os Escritos da Nova Igreja, que são o sentido espiritual das Escrituras Santas, nos explicam sobre como é a entrada de cada um no plano espiritual, como cada um de nós é recebido quando lá chega e como é preparado para a existência na vida eterna, no melhor estado possível que a pessoa puder alcançar. São ensinamentos tão coerentes, tão verdadeiros e tão bons, que a luz e o consolo que deles recebemos preenchem e supera todas as nossas duvidas, nossos anseios e nossos sofrimentos.
Que pode haver de mais consolador para nós do que saber que a morte, de fato, não existe? Os espíritos e anjos não pensam na morte e nem sabem o que a morte do corpo é, porque "a vida humana é apenas uma progressão do mundo para o céu, e a última (fase dessa progressão) que é (chamada) morte, é a própria passagem". A morte é, então, apenas uma passagem, uma porta de entrada em outro estado de vida.
No sentido espiritual da Palavra, o Senhor nos ensina que, logo após esse passamento que nós aqui chamamos morte, a pessoa desperta na vida eterna como se despertasse de um sono. Na maioria das vezes, a pessoa desperta no terceiro dia depois de deixar o corpo físico, como se despertasse de um profundo sono. Em geral, a pessoa está num leito e sente ter a face coberta com uma espécie de gaze ou um tecido fino, que então é tirado, numa representação do véu que separa a vida natural da nova vida em que ela entra, espiritual. Os pensamentos que a pessoa tem nessa hora são todos pensamentos bons; ela não se lembra de nenhuma coisa desagradável ou má; não se lembra de nenhum sofrimento que tenha tido nem de sua ultima agonia.
O Senhor é quem faz que a pessoa pense assim, e para isso o Senhor mantém afastado qualquer espírito que poderia lançar pensamentos negativos ou perturbadores na mente da pessoa que desperta pela primeira vez na vida eterna.
Quando desperta, a pessoa sente a presença de anjos à sua volta, como amigos e irmãos. Ela ainda não vê, mas sente a proximidade dessas duas ou mais pessoas, para lhe darem o uso da luz espiritual em que agora ela se encontra. Esses amigos são anjos dos céus mais altos, o terceiro céu. São anjos que, quando viveram neste mundo, eram pessoas que amavam ao Senhor acima de todas as coisas, e agora habitam o terceiro céu. Vivem num estado mais santo e mais puro do que os outros anjos, mas eles mesmos nunca se julgam santos nem puros por si mesmos, porque a pureza e a santidade são atributos do Senhor, só. O maior prazer que eles têm é servir ao Senhor, e, esses que trabalham recebendo as pessoas recém-chegadas, servem ao Senhor através dos auxílios que prestam as pessoas nos primeiros dias, explicando-lhes tudo o que elas queiram saber sobre a nova vida.
Muitas vezes, a pessoa que desperta fica um pouco incomodada com a presença de pessoas tão gentis, tão "santas", por assim dizer, e não fica à vontade. É porque a afeição do ressuscitado não era a mesma que a daqueles anjos, e por isso ela os sente como estranhos; bons amigos, mas estranhos com os quais ela não tem intimidade. Quando esses anjos percebem que a pessoa não está à vontade na presença deles, eles se retiram. Em seu lugar, vêm outros anjos, agora do céu médio ou segundo céu. Esses anjos são espirituais, e eram pessoas que, quando viviam aqui, amavam o próximo como a si mesmas. Esses anjos, também, querem servir ao recém-chegado de todas as maneiras, pois o amam como a si mesmos, ou, antes, mais do que a si mesmos.
Ás vezes, a pessoa ainda não se sente à vontade com a presença desses anjos ao redor de seu leito; não se sente íntima deles, pois as afeiçoes ainda não são semelhantes. Nesse caso, também esses anjos se retiram e, em seu lugar, vêm anjos naturais, do primeiro céu. Se ainda nem esses forem adequados, vêm então os bons espíritos. Os bons espíritos são pessoas que deixaram a vida do corpo há menos tempo e estão ainda em fase de preparação para entrar na vida do céu. Essa substituição de recepcionistas se repete tantas vezes quantas forem necessárias, até que a pessoa se sinta plenamente á vontade, sendo recebida por aqueles bons espíritos ou anjos que lhe são semelhantes.
Esses anjos ou espíritos informam a pessoa que ela agora esta na vida eterna, que deixou o corpo material imperfeito e corruptível, marcado pelo sofrimento, e tem, agora, um corpo espiritual perfeito e incorruptível. Eles removem da face da pessoa aquela espécie de véu, simbolizando sua entrada na vida eterna, e, depois, fazem como que se abrissem as suas pálpebras, simbolizando que ela agora terá os olhos espirituais abertos para ver a vida verdadeiramente real, que dura para sempre. A pessoa se vê, então, absolutamente como ela era quando vivia aqui, no mesmo corpo, com a diferença que agora é um corpo íntegro e perfeito. O homem se vê com sua forma masculina e a mulher se vê com sua forma feminina. E, a princípio, o velho se vê velho e o moço se vê moço. Em suma, não há nenhuma diferença da vida e do corpo naturais. Ela pode se tocar, constatar que é ela mesma; pode experimentar seus sentidos e verificar, com surpresa, que sua visão agora é muito mais apurada, sua audição é muito mais perfeita. Pode reconhecer seus amigos e entes queridos que o precedesse, abraçá-los e beijá-los, pois são substâncias reais. Pode sentir um chão firme debaixo de seus pés, pode olhar o céu, pode contemplar a paisagem, admirar as casas, tudo enfim, pois nenhuma diferença há exceto que tudo é mais perfeito. É como se ela tivesse dormido e sido transportada, durante o sono, para outra cidade, onde despertasse.
Nesse momento, muitas pessoas que, quando viviam aqui, não acreditavam, na existência do espírito e da vida eterna, ficam envergonhadas de sua incredulidade e sua estupidez em pensar que Deus poderia ter criado o homem para viver aqui apenas uns breves anos e depois se acabar, junto com a carne e os ossos materiais, no túmulo. Ela se envergonha de ter pensado assim, e agradece a Deus por a verdade ser inteiramente outra.
A pessoa terá muitas perguntas a fazer aos seus amigos e orientadores que o receberam; há de querer saber onde estão seus familiares e conhecidos que tinham partido antes, encontrá-los, falar com eles. E isso sempre lhe será concedido, contanto que haja realmente boa afeição em relação a eles. Depois, quererá conhecer os lugares, os caminhos, a situação do mundo dos espíritos. Saberá que ali é um estado intermediário, preparativo para a vida definitiva na eternidade.
Em resumo, nesses primeiros "dias", a pessoa estará bem acompanhada. Pela presença dos anjos, ela sente a ternura do Senhor Jesus, que está com todas as criaturas e a ninguém abandona. Ela estará alegre todo o tempo e surpresa com as coisas admiráveis da vida eterna. Seu contentamento em rever os amigos e parentes queridos e em conhecer, pela primeira vez, estará alegre todo o tempo e surpresa com as coisas admiráveis da vida eterna. Seu contentamento em rever os amigos e parentes queridos e em conhecer, pela primeira vez, a realidade da vida espiritual, é, mal comparado, ao contentamento de uma criança levada pelas mãos dos pais a um passeio agradável, talvez um grande parque de diversões, onde ela encontra outras crianças amigas e parentes que há muito tempo não via.
E assim é o primeiro estado da pessoa, após deixar este mundo e entrar na vida eterna, no reino de Deus. Mais tarde, ela passará por outros estados, de preparação. Mas agora é somente a alegria do reencontro, de ver que há uma continuação e uma eternidade na vida humana, de constatar a bondade de Deus, que tanto bem provê para o homem que Ele criou.
Sendo esta a verdade sobre o que nós chamamos morte, que motivo temos nós, que cremos em Deus, cremos em Seu Amor e acreditamos na vida eterna, que motivo temos para nos desesperarmos com a morte de um ente querido? Decerto, há a saudade, o sentimento de falta, a ausência da companhia. Mas, quando pensamos que a pessoa agora está num estado tão feliz de existência, e mais, quando pensamos que em breve todos nós iremos para lá, onde havemos de nos reencontrar com a mesma alegria, então, esse sentimento triste e de saudade recebe por dentro um calor e uma suavidade que consolam. É como um ferimento que dói, mas, ao ser lavado com um bálsamo e coberto com o algodão macio da gaze, continua doendo, decerto, mas então com uma dor suavizada, morna, que tende a se abrandar e traz melhora a esperança da cura.
É mesmo assim que as verdades da Palavra fazem com nossos sentimentos nas horas difíceis. A nossa crença nessas verdades não nos livra da dor e nem nos impede de sofrer, mas traz o consolo da confiança no Senhor, a esperança de que Ele está zelando por nós, para nos preparar uma sorte feliz na vida futura. No momento da morte de entes queridos, podemos ser tomados por muitos sentimentos tristes e incertezas. Queremos compreender por que certas coisas foram permitidas, por que a morte dessa pessoa nesse momento e não em outro, futuro. Mas temos de nos lembrar de que os caminhos do Senhor não são nossos caminhos. Ele visa ao bem eterno em todas as circunstâncias da vida terrena. E por isso a razão das coisas, quase sempre, está muito acima de nossa compreensão natural. Mas Ele quer nos consolar e, se aceitarmos Seu consolo, Ele promete que um dia podermos entender muitas coisas que Ele hoje permitiu acontecer. "No fim dos dias entendereis isto". (Jeremias 30:24:19). Amém...

Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ênfase e Divindades Dr. Edson Cavalcante

terça-feira, 1 de julho de 2014

DISSE DEUS A CAIM O PECADO JAZ EM SUA PORTA...


                                DISSE DEUS CAIM O PECADO JAZ EM TUA PORTA...
Gênesis 4.1-16
1  Coabitou o homem com Eva, sua mulher. Esta concebeu e deu à luz a Caim; então, disse: Adquiri um varão com o auxílio do SENHOR.
2  Depois, deu à luz a Abel, seu irmão. Abel foi pastor de ovelhas, e Caim, lavrador.
3  Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao SENHOR.
4  Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o SENHOR de Abel e de sua oferta;
5  ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou. Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante.
6  Então, lhe disse o SENHOR: Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante?
7 Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.
8  Disse Caim a Abel, seu irmão: Vamos ao campo. Estando eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou.
9  Disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? Ele respondeu: Não sei; acaso, sou eu tutor de meu irmão?
10 E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue de teu irmão clama da terra a mim.
11 São agora, pois, maldito por sobre a terra, cuja boca se abriu para receber de tuas mãos o sangue de teu irmão.
12 Quando lavrares o solo, não te dará ele a sua força; serás fugitivo e errante pela terra.
13 Então, disse Caim ao SENHOR: É tamanho o meu castigo, que já não posso suportá-lo.
14 Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua presença hei de esconder-me; serei fugitivo e errante pela terra; quem comigo se encontrar me matará.
15  O SENHOR, porém, lhe disse: Assim, qualquer que matar a Caim será vingado sete vezes. E pôs o SENHOR um sinal em Caim para que o não ferisse de morte quem quer que o encontre.
16 Retirou-se Caim da presença do SENHOR e habitou na terra de Node, ao oriente do Éden.
A crise (versículos 1-7)
Nascem e crescem os dois primeiros filhos de Adão e Eva.
Os irmãos têm aptidões e gostos diferentes, e cada um toma uma profissão.
Ambos trouxeram ofertas do que tinham. Deus agrada-se de uma, mas não da outra.
Observe aqui Deus no pleno exercício da Sua soberania. Ele tem direito de gostar do que quiser e rejeitar o que quiser.
E não precisa explicar nada para ninguém. E se explica, é porque quer.
Mas, no caso, Ele deu uma pista do motivo pelo qual se agradou da oferta de Abel? Sim.
Hebreus 11.4 – “Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala”.
Abel deu pela fé, para agradar a Deus; fez de coração, com prazer.
E Caim, por que Deus não se agradou da oferta dele?
Implicitamente, não deu por fé. Talvez apenas para se desincumbir da tarefa, ou para simples desencargo de consciência, ou para ter direitos diante de Deus.
E Caim ficou irado e descaiu-lhe o semblante. Aspecto de raiva, cara fechada.
Ele não se conformou com o fato. Deus tinha de ter aceito a sua oferta.
Veja os três primeiros pecados de Caim, no episódio:
1o. Pecado: Não reconheceu que Deus é soberano e tem direito de se agradar do que quiser.
2o. Pecado: Não entendeu o princípio básico de que Deus vê e se interessa pelo coração do homem, não pelo exterior.
3o. Pecado: Orgulho. Não admitiu ver a sua oferta rejeitada.
Deus se dirige ternamente a Caim.
Se procederes bem, não é certo que serás aceito?
Observe que Deus não está mais falando da oferta de Caim, mas do próprio Caim!
E a sua aceitação por Deus, iria depender dele próprio, Caim.
Muitas vezes esquecemos esse princípio tão elementar: antes de estar interessado no nosso dízimo, no nosso falar, no nosso vestir, Deus está interessado na nossa pessoa, no nosso coração, no estado da nossa fé.
se… procederes mal, eis que o pecado jaz à porta.
Deus retrata o pecado como um animal atocaiado, pronto para atacar,
Seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.
Frase extremamente valiosa para a questão da tentação: o pecado quer prejudicar o homem, mas cabe ao homem a total responsabilidade de resistir.
Até aqui Caim tinha dois caminhos a escolher:
1. Proceder bem (arrependendo-se, humilhando-se, enfim, restaurando a sua situação diante de Deus).
2. Proceder mal (permitindo que o pecado o atacasse e dominasse).
O crime (versículo 8)
Vemos o primeiro assassinato da história da humanidade, logo no terceiro homem!
Um crime estúpido, bárbaro, traiçoeiro. Abel não tinha feito nada com Caim!
Pergunta chave: Por que Caim o matou?
Vejamos a resposta em 1João 3.11-12 – “Porque a mensagem que ouvistes desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros; não segundo Caim, que era do Maligno e assassinou a seu irmão; e por que o assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas”.
Seus propósitos eram maus. Não suportou o contraste com Abel.
Sentiu-se agredido pelas boas obras e vida justa do irmão.
 4o. Pecado: Inveja.
Inveja não da comunhão que Abel tinha com Deus. Mas da aprovação que Abel tinha de Deus. Caim não suportava a ideia de ser rejeitado por Deus.
5o. Pecado: O assassinato em si. Deixou a inveja passar do coração para a ação. Este homicídio de um homem justo lembra outro: o do Senhor Jesus Cristo.
Abel é tipo de Jesus. Jesus também foi traído; também era justo (muito mais que Abel!) e Suas obras eram boas. Foi morto por homens de obras más, que não suportaram a luz que Ele tinha. Sentiam-se agredidos por Ele (veja João 3.19-20).
 O diálogo desaforado com Deus (versículos 9-10)
 6o. Pecado: Mentira. Com que descaramento Caim responde mentindo não sei!
7o. Pecado: Irreverência a Deus. A maneira é tão debochada que choca.
 A voz do sangue de teu irmão clama da terra a mim
É como se Abel estivesse gritando do seu túmulo para que Deus visse tudo aquilo.
E Deus, sensível, viu toda aquela injustiça e brutalidade. E na sua justiça, vai agir!
 É confortante saber que Deus está atentíssimo a tudo o que acontece com os Seus filhos. Nem precisamos clamar por justiça, nem pedir fogo do céu. Ele está vendo tudo e, na hora certa, com certeza vai agir.
 O castigo (versículos 11-16)
O castigo foi duplo:
1) Dali em diante suas atividades de agricultor seriam totalmente fracassadas;
2) Seria sempre um fugitivo.
 Caim reclama da dureza do castigo. Deus se compadece e o protege com um sinal (não sabemos detalhes).
 8o. Pecado: Dureza de coração.
Não vemos nem uma pontinha de arrependimento, um vislumbre de confissão, uma sombra de pedido de perdão.
 9o. Pecado: Murmúrio.
Coloca-se como uma pobre vítima e reclama.
 10o. Pecado: Culpa a Deus (implicitamente).
É claro que Caim jogou sobre Deus a culpa de ter sido severo demais, inclusive expondo-o a grandes perigos.
 Encerro com quatro lições:
1) Um pecado raramente vem sozinho.
Quando se fala em Caim e Abel, geralmente lembramo-nos de um único pecado: homicídio.
Mas vejam quantos outros pecados houve no contexto todo.
Quando estiver lutando contra um pecado, não pense apenas Preciso resistir a este pecado, pois ele me será prejudicial. Mas: Este pecado e outros que certamente o seguirão, vão me prejudicar muito.
 2) Sejamos realistas quando avaliarmos a nós mesmos.
Quando lemos essa história, automaticamente nos colocamos ao lado de Abel e totalmente contra Caim.
Em nos identificarmos com Abel, tudo bem: afinal, somos crentes como ele.
Mas infelizmente somos obrigados a nos identificar com Caim também. E muito!
Qual de nós não já cometeu todos os dez pecados que alistamos? Sim, todos, inclusive o homicídio mental, como falou Cristo.
Não fique tão satisfeito com o fato de ser salvo em Cristo, a ponto de esquecer que você ainda é pecador e, como tal, tem de tratar os seus pecados.
 3) Sejamos rigorosos ao identificar os nossos pecados.
Veja como conseguimos alistar nada menos do que dez pecados de Caim.
Procure ser mais rigoroso ao detectar os seus pecados. Não precisa chegar ao extremo de inventar pecado onde não houve.
Mas é muito importante saber encontrá-los lá escondidos num cantinho do seu coração e colocá-los diante de Deus e se arrepender deles.
 4) Devemos estar sempre prontos para alertar os não crentes sobre o pecado.
Podemos dizer para eles as mesmas palavras que o próprio Deus falou a Caim:
“Amigo, o pecado jaz à sua porta, lhe atocaiando”. Em todas as suas diversas e malignas formas. A você cabe dominar. Você será responsabilizado pelo que fez com ele.
Se proceder mal, o pecado continuará lhe dominando e você terminará expulso para sempre da presença de Deus. Se você proceder bem, será aceito.
Tenha fé em Cristo, como Abel teve fé em Deus.
“Deposite sua vida nas mãos de Deus, como Abel depositou a sua oferta...”

Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ênfase e Divindades Dr. Edson Cavalcante