ESTUDO SOBRE A VERDADEIRA PÁSCOA DO
SENHOR...
O nome e o significado
da palavra “páscoa”. O nome que a Bíblia Hebraica usa para denominar “páscoa” é
pesah. Com a palavra pesah o texto bíblico quer significar duas coisas:
1. o ritual ou
celebração da primeira festa do antigo calendário bíblico (Ex 12.11,27,43,48);
2. a vítima do
sacrifício, isto é, o cordeiro pascal (Ex 12.21; Dt 16.2,5-6).
Na Bíblia, o nome de
uma pessoa ou instituição é sempre um dado importante para se conhecer o que
eles são e o que representam. O nome não é um simples rótulo, uma etiqueta ou
uma fachada publicitária, mas ele exprime a realidade do ser que o carrega e
representa. Assim é o nome “páscoa”.
O substantivo
pesah/páscoa vem da raiz verbal psh que aparece três vezes nos relatos pascais
(Ex 12.13,23,27; ler também Is 31.5; 1 Rs 18.21,26). Assim, o verbo pasah
passar por cima, saltar por cima é o significado que prevalece nos usos deste
termo pelos escritores e escritoras da Bíblia. O Prof. Luiz Roberto Alves assim
definiu o termo pesah/ páscoa: “O verbo que dá base ao substantivo pesah tem o
sentido de salto, movimento, caminhada, travessia. Todas as palavras têm
história e essa história corresponde às ações dos homens e mulheres. Os hebreus
juntaram à idéia do pesah vários
acontecimentos ligados
à idéia de travessia” (Expositor Cristão, 2a. Quinzena, 1984,p. 12).
A origem da Páscoa
Falar de origem da
Páscoa é entrar no campo das suposições, pois não há dados suficientes que
ajudam a esclarecer sobre essa celebração no período pré-mosaico. Todavia, os
textos do Antigo Testamento fornecem indicações que a Páscoa, em suas origens,
foi um ritual ou cerimônia que incluía as seguintes características:
a) O ritual era
realizado no seio da família ou clã; não tinha altares, santuários e sacerdotes
ou qualquer influência do culto oficial;
b) Era celebrado por
pastores nômades ou seminômades;
c) O ato central desse
ritual era o sacrifício de um jovem animal do rebanho de cabras ovelhas;
d) A cerimônia ocorria
no fim da primavera e início do verão (mês de abril), numa noite de lua cheia;
e) O ritual da
celebração pascal incluía as seguintes etapas:
- Retirava-se o sangue
do animal,
- Ungia a entrada das
cabanas com o sangue do animal,
- Assava a carne do
animal,
- Com a carne assada,
fazia um grande banquete para a família reunida,
- O banquete oferecido
incluía a presença de pães ázimos ou asmos, ervas amargas nascidas no deserto,
- A celebração da
Páscoa exigia dos participantes desse ritual as seguintes
posturas:
Ter uma atitude de
marcha e pressa,
Usar vestimenta para
viagem,
Ter as vestes amarradas
na cintura,
Atar as sandálias nos
pés,
Ter o cajado de pastor
na mão.
f) Parece que o
objetivo dessa cerimônia era pedir proteção divina, para a família e o seu
rebanho de animais menores contra o exterminador (no hebraico, maxehit – Ex
12.13, 23) ou saqueador, bando de destruição (1 Sm 13.17; 14.15; Pr 18.9). O
exterminador maxehit pode ser qualquer tipo de agressor, desgraça, enfermidade,
peste ou acidente que poderia ocorrer com qualquer membro da família ou os seus
animais.
g) Provavelmente, esse
ritual foi celebrado por Abraão, Isaac e Jacó, pois eles eram pastores. A cada
ano, na primavera, quando o vento quente do deserto, anunciando o verão,
atingia e queimava as parcas pastagens das ovelhas, os pastores, suas famílias,
bem como os seus rebanhos eram obrigados a buscar outros lugares para dar de
comer as suas ovelhas.
A Páscoa celebrada
pelos israelitas: da sedentarização até o início da Monarquia (1200 – 1040 a.C.).
Evidentemente que o
sistema de vida dos israelitas mudou substancialmente após a chegada a Canaã.
a) O povo israelita
deixou de ser semi-nômade e deu início ao processo de sedentarização.
Paulatinamente, o povo foi se tornando agricultor, embora parte dele continuou
na vida pastoril, especialmente, as clãs que permaneceram vivendo nas
localidades periféricas do território da terra de Israel.
b) Ao se fixar nas
terras agrícolas, os israelitas aproximaram-se dos cananeus. Foi aí que o povo
do êxodo conheceu algumas festas relacionadas ao mundo agrícola. Entre essas
instituições estão as festas agrícolas, como Ázimos, Semanas e Colheitas.
c)Foi nesse período de
difícil adaptação que se dá a integração da Festa dos Pães Ázimos e a Páscoa.
As duas celebrações ocorriam no mesmo período.
d) No período entre a
chegada do povo israelita à Canaã e a sedentarização ocorreu uma profunda
transformação no significado da Páscoa.
* O conteúdo e a forma
da cerimônia da primitiva da Páscoa já não respondem as condições de vida
atuais do povo israelita. Exigiam-se modificações.
* Apesar da Páscoa
manter boa parte de seu antigo ritual, o povo israelita procurou encontrar
outros motivos para a celebração.
* A cerimônia continuou
a ser celebrada em família, mas a Páscoa deixou de ser um ritual ligado à troca
de favores divinos, para tornar-se uma memória da ação de Deus, salvando o povo
hebreu da escravidão.
e) O mais primitivo
ritual da Páscoa encontra-se em Êxodo 12.21-28.
Estudo Bíblico: Ex
12.21-28
I. Instrução de Javé para
Moisés e Aarão – v. 21-27a.
1. Introdução: Moisés
convocou todos os anciãos de Israel e disse-lhes:
2. A instrução para a
missão de Moisés e Aarão – v. 21b-27a.
2.1. Instruções para a
Páscoa – v. 21b-22
Tirai,
Tomai um animal do
rebanho segundo as vossas famílias e
Imolai a Páscoa.
Tomai alguns ramos de
hissopo,
Molhai-o no sangue que
estiver na bacia, e
Marcai a travessa da
porta e
os seus marcos com o
sangue que estiver na bacia;
Nenhum de vós saia da
porta de casa até pela manhã
2 – Razão para celebrar
a Páscoa – v. 23
e Javé passará para
ferir os egípcios;
e quando Ele vir o
sangue sobre a travessa,
e sobre os dois marcos,
Ele passará adiante
dessa porta,
e Ele não permitirá que
o exterminador entre em vossas casas para vos ferir.
3 – Ordem para a
celebração da Páscoa – v. 24-25
Observareis esta
determinação como um decreto para vós
e para vossos filhos,
para sempre.
Quando tiverdes entrado
na terra que Javé vós dará, como disse,
Observareis este rito.
4 – Explicação sobre a
festa e o significado no nome ´páscoa` – v. 26-27a.
Quando vossos filhos
vos perguntarem: “Que rito é este?”
Respondereis:
“É o sacrifício da
Páscoa para Javé
que passou adiante das
casas dos filho
Então o povo se
ajoelhou
e se prostrou.
Foram-se os filhos de
Israel
e fizeram isso, como
Javé ordenara a Moisés e a Aarão,
assim fizeram.
Comentando:
A forma literária com a
qual este ritual foi elaborado é perfeita.
Primeiro, o texto
mostra Moisés convocando os anciãos do povo, a mando de Javé (conforme Ex
12.1), para preparar a festa da Páscoa (v. 21b-22).
Segundo, Moisés
instrui, com detalhes, os anciãos para preparar os elementos que comporiam o
ritual (v.21b-22).
Terceiro, Moisés
fornece as razões para aquele ritual, bem como o uso do sangue de uma ovelha e
o hissopo (planta aromática – Nm 19.6; Sl 51.9): o motivo da festa é afugentar
o medo do vento exterminador que ameaça as casas do povo hebreu (v. 23).
Quarto, a ordem para
celebrar a Páscoa tem uma dimensão profética. A Páscoa vai além da contagem do
tempo humano, cronológico. A celebração não encerra um simples agradecimento,
pela libertação da escravidão e a concessão da terra para morar, criar a
família e plantar para obter o alimento. A celebração possui a dimensão
profética da contínua presença salvadora de Deus junto ao seu povo. Jesus
captou essa amplitude da celebração quando disse: “Fazei isso em memória de
mim… até que Ele venha” (1 Co 11.24b e 26b).
Quinto: os versos
26-27a providenciam a explicação do nome “Páscoa” para as gerações e gerações
de salvos da escravidão. Com isso, o texto bíblico quer mostrar que essa
celebração da Páscoa possui uma novidade. Ela não é mais dominada pelo medo do
Faraó ou dos outros possíveis “exterminadores” que possam haver nos caminhos do
povo de Deus. A celebração da Páscoa, do povo liberto e instalado na terra de
Canaã, passa a ser marcada pela alegria e certeza da presença de Deus entre o
povo liberto e salvo.
Sexto: os versos 27b-28
assinalam o cumprimento da ordem divina para celebrar a Páscoa.
Observações
(1) A prescrição sobre
a celebração da Páscoa (Ex 12.21-28) é legitimada pelo editor do livro de
Êxodo. Assim, o cabeçalho deste capítulo (Ex 12.1) afirma que a prescrição da
Páscoa (12.21-28) é autorizada por Javé. Eis a sua lógica:
1. Javé comunica a
Moisés e Aarão;
2. Moisés e Aarão ouvem
as ordens de Javé;
3. Moisés e Aarão
obedecem e comunicam aos anciãos de Israel.
(2) A celebração
continuava a ser celebrada em família. A Bíblia ensina que a família constitui
o fundamento para o projeto de sociedade que Deus propõe para a humanidade.
(3) Foram mantidos
vários elementos na celebração: ovelhas e ramos de hissopo (erva aromática).
Evidentemente que houve algumas modificações, em razão da nova situação de vida
do povo, agora, vivendo em Canaã.
(4) Todavia, a antiga
Páscoa foi “relida” e “re-significada”. O antigo culto dos pastores
semi-nômades possuía a função de controlar as forças da natureza. Por exemplo,
os povos anteriores aos hebreus acreditavam que oferecendo em sacrifício o
filho primogênito, poderia controlar a bênção e a ira divina. Como na cerimônia
da primitiva páscoa, os pastores acreditavam que poderiam amenizar a ira divina
do “vento destruidor”.
(5) Na verdade, o povo
bíblico tomou antigos costumes dos povos vizinhos e os converteu em
instrumentos de preservação e ensino da fé. No caso da Páscoa, o povo bíblico
tomou uma cerimônia pagã, que girava em torno de uma magia, e a transformou em
um sinal da presença salvadora de Javé. Em outras palavras, a nova celebração
da Páscoa mostra que a fé não é um dado doutrinário ou mágico, mas um gesto
história de Javé.
IV – Da sedentarização
do povo de Israel ao período monárquico.
Após os acontecimentos
que envolveram a saída do Egito – a difícil caminhada pelos desertos, os muitos
“sinais e maravilhas” realizados por Javé e o cumprimento da promessa de “uma
terra que mana leite e mel” – o povo bíblico juntou à idéia da Páscoa aos
acontecimentos acima descritos. A Páscoa dos nômades deixou de ser uma
cerimônia mágica que procurava afugentar o medo do “exterminador”, que se supunha
estava próximo, para se tornar uma afirmação concreta da plena liberdade que
Javé dá.
* Foi nesse momento que
o povo bíblico tomou consciência que a sua fé em Javé não era uma formalidade a
mais entre os povos do Antigo Oriente. Javé não é definido pelo seu ser, mas
pela sua atuação na história: Ele ouviu o grito angustiado dos/as escravos/as
do Egito e providenciou os meios para a libertação deles (Ex 3-4);
* A celebração da
Páscoa, agora reformulada e “re-significada”, passa afirmar que a fé bíblica é
histórica, e que tem seu fundamento nos acontecimentos salvíficos relatados nos
livros de Êxodo, Números e Deuteronômio, especialmente;
O outro ritual da
Páscoa, relatado em Êxodo 12.1-14, provavelmente, representa a segunda forma
litúrgica mais primitiva, entre todas incluídas no Antigo Testamento. Ao
tornar-se sedentário, o povo de Israel mudou substancialmente seu sistema de
vida:
* de escravos
tornaram-se livres;
* de pastores
tornaram-se agricultores;
* de semi-nômades
tornaram-se sedentários.
* A história da
salvação do Egito não é ensinada, nas casas e nos cultos, como uma doutrina,
mas como um fato histórico, isto é, um milagre de Deus ocorrido na história de
seus pais;
* A fé em Javé, através
da celebração da Páscoa, tornou-se uma força transformadora;
* do medo à coragem;
* da magia a atos
concretos da atuação de Javé;
* da escravidão à
liberdade.
* O nome da festa,
pesah saltar – o saltar do vento destruidor, demoníaco – passa significar, em
conexão com a história de libertação dos hebreus, passar por cima de, saltar
para a liberdade;
* O sacrifício de um
cordeiro deixa de ser um simples sacrifício de sangue para se tornar uma
memória dos atos salvíficos de Javé. Por isso, a celebração da Páscoa passa a
ser prescrita como “um Páscoa para Javé”.
V – A Páscoa no período
monárquico.
* Há silêncio sobre a
celebração da Páscoa, exceto o profeta do Reino do Norte Oséias que critica o
povo pela ausência da celebração Os 12 ).
VI – Da celebração
caseira para a cerimônia no Templo de Jerusalém.
O rei Josias (642-609
antes de Cristo) empreendeu uma ampla reforma no Reino de Judá (O Reino de
Israel já tinha sido destruído em 722 a.C.).
* Por determinação do
rei Josias, a Páscoa passou a ser celebrada, oficialmente, no Templo, em
Jerusalém (Dt 16.1-8);
* A reforma equipara a
Páscoa a uma festa de peregrinação (ver a coleção “Salmos das Subidas” (Sl
120-134);
* O gado maior (boi )
passa a ser admitido como vítima para o sacrifício;
* Surgiu a permissão
para cozer a vítima, em lugar de assá-la;
* A memória do êxodo do
Egito continuou sendo o motivo principal da celebração.
VII – A Páscoa no
exílio babilônico (598-537 anos antes de Cristo)
Durante o exílio na
Babilônia, o povo exilado desenvolveu a esperança de que Javé poderia libertar,
de novo, Israel. Este tema é muito abordado pelo profeta anônimo do exílio,
cujas palavras foram editadas no livro de Isaías, capítulos 40 a 55.
* Desaparece a
atividade cultual no Templo (destruído em 587 a.C.). Surge a Sinagoga e cresce
a produção literária;
* Volta o sacrifício da
rês menor (ovelhas e cabras);
* A celebração volta
para a família e o ritual de sangue volta a ter o sentido de símbolo da defesa
contra o “exterminador”;
* Percebe-se pequenas
variações na celebração:
1. Não jogar fora
algumas partes do animal sacrificado;
2. não quebrar os ossos
do animal sacrificado;
3. permissão para
celebrar a Páscoa no 2o. mês para quem não pôde sacrificar no 1o. mês (Nm
9.1-14);
4. passou a ser
permitida a participação de estrangeiros.
* Começou aparecer uma
distinção entre Páscoa e Ázimos, como celebrações distintas:
Festa dos Ázimos: nos
dias 1 a 7 do primeiro mês do ano;
Festa da Páscoa: no dia
14 do mesmo mês.
VIII – Páscoa no
período Grego
* Os livros de 1 e 2
Crônicas e Esdras indicam que a Páscoa preservou alguma cerimônia para o
Templo, mas a refeição pascal foi mantida no templo;
* O gado maior foi
readmitido como parte da cerimônia;
* A carne deve ser
assada e não cozida;
* O leigo executa o
ritual de sangue (2 Cr 30.21; 35.11);
* Páscoa e Ázimos
voltam a integrarem-se;
* O levita passa a ter
um papel relevante na celebração;
* A música passa a ser
parte da celebração;
* O copo de vinho passa
a ser parte da cerimônia;
* A Páscoa retornou ao
Templo como parte do culto oficial, mas preservou-se a refeição para o ambiente
familiar.
Resumindo
1. A Páscoa pré-mosaica
é marcada pelo medo do exterminador maxehit. O ritual tinha algo de “magia”
para afugentar os males. É bom lembrar que, nessa época, o povo sacrificava os
primogênitos recém-nascidos para ganhar favores divinos (conforme Gn 22);
2. O povo bíblico tomou
todos os costumes e práticas pagãs e os passou pelo crivo da fé javista. Tanto
no sacrifício dos primogênitos (Gn 22), como no ritual da Páscoa, o povo
bíblico converteu tais cerimônias às práticas e confissões de fé javistas. Em
ambas situações, o medo prendia as pessoas e forçava-as a praticarem cerimônias
inúteis e criminosas. Foi Javé quem abriu os olhos do povo bíblico. Este se
tornou um missionário entre as nações para anunciar as boas novas: “Não temais!
Eis que vos trago uma boa nova que será para todo o povo” (Lc 2.10). A Páscoa
anuncia o fim do medo e, conseqüentemente, a confirmação da confiança em Deus.
3. A celebração da
Páscoa não é uma cerimônia de nostalgia do passado; não é uma festa da saudade
onde heróis e heroínas são lembrados/as por seus atos de valentia; também não é
um ritual que procura romantizar o passado, lembrando e homenageando certas
figuras da história.
4. Na Bíblia, dois
verbos sobressaem-se: “lembrar” e “esquecer”. Quando a Bíblia apela para que o
povo lembre dos grandes atos de Javé (conforme Ex 13.3), ela está procurando
construir o futuro da nação. A memória dos grandes atos salvíficos de Deus mobiliza
a fé da sociedade e fortalece o povo para esperar as boas novas do Reino de
Deus. Esquecer o que Deus fez e faz significa a tragédia da humanidade.
5. Celebrar a Páscoa é
resgatar os atos salvíficos de Deus no passado, acreditando que Ele possa fazer
o mesmo, entre nós, no dia de hoje. A memória do passado salvífico – seja da
libertação no Egito, seja da vida e obra de Jesus Cristo – restaura as forças
dos/as crentes celebrantes para o testemunho.
6. Na verdade, a
memória carrega o sentido de redenção, seja dos atos salvíficos de Deus,
através da história, bem como a redenção das causas justas do passado. Assim, a
memória resgata tanto a vida e obra de Jesus como a luta dos pobres pela
dignidade de viver. Pela memória, redimimos o desejo e a luta deles. Assim, se
esquecermos dos desafios do povo de Deus no Antigo Testamento, os ensinos de
Jesus Cristo ou os anseios justos do povo fiel, pomos a perder o sentido desses
projetos. A intenção da celebração da Páscoa afirmar que cada geração de
celebrante tem o dever de pôr em prática os verdadeiros e justos projetos das
gerações do passado...
BISPO/JUIZ. MESTRE E
DOUTOR EM ÊNFASE E DIVINDADES DR. EDSON CAVALCANTE
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