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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

O PODER DA ORAÇÃO INTERCESSÓRIA.

 

O PODER DA ORAÇÃO INTERCESSÓRIA.

E, quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o SENHOR, deixando de orar por vós; antes, vos ensinarei o caminho bom e direito” (I Sm 12.23)
I – O QUE É A INTERCESSÃO?

Não existe uma melhor forma de se demonstrar o amor de Deus que está derramado em nossos corações do que através da intercessão. Quando intercedemos, oramos a Deus pelas pessoas que nos cercam, ou por aquelas que necessitam de ajuda, sem que necessariamente elas estejam dentro do nosso círculo de amizades ou convívio.

Definição: Intercessão significa “Súplica em favor de outrem” (Rm.8.26-27). Pressupõe sofrer com os que sofrem; chorar com os que choram; e tomar, como se fossem nossas, as dores alheias. É dizer a Deus que nos importamos com o sofrimento do próximo. “Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram” (Rm 12.15).

1.1 – A importância da intercessão

1º. Tem o poder de aplacar a ira divina – Ex 32.32 “Agora, pois, perdoa o seu pecado, senão, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito”;

2º. Tem o poder de mudar decisões divina – Ex 33.15 “Então lhe disse: Se tu mesmo não fores conosco, não nos faça subir daqui”;

3º. Tem o poder de evitar juízos divinos – Is 38.5 “Vai, e dize a Ezequias: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi teu pai: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas; eis que acrescentarei aos teus dias quinze anos”.

1.2 – O que não é intercessão.

Oração comum: Toda intercessão é realizada através da oração, porém nem toda oração é uma intercessão.

Dom: Intercessão não é um dom ministerial, ou uma aptidão específica, destinada exclusivamente a um grupo seleto de pessoas.

1.3 – Formas de intercessão.

1º. Súplica: Oração que, tem como essência, a humildade de espírito, a fim de mover o coração de Deus em favor daqueles que padecem (Dn. 9.18);

2º. Rogo: Pleitear, pedir com urgência, persuadir (Lc.22.32);

3º. Petição: Ato de pedir, pedido intenso, solicitação, requisição (I Sm.1.17,27).

II – JEREMIAS INTERCEDE POR JUDÁ

1º. O estado em que se encontrava a nação de Judá era triste. Os males causados pelo terrível rei Manassés ainda estavam vivos (Jr.15.4);

2º. Mesmo diante da ousada tentativa do rei Josafá, que partiu em busca da restauração espiritual da nação. Nota-se, porém, que o povo havia tomado gosto pelo pecado (Jr.14.10);

3º. Como se não bastasse, tinham se levantado falsos profetas que com suas mensagens fraudulentas enganavam o coração do povo levando-os cada vez mais, para longe de Deus (Jr.14.13-14).

4º. Diante desse caos que surge o profeta Jeremias, disposto a gastar todas as energias possíveis e imagináveis em busca do quebrantamento divino em favor de Judá.

2.1 Os motivos de Jeremias.

O profeta acabara de receber uma terrível notícia da parte de Deus. O Todo Poderoso estava resoluto em julgar com braço forte a nação de Judá (Jr.14.10; 15.3).

2.2 Os argumentos de Jeremias.

1º. Confissão de pecados (tidos como a causa da calamidade). Há um reconhecimento do erro do povo por parte do profeta que suplica misericórdia ao Senhor (Jr.14.7; 14.20).

2º. O pacto firmado com Abraão e Moisés. Jeremias se lembra da aliança entre Deus e os patriarcas (Jr.14.21). Ele estava tentando fazer com que Deus os ajudasse por auto-interesse, isto é, por causa do seu nome. “Por que serias como homem surpreendido, como poderoso que não pode livrar? Mas tu estás no meio de nós, ó Senhor, e nós somos chamados pelo teu nome; não nos desampares” (Jr.14.9). Sabemos que essa idéia é frágil, tendo em vista que não era Deus que estava pronto a romper sua aliança com a nação de Judá. Essa aliança tinha sido despedaçada pela própria nação, quanto a prática de sua idolatria, adultério e apostasia.

2.3 – A necessidade da intercessão

1º. Temos o dever de orar pedindo paz – Sl 122.6 “Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam”;

2º. Temos o dever de orar uns pelos outros – Tg 5.16 “Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos”;

3º. Temos o dever de orar em todo tempo – Ef 6.18 “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos”.

III – POR QUE DEVEMOS INTERCEDER

O caso do profeta Jeremias é específico, e de forma alguma Deus deseja que deixemos de orar uns pelos outros. Deus ainda procura pessoas como Jeremias, dispostas a falar sua palavra e orar por aqueles que necessitam. Contudo entendemos que devemos sempre interceder pelos mais diversos motivos. Vejamos alguns:

1º. É a melhor forma de praticarmos o amor altruísta. “Todavia peço-te antes por amor, sendo eu tal como sou – Paulo o velho, e também agora prisioneiro de Jesus Cristo. Peço-te por meu filho Onésimo, que gerei nas minhas prisões; O qual noutro tempo te foi inútil, mas agora a ti e a mim muito útil; eu to tornei a enviar. E tu torna a recebê-lo como às minhas entranhas” (Fl.9-12);

2º. É nossa responsabilidade. No tocante a sua obra, Deus é o maior interessado no seu desenvolvimento, mas mesmo assim, o Senhor participa com sua igreja essa responsabilidade. “Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros para a sua seara” (Mt.9.37-38);

3º. Tem o poder de vencer o inimigo – Ex 17.11 “E acontecia que, quando Moisés levantava a sua mão, Israel prevalecia; mas quando ele abaixava a sua mão, Amaleque prevalecia”;

4º. Tem o poder de trazer livramentos – At 12.5 “Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus”;

5º. Tem o poder de enfrentar desafios – I Rs 18.36 “Sucedeu que, no momento de ser oferecido o sacrifício da tarde, o profeta Elias se aproximou, e disse: Ó Senhor deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme à tua palavra fiz todas estas coisas”.

Algumas recomendações bíblicas sobre a oração intercessória dos cristãos (CHAMPLIN, 2001, p. 249, v. 3):

A oração intercessória nos é ordenada (I Tm 2.1; Tg 5.14, 16)
Devemos interceder em favor de todos os homens (I Tm 2.1)
Por todos quantos ocupam posição de autoridade (I Tm 2.2)
Pelos ministros (pastores) (II Co 1.11; Fl 1.29)
Por todos os santos (Éf 6.18)
Pelos patrões (Gn 24.12-14)
Pelos servos (Lc 7.2,3)
Pelas crianças (Mt 15.22)
Pelos compatriotas (Rm 10.1)
Pelos enfermos (Tg 5.14)
Pelos que nos perseguem (Mt 5.44)
Pelos nossos inimigos (Jr 29.7)
Pelos que nos invejam (Nm 12.13)
Por aqueles que nos abandonam (II Tm 4.16)
Os ministros (pastores) devem orar pelos membros (Ef 1.16; Fl 1.4)
É um pecado neglicenciarmos a oração intercessória (I Sm 12.23)
A oração intercessória beneficia o próprio intercessor (Jó 42.10)
Lembre-se:

“E, quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o SENHOR, deixando de orar por vós; antes, vos ensinarei o caminho bom e direito” (I Sm 12.23)
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante.

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