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terça-feira, 14 de agosto de 2018

SERÁ QUE ESTOU PREPARADO PARA O GRANDE DIA DO SENHOR?


            SERÁ QUE ESTOU PREPARADO PARA O GRANDE DIA DO SENHOR?


“Preparem-se para o Dia do Senhor!”, Grita fervorosamente o pregador. Na plateia, as pessoas atônitas ouvem a narração de terríveis fenômenos que, segundo ele, em breve vai assolar toda a Terra.
Em detalhes gráficos, elas ouvem que o sol e a lua deixarão de iluminar, que os corpos celestes irão colidir com a Terra e que pragas vão devastar o mundo—doenças, fome e guerras! Enormes terremotos e tempestades assoladoras e implacáveis vão arrasar cidades inteiras para punir homens, mulheres e crianças. Assim, o Deus Todo-Poderoso vai derramar Sua raiva e executar uma vingança cruel contra uma humanidade pecadora!
“O tempo do julgamento está próximo e é bom você estar preparado!” Aquela voz troveja pelos alto-falantes.
Mas, será que esse é exatamente o cenário do Dia do Senhor? A Bíblia ensina que só haverá “tristeza e desgraça” nesse tempo? Será que Jesus Cristo vai voltar à Terra apenas para destruí-la? Afinal, o que é mesmo o Dia do Senhor?
A Bíblia se refere a esse tempo de várias maneiras. A expressão “Dia do Senhor” é sinônimo de o “Dia da visitação” (1 Pedro 2:12), o “Dia do Senhor Jesus” (2 Coríntios 1:14), o “Dia do Juízo” (1 João 4:17), o “grande e terrível dia” (Joel 2:31), o “dia da vingança do nosso Deus” (Isaías 61:2) e o “grande Dia do Deus Todo-Poderoso” (Apocalipse 16:14). Outras passagens simplesmente se referem a esse tempo como “o dia”, “naquele dia”, ou “o dia de Deus”.
Independentemente da forma como é conhecido, esse vai ser o tempo mais espetacular de toda a história humana! E é imperativo que você entenda o que vai acontecer durante esse período e as incríveis mudanças que ele representa ao nosso mundo.

Então, o que é o Dia do Senhor?

Em seu sentido mais amplo, o Dia do Senhor simplesmente se refere à era em que Deus vai assumir o controle da Terra. Esta era em que estamos vivendo é o “dia do homem”, uma vez que Deus permite que atualmente a humanidade rebelde governe este planeta sem Ele.
A Bíblia também indica que essa era atual também poderia ser referida como o “dia de Satanás”, uma vez que agora Satanás é o “deus deste século” (2 Coríntios 4:4) “que engana todo o mundo” para seguir o seu sistema social e religioso (Apocalipse 12:9). Mas sua influência sobre a Terra é apenas temporária, segundo o propósito de Deus.
A Bíblia revela que Jesus Cristo permanecerá no céu “até aos tempos da restauração de tudo” (Atos 3:21). Assim, todas as coisas nesse planeta vão ser restauradas—colocadas de volta no lugar. Mas o que foi removido e que vai precisar ser restaurado?
A resposta é simples—o governo direto de Deus sobre toda a Terra! Isso será restaurado durante o Dia do Senhor.

Um dia!

Mais de dois mil e quinhentos anos, o rei Nabucodonosor da Babilônia teve um sonho perturbador. Nele, o monarca teve a visão de uma enorme estátua com cabeça de ouro, peito e braços de prata, barriga e coxas de bronze, pernas de ferro e pés de ferro misturado com barro (Daniel 2:31-33).
Como ele estava admirando a estátua, uma pedra sobrenatural veio do céu e atingiu os pés da estátua! Então, toda a estátua virou pó e foi levada pelo vento, e não restou nenhum vestígio dela. Em seguida, a pedra cresceu rapidamente e se transformou numa grande montanha, que encheu toda a Terra! (versículos 34-36).
A única pessoa capaz de explicar a visão era o profeta Daniel, que na época era um prisioneiro que servia na corte de Nabucodonosor. Daniel explicou ao rei que a estátua representava uma sucessão de impérios que dominariam o mundo conhecido a partir daquela época.
A fase final desses governos—representados pelos pés misturados de ferro com barro—seria uma aliança de governos de dez nações ou regiões distintas. Durante o tempo desse reinado unificado, o Deus do céu virá à Terra para destruir todo vestígio dessa poderosa união. Ele, então, vai estabelecer Seu próprio reino, que durará para sempre (versículos 41-45).
O Dia do Senhor é mencionado em algumas escrituras como o dia da batalha final—quando Jesus Cristo e Seu exército de anjos e os santos ressuscitados derrotarão o exército do último império humano. Não surpreende que esse último império, chamado de a poderosa “Babilônia”, seja destruído pela segunda vez (Apocalipse 18:2).
Jesus predisse que nesse dia Ele será visto no céu como um relâmpago: “Porque, como o relâmpago ilumina desde uma extremidade inferior do céu até à outra extremidade, assim será também o Filho do Homem no Seu dia” (Lucas 17:24).
A cataclísmica batalha final terá lugar em Jerusalém. O profeta Joel dá alguns vívidos detalhes dessa devastação, que vai começar com um alarme de guerra: “Tocai a buzina em Sião e clamai em alta voz no monte da minha santidade; perturbem-se todos os moradores da terra, porque o dia do Senhor vem, ele está perto” (Joel 2:1).
Então, ele passa a descrever um imenso exército marchando para Jerusalém—praticamente um exército que tem soldados de todas as nações da Terra!
Esses exércitos serão reunidos por Satanás e seus demônios nessa última e desesperada tentativa de evitar que o Reino de Deus seja estabelecido na Terra. “Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo para os congregar para a batalha, naquele grande Dia do Deus Todo-Poderoso” (Apocalipse 16:14).
Mas esse esforço será em vão, pois eles serão derrotados quando Cristo retornar. De fato, as armas de Cristo serão terremotos, chuva de pedras de fogo e uma “praga” que, praticamente, vai derreter soldados, enquanto eles ainda estiverem de pé (Apocalipse 16:18, 21; Zacarias 14:12-13). E as armas modernas e destrutivas deles não vão ser páreo para o poder infinito de Jesus Cristo!
Em seguida, após o término da batalha, Cristo vai subir ao trono e governar toda a Terra, e, finalmente, estabelecer o Seu Reino: “E o Senhor será rei sobre toda a terra” (Zacarias 14:9).
Assim, o Dia do Senhor pode ser entendido, de forma correta, como o dia da batalha final em Jerusalém—o dia em que todos os exércitos unidos do mundo serão derrotados e o Filho de Deus estabelecerá o Seu domínio sobre a Terra.
É interessante notar que esses importantes acontecimentos vão acontecer após a sétima trombeta (Apocalipse 11:15; 16:17). No entanto, uma série de escrituras também relata eventos que precedem essa trombeta como parte do Dia do Senhor. Por isso, também é correto ver esse “dia” como um período de tempo mais abrangente.

O ano de trombetas e pragas

O apóstolo João abre o livro de Apocalipse, dizendo a seu leitor que ele foi “arrebatado em espírito, no dia do Senhor” (Apocalipse 1:10;não o domingo, como muitos supõem, pois ele estava tendo uma visão do Dia do Senhor). De acordo com o Dicionário de Vine do Novo Testamento, a palavra grega herera, traduzida aqui como “dia”, pode significar um “período de duração indefinida, marcada por certas circunstâncias … O Dia do Senhor é o dia da manifestação de Seu julgamento sobre o mundo” (pp. 270-271).
Este entendimento é corroborado pela mensagem desse livro—as visões que João viu e registrou para nós acerca dessa impressionante sequência de eventos que vai culminar com o estabelecimento do Reino de Jesus Cristo aqui na Terra! Cristo também menciona o que vai acontecer logo antes de Seu retorno nesse “dia em que o Filho do Homem se há de manifestar” (ver Lucas 17:28-30).
Esses eventos vão conduzir a uma série de calamidades frequentes, que vai aumentar e se intensificar cada vez mais, as primeiras manifestações começaram logo após a primeira vinda de Cristo. Em Apocalipse 6, eles são representados pela abertura de “selos”.
As visões dos quatro primeiros selos são conhecidas como os “Quatro Cavaleiros do Apocalipse”. E representam o cristianismo falso, a guerra, a fome e as doenças epidêmicas. Esses mesmos problemas no mundo também foram anunciados diretamente por Jesus Cristo (Mateus 24:1-12).
Quando o quinto selo é aberto, Satanás inicia uma grande perseguição aos verdadeiros cristãos (Apocalipse 6:9; 12:12-17). Este também será o tempo de “angústia para Jacó” (Jeremias 30:7)—quando será permitido ao diabo descarregar sua ira sobre as nações que têm usufruído das bênçãos de Abraão. (Para saber mais sobre este tema crítico, solicite gratuitamente nosso guia de estudo Os Estados Unidos e a Inglaterra na Profecia Bíblica ).
Nessa época, a “Besta”—o governo mundial baseado na Europa, predito em Apocalipse 13—vai tomar o poder. Então, essa união governamental civil e religiosa vai impor a sua “marca” a toda humanidade e os verdadeiros seguidores de Jesus Cristo, que se recusarem a receber a marca, serão afligidos e odiados por todas as nações, sendo também traídos e, em alguns casos, até mesmo martirizados por recusar a desobedecer a Deus (Apocalipse 13:15-16Mateus 24:9-10).
Essa época, a qual Jesus se referiu como a Grande Tribulação (versículo 21), será a última tentativa de Satanás de destruir o povo de Deus!
Esses eventos sinalizam o início da contagem regressiva de três anos e meio para a batalha final! De acordo com Apocalipse 13:5, a Besta irá governar a terra por quarenta e dois meses (três anos e meio). Este mesmo período de tempo foi revelado ao profeta Daniel como o tempo em que esta poderosa união de igreja e Estado viria como um furacão à “terra gloriosa”—isto é, a Terra Santa (Daniel 11:40-41)—e destruiria o poder do “povo santo” por “um tempo, de tempos e metade de um tempo” (Daniel 12:7). Isto também se refere a três anos e meio—evidentemente, cada “tempo” representa um ano na profecia.
Durante esse período de três anos e meio, “imediatamente após a tribulação”, é que serão vistos os aterrorizantes sinais celestes (Mateus 24:29). Esses sinais celestes—fenômenos visíveis no céu—constituem o sexto selo de Apocalipse 6:2. Eles ocorrem entre a perseguição do povo de Deus e o início de Sua ira sobre a Terra.
O profeta Joel nos diz que os sinais celestes vão ocorrer antes do Dia do Senhor: “E mostrarei prodígios no céu e na terra … O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor” (Joel 2:30-31).
Os tumultuosos e caóticos eventos descritos por Joel nesse mesmo capítulo ocorrerão após os sinais celestes e durante o período que antecede o grande Dia da Batalha. Ao longo desse período, as “sete trombetas” do “sétimo selo” serão tocadas (Apocalipse 8-9). Cada trombeta traz uma nova praga sobre a Terra, que Deus, em Sua grande misericórdia, começa o processo de guiar os seres humanos enganados e rebeldes ao arrependimento para que Jesus Cristo possa governá-los.
Esse tempo é anunciado como o “grande Dia da Sua ira” (Apocalipse 6:17)—um “dia” que, segundo o princípio profético de um “dia por um ano” (ver Ezequiel 4:6; Números 14:34), é referido como um ano em Isaías 34:8 (ARA): “O dia da vingança do Senhor, ano de retribuições pela causa de Sião”. Esse ano—o último ano do período de três anos e meio—vai abranger grande parte da intensa ira de Deus sobre a humanidade pecadora.
Na esteira desses acontecimentos extraordinários, e seu ponto culminante na grande batalha em Jerusalém, está o início de uma nova era na história! E as Escrituras revelam que o Dia do Senhor, então, vai continuar ao longo dos próximos mil anos.

O Milênio

A maravilhosa verdade de que Jesus Cristo vai estabelecer o Seu trono—Seu Reino—sobre a Terra e governar com os Seus santos por mil anos (um milênio) está bem demonstrada nas Escrituras (Apocalipse 11:15; 20:4). Quando Jesus voltar como Rei dos Reis, Ele vai chegar exatamente de onde saiu—do Monte das Oliveiras, a leste do Monte do Templo em Jerusalém (Atos 1:9-12Zacarias 14:4).
Daquela era em diante, Ele vai começar o processo de cura das nações e vai ensinar as pessoas a obedecerem às leis de Deus—de modo tão intenso que o conhecimento do verdadeiro Deus cobrirá a Terra como as águas cobrem todos os mares! Desta vez, essa paz maravilhosa e a reconstrução de tudo se encontram retratada para nós no livro de Isaías: “Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Isaías 11:9).
Desde os primeiros dias do cristianismo, tradicionalmente, alguns estudiosos da Bíblia acreditavam que Deus separou um período de sete mil anos para tratar com a humanidade. Nesse “plano de sete mil anos” se entende que cada dia da semana representa mil anos, sendo o “sábado do sétimo dia” o final do milênio—o tempo em que Jesus Cristo irá governar a Terra e dar-lhe descanso da influência de Satanás, o diabo.
Às vezes, o Dia do Senhor refere-se a esse período de mil anos, como o “dia” em que o Senhor irá governar a Terra. O apóstolo Pedro parece mencionar esse entendimento especial em 2 Pedro 3: “Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa … Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite” (versículos 8-10; ver também Salmos 90:4).
No livro de Hebreus, a Bíblia também confirma a identificação do milênio como um dia de sábado com a duração de mil anos. O autor usa a observância do sábado como uma ilustração do “descanso” ou recompensa para os cristãos que se esforçam para entrar nele.
“Pois em certo lugar ele falou sobre o sétimo dia, nestas palavras: ‘No sétimo dia Deus descansou de toda obra que realizara’ … Porque, se Josué lhes tivesse dado descanso, Deus não teria falado posteriormente a respeito de outro dia. Assim, ainda resta um descanso sabático [observância do sábado] para o povo de Deus; pois todo aquele que entra no descanso de Deus, também descansa das suas obras, como Deus descansou das Suas. Portanto, esforcemo-nos por entrar nesse descanso” (Hebreus 4:4, 8-11, NVI).
Então, o próprio milênio, em alguns casos, é representado como um “dia”—de fato, o Dia do Senhor. Isaías 19 e inúmeras outras referências nos livros proféticos da Bíblia descrevem o tempo em que Jesus Cristo vai governar as nações e ensiná-las os Seus caminhos. A frase “naquele dia”, que aparece muitas vezes ocorre nessas passagens, deveria, nesse contexto, ser entendida no sentido de milênio—o dia em que o Senhor governará a Terra e todas as suas nações!
Mas o Reino de Deus não vai acabar depois de os mil anos chegarem ao fim. Na verdade, o Reino de Deus não terá fim (Isaías 9:7). Então, o Dia do Senhor, ou seja, o tempo em que o Senhor vai governar, também pode ser aplicado ao que vem depois do Milênio.

Além da eternidade

Em sentido mais amplo, o Dia do Senhor começa pouco antes do milênio começa e depois continua através das infindáveis eras—por toda a eternidade. De forma direta, foi dito a Daniel o que iria acontecer: “Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e possuirão o reino para todo o sempre e de eternidade em eternidade” (Daniel 7:18).
Parece haver um duplo significado na passagem de 2 Pedro, que examinamos anteriormente, onde o apóstolo parece incluir também eventos além do milênio quando a superfície e a atmosfera da Terra serão incineradas—como parte do Dia do Senhor (2 Pedro 3:10) .
Apocalipse 21 nos dá uma ideia desse novo céu e nova terra, que irá substituir o que hoje conhecemos: “E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (versículos 1-3).
Então, Deus Pai e Jesus Cristo habitarão por toda a eternidade com aqueles que nasceram em Sua família! Deus proclama: “Quem vencer herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho” (Apocalipse 21:7).
Assim, por incrível que possa parecer, cada um de nós recebe um maravilhoso convite do Deus Todo-Poderoso, o grande Criador do universo, para participar de Seu dia—por toda a eternidade—e governar com Ele sobre o vasto universo. Esse será um grandioso dia!
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

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