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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

O PECADO E SUA CONSEQUÊNCIAS

 

O PECADO E SUA CONSEQUÊNCIAS

1 João 1.5-10

Versículo Chave: 1 Jo 1.8
“Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.”

Alvo da Lição:
O aluno tomará mais conhecimento do alcance de alguns efeitos do pecado na vida do homem, a fim de buscar maior santidade.

O pecado não é problema de um indivíduo apenas, mas de todos os seres humanos. Podemos afirmar que não existe pecado cujas causas não estejam na humanidade inteira e cujas consequências não atinjam toda a humanidade. Temos estudado o homem como pecador, e demonstrado não só que o homem todo é pecador, como também que todo homem é pecador. Nesta lição, trataremos de responder algumas perguntas importantes que demonstram o alcance do pecado e alguns dos seus efeitos na vida do homem.

I. O que é o pecado original? Por que somos culpados pelo pecado de Adão?
Há alguns anos, uma empresa alimentícia lançou uma campanha de marketing com uma pergunta: “Nosso produto é fresquinho porque vende mais, ou vende mais porque é fresquinho?”

Assim, perguntamos: “O homem é pecador porque comete pecados, ou comete pecados porque é pecador?”

As Escrituras atestam que todo ser humano, qualquer que seja a idade, raça, nacionalidade, está desqualificado desde o seu nascimento e tem uma natureza decaída por causa do pecado de Adão e Eva.

Todos nós herdamos uma natureza pecaminosa, uma terrível inclinação para o pecado (1Jo 1.8-10; Sl 51.5).
Em todos os lugares encontramos pessoas violando os padrões morais, éticos e espirituais estabelecidos. Ninguém os guarda perfeitamente (Rm 5.12-19; 3.10-18).
Chafer assinala que “O termo ‘pecado original’ carrega consigo duas implicações: (1) o primeiro pecado da raça, e (2) o estado do homem em todas as gerações subsequentes como resultado do pecado original”. Talvez um termo melhor para designar este fato seja “pecado herdado”, ou “corrupção hereditária”. Como consequência da queda, todos passamos a ser pecadores. Uma simples observação da natureza humana nos ajuda a verificar que não é necessário ensinar uma criança a pecar.

O texto de Romanos 5.12-19 apresenta-nos uma explicação bem clara do assunto.

1. “Por um só homem entrou o pecado no mundo”

Adão é o introdutor do pecado na raça humana. Há uma ligação clara entre o pecado de Adão e o da raça humana.

2. “Por que todos pecaram”

A expressão é conclusiva ao analisar a morte como realidade presente na experiência de todos, morte que sobreveio por causa do pecado. Se todos morrem como consequência do pecado, a conclusão óbvia é que todos receberam os efeitos do pecado de Adão.

3. “Ofensa de um só”

“Uma só ofensa”, “Pela desobediência de um só homem”. A incidência destas expressões (v.15,17,18 e 19) deixa bem claro que há uma ligação entre o pecado de Adão e o estado da raça humana.

4. O contraste entre Adão e Cristo, no texto, é notável

Os efeitos da obra de Cristo caem sobre os que creem, da mesma maneira que os efeitos da obra de Adão caíram sobre toda a raça. Se há os efeitos benéficos da obra de um só, Jesus Cristo, (argumento segundo) é porque houve os efeitos negativos da obra de um só, Adão (argumento primeiro). Se for injusto sofrermos as consequências, é também injusto Cristo nos justificar.

Conclui-se que o pecado é uma “doença hereditária”, e a vontade do homem não pode curá-lo.

II. Existem níveis de pecado? Qual é o pior de todos os pecados?
A Igreja Católica Romana historicamente faz diferença entre pecado mortal e pecado venial, o que significa que alguns pecados são mais hediondos que outros. Pecado mortal é assim chamado porque é suficientemente sério para destruir a graça salvadora na alma. Ele mata a graça, e por isso é chamado mortal.

Este conceito foi rejeitado pelos reformadores protestantes do século XVI, uma vez que todo pecado é mortal no sentido que merece a morte, mas nenhum pecado é mortal, exceto a blasfêmia contra o Espírito Santo (sendo este o pior dos pecados), no sentido de que ser capaz de destruir a salvação que Cristo adquiriu para nós. Todavia, os reformadores não negaram a existência de graduações de pecado.

Há mais de uma forma de se observar os níveis de pecado existentes.

1. Não…e sim!

a) Culpa Legal – Neste sentido, a resposta é não. Todo pecado, por mais leve que seja, é igualmente sério e nos torna legalmente culpados diante de Deus, pois é uma transgressão da lei e uma ofensa ao Legislador, Deus (Tg 2.10-12)

b)Consequências Legais – Neste sentido, a resposta é sim. Todos reconhecemos que há diferença entre um assassinato e uma calúnia. Até mesmo um assassinato pode ser classificado de culposo (não intencional) ou doloso (intencional). Em Israel, aquele que cometia homicídio doloso deveria ser morto também. Para o que cometia homicídio culposo, havia as cidades refúgio até que fosse julgado (Nm 35.9-21). Os pecados por ignorância eram punidos com menos severidade (Lv 4.2,13,22).

2. Níveis de pecado no Novo Testamento

a)Uma referência ao traidor que entregou Jesus à morte – “Quem me entregou a ti maior pecado tem” ( Jo 19.11).

b)Sugere que se há mandamentos maiores e menores, há pecados piores que outros (Mt 5.19; 23.23).

c)Sugere também que os mestres, aqueles que ensinam, ao cometerem algum pecado deliberadamente, receberão maior juízo por causa do dano que podem causar à reputação do evangelho (Tg 3.1).

Portanto, podemos afirmar que em termos de culpa, todo pecado é sério, mas, em termos de consequência, os pecados podem ter efeitos diferentes.

III. Como perdoar a mim mesmo, depois que Deus e o próximo já me perdoaram?
Em Jeremias 31.34, Deus lembra Seu povo que jamais o trataria de acordo com seus pecados e suas iniquidades, pois Ele já tinha concedido Seu perdão. Em 1João 1.9 temos uma das mais graciosas promessas de Deus para os Seus filhos. Portanto, se Deus, Juiz da mais alta corte do universo, nos pronuncia livres da culpa, que direito temos nós de nos assentar num tribunal infinitamente inferior e, em nosso coração, anularmos a sentença de Deus? Embora racionalmente haja a compreensão de que Deus perdoa, emocionalmente muitas pessoas apresentam dificuldades em perdoar a si próprias. Quando isso ocorre, deve-se procurar ajuda com o pastor ou psicólogo cristão, para tratar o motivo dessa atitude. Assim, o salvo usufruirá o alívio de não sentir mais culpa pelos pecados já confessados.

IV. Nosso desejo de não pecar é realmente honesto?
Alguns de nós sabemos que, a fim de prosseguir com Deus, muitas vezes é preciso ir contra os nossos desejos e pensamentos, deixando a cruz de Cristo intervir e silenciar aquele apelo das nossas vontades. O autor da carta aos Hebreus nos chama a resistir ao pecado que tão facilmente nos persegue, e nos adverte a tentar superar tais pecados com mais empenho (Hb 12.4). O apóstolo Paulo descreve sua experiência usando uma ilustração esportiva (1Co 9.24-25) e nos ensina que a luta pela santificação é difícil, mas a vitória é possível.

1. Precisamos praticar os exercícios de domínio próprio (1Co 9.25)

“Todo atleta em tudo se domina”. Desta expressão vem a palavra agonia. Este domínio exige esforço, fazer o máximo possível, dar duro. Não é um esforço frouxo, mas determinado. Precisamos identificar em nossa vida aqueles desejos e atitudes que não conseguimos conter e colocá-los diante de Deus, abandonando-os.

2. Precisamos idealizar o objetivo (1Co 9.26)

Paulo sabia onde estava a faixa de chegada. Para ele, o objetivo era estar face a face com o Senhor, na eternidade. E lá ele mantinha os seus olhos, por isso, o desprendimento dos próprios interesses. Ele sabia qual era o seu alvo. Foi essa convicção que fez com que o apóstolo afirmasse em Filipenses 3.14 “prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.

3. Precisamos morrer para nós mesmos (1Co 9.27)

Há uma ênfase na forma como Paulo trazia a sua carne, isto é, os seus desejos carnais, em sujeição total. Ele não queria ser desqualificado, o que não significa perder a salvação – significa chegar ao final da corrida, mas não receberia a sua coroa.

O desejo de não cometer o pecado é realmente honesto, estamos com 90% do caminho percorrido. Precisamos reconhecer o fato de que há um conflito de interesses entre o que queremos fazer e o que Deus deseja que façamos.

V. Pessoas de moral muito elevada também são pecadoras?
Muitos têm sido enganados ao pensar que pessoas de moral muito elevada não são pecadoras. Após a queda, Adão gerou filhos e filhas conforme à sua imagem e semelhança (Gn 5.3), ou seja, caídos. A partir de então, toda a humanidade nasceu fora do Éden, símbolo da comunhão com Deus. Em Romanos 3.23, Paulo afirma que todos pecaram. O pecado, sem distinção, alcançou a todos.

A conclusão de Jesus na parábola do fariseu e do publicano (Lc 18.9-14) é que o fariseu, de elevada moral aos seus próprios olhos, voltou para casa sem justificação. Seu deus era ele mesmo.

Infelizmente, o antropocentrismo difundido por algumas correntes da psicologia e da sociologia minimizam ou negam a questão do pecado. Isso é como quebrar um termômetro que registra a febre para ver se abaixa. Negar o pecado não cria um homem melhor, apenas produz uma sociedade amoral, o que é pior que uma sociedade imoral.

VI. O que significa dizer que Deus entrega pecadores às suas paixões? (Rm 1.24, 26 e 28)
O que é necessário para que o pão endureça? Nada. Basta que não tomemos os cuidados pertinentes, deixando-o, naturalmente, ao ar. De forma semelhante, para que o homem obstinadamente endureça seu coração ao conhecimento e à graça de Deus, basta deixá-lo em seu estado pecaminoso natural. Observe que isto implica atividade e passividade de Deus. Deus é ativo ao deixar pecadores em seu estado natural. Deus é passivo por não precisar fazer nada para que sigam os caminhos do coração deles e se entreguem aos seus desejos.

Aqueles que estão perdidos aproveitam para sempre da liberdade que sempre pediram, e, portanto, se fazem escravos de si mesmos e do pecado. O Senhor permite que sigam seus caminhos, a fim de que vejam a futilidade do “modus vivendi” sem Deus, uma vez que a mente deles é desqualificada, debilitada, corrompida, inadequada e propensa ao mal. (Exemplos: Gn 6.3,5; Êx 7.3; cf. 7.13)

Conclusão
Os cristãos não são apenas “pessoas boas”; são, ou supõe-se que sejam, pessoas novas. Que estas perguntas não produzam apenas reflexões sobre o pecado ou o pecador, mas um progressivo crescimento de nossa santidade. Que não nos tornem apenas conhecedores da Palavra, mas operosos praticantes, que manifestam, através de atitudes e ações, a nova vida que agora temos pela fé no Filho de Deus.
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

A GRANDE MERETRIZ

 

A GRANDE MERETRIZ

Parte da visão de João em Apocalipse inclui uma descrição simbólica de uma entidade conhecida como o "Mistério da Babilônia" ou "A Meretriz da Babilônia". Apocalipse 17:1-2 descreve a visão: "Veio um dos sete anjos que têm as sete taças e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas, com quem se prostituíram os reis da terra; e, com o vinho de sua devassidão, foi que se embebedaram os que habitam na terra." Apocalipse 17:5 dá o seu nome: "Na sua fronte, achava-se escrito um nome, um mistério: BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA."
De acordo com Apocalipse 17:3, a meretriz na visão está montada numa besta escarlate com sete cabeças e dez chifres e "repleta de nomes de blasfêmia". A besta neste versículo é a mesma que em Apocalipse 13:1 - a descrição é exatamente a mesma - uma besta simbólica do Anticristo, o homem da iniquidade (2 Tessalonicenses 2:3-4 e Daniel 9:27). Assim, a meretriz da Babilônia, quem ou o que quer que seja, está intimamente ligada ao Anticristo do fim dos tempos.
O fato de que a meretriz da Babilônia é mencionada como um "mistério" significa que não podemos estar completamente certos quanto a sua identidade. Entretanto, a passagem nos dá algumas pistas. Apocalipse 17:9 diz: "Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada." Alguns comentaristas ligam esta passagem à Igreja Católica Romana porque nos tempos antigos a cidade de Roma era conhecida como "a cidade em sete colinas". No entanto, o versículo 10 segue a explicar que as sete colinas representam sete reis ou reinos, cinco dos quais caíram, um atual e outro que está por vir. Portanto, a "meretriz da Babilônia" não pode se referir exclusivamente a Roma. Pelo contrário, ela está conectada com sete diferentes impérios mundiais (um dos quais é ainda futuro).
Apocalipse 17:15 liga a meretriz a "povos, multidões, nações e línguas". Ela terá grande influência mundial. Também exercerá por um tempo o domínio sobre o mundo, pois é "a grande cidade que domina sobre os reis da terra" (Apocalipse 17:18). No entanto, em algum momento os reis que governam sob o Anticristo irão se voltar contra ela em ódio e destruí-la (Apocalipse 17:16).
Pode o mistério da meretriz da Babilônia ser resolvido? Sim, pelo menos em parte. A meretriz da Babilônia é um sistema mundial maligno, controlado pelo Anticristo, durante a tribulação. Os reis da terra cometem "adultério" com ela, e os habitantes da terra são "intoxicados" por seus adultérios. Muitas vezes, o adultério é usado nas Escrituras como metáfora da idolatria e da infidelidade espiritual (por exemplo, Êxodo 34:16; Ezequiel 6:9). Parece que a meretriz da Babilônia é o ponto culminante de todos os falsos sistemas religiosos ao longo da história. O fato de que ela está "embriagada com o sangue dos santos" (Apocalipse 17:6) mostra o seu ódio da religião verdadeira e piedosa, e seu fim macabro mostra o ódio de Deus à religião falsa e ímpia (versículos 16-17).
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante.

domingo, 24 de janeiro de 2021

VIDA APÓS MORTE

 

                                                              VIDA APÓS MORTE

 Lucas 16.19-31

-Introdução: A história contada por Jesus a respeito de duas pessoas que morreram, serve de ilustração para ensinar a realidade da vida após a morte. Esta narração certamente não é uma parábola, pois se o fosse o texto deixaria claro. Jesus em sua onisciência e sabedoria relatou o que sabe e vê a respeito da eternidade. O único que venceu a morte tem o poder de falar a respeito da vida após a morte (II Timóteo 1.10).

Na doutrina a respeito da vida após a morte está um dos principais fundamentos das religiões. De acordo com a resposta, se aponta a direção da fé proposta. O espiritismo, por exemplo dá uma explicação clara segundo a sua forma de crer na reencarnação, como uma segunda vida após a morte. O catolicismo ensina que após a morte a pessoa vai para o purgatório, onde pagará por seus erros podendo ser intermediada por orações de pessoas ainda vivas e quando saírem do purgatório poderão interceder pelos outros. Mas o que a Bíblia diz sobre a vida após a morte? Por isso é importante estudar e entender claramente este assunto.

O que acontece após a morte?

Vamos tirar algumas dúvidas a respeito da vida após a morte:


1- O que acontece após a morte?

Vamos refletir sobre o que acontece após a morte:

a) O corpo volta para a terra e o espírito volta para Deus:

Eclesiastes 12.7 “e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu’.

Quando a pessoa morre o seu corpo que veio da terra e volta ao pó se decompondo (Gênesis 3.19) e o seu espírito retorna para Deus.


b) A alma da pessoa aguarda o Juízo Final:

Hebreus 9.27 “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo”.

Após a morte a pessoa aguarda o Juízo Final (Hebreus 9.27) quando serão julgados (Apocalipse 20.12,13). A salvação pode acontecer enquanto há vida (Eclesiastes 9.4 e Isaías 55.6).

c) Na volta de Jesus acontecerá a ressurreição dos mortos:

João 5.28,29 “Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão. os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo”.

Todos os mortos ressuscitarão (João 5.25 e Daniel 12.2). Primeiro os mortos em Cristo serão ressuscitados e os salvos ainda vivos serão arrebatados (I Tessalonicenses 4.16-18 e I Coríntios 15.52). Depois os mortos sem Cristo serão ressuscitados para o juízo final (Apocalipse 20.5,6; João 5.29).


2- Como a pessoa fica esperando?

I Tessalonicenses 4.13,14 “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem”.

Alguns textos comparam este tempo como um sono (I Coríntios 15.20), especialmente para quem está em Deus (João 11.11-13 e Lucas 8.58) e descansa no Senhor (Hebreus 4.1-4).


Não existe estado intermediário, como por exemplo, purgatório, limbo ou reencarnação (Lucas 16.22-26). Após a morte, o destino da pessoa já está decidido conforme a sua vida e suas obras (Lucas 16.22-26; Apocalipse 14.13, 18.6, 20.12,13, 22.12 e Mateus 16.27). Não há nova chance após a morte (Eclesiastes 9.4). Apenas aguarda o momento do juízo final (Mateus 25.31-46).

3- Há uma diferença entre quem é salvo ou não?

João 5.24 “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida”.


Quem é salvo descansa e quem não é salvo está em tormento (João 5.24, 28, 29). O salvo já está na presença de Deus no Paraíso (Lucas 23.43; II Coríntios 5.8, Filipenses 1.23). Quem não creu será condenado (Marcos 16.16 e João 3.18).


Existe uma separação entre os mortos salvos ou não salvos (Lucas 16.26). Aqueles que serão salvos já estão com Deus (João 11.25) e esperam a ressurreição para a vida eterna. Mas quem não será salvo já está em tormento sabendo que será condenado (Lucas 16.23). Aguardam o julgamento (Apocalipse 20.12,13). Sabem que serão condenados (João 5.24).

4- Onde ficam os mortos?

Salmos 16.10 “Pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção”.

Para compreender melhor este assunto precisamos aprender algumas palavras originais da Bíblia usadas para lugares após a morte:

Sheol ou Seol no Antigo Testamento, traduzida por inferno (Deuteronômio 32.22), sepultura (Eclesiastes 9.10), sepulcro (Ezequiel 32.27), enterrado (Salmos 49.14), terra (Salmos 55.15) e mundo invisível (Salmo 89.48). A palavra Sheol é usada no Antigo Testamento para designar de forma geral o estado de morte1.

- Hades é a palavra grega no Novo Testamento, que é traduzida por inferno (Mateus 11.23, 16.18) mas na verdade, Hades é a palavra grega correspondente a Seol do hebraico e as duas tem o mesmo significado, referindo-se ao estado da morte2.

-Seio de Abraão é a forma que entendiam sobre onde os justos ficariam na presença de Deus (Lucas 16.22). A expressão ‘seio de Abraão’ foi firmada na cultura judaica, registrada no Talmude (livro de regras dos judeus) como sinônimo de céu ou Paraíso.

- Geenna é a palavra grega do Novo Testamento que realmente significa inferno, traduzida também como ‘lago de fogo’. Jesus usou esta palavra para definir o lado ruim do estado após morte, mostrando que existe o inferno mesmo (Mateus 5.22, 5.29, 10.28, 18.9, 23.15, 23.33). Esta palavra era usada para se referir a um lixão fora de Jerusalém chamado de Vale do Hinom, onde Manassés, oferecia seus filhos como ofertas queimadas nesta adoração idólatra (Jeremias 7.31) e ali sempre queimavam lixo, por isso dizia-se que era o lugar onde o fogo não apaga (Mateus 25.41)3.

- Lago de fogo é o inferno finalmente destinado a Satanás e seus demônios após o Juízo Final (Apocalipse 19.20 e 20.3, 10 e 15), também chamado de “segunda morte” (Apocalipse 2.11; 20.6, 14) para os que não serão salvos (Apocalipse 21.8).

- Tártaro também traduzida por inferno, citada apenas uma vez no texto grego do Novo Testamento (II Pedro 2.4). Representa as profundezas do inferno, ou abismo profundo (Apocalipse 9.4)4.

No Antigo Testamento não havia uma ideia muito clara a respeito de onde estão os mortos, referindo-se apenas ao lugar da sepultura ou estado de morte (Sheol), embora se tivesse uma compreensão de que a pessoa poderia estar ou não com Deus. 

A partir do Novo Testamento houve uma compreensão mais clara  a respeito do estado de morte (Hades) e que após a morte a pessoa pode estar salva no ‘seio de Abraão’ ou no inferno (Geenna). Jesus ensinou sobre a vida eterna e avisou sobre a condenação para quem  não se arrepender.

5- Pode haver comunicação entre vivos e mortos?

Eclesiastes 9.5 “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento”.

Não é possível aos mortos se comunicarem com vivos e nem vivos com mortos (Eclesiastes 9.5-10). A Bíblia condena a prática da necromancia ou possível consulta aos mortos (Levíticos 19.31; Isaías 8.19). Quando se manifestam estes espíritos são demônios (II Coríntios 11.14). Saul foi reprovado por ter procurado uma feiticeira para invocar Samuel já morto (I Samuel 28) e por isso Saul foi condenado (I Crônicas 10.13,14). Jesus é o único mediador entre o ser humano e Deus (I Timóteo 2.5).

Creia na Vida Eterna!

-CONCLUSÃO:

I Coríntios 15.54,55 “E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?”.

Jesus venceu a morte! Esta é a nossa mensagem. Acima de tudo é preciso buscar a vida eterna em Cristo (João 6.40 e 47). Receba a Jesus como Senhor e Salvador e creia que te salvará (Romanos 10.9,10). Quem crer será salvo (Marcos 16.16), então creia e seja salvo. Isso é o mais importante (Eclesiastes 12.13), pois não adianta saber tudo e não ser salvo.


 O propósito deste estudo é tirar dúvidas e ensinar a Palavra de Deus. Nossa pregação é a vida e não a morte (João 10.10). Tome cuidado para não se deixar enganar por heresias e ensinamentos bonitos, mas que não estão de acordo com a Palavra de Deus. O importante não é discutir o que acontecerá depois da morte, mas se preparar para ela.

Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante.


sábado, 23 de janeiro de 2021

MICAÍAS PREGANDO A VERDADE.

MICAÍAS PREGANDO A VERDADE.

Passaram-se três anos sem haver guerra entre a Síria e Israel.
No terceiro ano, porém, desceu Jeosafá, rei de Judá, a ter com o rei de Israel.
E o rei de Israel disse aos seus servos: Não sabeis vós que Ramote-Gileade é nossa, e nós estamos quietos, sem a tomar da mão do rei da Síria?
Então perguntou a Jeosafá: Irás tu comigo à peleja, a Ramote-Gileade? Respondeu Jeosafá ao rei de Israel: Como tu és sou eu, o meu povo como o teu povo, e os meus cavalos como os teus cavalos.
Disse mais Jeosafá ao rei de Israel: Rogo-te, porém, que primeiro consultes a palavra do Senhor.

Então o rei de Israel ajuntou os profetas, cerca de quatrocentos homens, e perguntou-lhes: Irei à peleja contra Ramote-Gileade, ou deixarei de ir? Responderam eles: Sobe, porque o Senhor a entregará nas mãos do rei.
Disse, porém, Jeosafá: Não há aqui ainda algum profeta do Senhor, ao qual possamos consultar?
Então disse o rei de Israel a Jeosafá: Ainda há um homem por quem podemos consultar ao Senhor-Micaías, filho de Inlá; porém eu o odeio, porque nunca profetiza o bem a meu respeito, mas somente o mal. Ao que disse Jeosafá: Não fale o rei assim.
Então o rei de Israel chamou um eunuco, e disse: Traze-me depressa Micaías, filho de Inlá.

Ora, o rei de Israel e Jeosafá, rei de Judá, vestidos de seus trajes reais, estavam assentados cada um no seu trono, na praça à entrada da porta de Samária; e todos os profetas profetizavam diante deles.
E Zedequias, filho de Quenaaná, fez para si uns chifres de ferro, e disse: Assim diz o Senhor: Com estes ferirás os sírios, até que sejam consumidos.
Do mesmo modo também profetizavam todos os profetas, dizendo: Sobe a Ramote-Gileade, e serás bem sucedido; porque o Senhor a entregará nas mãos do rei.
O mensageiro que fora chamar Micaías falou-lhe, dizendo: Eis que as palavras dos profetas, a uma voz, são favoráveis ao rei; seja, pois, a tua palavra como a de um deles, e fala o que é bom.
Micaías, porém, disse: Vive o Senhor, que o que o Senhor me disser, isso falarei.

Quando ele chegou à presença do rei, este lhe disse: Micaías, iremos a Ramote-Gileade à peleja, ou deixaremos de ir? Respondeu-lhe ele: Sobe, e serás bem sucedido, porque o Senhor a entregará nas mãos do rei. E o rei lhe disse: Quantas vezes hei de conjurar-te que não me fales senão a verdade em nome do Senhor?
Então disse ele: Vi todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que não têm pastor; e disse o Senhor: Estes não têm senhor; torne cada um em paz para sua casa.
Disse o rei de Israel a Jeosafá: Não te disse eu que ele não profetizaria o bem a meu respeito, mas somente o mal?
Micaías prosseguiu: Ouve, pois, a palavra do Senhor! Vi o Senhor assentado no seu trono, e todo o exército celestial em pé junto a ele, à sua direita e à sua esquerda.

E o Senhor perguntou: Quem induzirá Acabe a subir, para que caia em Ramote-Gileade? E um respondia de um modo, e outro de outro.
Então saiu um espírito, apresentou-se diante do Senhor, e disse: Eu o induzirei. E o Senhor lhe perguntou: De que modo?
Respondeu ele: Eu sairei, e serei um espírito mentiroso na boca de todos os seus profetas. Ao que disse o Senhor: Tu o induzirás, e prevalecerás; sai, e faze assim.

Agora, pois, eis que o Senhor pôs um espírito mentiroso na boca dentes da casa dele; sim, tornarei a tua casa como a casa de respeito de ti.
Então Zedequias, filho de Quenaaná, chegando-se, feriu a Micaías na face e disse: Por onde passou de mim o Espírito do Senhor para falar a ti?
Respondeu Micaías: Eis que tu o verás naquele dia, quando entrares numa câmara interior, para te esconderes.
Então disse o rei de Israel: Tomai Micaías, e tornai a levá-lo a Amom, o governador da cidade, e a Joás, filho do rei,
dizendo-lhes: Assim diz o rei: Metei este homem no cárcere, e sustentai-o a pão e água, até que eu volte em paz.
Replicou Micaías: Se tu voltares em paz, o senhor não tem falado por mim. Disse mais: Ouvi, povos todos!(I Reis 22:1-28)

O interessante nessa passagem é que muitas das vezes as pessoas não querem ouvir a verdade,querem que a vontade do Senhor seja sempre a mesma que a nossa. Muitas das vezes Deus te revela algo, algo sobre seu próximo que é totalmente contrário ao que ele quer ouvir, e você por isso acaba não revelando isso ao seu irmão,muitas das vezes você tem que falar a verdade ao sue irmão, mais a verdade não é o que ele quer ouvir, ai você acaba não falando,acaba omitindo isso, e muitas das vezes isso custa muito caro. A verdade, nem sempre é o que a pessoa que ouvir, mais sempre vai ser o que ela precisa. Nós nem sempre sabemos o que precisamos, e só o que queremos, e somos falhos, nem sempre o que queremos é o que precisamos, nem sempre, por isso o Espírito Santo intercede por nós, porque não sabemos o que precisamos, mais ele sabe. Porque Micaías só profetizava coisas contrárias a que o rei Acabe queria ouvir? Porque o rei acabe tinha se desviado totalmente do caminho do SENHOR. Eu creio que quando andamos reto no caminho do SENHOR, sem se desviar para direita, nem para esquerda, a verdade nunca nos “machucará”, nunca será de alguma forma “Contraria ao nosso querer”, porque quando andamos reto, no caminho do SENHOR, com a vida no altar, sabemos que lutaremos, mais sempre venceremos. Nunca deixe de falar a verdade, doa a quem doer, a verdade sempre é algo bom, tanto para acrescentar como para concertar. Se Deus te revelar algo, algo que talvez seu irmão não esteja esperando, mais esteja precisando, fale, fale porque vem de Deus, e é sempre o melhor. E ainda a mais, nessa passagem, o profeta Micaías profetiza algo do SENHOR ao rei Acabe, e por ser algo que ele não esperava, algo que fosse de alguma forma contrária a vontade dele, ele resolve não obedecer, e pra piorar torna cativo o profeta, resultado disso, ele morre.

” No mesmo capitulo no versiculo 31 diz : Ora, o rei da Síria tinha ordenado aos capitães dos carros, que eram trinta e dois, dizendo: Não pelejeis nem contra pequeno nem contra grande, senão só contra o rei de Israel.
e em seguido no 34,35 e 36 diz:Então um homem entesou o seu arco, e atirando a esmo, feriu o rei de Israel por entre a couraça e a armadura abdominal. Pelo que ele disse ao seu carreteiro: Dá volta, e tira-me do exército, porque estou gravemente ferido.
E a peleja tornou-se renhida naquele dia; contudo o rei foi sustentado no carro contra os sírios; porém à tarde ele morreu; e o sangue da ferida corria para o fundo do carro.
Ao pôr do sol passou pelo exército a palavra: Cada um para a sua cidade, e cada um para a sua terra!
Morreu, pois, o rei, e o levaram para Samária, e ali o sepultaram.”

Obedeça a voz do SENHOR,obedeça a sua vontade,pois temos que obedece-lo, e fazer tudo conforme a sua vontade,se não,teremos que arcar com as consequências.A verdade é que,ao desobedecer o SENHOR,passamos a pelejar por nós mesmos,com nossas próprias forças,consequentemente somos derrotados, porque sem Deus,sem o SENHOR dos Exércitos, nada Somos.
Ande nos Caminhos do nosso Deus Eterno, Nunca, Jamais desvie nem para direita, nem para esquerda, nunca jamais, volte para traz,porque a vitória está logo ali, Obedeça, sirva a esse Deus Maravilhoso, Fale sempre a verdade, não tenha medo, Deixe o Espírito Santo falar por você, faça igual a Micaías,”Tudo aquilo que o SENHOR me disser, isso EU direi”(I Reis 22:14).
Sejam Cheios Do Espírito Santo!
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr, Edson Cavalcante.