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quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

PRESO PELO PECADO


                                                          PRESO PELO PECADO

COMO RESPONDERIA?
Que autoanálise é necessária se você tende a ser indevidamente crítico?
O que você pode aprender dos exemplos de Pilatos e Pedro sobre não ceder ao medo e à pressão?
Como você pode evitar o excessivo sentimento de culpa?
1, 2. Que laços do Diabo consideraremos neste artigo?
SATANÁS está à espreita dos servos de Jeová. O seu objetivo não é necessariamente matá-los, como o caçador faz com o animal nas grandes caçadas. Em vez disso, o objetivo principal do Diabo é capturar viva a presa e usar a pessoa como lhe convém. — Leia 2 Timóteo 2:24-26.
Para pegar a presa viva, o caçador talvez use algum tipo de laço. Ou tente fazer o animal sair para uma área aberta, onde pode capturá-lo. Pode ainda usar uma armadilha com mecanismo para pegar o animal de surpresa. O Diabo usa métodos similares para pegar vivos os servos de Deus. Se não queremos ser pegos, temos de ficar atentos e acatar os sinais de alerta da existência de um laço ou armadilha de Satanás. Neste artigo veremos como nos proteger de três armadilhas que ele usa com certo êxito: (1) conversa irrefletida, (2) medo e pressão e (3) excessivo sentimento de culpa. O próximo artigo considerará mais duas armadilhas, ou laços, de Satanás.
APAGUE O FOGO DA CONVERSA IRREFLETIDA
3, 4. O que pode resultar da falta de controle da língua? Dê um exemplo.
Para fazer os animais saírem do esconderijo, o caçador talvez ateie fogo a uma área de vegetação, capturando os animais que tentam fugir. Em sentido figurado, o Diabo gostaria de incendiar a congregação cristã. Se tiver êxito, poderá fazer com que os cristãos saiam desse refúgio seguro direto para suas garras. Como poderíamos, sem nos aperceber, colaborar com ele e cair na sua armadilha?
O discípulo Tiago comparou a língua ao fogo. (Leia Tiago 3:6-8.Se não a controlamos, podemos simbolicamente iniciar um fogo descontrolado na congregação. Como? Considere esta cena: numa reunião de congregação é anunciado que certa irmã foi designada pioneira regular. Depois da reunião, duas publicadoras falam sobre esse anúncio. Uma expressa alegria e votos de êxito para a nova pioneira. A outra questiona a motivação da pioneira e dá a entender que ela só quer destaque. Com qual dessas duas publicadoras você gostaria de ter amizade? É fácil ver qual delas com mais probabilidade ‘atearia fogo’ na congregação por meio de suas palavras.
5. Para extinguir o fogo da conversa irrefletida, que autoanálise é bom fazer?
Como podemos extinguir o fogo da conversa irrefletida? Jesus disse: “É da abundância do coração que a boca fala.” (Mat. 12:34) Portanto, o primeiro passo é examinar nosso próprio coração. Evitamos os maus sentimentos que alimentam a conversa destrutiva? Por exemplo, quando ouvimos que certo irmão deseja um privilégio de serviço, cremos logo que sua motivação é pura ou suspeitamos que ele seja movido por egoísmo? Se temos a tendência de sempre suspeitar, é bom ter em mente que o Diabo questionou a motivação de Jó, um fiel servo de Deus. (Jó 1:9-11) Em vez de suspeitar dos irmãos, faremos bem em pensar por que os criticamos. Temos bons motivos para suspeitar ou criticar? Ou será que nosso coração foi envenenado pela falta de amor, tão comum nestes últimos dias? — 2 Tim. 3:1-4.
6, 7. (a) Que possíveis razões talvez nos levem a criticar outros? (b) Como devemos reagir caso sejamos injuriados?
Considere outros motivos por que talvez critiquemos os outros. Um deles pode ser o desejo de dar mais destaque às nossas realizações. Na verdade, a nossa intenção talvez seja querer parecer ‘maiores’ do que outros por rebaixá-los. Ou possivelmente uma tentativa de desculpar a nossa própria falha em não ter uma atitude positiva. Não importa se o que nos move é o orgulho, a inveja ou a insegurança, o resultado é destrutivo. 
Talvez nos sintamos justificados de criticar outros. Pode ser que tenhamos sido vítimas da conversa irrefletida de alguém. Nesse caso, retaliar não é a melhor solução. Isso apenas alimenta o fogo e favorece a vontade do Diabo, não a de Deus. (2 Tim. 2:26) É bom imitar a Jesus nesse respeito. Quando era injuriado, ele “não injuriava em revide”, mas “encomendava-se àquele que julga justamente”. (1 Ped. 2:21-23) Jesus confiava que Jeová cuidaria dos assuntos à Sua própria maneira e no devido tempo. Devemos ter a mesma confiança em Deus. Ao usarmos as nossas palavras para o bem, ajudamos a preservar o “vínculo unificador da paz” na congregação. — Leia Efésios 4:1-3.
FUJA DO LAÇO DO MEDO E DA PRESSÃO
8, 9. Por que Pilatos condenou Jesus?
O animal pego num laço perde sua liberdade de movimento. De modo similar, quem sucumbe ao medo e à pressão abre mão de pelo menos parte do controle de sua vida. (Leia Provérbios 29:25.Vejamos os casos de dois homens muito diferentes que cederam à pressão e ao medo, e o que podemos aprender de seus exemplos.
O governador romano Pôncio Pilatos sabia que Jesus era inocente e, pelo visto, não queria prejudicá-lo. De fato, ele disse que Jesus não havia feito ‘nada que merecesse a morte’. Mesmo assim, o condenou à morte. Por quê? Porque Pilatos sucumbiu à pressão da multidão. (Luc. 23:15, 21-25) “Se livrares este homem, não és amigo de César”, gritaram esses opositores, pressionando para conseguir o que queriam. (João 19:12) Pilatos talvez temesse perder o cargo — ou até mesmo a vida — caso tomasse o lado de Cristo. Assim, ele se deixou induzir a fazer a vontade do Diabo.
10. O que levou Pedro a negar a Cristo?
10 O apóstolo Pedro foi um dos companheiros mais achegados de Jesus. Ele declarou publicamente que Jesus era o Messias. (Mat. 16:16) Quando outros discípulos não captaram o sentido do que Jesus dissera e o abandonaram, Pedro permaneceu leal. (João 6:66-69) E quando os inimigos vieram prender Jesus, Pedro tentou defender seu Mestre com uma espada. (João 18:10, 11) Mais tarde, porém, Pedro sucumbiu ao medo e até mesmo negou conhecer Jesus Cristo. Por um breve período, esse apóstolo foi enlaçado pelo medo do homem, deixando assim de agir com coragem. — Mat. 26:74, 75.
11. Contra que más influências talvez tenhamos de lutar?
11 Como cristãos, temos de resistir à pressão para fazer coisas que desagradam a Deus. Empregadores ou outros talvez tentem nos coagir a ser desonestos ou nos induzir à imoralidade sexual. Alunos na escola talvez tenham de lidar com colegas que os pressionam a colar nas provas, ver pornografia, fumar, usar drogas, abusar do álcool ou praticar imoralidade sexual. Então, o que nos ajuda a fugir do laço do medo e da pressão para fazer o que desagrada a Jeová?
12. Que lições podemos aprender de Pilatos e Pedro?
12 Vejamos o que podemos aprender dos exemplos de Pilatos e Pedro. Pilatos conhecia pouca coisa sobre Cristo. Mas sabia que Jesus era inocente e que não era um homem comum. Pilatos, porém, não tinha humildade nem amor ao Deus verdadeiro. O Diabo facilmente o pegou vivo. Pedro tinha conhecimento exato e amor a Deus. Mas em certos momentos faltou-lhe modéstia, ele mostrou medo e cedeu à pressão. Antes de Jesus ser preso, Pedro se jactou: “Ainda que todos os outros tropecem, eu não.” (Mar. 14:29) Esse apóstolo teria estado mais bem preparado para os testes caso tivesse adotado a mesma atitude do salmista, que confiava em Deus e cantou: “Jeová está do meu lado; não terei medo. Que me pode fazer o homem terreno?” (Sal. 118:6) Na última noite de sua vida na Terra, Jesus levou Pedro e dois outros apóstolos a um ponto mais recuado no jardim de Getsêmani. Mas, em vez de ficar alertas, Pedro e seus companheiros adormeceram. Jesus os acordou e disse: “Homens, mantende-vos vigilantes e orai, a fim de que não entreis em tentação.” (Mar. 14:38) No entanto, Pedro adormeceu de novo e, mais tarde, cedeu ao medo e à pressão.
13. Como podemos resistir à pressão para fazer algo errado?
13 Os exemplos de Pilatos e Pedro nos ensinam outra lição vital: resistir a pressões envolve uma combinação de fatores, como conhecimento exato, humildade, modéstia, amor a Deus e temor de Jeová, não de humanos. Se a nossa fé for edificada no conhecimento exato, falaremos com coragem e convicção sobre as nossas crenças. Isso nos ajudará a resistir à pressão e a vencer o medo do homem. Naturalmente, nunca devemos superestimar a nossa própria força. Em vez disso, devemos reconhecer com humildade que precisamos do poder de Deus para resistir a pressões. Temos de pedir o espírito de Jeová em oração e permitir que o amor a ele nos motive a defender seu nome e suas normas. Além disso, temos de nos preparar para suportar a pressão antes de surgir um teste. Por exemplo, a preparação antecipada e a oração podem ser de ajuda para que os nossos filhos reajam corretamente quando seus colegas tentarem induzi-los a fazer algo errado. — 2 Cor. 13:7.*
EVITE A ARMADILHA ESMAGADORA — O EXCESSIVO SENTIMENTO DE CULPA
14. A que conclusão o Diabo gostaria de nos levar a respeito de nossos erros do passado?
14 Certas armadilhas para animais consistem em um grande tronco ou pedra, suspensos sobre a trilha por onde a presa costuma passar. Sem notar o perigo, o animal toca no fio que aciona a armadilha, provocando a queda do tronco ou da pedra, que o esmaga. O sentimento de culpa imoderado é comparável a esse peso esmagador. Ao pensar num erro do passado, talvez nos sintamos ‘quebrantados ao extremo’. (Leia Salmo 38:3-5, 8.Satanás gostaria de nos levar a concluir que não merecemos a misericórdia de Jeová e que somos incapazes de cumprir os requisitos divinos.
15, 16. Como você pode evitar a armadilha de sucumbir ao excessivo sentimento de culpa?
15 Como é possível evitar essa armadilha esmagadora? Se você cometeu um pecado sério, procure logo restaurar a amizade com Jeová. Fale com os anciãos e peça ajuda. (Tia. 5:14-16) Faça o possível para corrigir o erro. (2 Cor. 7:11) Se for disciplinado, não fique deprimido. A disciplina é uma prova segura de que Jeová ama você. (Heb. 12:6) Esteja decidido a não dar os mesmos passos que levaram ao pecado, e apegue-se a essa decisão. Depois de se arrepender e mudar de proceder, tenha fé que o sacrifício de resgate de Jesus Cristo pode realmente cobrir os seus erros. — 1 João 4:9, 14.
16 Há pessoas que abrigam sentimentos de culpa por pecados pelos quais já foram perdoadas. Se for o seu caso, lembre-se de que Jeová perdoou Pedro e os outros apóstolos por terem abandonado Seu Filho amado, Jesus, no seu momento de maior necessidade. Jeová perdoou o homem que havia sido expulso da congregação em Corinto por crassa imoralidade, mas que mais tarde se arrependeu. (1 Cor. 5:1-5;2 Cor. 2:6-8) A Bíblia fala de pessoas que, apesar de terem cometido grandes pecados, foram perdoadas por Deus por causa de seu arrependimento. — 2 Crô. 33:2, 10-13; 1 Cor. 6:9-11.
17. O que o resgate pode fazer por nós?
17 Os seus erros do passado serão perdoados e esquecidos por Jeová se você estiver realmente arrependido e aceitar a misericórdia divina. Nunca pense que o sacrifício de resgate de Jesus não pode cobrir seus pecados. Pensar assim significaria ser pego por um dos laços de Satanás. Apesar do que ele deseja que você creia, o resgate pode cobrir os pecados de todos os transgressores que se arrependem. (Pro. 24:16) A fé no resgate pode tirar de seus ombros o peso do excessivo sentimento de culpa e lhe dar a força para servir a Deus de todo o coração, mente e alma. — Mat. 22:37.
NÃO DESCONHECEMOS OS DESÍGNIOS DE SATANÁS
18. Como podemos evitar os laços do Diabo?
18 Para Satanás não importa em que armadilha caiamos, desde que sejamos pegos por ele. Visto que não desconhecemos os seus desígnios, podemos evitar ser vencidos por ele. (2 Cor. 2:10, 11) Não cairemos nos seus laços, ou armadilhas, se orarmos por sabedoria para lidar com as provações. “Se alguém de vós tiver falta de sabedoria”, escreveu Tiago, “persista ele em pedi-la a Deus, pois ele dá generosamente a todos, e sem censurar; e ser-lhe-á dada”. (Tia. 1:5) Temos de agir em harmonia com as nossas orações por sempre estudar a Palavra de Deus e pôr em prática o que aprendemos. As publicações bíblicas do escravo fiel e discreto lançam luz sobre as armadilhas do Diabo e nos ajudam a evitá-las.
19, 20. Por que devemos odiar o que é mau?
19 Orar e estudar a Bíblia estimulam em nós o amor pelo que é bom. Mas é também importante desenvolver ódio pelo que é mau. (Sal. 97:10) Meditar nas consequências de se entregar a desejos egoístas pode nos ajudar a evitá-los. (Tia. 1:14, 15) Se aprendermos a odiar o que é mau e a realmente amar o que é bom, as iscas nas armadilhas de Satanás serão repulsivas; não nos atrairão.
20 Somos muito gratos de que Deus nos ajuda a não sermos vencidos por Satanás. Por meio de seu espírito, Palavra e organização, Jeová nos livra “do iníquo”. (Mat. 6:13) No próximo artigo, veremos como evitar outras duas armadilhas que o Diabo considera eficazes para pegar vivos os servos de Deus.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante









































































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