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domingo, 16 de outubro de 2016

O QUE REALMENTE SÃO PRINCIPADOS E POTESTADES...


                     O QUE REALMENTE SÃO PRINCIPADOS E POTESTADES...
Que quer dizer principado? É um pequeno estado independente, cujo soberano tem o título de príncipe. E potestade o que é? É a autoridade constituída. Aquele que tem poder para exercer certas funções.
A Bíblia faz referência a dois tipos de potestades. As do Céu e as da Terra. Vejamos as da Terra, na carta de Paulo a Tito: “Admoesta-os a que se sujeitem aos principados e potestades, que lhes obedeçam e estejam preparados para toda a boa obra. Que a ninguém infamem, nem sejam contenciosos, mas modestos, mostrando toda a mansidão para com todos os homens” (Tt. 3:1-2). Na carta aos Romanos, Paulo entra mais fundo no assunto: “Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há, foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistrados não são um terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade. Faze o bem e terás o louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para o teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz mal” (Rm. 13:1-4).
Agora os principados e potestades do céu: “Revesti-vos de toda armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef. 6:11-12).
Os principados e potestades da Terra têm domínio sobre os homens, tanto os cristãos como os não cristãos; e Paulo recomenda submissão total como se essas potestades fossem o próprio Deus (Rm. 13:1-4). Em relação aos principados e potestades do céu, (anjos com autoridade e poder), Paulo ordena que coloquemos a armadura espiritual, e entremos em luta mortal com esses principados e potestades. É interessante notar que todos os homens deste mundo estão debaixo da autoridade dos anjos, isto é, principados e potestades. O profeta Daniel faz referência a eles. Havia um príncipe angelical sobre os persas (Dn. 10:13). Havia também um príncipe sobre o governo da Grécia (Dn. 10:20). Os judeus estavam sob a autoridade do arcanjo Miguel (Dn. 10:21; 12:1).
Sendo submissos aos principados e potestades da Terra, os cristãos estão indiretamente submissos aos anjos (principados e potestades), que estão no governo de tal nação  e dirigem as autoridades terrenas. Ora, os anjos estão a serviço de Jeová. “Jeová tem estabelecido o seu trono nos céus e o seu reino domina sobre tudo. Bendizei a Jeová, anjos seus, magníficos em poder, que cumpris as suas ordens, obedecendo a voz da sua palavra” (Sl. 103:11-12). Nabucodonozor, que era um querido servo de Jeová, concluiu o seguinte, quando sarou da sua loucura: “Ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonozor, levantei os meus olhos ao céu e tornou-me a vir o meu entendimento e eu bendisse o altíssimo e louvei e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é um domínio sempiterno e cujo reino é de geração a geração. E todos os moradores da Terra são reputados em nada, e segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e com os moradores da terra; não há quem possa estorvar a sua mão e lhe diga: Que fazes?” (Dn. 4:34-35; Jr. 27:5-6).As autoridades celestiais, os principados e potestades, são adversários da Igreja, ou melhor, dos cristãos (Ef. 6:11-12). O diabo é adversário número um da Igreja e no Apocalipse lemos que o diabo e seus anjos batalham contra o povo de Deus (Ap. 12:7-10). Não é difícil perceber que o diabo ou Satanás faz parte dos principados e potestades que estão a serviço de Jeová, conforme o Sl. 103:11-12. O diabo é, com toda certeza, uma potestade ou príncipe estabelecido por Jeová para destruir a Igreja. Paulo disse: “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, podem nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus” (Rm. 8:38-39). E Jesus disse: “O príncipe deste mundo se aproxima e nada tem em mim” (Jo. 14:30). Cristo despojou os principados e potestades: “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo” (Cl. 2:14-15).
Como os anjos estão a serviço de Jeová, são contra a Igreja, Jeová é contra a Igreja. Alguém se espanta com esta declaração? Pois Jeová foi contra o seu povo Israel como adversário. Aqui vão alguns textos: Is. 63:10; Lm. 2:1-5; 2:17.
Vejamos as potestades e principados terrenos. Eram todos inimigos da Igreja. Nero imperador romano (em 64 d.C), matou milhares de cristãos e entre eles Paulo e Pedro. Domiciano (96 d.C) trucidou outros tantos milhares. Neste reinado João foi exilado para Patmos. Trajano (98 a 117 d.C), continuou a matança, nas suas mãos morreu Simão, irmão do Senhor Jesus, bispo de Jerusalém, e que foi também crucificado em 107 d.C. Inácio, bispo de Antioquia, foi lançado às feras (110d.C). Os romanos exigiam que a pessoa amaldiçoasse a Cristo. Se não o fizesse era esquartejado ou lançado às feras. Foram dezenas de milhares de mártires. Marco Aurélio (161 a 180 d.C), cruel e bárbaro, usava a decapitação como meio mais rápido. Justino, o mártir, morreu sob sua mão. Blandina, uma escrava de porte pequeno, foi supliciada dias e só dizia: “sou cristã”. Sétimo Severo (193 a 211 d.C), os mártires eram diariamente queimados, crucificados ou degolados. Décio (249 a 251 d.C), decidiu exterminar o  cristianismo. Multidões pereceram no seu governo debaixo de cruéis torturas. Valeriano, que sucedeu a Décio no trono, e o superou em crueldade, também tentou extinguir o cristianismo (253 a 260 d.C). Diocleciano, foi o último perseguidor e o mais severo. Foi tão feroz que lhe deram o título de ‘besta apocalíptica’.
Se Deus, o Pai, foi quem estabeleceu os principados e potestades, tanto no céu como na terra e estes principados agem de acordo com a sua vontade, então Deus, o Pai de Jesus é o perseguidor, matador e destruidor dos cristãos. Mas Paulo revela que Deus, o Pai de Jesus quer salvar a todos (I Tm. 2:3-4; 4:10). Pedro confirma essa palavra (II Pd. 3:9). E o apóstolo João afirma que Deus, o Pai, é todo feito de amor (I Jo. 4:7-8).
Já que da mesma fonte não pode jorrar água doce e água amargosa, somos obrigados a crer que Jeová é o adversário cruel da Igreja, e Satanás está a seu serviço, como príncipe reinante em lugar de Jeová. Cremos também que o Pai só pode ser visto em Cristo, não através de Cristo, por isso disse: “Se vós me conhecêsseis a mim também conheceríeis a meu Pai (Jo. 8:19). “Quem me vê a mim, vê o Pai; como dizes: mostra-nos o Pai?” (Jo. 14:9). E João disse: “Deus nunca foi visto por alguém, O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o fez conhecer” (Jo. 1:18). Por isso Tomé disse: “Senhor meu e Deus meu” (Jo. 20:28). E disse mais: “Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (I Jo. 5:20). 

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante

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