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sexta-feira, 1 de maio de 2020

RELACIONAMENTO COM O ESPÍRITO SANTO


                                    RELACIONAMENTO COM O ESPÍRITO SANTO

O Espírito Santo é vital para o nosso relacionamento com Deus Pai e com Jesus Cristo?
Qual a importância do Espírito Santo em nosso relacionamento com Deus Pai e Jesus Cristo?
“Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Romanos 8:14-17).

Somente aqueles que têm Deus, o Pai, e Jesus, o Filho, habitando neles, através do poder do Espírito Santo, é que são considerados “filhos de Deus”.
Veja que Deus guia Seus filhos, que têm o Seu Espírito. Ele não os coage. O Espírito de Deus capacita apenas àqueles que escolhem servi-Lo. Isso explica por que Paulo escreveu o seguinte: “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências; nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça” (Romanos 6:12-13).
Paulo está dizendo que Deus, através do Seu Espírito, nos ajudará a viver com justiça. Se Lhe dermos atenção, então Ele imprimirá em nós cada vez mais a Sua natureza e caráter divinos. Mas Ele não nos forçará. Devemos confiar nEle para que nos ajude e assim possamos agir com fé. Conforme vamos precisando cada vez mais de fé, então Ele nos suprirá dela (Efésios 2:8; comparar Salmos 1:1-3).
Seria possível ser um verdadeiro cristão sem o Espírito Santo?
“Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça. E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará o vosso corpo mortal, pelo seu Espírito que em vós habita” (Romanos 8:8-11).

Qualquer pessoa que afirma ser um seguidor convertido de Cristo que não tenha verdadeiramente se arrependido e nem o poder de Deus esteja habitando nela, através do Espírito Santo, está muito enganada sobre sua situação aos olhos de Deus. A perspectiva dessa pessoa ainda está sendo amoldada principalmente pelos seus sentimentos, desejos e impulsos carnais porque “a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro … ” (Gálatas 5:17).
Observe que Paulo disse que o Espírito Santo procede tanto do Pai quanto de Jesus. As Escrituras mostram que o poder desse Espírito divino está disponível para nós a partir de qualquer um dEles. Mas ele é representado como sendo o mesmo Espírito—sem nenhuma distinção. Como Paulo explica: “Há … um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação” (Efésios 4:4).
Além de força espiritual, por que precisamos do Espírito Santo?
“Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais” (1 Coríntios 2:12-13).

Jesus disse aos discípulos: “Porque a vós é dado conhecer os mistérios do Reino dos céus, mas a eles [que não são discípulos] não lhes é dado” (Mateus 13:11). Sem o Espírito de Deus, ninguém pode compreender plenamente as Escrituras Sagradas. A ajuda de Deus, através de Seu Espírito, é essencial para atingirmos esse nível de compreensão.
Devemos pedir a Deus para nos guiar, através de Seu Espírito, para entendermos corretamente as Escrituras?
“Pois, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que Lhe pedirem?” (Lucas 11:13).

“Mas aquele Consolador [Ajudador], o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (João 14:26).
“Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade … ” (João 16:13).
Nas escrituras acima fica claro que Deus guia a pessoa através de Seu Espírito.
Será que Deus espera que consigamos crescer e amadurecer?
“O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Efésios 4:14-15, NVI).

“Portanto, amados, sabendo disso, guardem-se para que não sejam levados pelo erro dos que não têm princípios morais, nem percam a sua firmeza e caiam. Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, agora e para sempre! Amém” (2 Pedro 3:17-18, NVI).
” … como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação” (1 Pedro 2:2, ARA).
No momento em recebemos o Espírito de Deus ainda somos apenas crianças espirituais. Mas devemos começar a crescer, aprendendo logo a base do caminho de vida de Deus e desenvolvendo-nos com o leite da Palavra. Se fizermos isso, Deus vai atuar em nós, pelo Espírito Santo, e transformar as nossas vidas.
Será que é necessário fazermos algum esforço?
“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Timóteo 2:15).

“De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor” (Filipenses 2:12).
“Filho meu, se aceitares as minhas palavras e esconderes contigo os meus mandamentos, para fazeres atento à sabedoria o teu ouvido, e para inclinares o teu coração ao entendimento, e, se clamares por entendimento, e por inteligência alçares a tua voz, se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temor do Senhor e acharás o conhecimento de Deus” (Provérbios 2:1-5).
Deus espera que estudemos as Escrituras Sagradas para que possamos entendê-las corretamente. Ele quer que aprendamos a aplicar eficazmente a sua Palavra em nossas vidas diariamente. As Escrituras nos declaram que “o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal” (Hebreus 5:14, ARA).
Em contraste, diz-se daqueles que negligenciam o crescimento espiritual: “Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido. Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança” (versículos 12-13, ARA). À medida que cresce o nosso conhecimento da Palavra de Deus também aumenta consideravelmente nossa habilidade de discernir a melhor aplicação de seus princípios espirituais.
Observe a oração de Paulo pelos filhos convertidos de Deus: “Por causa disso, me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome, para que, segundo as riquezas da Sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo Seu Espírito no homem interior; para que Cristo habite, pela fé, no vosso coração; a fim de, estando arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus” (Efésios 3:14-19).
Paulo orou para que Deus ajudasse os seus filhos a discernir a Sua vontade e compreender o sentido de sua Palavra. Por meio de Seu Espírito, Deus nos ajuda a incorporar esse entendimento em nosso caráter—modelando-o conforme Seu caráter e natureza divina (2 Pedro 1:4). Com a nossa cooperação, Ele escreve em nossos corações e mentes os princípios contidos em Suas leis (Hebreus 8:10).
O maravilhoso processo de desenvolver o caráter é um milagre. Nós nunca conseguiríamos fazer isso por conta própria. Por isso, Paulo escreveu: “Porque pela graça [o dom do amor de Deus] sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2:8-10).
Nenhum esforço de nossa parte, se não for acompanhado do poder do Espírito de Deus, poderia jamais nos moldar da forma como Deus quer que sejamos. Mas com a ação do Seu Espírito, nos tornamos feitura de Deus—fazendo obras conforme à Sua vontade. Compreendemos que essas obras são justas porque Deus nos ajuda, através do poder de Seu Espírito, a discernir como observar o espírito (a intenção) de “toda a palavra de Deus” (Lucas 4:4).
Como a Bíblia define as “boas obras” que devemos “fazer”?
“Mas que Lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo” (Atos 10:35).

“Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria” (Tiago 3:13).
“O qual [Cristo] se deu a Si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo Seu especial, zeloso de boas obras” (Tito 2:14).
“Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda boa obra” (Tito 1:16).
Uma “ação iníqua” não pode ser vista como uma “boa obra”. Ao contrário, aquele que “pratica a justiça” também é conhecido por sua “boa conduta”. Jesus ressaltou essa verdade quando disse: “Muitos Me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu nome? E, em Teu nome, não expulsamos demônios? E, em Teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mateus 7:22-23).
Em contraste, através do poder do Espírito Santo, Deus escreve Suas leis em nossos corações e mentes, capacitando-nos a obedecer as Escrituras (Hebreus 10:15-16; Ezequiel 36:26-27). Como Pedro escreveu: “Como filhos obedientes, não se deixem amoldar pelos maus desejos de outrora, quando viviam na ignorância. Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem” (1 Pedro 1:14-15, NVI).
As obras de justiça são simplesmente a aplicação dos princípios encontrados na Palavra de Deus—realizada através da ajuda e orientação do Espírito Santo. Portanto, como Jesus nos lembra: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra de Deus” (Lucas 4: 4). Podemos fazer isso de forma constante, mas somente com Deus agindo em nós através do Seu Espírito.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr.Edspn Cavalcante
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