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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

OS SETE LIVRO DO CÉU


                                                         OS SETE LIVROS DO CÉU
"11 E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiram a terra e o céu; e não foi achado lugar para eles. 12 E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras." AP 20:11, 12

Este relato presenciado pelo apóstolo João, quando preso na ilha de Patmos, é extremamente espantosa a grandeza de suas revelações, pois ele está relatando o Grande Dia Do Juízo Final, quando o Senhor dos Exércitos, aquele que justo e poderoso trará todos ao juízo, pois o texto é bem claro quando diz: os mortos, os grandes e pequenos estavam diante do Senhor. Imagine se João tivesse levado uma filmadora e uma máquina fotográfica digital, talvez seria maior o número de pessoas convertidas, mas a bíblia diz que o justo viverá pela fé (GL-03:11). É isto que nos faz sermos cristãos e evangélicos.

Amados vou lhe contar uma história:
“Havia em uma cidade um grande e competente advogado renomado que jamais perdeu uma causa, e na mesma cidade morava um homem que constantemente estava envolvido com a criminalidade, porém sempre tinha dinheiro para contratar o grande advogado, sendo então sempre liberto de suas prisões. Mas certo dia aquele criminoso foi embora para longe, vivendo fora por cerca de cinco anos, e então retornou, mas sua vida de criminalidade não havia mudado, no que logo se envolveu em um novo crime, sendo preso e logo levado a presença do juiz, juntamente com seu novo advogado, pois não tinha localizado seu antigo advogado. Então logo que entrou na sala observou que o juiz era seu antigo advogado, no que ficou feliz, dizendo que já estava livre e pediu ao seu atual advogado que gostaria de falar com o juiz a sós. O justo juiz permitiu, porém aquele criminoso ao se aproximar perguntou ao juiz, se este se lembrava dele, tendo como resposta um afirmativo, e acrescentou: Então o Sr. Vai me libertar, e o juiz lhe disse: Não. Vou mandar prendê-lo por muito tempo, pois antes eu sempre te defendia e você nunca mudou, agora eu sou o juiz e vou te condenar.”

A Bíblia nos diz em I JO-2:1, “que temos um advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”. Mas agora no livro do Apocalipse João o vê como o grande Juiz (Ap-19:11). Sim, Ele virá e julgará a todos. Não importa se você é um médico, um empresário, um ateu, um idólatra, uma lésbica, todos estarão diante do Grande Juiz.

Mas o que chamou minha atenção no texto do Apocalipse 20:11e12, foi o fato de que foram abertos uns livros e depois outro livro, o Livro da Vida. Então indaguei ao Senhor para saber que livros são estes, que estariam diante do Justo Juiz no dia do juízo final e o Senhor falou comigo, me revelando uma mensagem, o que eu irei e com muitá fidelidade relatar aos amados leitores, OS SETE LIVROS DO JUÍZO FINAL.

1º - LIVRO

O LIVRO DA REDENÇÃO – Ap-05:01

Este será o primeiro livro que será aberto por se tratar do Livro da Redenção da Humanidade. João descreve este livro no cap.5 do livro de Apocalipse, vendo Jeová em seu trono e em sua mão o livro selado com sete selos, e ninguém podia abrir o livro, nem mesmo olhar para ele, porém no momento que João chorava, o que nos leva a crer que se ele chorava é que sua vida dependia da abertura do livro, mas foi procurado um para abrir o livro e romper os seus selos entre os céus e a terra, entre vivos e mortos, e ninguém podia abrir o livro, então um dos anciãos vai até João e diz a ele, “João, não chores! Eis que esta aqui o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, que venceu para abrir o livro e romper os seus sete selos”, era Jesus, que toma das mãos de Deus o livro e diz: ” Pai, eu posso abrir este livro!, Eu vou redimir a humanidade “. No dia do juízo final saberemos realmente o significado de cada selo, cada página daquele livro, para então se começar o julgamento. Por isso o livro da Redenção estará na mesa do justo Juiz. Então se abrirá o segundo livro, O LIVRO DA NATUREZA.

2º - LIVRO

O LIVRO DA NATUREZA – Rm-01:25e27

O apóstolo Paulo relata o final daqueles que mudaram a natureza criada por Deus, entregues a imundícias de seus corpos desonrados, mulheres tendo relações sexuais com mulheres e homens com homens, trocaram a verdade por mentira, mudaram a natureza, tornaram-se abomináveis aos olhos de Deus, leia Lv.20:13, estando todos já condenados, pois no v.32 ele diz “Os quais conhecendo o decreto de Deus, que declara dignos de morte os que praticam tais coisas”. É triste de imaginar o homossexualismo, o lesbianismo, o adultério, a fornicação, até mesmo o pedofilia, tudo isso esta até mesmo dentro das igrejas. Crentes falsos que vão encarar o Juiz. Este será o livro da natureza, que o homem deturpou, segundo as impurezas da carne. Por isso creio que o livro da natureza será aberto para mostrar para os homens que até mesmo se deitaram com animais que Jeová abomina o pecado. Já está decretado, homens abomináveis, impuros, imorais, serão condenados pelo decreto do Livro Da Natureza. Por isso o livro da Natureza estará na mesa do justo Juiz. Então se abrirá o terceiro livro, O LIVRO DA CONSCIÊNCIA.

3º - LIVRO

O LIVRO DA CONSCIÊNCIA – Rm-02:15e16

Mais um mistério de Deus nos é revelado, pois Paulo nos fala que alguns mostrarão a obra da lei escrita em seus corações testificando suas consciências e seus pensamentos, no dia em que se julgará o segredo dos homens. Eu vejo aqui aqueles que realmente tiveram suas mentes cauterizadas por este mundo, que somente praticaram o mal, somente fizeram o mal, nunca tendo consciência do que faziam, preferiram dar comidas aos seus animais a alimentarem um andarilho    , tiveram uma falsa vida de moralismo, pessoas que não deram ouvidos as muitas vezes que o Espírito Santo lhes chamavam para virem para o Reino de Deus. Estes dirão, eu reconheço que Deus existe, quando se abrir o livro da Redenção, dirão, eu não fui homossexual, quando se abrir o livro da natureza, mas serão condenados pelo livro da consciência, mentes cheias do pecado. O que dizer dos cristãos, que vivendo dentro das igrejas possuem mentes deturpadas, não conseguem ter consciência do mal em suas vidas. Por isso o livro da Consciência estará na mesa do justo Juiz. Então se abrirá o quarto livro, O LIVRO DO PECADO.

4º - LIVRO

O LIVRO DO PECADO – Rm-08:02

Tremendo homem foi o apóstolo Paulo, pois aqui vejo mais um livro que estará na mesa do Justo Juiz, no dia do juízo final, o Livro do Pecado. Talvés você não saiba, mas a bíblia cita 370 classes de pecado, atitudes praticadas por aqueles que não teme a Deus, uma vez que a bíblia relata que quem é amigo do mundo se faz inimigo de Deus (Tg-04:04). Agora Paulo numa revelação nos informa que a Leia do Espírito, em Cristo, te livra da lei do pecado, agora eu te pergunto, onde se escreve uma lei, se não em um livro! Irmãos, todos sabemos que é o sangue de Jesus que nos purifica de todo pecado (I Jo-01:07), por isso devemos nos guardar do pecado, pois naquele dia chegarão os pecadores e talvez dirão ao Senhor Juiz, “Senhor, eu sei que realmente o Senhor é Deus, eu nunca me deitei com outro homem, sempre reconheci minha consciência, e me arrependia”. Mas com certeza não será o suficiente para o livrar da condenação, pois só se tem arrependimento aos pés do Senhor Jesus, não aos pés de Maria, Jorge, Benedito, Fátima, etc... O grande profeta Isaías relata que o nosso pecado faz separação entre nós e Deus (Is-59:02), por isso o Livro do Pecado estará na mesa do Justo Juiz. Então se abrirá o quinto livro, O LIVRO DA LEI DO SENHOR.

5º - LIVRO

O LIVRO DA LEI DO SENHOR – Dt-31:26

Moisés manda que se coloque o livro da Lei junto da Arca do concerto, para que seja por uma testemunha contra aquele povo duro. Irmãos, nós muitas vezes pensamos que a lei do Senhor se limita nos dez mandamentos e até nos esforçamos em tentar cumpri-los, mas nos esquecemos do livro da lei, pois Deus disse: “contai para vossos filhos, e para os filhos de vossos filhos as maravilhas que tenho feito no meio de vós”. Seus filhos foram para o inferno, claro você não cumpriu a lei do Senhor. Quase me esqueci: “aquele que sabe fazer o bem e não faz, também peca”. O homem sempre tem a audácia de limitar Deus em todas as áreas de sua vida, achando que Deus tem obrigação de levá-lo para o céu. Muitos dirão passei pelo livro da redenção, passei pelo livro da natureza, passei pelo livro do pecado, mas será condenado no livro da lei do Senhor, por isso o livro da lei do Senhor estará na mesa do Justo Juiz. Então se abrirá o sexto livro. O LIVRO DA JUSTIÇA.

6º - LIVRO

O LIVRO DA JUSTIÇA – Ap-22:11

O injusto faz injustiça, mas o justo faz justiça. Quantas vezes tratamos os de fora com justiça, respeito, dignidade, e não somos assim com os de casa, quantos pastores só se relacionam com a cúpula e desprezam as ovelhas, que estão famintas, homens soberbos, que acham que são mais importantes que Jesus. Quero lhes dizer uma coisa, ninguém tem ministério nenhum, ouviu pastor, eu não tenho ministério, você não tem ministério, Deus confiou a nós um ministério, mas se você falhar Ele toma e dá a outro, o ministério é de Deus, mas alguns pastores chegam a dizer “o meu ministério não apoia, não vou colocar o meu nome nessa obra”, hipócritas, estão sendo condenados pela própria justiça de Deus, no livro de João 17:25, o próprio Jesus chama o Pai de Pai Justo, e completa, o mundo não te conhece. Aqueles que não conhecem o Pai Justo dirão que em todos os livros anteriores não foram condenados, mas Deus os chamará de injustos, por isso o livro da justiça estará lá. Então se abrirá o sétimo livro o Livro da Vida.

7º - LIVRO

O LIVRO DA VIDA – Ap-20:15

E adorarão a besta todos os que não tem os nomes no livro da vida (Ap.13:08). Este será o último livro, pois a bíblia é bem clara quando relata que todos os que não foram achados no livro da vida foram lançados no lago de fogo. Talvez neste momento você esteja fazendo uma reflexão de sua vida, se fosse hoje o grande julgamento você como cristão estaria aprovado em todos os livros? Hoje, quantos cristãos, estão dentro das igrejas, mas ainda não aceitaram o Senhor Jesus como seu único salvador de suas vidas, vivendo sem garantia. Nos dizemos que “morreu, acabou”, errado, a morte é o princípio de tudo. Analise sua vida, não queira se lançado no lago de fogo, pois este lugar ainda é pior do que o inferno. O meu desejo é que você entregue sua vida para o Senhor Jesus, e o tenha como o ÚNICO E SUFICIENTE SALVADOR DE SUA VIDA.

“Acredite JESUS vai voltar, creio que Ele já está às portas dos céus, não queira encarar o Senhor como Juiz, venha para Jesus agora”.
                                  
"E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco, e o que estava montado nele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga a peleja com JUSTIÇA." Ap 19:11
Apóstolo. Capelão/Juiz. Meste e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

domingo, 29 de setembro de 2019

O DESESPERO DE UM PAI


O DESESPERO DE UM PAI
Diz o nosso texto que Jairo era “um dos principais da sinagoga”, ou seja, tinha uma posição de respeito, certamente não teria chegado a tal posição na hierarquia entre os judeus se não demonstrasse qualificações intelectuais e morais. Era visto, portanto, como homem de exemplo. Um líder religioso que conhecia a Palavra de Deus e buscava praticá-la. Provavelmente auxiliava no serviço religioso no sábado, bem como no oficio do ensino e administração de finanças e justiça durante a semana. Mas além desta posição de destaque, Jairo era pai. E, ao que tudo indica, pelo uso do grau diminutivo “filhinha”, um pai zeloso e carinhoso, disposto, inclusive, a arriscar sua posição social indo ao encontro de Jesus para ver sua filha curada. Enfim, a família de Jairo é o protótipo daquilo que comumente chamamos de um lar estável: posição religiosa e social de destaque, bons costumes, boa moral.
 
Entretanto, a estabilidade de um lar não garante que a família não passará por dificuldades e tribulações. No caso da família de Jairo, a tribulação era a enfermidade da filha que não tinha cura. Podemos perceber no texto (vv.22 e 23) três ações de Jairo em busca da cura para a filha. A primeira delas diz respeito ao fato de Jairo ir ao encontro de Jesus. Ele coloca sua reputação em jogo - certamente seria questionado pelos irmãos da sinagoga. Ainda assim ele arrisca tudo para ver sua filhinha curada. Ele vai até Jesus do qual ouviu falar. Como segunda ação, Jairo adora a Cristo. O ato de se jogar aos pés de alguém é o ato de prostrar-se, ou seja, ato de adoração que um judeu, especialmente na posição de Jairo, não faria de maneira leviana. Jairo procedeu desta maneira por conta do desespero que se apoderava dele, ou por acreditar e estar convencido que Jesus era mais que um profeta. E, como terceira ação, Jairo não somente adora a Cristo, mas suplica insistentemente. A súplica é a oração de extrema necessidade. Suplicamos quando não temos mais esperança de encontrar socorro de outra forma. Jairo suplica pela sua filhinha. Note que Jairo, diferente do que ouvimos em cultos e palestras televisivas, não determinou, não decretou, nem proclamou ou liberou a fé. Jairo simplesmente suplicou. Afinal, uma oração nunca pode ser substituída por qualquer demonstração de obras humanas perante Deus, mas ela é somente o entregar-se à graça e misericórdia de Deus.
 
Jesus então inicia o percurso em direção à casa de Jairo. Contudo, a caminhada é interrompida e prolongada por uma mulher enferma que é curada e, consequentemente, com a demora, a filha de Jairo morre. Ao final, Jesus chega até a casa de Jairo e a menina é reavivada. Podemos aprender pelo menos duas coisas muito importantes deste episódio:

1°- sobre a fé pessoal/individual. A fé é entrega passiva, absoluta e incondicional. Fé não é um ato da vontade humana. A fé em Jesus acontece quando não temos mais onde e nem mesmo em quem nos agarrar. A fé só tem espaço quando o orgulho está morto. O orgulho do homem natural tem que cair para que a fé, que é dádiva de Deus, tenha espaço. O evangelho de Marcos mostra Jairo sendo “desinstalado” de sua vida tranquila e segura. São dois os momentos. O primeiro deles é o sofrimento pessoal de Jairo com a grave enfermidade de sua filha, situação que o motiva a se prostrar e suplicar a Jesus como sua última alternativa. Como segundo momento, convido a imaginarmos a aflição e o desespero de um pai que tem uma filha morrendo em casa e, já tendo encontrado o remédio, tarda a chegar. É o que aconteceu quando uma mulher que sofria de hemorragia interrompeu o percurso da caminhada até a casa de Jairo tocando nas vestes de Jesus e recebendo a cura. Jesus, por sua vez, percebendo que dele havia saído poder ainda se demorou conversando com a mulher curada até vir a noticia de que a filha de Jairo havia falecido. Quanto sofrimento e desespero! Jesus então desafia Jairo: “Não tenha medo, tenha fé”. Como Jairo, não importa quem sejamos, deixemos o orgulho e a arrogância de nossa posição pessoal, profissional e social, e levemos a nossa dor aos cuidados do Cristo. Ele ouvirá e ajudará com o melhor. Afinal, por este texto, percebemos que nossas dores, independente de quais forem, tem o propósito de nos levar a Cristo e a, mais do que compreender, viver a fé existencialmente.

2°- sobre a fé comunitária. Jesus não foi sozinho à casa de Jairo, levou consigo três discípulos (em solidariedade à dor e em fé) e, ao entrar e ver aquela confusão geral com pessoas chorando alto e gritando, pede que todos se retirem ficando somente os discípulos, Jairo e sua esposa. Jesus então toma a menina pela mão e lhe diz “Talita cumi”, ocorrendo o milagre do reavivamento. Isto nos serve de lição. Quando formos realizar nossas visitas de aconselhamento e consolação tomemos como exemplar a atitude de convidar outros irmãos e irmãs, de fé testada e provada pelas tribulações da vida, para irem conosco e em solidariedade ao que sofre colocar esta dor aos cuidados de Jesus em oração. A fé é recebida individualmente, mas vivida e exercitada comunitariamente. São emblemáticas as palavras do  “Esse é o papel da comunidade cristã: testemunhar o Cristo que compartilha a dor, que a absorve, desce lá onde ela está e faz o resgate. Portanto, como Comunidade precisamos nos solidarizar com os sofridos. Mas é muito importante exercer esse papel de Cristo, o de descer até lá onde a dor se encontra. Vale lembrar que nem sempre a dor é física. Ela pode ser psíquica, pode ser dor de rejeição social, pode ser de discriminação. Ser discípulo de Cristo significa descer até o mais profundo ponto da dor e ali mostrar a presença da oportunidade de vida....”
 
Portanto, um lar estável, de bons costumes e boa moral, como são os lares onde vivemos, também precisa da solidariedade do Cristo que compartilha e absorve a dor, resgatando a pessoa de sua miséria, sofrimento e pequenez. A história de Jairo é inspiradora para a fé. Aprendamos com Jairo!
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências em Religião Dr. Edson Cavalcante

O APÓSTOLO PAULO, ERA SOLTEIRO, CASADO OU VIÚVO


                    O Apóstolo Paulo, era solteiro, viúvo ou casado?

Estudo feito baseado nas palavras do Senhor, que disse:

“Porque nada há encoberto que não haja de ser manifesto; e nada se faz para ficar oculto, mas para ser descoberto”. Mc. 4:22.

Existem fatos, que as Escrituras não comentam e nem por isso deixam de serem bíblicos; tais como:
-Não está registrado na Bíblia, a morte de José o pai adotivo de Jesus; e nem por isso, ele deixou de morrer.
-Não está registrado na Bíblia, o lugar onde Moisés foi enterrado; e nem por isso, ele deixou de ser enterrado
-Não está registrado, o dia e a hora da vinda de Jesus, e nem por isso, o Senhor deixará de vir.
-Não está registrado na Bíblia, o novo nome de Jesus na Eternidade; e nem por isso o Senhor deixará de ter um novo nome lá.
-Como também, não está registrado, a voz dos sete trovões (Apoc. 10:3-4), e nem por isso, elas deixarão de ser tocadas ao seu tempo.

Isto também se aplica, no tema da vida conjugal do apóstolo Paulo; embora a Escritura não comente diretamente, se ele era solteiro, viúvo ou casado, porém, historicamente falando, Saulo era um importante membro do Sinédrio judaico, cujos quesitos principais exigidos na época, era: 
Ser um Judeu nato, conhecer profundamente a Torah, e ser também chefe de família; ou seja, ser casado; a mesma situação de Saulo, antes do seu chamado para pregar o Evangelho.

Depois do seu encontro com o Senhor (Atos 9:1 a 6) o próprio Paulo, afirmou que não consultou sua esposa, denominada aqui de “CARNE E SANGUE” (Gal. 1:13 a 16).
“Mas quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça,
Revelar seu Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios, NÃO CONSULTEI A CARNE E NEM O SANGUE,
Nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia, e voltei outra vez a Damasco”. Gal. 1:15,16 e 17.  

Esse mesmo termo bíblico, já tinha sido usado antes por João, para se referir aos nascimentos de filhos por meios naturais,  através dos casamentos em geral.
“Os quais não nasceram DO SANGUE, NEM DA VONTADE DA CARNE, nem da vontade do varão, mas de Deus”. Jo. 1:13.

Em face dessas duas evidências: Membro do Sinédrio Judaico e por não consultar nem o sangue e nem a carne; afirmamos biblicamente que, Paulo depois do seu chamado, não incitou em cumprir as Palavras do Mestre, ditas tempos antes...
“E todo aquele QUE TIVER DEIXADO casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, OU MULHER, ou filhos, ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna”. Mat. 19:29.      

...Coisa que Pedro, não teve a coragem e nem a fé de fazer, pois continuou casado até ao final do seu ministério (Mat. 8:14 a 17).

Portanto, sem nenhuma dúvida, que Paulo antes do seu chamado ERA SIM CASADO, vindo a deixar tanto a sua posição no Sinédrio, terras, casas, como também A SUA PRÓPRIA ESPOSA, por amor do Senhor; chegando ao final do seu Ministério, sem casar novamente.
“Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo: mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um duma maneira e outro doutra.
Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, QUE LHES É BOM SE FICAREM COMO EU”. 1Cor. 7:7-8.

A hipocrisia dos sistemas religiosos atuais: 
As Teologias Evang/cristãs em geral, evitam ensinar semelhante estudo em suas Igrejas, com o intuito de não permitir que um possível obreiro, separado de sua esposa nas mesmas condições bíblicas de Paulo, venham a pregar em seus púlpitos, julgando que o tal, seja o maior pecador do mundo. 
Porém, como vimos, o próprio Senhor Jesus no Seu Evangelho, foi quem permitiu o cristão, A SEPARAR-SE de todos os bens materiais, INCLUSIVE ATÉ DA SUA FAMÍLIA, se este tiver o propósito de pregar o Evangelho, e se tiver semelhante grande grau de fé de Paulo.

Nota: Essa situação se apresenta antagônica a da lei do A.T. que dizia outra coisa (Deut. 24); como também, parece ser contraditória com outro ensino do próprio Paulo, que disse:
“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, E PRINCIPALMENTE DOS DA SUA FAMÍLIA, negou a fé, e é pior do que o infiel”. 1Tm. 5:8.

Entretanto, cada caso é um caso; o que diferencia um caso do outro, são OS MOTIVOS:
a)-Motivos santos:
No primeiro caso, Paulo teve um motivo santo, para deixar tudo, inclusive a sua família: A pregação do Evangelho de Cristo aos gentios.

b)-Motivos carnais:
Já o segundo caso, foi e é direcionado àqueles cristãos, Pastores, obreiros etc...que abandonam a sua família, por vários motivos fúteis ou carnais.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

sábado, 28 de setembro de 2019

O TRATAMENTO DE DEUS NAS TRIBULAÇÕES


                                     O TRATAMENTO DE DEUS NAS TRIBULAÇÕES

Uma das partes mais difíceis da vida cristã é o fato de que se tornar um discípulo de Cristo não nos torna imunes a provações e tribulações da vida. Por que um Deus bom e amoroso permite que passemos por coisas como a morte de uma criança, doenças e ferimentos a nós mesmos e nossos entes queridos, dificuldades financeiras, preocupação e medo? Certamente, se Ele nos amasse, Ele tiraria todas essas coisas de nossas vidas. Afinal, amar não significa que Ele quer que nossas vidas sejam fáceis e confortáveis? Na verdade, não, não significa. A Bíblia ensina claramente que Deus ama aqueles que são Seus filhos, e que todas as coisas "cooperam para o bem daqueles que amam a Deus" (Romanos 8:28). Então, isso deve significar que as provações e tribulações que Ele permite em nossas vidas fazem parte de tudo que coopera para o nosso bem. Portanto, para o crente, todas as provações e tribulações devem ter um propósito divino.

Como em todas as coisas, o propósito final de Deus para nós é crescer mais e mais à imagem de Seu Filho (Romanos 8:29). Este é o objetivo do cristão, e tudo na vida, incluindo as provações e tribulações, foi concebido para nos permitir alcançar esse objetivo. Ser separado para os propósitos de Deus e equipado para viver para a Sua glória faz parte do processo de santificação. A maneira em que tribulações alcançam este objetivo é explicado em 1 Pedro 1:6-7: "Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, ara que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo". A verdadeira fé do crente será confirmada pelas provações que sofremos para que possamos descansar na certeza de que essa fé é real e vai durar para sempre.

As provações desenvolvem em nós um caráter piedoso, e isso nos permite a gloriar "nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado" (Romanos 5:3-5). Jesus Cristo deu o exemplo perfeito. "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores"(Romanos 5:8). Estes versículos revelam aspectos do Seu propósito divino tanto para as provações e tribulações de Jesus Cristo quanto as nossas. Perseverar prova a nossa fé. "Tudo posso naquele que me fortalece" (Filipenses 4:13).

No entanto, devemos ter cuidado para não tentar usar desculpas para as nossas "provações e tribulações" se forem o resultado de nossos erros. "Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem" (1 Pedro 4:15). Deus perdoa os nossos pecados porque a punição eterna para eles foi paga pelo sacrifício de Cristo na cruz. No entanto, ainda temos que sofrer as consequências naturais nesta vida por nossos pecados e más escolhas. No entanto, Deus usa até mesmo esses sofrimentos para nos moldar e conformar com os Seus propósitos e nosso bem supremo.

As provações e tribulações vêm tanto com um propósito quanto uma recompensa. "Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes. Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam" (Tiago 1:2-4,12).

Através de todas as provações e tribulações da vida, temos a vitória. "Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo." Apesar de estarmos em uma batalha espiritual, Satanás não tem autoridade nenhuma sobre o crente em Cristo. Deus nos deu a Sua Palavra para nos guiar, o Seu Espírito Santo para nos capacitar e o privilégio de podermos nos aproximar dEle em qualquer lugar, a qualquer momento, para orar sobre qualquer coisa. Ele também nos assegurou que nenhuma tribulação nos testará além da nossa capacidade de suportá-la, e que "juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar" (1 Coríntios 10:13).

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

CRUCIFICANDO A CARNE


                                                       CRUCIFICANDO A CARNE

A segunda cruz: Crucificando o velho homem e a carne com suas paixões e desejos

Aqueles que estão verdadeiramente cansados de seu próprio pecado e têm um desejo genuíno de entrar em uma nova vida, são levados ao arrependimento pela bondade de Deus. (Romanos 2: 4) “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que os vossos pecados sejam apagados, para que os tempos de refrigério venham da presença do Senhor …” Atos 3:19. Ser convertido1 é uma decisão sincera que se faz para se arrepender dos antigos pecados e afastar-se do mundo – de viver nos prazeres passageiros do pecado, de viver para Deus cem por cento; Não um pouco de ambos. Pela misericórdia de Deus, recebemos o perdão de nossos pecados por graça imerecida, e o fundamento para uma nova vida está agora posto. (Atos 3:19 e Atos 26:18)

Crucificando o “velho homem” (Romanos 6: 6; Efésios 4: 17-24)

Para chegar a uma nova vida, temos de deixar o “velho homem” – nossa velha vida. Nosso “velho homem” é a nossa mentalidade antes da conversão, onde permitimos que o pecado reine em nossas vidas, onde não tomamos uma decisão consciente de resistir ao pecado, mas em vez disso cedemos na tentação. É claro que não há como parar de pecar se nosso “velho homem” continuar a ser ativo em nossas vidas. Então precisamos de perdão pelos mesmos pecados que cometemos dia a dia. Acreditar que podemos obter a vitória sobre o pecado sem deixar o “velho homem” é decepção. Então será apenas uma batalha para manter uma boa aparência externa. Se queremos progresso espiritual depois de termos sido convertidos, então temos que deixar, ou crucificar, o nosso “velho homem”. (Romanos 6: 6)
Crucificar o “velho homem” é um ato de fé, uma decisão que tomamos para deixar nossa velha mentalidade que voluntariamente se entregou ao pecado e para colocar o “novo homem” – uma nova mentalidade e determinação para resistir ao pecado e viver Uma vida crucificada com Ele. (Efésios 4: 17-24) Consideramos que estamos mortos para o pecado – já não servimos o pecado conscientemente, e estamos vivos para Deus e Seu trabalho – nossos corpos são usados para servi-Lo em obediência. (Romanos 6: 11-14) Podemos assumir esse compromisso decisivo de deixar o “velho homem” e de começar uma nova vida, independentemente de onde estejamos – é uma decisão que tomamos pela fé!
Rejeitar ou deixar o velho homem não significa que não temos pecado na carne e que já não somos tentados por ser atraídos e seduzidos pelos nossos próprios desejos. (Tiago 1: 14-15) Significa, entretanto, que não vivemos de acordo com eles. Esta é a nova mente. Nossa nova mente não serve mais ao pecado, mas em vez disso declara um retumbante “Não” quando somos tentados. Esta é uma poderosa decisão de fé, que ocorre em nossa mente.

Crucificando a carne com as suas paixões e concupiscências (Gálatas 5: 24)

Com esta nova mente, nossa carne com suas paixões e concupiscências pode ser crucificada com Cristo. (Gálatas 5:24) A carne é a parte do nosso corpo de pecado, da qual estamos conscientes. Naturalmente, não podemos crucificar o que não reconhecemos como pecado até este ponto. Mas assim que recebemos a luz de que algo é pecado, temos que crucificá-lo – colocá-lo à morte. (Colossenses 3: 5) Quando essas concupiscências e desejos surgem da nossa carne, devem ser crucificados – nunca permitidos em nossos corações e mentes – e sofridos até morrerem. Isto incorre em sofrimento em nossa carne, porque nossas próprias concupiscências pecaminosas e desejos que ali habitam não estão sendo satisfeitas. Essas concupiscências acabam por morrer quando continuamente são negadas até o ponto da morte.
Nossa mente, nossa consciência, que antes estava em obras perversas, tornou-se sujeita à vontade de Deus pela fé. Devemos considerar-nos como mortos de fato para o pecado, mas vivos para Deus. (Romanos 6:11) Quando uma pessoa continua a viver em pecado consciente, é porque o velho homem ainda está vivo, e eles não têm a mente para resistir ao pecado – eles são um escravo do pecado. Portanto, deixar o velho homem abre a possibilidade de uma vida em vitória total sobre o pecado consciente, na medida em que temos luz – nossos corpos não são mais escravos do pecado. “Portanto, irmãos, somos devedores – não à carne, para vivermos de acordo com a carne.” Romanos 8:12. As más inclinações em nossa carne não mais governarão sobre nós.
Esta cruz é para todos nós que pecamos e temos hábitos pecaminosos, mas que nos arrependemos e decidimos começar uma nova vida.
Glossário
  1. Conversão / Ser convertido : Ser convertido é tomar a decisão de afastar-se do pecado e das trevas, do poder do diabo ao Deus vivo. Nós nos arrependemos de nossos pecados anteriores, rejeitamos nossa vida antiga – uma vida que desfrutava vivendo nos prazeres passageiros do pecado, e prendendo uma mente nova – uma mentalidade que está determinada a resistir ao pecado (dizer “Não” na tentação) . Também é importante, após a conversão, não retornar ao ambiente que teve uma influência negativa em um antes da conversão, caso contrário as coisas podem ir mal outra vez. (Atos 3:19, Atos 26:18, 1 Pedro 2: 1-2)
  2. O “velho homem”: Nosso “velho homem” é a nossa mentalidade em que não fizemos uma decisão consciente para resistir ao pecado. Com esta mentalidade, quando somos tentados a pecar, conscientemente concordamos com essas tentações em nossa mente, permitindo que esses desejos se manifestem em pensamentos, palavras e ações pecaminosas. (Romanos 6: 1-6, Efésios 4: 22-24, Colossenses 3: 9-10 )
  3. O “novo homem” / “nova mentalidade”: O “Novo homem” é a nova mentalidade, a nova determinação que colocamos depois de deixar o “velho homem”. É uma decisão de lutar contra o pecado, de dizer “Não”, cada vez que somos tentados a pecar, viver Em justiça e santidade. (Efésios 4: 22-24 )
  4. Pecado na sua carne: A natureza humana pecaminosa que todas as pessoas herdaram desde a queda. Isso significa que, como seres humanos, naturalmente somos tentados por desejos e pensamentos pecaminosos. Isso também é muitas vezes chamado como “pecado original” ou “o pecado que habita.”
  5. Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

A REBELDIA DOS FILHOS


                                                         A REBELDIA DOS FILHOS

Um filho que está exibindo um período de rebeldia pode estar fazendo isso por vários motivos. Um tratamento duro, não amoroso e crítico por parte dos pais vai quase sempre resultar em rebeldia. Até mesmo o filho mais obediente vai sofrer rebeldia – em pensamentos ou ações – contra tal tipo de tratamento. Naturalmente, esse tipo de comportamento por parte dos pais deve ser evitado. Além disso, uma certa quantidade de rebeldia contra os pais é natural em adolescentes que estão aos poucos se separando de suas famílias e estão no processo de estabelecer suas próprias identidades e vidas.

Para o propósito deste artigo, no entanto, vamos assumir que o filho rebelde é aquele que tem uma personalidade naturalmente forte. Ele nasceu assim e seu jeito de ser faz parte de como Deus o criou, e tudo que essa criança faz reflete isso. Uma criança de temperamento forte caracteriza-se por uma inclinação a testar limites, um grande desejo de ter controle, e um compromisso de resistir a qualquer forma de autoridade. Em outras palavras, rebeldia faz parte de seu nome. Além disso, muitas vezes essas crianças são extremamente inteligentes e podem “dar um jeito” em suas situações com grande rapidez e achar formas de controlar as circunstâncias e as pessoas ao seu redor. Essas crianças podem ser, para seus pais, um desafio bastante árduo e exaustivo.

Felizmente, no entanto, também é verdade que Deus os criou assim, Ele os ama e não deixou seus pais sem recursos para vencer este desafio. Há princípios bíblicos que lidam com a criança rebelde e de temperamento forte com graça e bom humor. Primeiro, Provérbios 22:6 nos diz: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele”. Para todas as crianças, o caminho em que devem andar é em direção a Deus. Ensinar as crianças a Palavra de Deus é de extrema importância, as quais devem compreender quem Deus é e como melhor servi-lo. Com a criança de temperamento forte, compreender o que o motiva – o desejo de ter controle – vai ajudá-lo bastante a achar “seu caminho” certo. Essa criança precisa entender que não está em controle do mundo – Deus está- e simplesmente precisamos fazer as coisas do jeito que Deus quer. Isso exige que os pais estejam completamente convencidos dessa verdade e vivam de acordo. O pai ou mãe que está em rebeldia contra Deus não vai poder convencer seu filho a ser submisso ao seu Pai Celestial.

Quando ficar claro que Deus é Quem faz as regras, os pais precisam estabelecer na mente da criança que são apenas instrumentos de Deus e que vão fazer o que for necessário para cumprir o plano de Deus para sua família, e o Seu plano é que os pais liderem e que a criança os siga. Não pode haver qualquer vacilo neste ponto. A criança de temperamento forte pode perceber indecisão de longe e vai se aproveitar da oportunidade de tomar a liderança e ter controle da situação. O princípio de se submeter às autoridades é muito importante para a criança de temperamento forte. Se ela não aprende quando ainda criança, seu futuro vai estar cheio de conflitos com todas as autoridades, incluindo chefes, polícia, lei e líderes militares. Romanos 13:1-5 deixa bem claro que as autoridades sobre nós foram estabelecidas por Deus, e devemos nos submeter a elas. Além disso, a criança de temperamento forte apenas vai cooperar de bom grado com as regras e leis quando fazem sentido. Dê um bom motivo para as regras, repetindo constantemente a verdade de que fazemos as coisas do jeito que Deus quer que as façamos e que isso não é negociável. Explique que Deus deu aos pais a responsabilidade de amar e disciplinar seus filhos e deixar de fazer isso significaria que os pais não estão obedecendo a Deus. Quando possível, no entanto, dê oportunidades à criança a ajudar a fazer decisões para que não se sinta completamente sem controle. Por exemplo, ir à igreja não é negociável porque Deus quer que nos reunamos com outros Cristãos (Hebreus 10:25), mas as crianças podem ajudar a escolher o que vão vestir, onde a família vai se sentar, etc. Dê a eles projetos que podem liderar de alguma forma, como ajudar a planejar as próximas férias.

Além disso, os pais precisam ser consistentes e pacientes. Eles não devem levantar suas vozes, levantar suas mãos com raiva ou perder a cabeça. Isso vai dar à criança com temperamento forte o sentimento de controle ao qual tanto almeja, e ele vai logo aprender como controlar seus pais por frustrá-los ao ponto de fazê-los reagir emocionalmente. Disciplina física (espancar) geralmente não funciona com essas crianças porque elas gostam tanto de ver seus pais chegarem à ultima gota, que acham que a dor valeu a pena. Pais de crianças de temperamento forte frequentemente relatam que seu filhos riem deles enquanto estão sendo espancados, por isso disciplina física provavelmente não é a melhor forma de disciplina para lidar com esse tipo de criança. Talvez em nenhum outro lugar da vida os frutos do Espírito de paciência e auto-controle (Gálatas 5:23) vão ser mais necessários do que com a criança de temperamento forte.

Por mais irritante que seja para o pai ou mãe de uma criança assim, os pais devem se confortar na promessa de Deus de que não vai nos testar mais do que podemos aguentar (1 Coríntios 10:13). Se Deus os deu uma criança de temperamento forte, os pais podem ter certeza de que Deus não cometeu um erro e vai providenciar direção e recursos que os pais precisam para realizar a tarefa. Talvez em nenhum outro lugar na vida desse pai ou mãe as palavras “orai sem cessar” (1 Tessalonicenses 5:17) tenham mais significado do que com a criança de temperamento forte. Os pais de tais crianças precisam se ajoelhar constantemente diante de Deus pedindo por sabedoria, a qual Ele prometeu providenciar (Tiago 1:5). Finalmente, há conforto em saber que crianças de temperamento forte que são bem treinadas geralmente crescem e se tornam adultos de grande realizações e sucesso, assim como Cristãos destemidos e comprometidos. Eles aprendem a usar seus talentos para servir ao Senhor que eles aprenderam a amar e respeitar através dos esforços de pais pacientes e diligentes.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

DO LAMAÇAL DO PECADO PARA A ROCHA ETERNA


                             DO LAMAÇAL DO PECADO PARA A ROCHA ETERNA
Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos. Sl 40:2

Ao ler Salmo 40 me perguntei: Será que alguém literalmente já foi resgatado de um charco de lodo? Sim. É o que me diz a notícia do chinês Xiao Chen que passou 7 horas tentando se livrar sozinho do lodo, sem sucesso. Se os bombeiros não fizessem o resgate, ele jamais conseguiria sair dali. Foram necessários dez homens e mais algumas horas de esforço para que Chen, enfim estivesse fora de perigo. Detalhe: Os bombeiros tiveram que tirar a roupa do chinês e também as deles para facilitar o resgate.

"Um chinês passou 11 horas preso no lodo de um rio. Xiao Chen, de 25 anos, saiu para uma caminhada noturna quando pisou em falso e caiu no Rio Changjiang, ficando preso até a cintura por conta do lodo. Envergonhado, ele passou sete horas tentando se livrar da enrascada. Mesmo com um celular em seu bolso, o homem não ligou para pedir socorro. Dois bombeiros avistaram Chen algumas horas depois e convocaram um grupo de dez homens para o salvamento."

Salmo 40:1,2 "Esperei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor. Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos"

Davi nos diz que passou por um lugar semelhante: "um lago encharcado de lodo". O sentido é figurado. A tribulação era real e ele sabia que sozinho não conseguiria sair daquela situação. Você já se sentiu assim? Impotente diante de situações? Tentando encontrar a saída e "escorregando" em todas as direções?

O celular estava no bolso de Chen a vergonha o impediu de pedir ajuda. O que iriam pensar os amigos, a família? Quem em plena lucidez desceria ao charco de lodo sabendo que ficaria preso? Um tolo diriam!

A vergonha de Esdras

"Porque tive vergonha de pedir ajuda ao rei, exército e cavaleiros para nos defenderem do inimigo pelo caminho, porquanto tínhamos falado ao rei dizendo: A mão do nosso Deus é sobre todos os que o buscam, para bem deles; o seu poder e sua ira contra todos que o deixam. Nós, pois, jejuamos, e pedimos isto ao nosso Deus, e moveu-se pelas nossas orações. Ed 8:22,23.

A vergonha do chinês Chen é um sentimento comum que também ocorre em nós, se os homens porém julgam impiedosamente, considerando apenas a aparência, Deus faz diferente. Justiça e juízo são a base de Seu trono Sl 97:2, e se recorremos a Ele seremos ouvidos. Esdras que também esteve envergonhado em pedir ajuda a um certo rei, não hesitou em recorrer ao Rei dos Reis e o resultado: "moveu-se Deus pelas nossas orações", aleluia!

Chen e Bombeiros Tiraram as Vestes

Vestes no mundo espiritual designa espírito : "Eis que venho como ladrão, bem-aventurado aquele que vigia e guarda suas vestes, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas" Ap 16:15. Podemos ser atraídos ao charco de lodo voluntaria ou involuntariamente. O pecado pode ser a causa de nossa vergonha e adversidade: Provocamos nossa queda por desobediência, em alegoria, por "pisar em falso" (tal qual Chen). Para sair do charco, nesse caso, só mesmo se despindo, trocando as vestes. O que equivale dizer: Arrepender-se, humilhar-se diante do Senhor para obter perdão e vida nova.

Jesus Nossa Rocha

"Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos" Sl 40:2

Deus é o que revolve as nossas dores, põe riso e louvor em lugar da vergonha. Raquel esposa de Jacó, também se viu envergonhada pelo charco da esterilidade. Zombavam dela, ao clamar ao Senhor, porém, tudo mudou. Sob poder e misericórdia foi acolhida : " Concebi, tirou-me Deus a minha vergonha" Gn 30:23. E assim também é para conosco. O pecado, as provações e adversidades tentam nos derrotar, mas em Cristo Jesus, temos a vitória. E essa vitória, nem sempre é do modo como planejamos ou pedimos, mas se estamos firmes na Rocha, Deus sabe bem o que é melhor para nós.

Se você está nesse lago de lodo, lembre-se das palavras deste Salmo. Entregue-se ao Único que pode resgatar com segurança e firmar os seus passos para uma nova caminhada. Não tenha vergonha de confessar sua culpa, a sujeira em que se envolveu, caso contrário, ficará como Chen, atolado até a cintura escorregando constantemente em toda e qualquer direção que tentar se mover.

A notícia sobre Chen, também ensina que o orgulho pode ser a causa de nossa derrota: Conhecemos nossas limitações, impossibilidades, ainda assim nos negamos a recorrer a terceiros, ou mesmo a Deus. O inverso, também é verdadeiro: temos todas as condições de sair do "charco de lodo", porém ficamos "engessados", sem iniciativa - o celular estava com Chen bastava discar.

Não tenho a fórmula da felicidade, mas a Bíblia nos aponta o caminho, sendo ela mesma O caminho. A nós cabe a ação possível, a Jesus o impossível. amparados Nele estaremos firmes e seguros. Assim como Jesus lavou os pés dos discípulos para uma nova caminhada, Ele nos recebe, lavando o lodo de nossos pés: Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Mt 11:28. Mais que isso, o charco de lodo fica para trás.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião DR. Edson Cavalcante

terça-feira, 24 de setembro de 2019

VÁ E NÃO CONTES A NINGUÉM


                                                         VÁ E NÃO CONTES A NINGUÉM
O que salva o homem é o poder de Deus, o testemunho que Deus deu acerca do seu Filho! O testemunho dos homens não é perfeito porque conhecem em parte ( 1Co 13:12 ), e isto verificamos em João Batista “E João, chamando dois dos seus discípulos, enviou-os a Jesus, dizendo: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?” ( Lc 7:19 ).

Por que Jesus proibia que as pessoas divulgassem os milagres?


Questões não respondidas

Após curar muitos doentes, Jesus expulsos muitos demônios e não permitiu que os demônios dissessem quem Ele era: “E ele curou muitos doentes de toda sorte de enfermidades; também expeliu muitos demônios, não lhes permitindo que falassemporque sabiam quem ele era” ( Mc 1:34 ).
Quando curou um leproso, Jesus também advertiu para que não relatasse o ocorrido a ninguém: “E, advertindo-o severamente, logo o despediu. E disse-lhe: Olha, não digas nada a ninguém…” ( Mc 1:43 -44 ).
O homem surdo e gago de Decápolis foi proibido de divulgar que fora curado “E ordenou-lhes que a ninguém o dissessem; mas, quanto mais lhos proibia, tanto mais o divulgavam” ( Mc 7:36 ). O mesmo ocorreu com o cego de Betsaida: “E mandou-o para sua casa, dizendo: Nem entres na aldeia, nem o digas a ninguém na aldeia” ( Mc 8:26 ).
Após a transfiguração no monte santo, Jesus proibiu os seus discípulos de relatar aquele evento “E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dentre os mortos” ( Mt 17:9 ).
Por que Jesus proibia que as pessoas falassem dos eventos miraculosos operados por Ele?
Esta era uma questão que intrigava até mesmo os irmãos de Jesus, pois não era sempre que Jesus realizava milagres à vista de todos “Disseram-lhe, pois, seus irmãos: Sai daqui, e vai para a Judeia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes. Porque não há ninguém que procure ser conhecido que faça coisa alguma em oculto. Se fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo. Porque nem mesmo seus irmãos criam nele” ( Jo 7:3 -5).
Jairo, um dos principais da sinagoga, certa feita procurou Jesus porque a sua filha estava moribunda ( Mc 5:23 ). Enquanto seguia com Jairo até onde estava a menina, chegou a noticia de que ela havia morrido ( Mc 5:35 ). Jesus não permitiu que alguém daquela multidão o seguisse, exceto seus discípulos “E não permitiu que alguém o seguisse, a não ser Pedro, Tiago, e João, irmão de Tiago” ( Mc 5:37 ).
Na casa de Jairo, diante do alvoroço e do pranto daquelas pessoas que ali estavam, Jesus disse: – “Por que vos alvoroçais e chorais? A menina não está morta, mas dorme” ( Mc 5:39 ). Diante da assertiva de Cristo, os que ali estavam zombaram d’Ele. Jesus concitou os zombadores a se retirarem da casa de Jairo e, adentrou juntamente com os pais da menina no recinto onde ela estava posta. Após ressuscitar a menina, Jesus proibiu os pais de anunciarem o ocorrido: “E mandou-lhes expressamente que ninguém o soubesse; e disse que lhe dessem de comer” ( Mc 5:43 ).
É de se questionar por que Jesus não queria que as pessoas relatassem que foram curadas, principalmente porque se entende que as pessoas, ao relatarem os milagres, estariam expandindo o evangelho. A divulgação dos milagres não era uma forma de expansão do reino?
O objetivo de Jesus não era a expansão do evangelho? Certamente: “Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade” ( 1Tm 2:4 ); “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânime para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se” ( 2Pe 3:9 ).
Alguém pode concluir, com base na passagem do leproso, que o fato daquele homem relatar o milagre atrapalhou os planos de Jesus permanecer naquela cidade devido à multidão que O procurava. Entretanto, este não é o motivo de Jesus ter proibir que o ‘ex’-leproso contasse o seu milagre “Mas, tendo ele saído, entrou a propalar muitas coisas e a divulgar a notícia, a ponto de não mais poder Jesus entrar publicamente em qualquer cidade, mas permanecia fora, em lugares ermos; e de toda parte vinham ter com ele” ( Mc 1:45 ).

Calem-se os demônios

“E curou muitos que se achavam enfermos de diversas enfermidades, e expulsou muitos demônios, porém não deixava falar os demônios, porque o conheciam” ( Mc 1:34 ).
Nesta mesma linha, Jesus proibia que os demônios falassem quem Ele era.
Certa feita, na cidade de Gadara, um endemoninhado correu e adorou Jesus. Jesus ordenou que o espírito imundo saísse, ao que foi replicado em alta voz: – “Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? conjuro-te por Deus que não me atormentes” ( Mc 5:7 ; Mt 8:29 ).
Quando Jesus expulsos muitos demônios na cidade de Simão Pedro, não permitiu que eles dissessem quem Ele era: “Também expeliu muitos demônios, não lhes permitindo que falassem, porque sabiam quem ele era” ( Mc 1:34 ).
Por que a proibição? Jesus proibiu que os demônios dissessem quem Ele para que o seu ministério não se apoie no testemunho de demônios. Se Jesus nem mesmo aceitava testemunho de homens, como poderia aceitar testemunho de demônios? “Eu, porém, não recebo testemunho de homem; mas digo isto, para que vos salveis” ( Jo 5:34 ).
Que contradição seria Cristo, a verdade, apoiar o seu ministério no testemunho de quem é mentiroso desde o princípio e nunca se firmou na verdade! “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira” ( Jo 8:44 ).
O evangelista Marcos demonstra que os espíritos imundos, ao verem Jesus, se prostravam diante dele e O adoravam, e diziam: – “Tu és o Filho de Deus”.  Diante da incredulidade do povo e dos religiosos, Jesus poderia lançar mão da fala destes espíritos para convencer os seus ouvintes acerca da sua filiação? Não! “E os espíritos imundos vendo-o, prostravam-se diante dele, e clamavam, dizendo: Tu és o Filho de Deus. E ele os ameaçava muito, para que não o manifestassem ( Mc 3:11 -12).
Jesus jamais poderia aceitar o testemunho de demônios, pois, ao Pai Celestial competia revelar seu Filho aos homens. Quando o apóstolo Pedro confessou que Cristo era o Filho do Deus vivo ( Mt 16:16 ), Jesus disse: – “Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus” ( Mt 16:17 ).
Se carne e sangue não revela que Jesus era o Filho do Deus vivo, que se dirá os demônios! Crer no testemunho dos demônios não é bem-aventurança, é maldição! Seria leviano da parte de Cristo Jesus aceitar o testemunho dos demônios e em seguida dizer: – “Não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira” ( Jo 8:44 ); “Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, constituo-me a mim mesmo transgressor” ( Gl 2:18 ).
É competência do Pai revelar o Filho, por isso Jesus proibiu que os demônios dissessem aos homens quem Ele era “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos justos são; Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é” ( Dt 32:4 ); “Nas tuas mãos encomendo o meu espírito; tu me redimiste, SENHOR Deus da verdade” ( Sl 31:5 ).
Este foi o posicionamento do apóstolo Paulo quando uma advinha passou a divulgar que os apóstolos estavam anunciando o evangelho: “Esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo. E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu” ( At 16:17 -18).
Quando inteirado desta verdade, o crente deve observar bem quem são os apóstolos, missionários, pregadores, sacerdotes, bispos, pastores, mestres, etc., que louvam a si mesmos e os seus ministérios tendo por base declarações que os demônios apresentam em suas reuniões ao serem ‘entrevistados’ “Porque não ousamos classificar-nos, ou comparar-nos com alguns, que se louvam a si mesmos; mas estes que se medem a si mesmos, e se comparam consigo mesmos, estão sem entendimento” ( 2Co 10:12 ).
Após os demônios serem expulsos, as pessoas ficaram admiradas, e se questionavam: – “Que é isso?” Em primeiro lugar não compreendiam o que viram; – “Que nova doutrina é esta?” Em segundo lugar não compreenderam e nem se focaram na mensagem de Jesus, antes se focaram em indagar acerca dos demônios se sujeitarem a Cristo “E todos se admiraram, a ponto de perguntarem entre si, dizendo: Que é isto? Que nova doutrina é esta? Pois com autoridade ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem!” ( Mc 1:27 ).

Glória de homens

“Eu, porém, não recebo testemunho de homem; mas digo isto, para que vos salveis” ( Jo 5:34 )

Por que Jesus proibia que as pessoas divulgassem que foram curadas? Porque não era salutar Cristo apoiar o seu ministério em testemunho de eventos miraculosos!
Enquanto a revelação de Deus faz o homem chegar à conclusão de que Cristo é o Filho do Deus vivo, eventos miraculosos não são eficazes para fazer com que as pessoas cheguem à conclusão de Pedro: -“Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” ( Mt 16:16 ).
O testemunho de um homem curado da cegueira ficou aquém das Escrituras, o que demonstra que testemunho de milagres não tem a mesma autoridade que a revelação divina “Tornaram, pois, a dizer ao cego: Tu, que dizes daquele que te abriu os olhos? E ele respondeu: Que é profeta ( Jo 9:17 ); “E, chegando Jesus às partes de Cesareia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas ( Mt 16:13 -14); “Vendo, pois, aqueles homens o milagre que Jesus tinha feito, diziam: Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo” ( Jo 6:14 ).
O testemunho que as Escrituras dá acerca de Cristo é que Ele é o Filho do Deus vivo, portanto, o filho de Davi “Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, então farei levantar depois de ti um dentre a tua descendência, o qual sairá das tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho” ( 2Sm 7:12 -14; Rm 1:3 -4).
O testemunho das Escrituras produz naquele que crê a seguinte confissão: “Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo” ( Jo 11:27 ); “E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” ( Mt 16:16 ); “E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus” ( At 8:37 ).
Ao etíope, funcionário de Candace, rainha dos etíopes, Felipe expôs Cristo segundo as Escrituras. Filipe começou expondo quem era Jesus através de uma passagem do livro do Isaías ( Is 53:7 -8), e a conclusão do eunuco foi: – “Creio que Jesus é o Filho de Deus”.
Cristo deve ser aceito pelo testemunho que Deus deu acerca do seu Filho, testemunho este estampado nas Escrituras. Jesus exige que os homens creiam n’Ele pela palavra de Deus, e não por testemunho de homens relatando sinais miraculosos “E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim ( Jo 17:20 ).
É por intermédio da palavra de Deus que devemos crer em Cristo! Deus deu testemunho do seu Filho nas Escrituras para que, por intermédio dela, os homens pudessem crer em Cristo “E o Pai, que me enviou, ele mesmo testificou de mim. Vós nunca ouvistes a sua voz, nem vistes o seu parecer” ( Jo 5:37 ); “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam ( Jo 5:39 ).
Jesus mesmo declarou que se testificasse dele mesmo o seu testemunho não seria verdadeiro ( Jo 5:31 ). Embora João Batista tivesse testificado de Cristo, e Cristo confirmou que o testemunho de João Batista era verdadeiro, Jesus não se escudou no testemunho de João Batista ( Jo 5:34 ).
O que salva o homem é o testemunho que Deus deu acerca do seu Filho! O testemunho dos homens não é perfeito porque conhecem em parte ( 1Co 13:12 ), e isto verificamos em João Batista “E João, chamando dois dos seus discípulos, enviou-os a Jesus, dizendo: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?” ( Lc 7:19 ).
Lembremo-nos do testemunho de João Batista: “E João testificou, dizendo: Eu vi o Espírito descer do céu como pomba, e repousar sobre ele. E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse: Sobre aquele que vires descer o Espírito, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo. E eu vi, e tenho testificado que este é o Filho de Deus ( Jo 1:32 -34).
Jesus se escudava em um testemunho maior do que o testemunho de João: o testemunho das Escrituras e a obra que realizava ( Jo 5:36 ). O único testemunho firme e verdadeiro era o das Escrituras, ou seja, o testemunho de Deus por intermédio dos profetas “Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim escreveu ele. Mas, se não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?” ( Jo 5:46 -47).
Crer em Cristo é crer em Deus, pois quem não crê em Cristo não crê nas Escrituras “E Jesus clamou, e disse: Quem crê em mim, crê, não em mim, mas naquele que me enviou. E quem me vê a mim, vê aquele que me enviou” ( Jo 12:44 -45). É por meio de Cristo que o homem crê em Deus: “E é por Cristo que temos tal confiança em Deus” ( 2Co 3:4 ).
Jesus não aceitava glória de homem, assim como seria inútil Ele glorificar a si mesmo. Jesus não buscava a sua própria glória, antes buscava a glória do Pai “Jesus respondeu: Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada; quem me glorifica é meu Pai, o qual dizeis que é vosso Deus” ( Jo 8:54 ; Jo 7:18 ). O testemunho que Jesus deu acerca de si mesmo era verdadeiro, pois o Pai testificou de Cristo ( Jo 8:50 ; Jo 8:18 ).
Quando compreendemos que a obra de Deus é que os homens creiam em Cristo ( Jo 6:29 ), compreendemos as palavras de Cristo e as suas obras eram provenientes de Deus “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras” ( Jo 14:10 ; Jo 10:25 ; Jo 5:36 ).
Cristo é o cumprimento das Escrituras, o ‘Eu Sou’ que manifestou Deus ao mundo ( Jo 17:5 ; Jo 1:18 ). Jesus veio e anunciou aos homens o testemunho irrevogável de Deus e aqueles que não aceitaram permaneceram no pecado ( Jo 15:22 -24; Jo 8:24 ; Jo 10:35 ). Só através do testemunho das Escrituras é possível ao homem vir a Cristo, ou seja, aprendendo de Deus ( Jo 6:45 ).
Muito tempo depois de Jesus ter proibido que Pedro, Tiago e João relatasse o evento da transfiguração no monte santo, o apóstolo Pedro fez um breve relato do evento em sua segunda carta:
“Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido. E ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo; E temos ainda mais firme a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações” ( 2Pe 1:17 -19).
O apóstolo Pedro narra o mesmo evento registrado pelos evangelistas destacando que Deus honrou e glorificou o seu Filho quando disse: – “Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido” ( 2Pe 1:17 ; Lc 9:35 ; Mt 17:5 ).
Apesar de ter visto o Cristo transfigurado, Moisés e Elias, o apóstolo Pedro reputou mais firme a palavra dos profetas, recomendando aos cristãos que atentassem para as Escrituras. O apóstolo Pedro bem podia firmar qualquer argumentação acerca de Cristo segundo impressões pessoais durante o tempo que era discípulo. No entanto, após relatar um evento sensorial no qual viu o Cristo transfigurado e ouviu uma voz magnifica dos céus, reiterou que a atenção do crente deve estar firme nas Escrituras.
O evangelista João apontou o objetivo de ter selecionado e relatado alguns milagres operados por Cristo: que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. O objetivo de João não era que os leitores do seu evangelho cressem em milagres, ou que cressem na existência de Deus, ou que cressem em anjos, etc. O evangelista João teve o cuidado de selecionar os milagres que apresentassem Jesus como o Cristo previsto nas Escrituras “Jesus, pois, operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” ( Jo 20:30 -31).
Os sinais seguem os que creem em Cristo, porém, o tema da mensagem do crente é a cruz de Cristo ( 1Co 1:23 ). As pessoas precisam saber quem é Jesus Cristo, mas precisam saber conforme o conhecimento revelado nas Escrituras “Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre” ( Jo 7:38 ).
O crente deve resignar-se a seguir os passos de Cristo, que disse: “E sei que o seu mandamento é a vida eterna. Portanto, o que eu falo, falo-o como o Pai mo tem dito ( Jo 12:50 ).
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante