PERDI ABSALÃO, COMO
SUPERAR O LUTO...
2 Samuel
12:15-25
Todos nós já experimentamos a perda. Perda de um ente querido, perda de alguém que se ama, perda de um emprego, perda de dinheiro, perda de amigos. A perda é evento que nos machuca, nos faz sangrar, provoca um sentimento de dor, de falta, de ausência. A perda deixa um buraco em nossa alma, em nossa existência. Guardadas as suas devidas proporções, todos nós já experimentamos, em algum momento, o que é perder. O próprio Deus sabe exatamente o significado dessa palavra. Deus também experimentou o sofrimento. O profeta Isaías, 700 anos antes da vinda do Messias, assim descreveu o Cristo: “homem de dores e que sabe o que é padecer” (Is 53:3).
O texto em questão é uma referência a um dos episódios mais tristes da vida de Davi. Trata-se do dia em que Davi recebeu a notícia da morte de seu filho. Contudo, esse não é um evento isolado. Além da dor da perda havia ainda o sentimento de culpa e vergonha diante de Deus e de seu povo, pois aquela criança era fruto do adultério de Davi com Bate-Seba. Essa história envolve um dos atos mais escandalosos da Bíblia. Charles Swindoll disse que “nenhum pecado, salvo o de Adão e Eva, recebeu mais publicidade do que o de Davi com Bate-Seba”.
A Bíblia diz que a criança morreu nos primeiros dias após o nascimento. Essa criança não tinha nome, não houve nem mesmo tempo de registrá-la. Ela nasceu enferma. E diante desse quadro, o texto diz que Davi “passou a noite prostrado em terra” (v. 16). Passou a noite de joelhos, orando. Experimente ficar 10 minutos ajoelhados para que você tenha uma pequena noção do que significa passar a noite inteira de joelhos em oração.
A dor se intensifica pela quebra de um princípio natural. A ordem natural da vida é: os filhos enterram os pais. Aqui, entretanto, é o pai que caminha para sepultura a fim de enterrar seu filho. Certa vez um pai, ao ver se deparar com a morte do filho disse: “Eu não vou enterrar meu filho, meu filho é que vai me enterrar”. É indescritível a dor de um pai ou uma mãe que se depara com essa realidade.
O fato se agrava ainda mais porque Davi era o responsável direto pela morte do seu filho. Afinal, o pecado de Davi ocasionou essa tragédia. É difícil entender por que um bebê inocente devesse sofrer pelos pecados dos quais não era responsável. Mas essa é a natureza terrível do pecado. O pecado traz conseqüências desastrosas. Os pecados que você cometeu podem ser perdoados caso haja arrependimento, mas o perdão de Deus não anulará as suas conseqüências. Quantos cônjuges e filhos sofrem terrivelmente por causa do adultério cometido por um pai? O pecado NUNCA é um ato isolado. Quantas pessoas inocentes não são vítimas diariamente de criminosos? Quantas crianças não são vitimadas por erros cometidos por outras pessoas?
Entretanto, o que mais nos chama atenção no texto é a maneira como Davi reage à morte de seu filho. Davi poderia ter mergulhado numa crise espiritual aguda. A depressão poderia tê-lo escravizado. O sentimento de culpa poderia tê-lo feito refém. Sua relação com Deus poderia ter sido afetada, afinal, suas orações não foram atendidas, o seu jejum não surtiu nenhum efeito. Contudo, Davi nos mostra que é possível superar a perda.
Este episódio na vida de Davi nos ajuda a fazer o que é certo quando tudo está errado.
Todos nós já experimentamos a perda. Perda de um ente querido, perda de alguém que se ama, perda de um emprego, perda de dinheiro, perda de amigos. A perda é evento que nos machuca, nos faz sangrar, provoca um sentimento de dor, de falta, de ausência. A perda deixa um buraco em nossa alma, em nossa existência. Guardadas as suas devidas proporções, todos nós já experimentamos, em algum momento, o que é perder. O próprio Deus sabe exatamente o significado dessa palavra. Deus também experimentou o sofrimento. O profeta Isaías, 700 anos antes da vinda do Messias, assim descreveu o Cristo: “homem de dores e que sabe o que é padecer” (Is 53:3).
O texto em questão é uma referência a um dos episódios mais tristes da vida de Davi. Trata-se do dia em que Davi recebeu a notícia da morte de seu filho. Contudo, esse não é um evento isolado. Além da dor da perda havia ainda o sentimento de culpa e vergonha diante de Deus e de seu povo, pois aquela criança era fruto do adultério de Davi com Bate-Seba. Essa história envolve um dos atos mais escandalosos da Bíblia. Charles Swindoll disse que “nenhum pecado, salvo o de Adão e Eva, recebeu mais publicidade do que o de Davi com Bate-Seba”.
A Bíblia diz que a criança morreu nos primeiros dias após o nascimento. Essa criança não tinha nome, não houve nem mesmo tempo de registrá-la. Ela nasceu enferma. E diante desse quadro, o texto diz que Davi “passou a noite prostrado em terra” (v. 16). Passou a noite de joelhos, orando. Experimente ficar 10 minutos ajoelhados para que você tenha uma pequena noção do que significa passar a noite inteira de joelhos em oração.
A dor se intensifica pela quebra de um princípio natural. A ordem natural da vida é: os filhos enterram os pais. Aqui, entretanto, é o pai que caminha para sepultura a fim de enterrar seu filho. Certa vez um pai, ao ver se deparar com a morte do filho disse: “Eu não vou enterrar meu filho, meu filho é que vai me enterrar”. É indescritível a dor de um pai ou uma mãe que se depara com essa realidade.
O fato se agrava ainda mais porque Davi era o responsável direto pela morte do seu filho. Afinal, o pecado de Davi ocasionou essa tragédia. É difícil entender por que um bebê inocente devesse sofrer pelos pecados dos quais não era responsável. Mas essa é a natureza terrível do pecado. O pecado traz conseqüências desastrosas. Os pecados que você cometeu podem ser perdoados caso haja arrependimento, mas o perdão de Deus não anulará as suas conseqüências. Quantos cônjuges e filhos sofrem terrivelmente por causa do adultério cometido por um pai? O pecado NUNCA é um ato isolado. Quantas pessoas inocentes não são vítimas diariamente de criminosos? Quantas crianças não são vitimadas por erros cometidos por outras pessoas?
Entretanto, o que mais nos chama atenção no texto é a maneira como Davi reage à morte de seu filho. Davi poderia ter mergulhado numa crise espiritual aguda. A depressão poderia tê-lo escravizado. O sentimento de culpa poderia tê-lo feito refém. Sua relação com Deus poderia ter sido afetada, afinal, suas orações não foram atendidas, o seu jejum não surtiu nenhum efeito. Contudo, Davi nos mostra que é possível superar a perda.
Este episódio na vida de Davi nos ajuda a fazer o que é certo quando tudo está errado.
1 – Aceite aquilo que você não pode mudar
Muitos fatos na
vida não podem ser mudados.
· Tempo
· O passado
· O fato de uma pessoa ter morrido
Há pessoas que passaram por experiências tão dolorosas em suas vidas que a vida se tornou pior do que a morte. Viver é pior do que morrer. Pessoas que ficam paralisadas. Entregam-se a situação e não conseguem reagir. Davi reagiu de uma maneira totalmente diferente. “Então, Davi se levantou da terra...” (v.20). Por conseguinte, Davi “lavou-se, ungiu-se, mudou de vestes, entrou na Casa do SENHOR e adorou” (v. 20). Davi percebeu que não poderia ficar a vida inteira de luto. Diante da incapacidade de reverter aquela situação, ele resolve aceitar. Entretanto, o que nos chama a atenção é a maneira como Davi reage. Ele simplesmente muda seu aspecto físico (lavou-se, ungiu-se e mudou de vestes) e vai em direção ao templo do SENHOR para adorar.
Isso é impressionante! Como é difícil adorar a Deus em dias de dificuldade. Como é difícil nos libertar de sentimentos que acorrentam nossa alma. Muitas pessoas sofreram perdas fragorosas e NUNCA conseguiram curar feridas emocionais provenientes da perda. É fato que todos nós gostaríamos de voltar no passado e mudar uma porção de coisas. Todos nós vivenciamos experiências passadas que nos desagradaram profundamente e, por isso, se tivéssemos a chance, voltaríamos e mudaríamos. Falaríamos aquilo que não falamos. Deixaríamos de falar aquilo que de repente falamos. Faríamos aquilo que não fizemos e deixaríamos de fazer uma série de coisas que fizemos. Mas não temos esse poder. O passado é algo que definitivamente não temos poder para mudar.
· Tempo
· O passado
· O fato de uma pessoa ter morrido
Há pessoas que passaram por experiências tão dolorosas em suas vidas que a vida se tornou pior do que a morte. Viver é pior do que morrer. Pessoas que ficam paralisadas. Entregam-se a situação e não conseguem reagir. Davi reagiu de uma maneira totalmente diferente. “Então, Davi se levantou da terra...” (v.20). Por conseguinte, Davi “lavou-se, ungiu-se, mudou de vestes, entrou na Casa do SENHOR e adorou” (v. 20). Davi percebeu que não poderia ficar a vida inteira de luto. Diante da incapacidade de reverter aquela situação, ele resolve aceitar. Entretanto, o que nos chama a atenção é a maneira como Davi reage. Ele simplesmente muda seu aspecto físico (lavou-se, ungiu-se e mudou de vestes) e vai em direção ao templo do SENHOR para adorar.
Isso é impressionante! Como é difícil adorar a Deus em dias de dificuldade. Como é difícil nos libertar de sentimentos que acorrentam nossa alma. Muitas pessoas sofreram perdas fragorosas e NUNCA conseguiram curar feridas emocionais provenientes da perda. É fato que todos nós gostaríamos de voltar no passado e mudar uma porção de coisas. Todos nós vivenciamos experiências passadas que nos desagradaram profundamente e, por isso, se tivéssemos a chance, voltaríamos e mudaríamos. Falaríamos aquilo que não falamos. Deixaríamos de falar aquilo que de repente falamos. Faríamos aquilo que não fizemos e deixaríamos de fazer uma série de coisas que fizemos. Mas não temos esse poder. O passado é algo que definitivamente não temos poder para mudar.
2 – Não se culpe por algo que Deus já te perdoou
Há três grandes perigos ao lidarmos com a perda:
1 – Culparmos Deus
2 – Culparmos os outros
3 – Culparmos a nós mesmos
A terceira é a mais perigosa de todas elas. Há pessoas que já foram perdoadas por Deus, mas nunca conseguiram se perdoar por erros que cometeram.
Ouvi a história de uma jovem que havia cometido aborto e fora aconselhar-se com o pastor. No meio da conversa ela abriu o coração: “Sei que Cristo me perdoou, mas não consigo me perdoar pelo que fiz!” Quantas pessoas não estão aprisionadas por esse mesmo sentimento. A culpa é um sentimento que nos massacra. Portanto, aproprie-se do sangue de Jesus, receba o perdão de Deus em seu coração e perdoe-se. Não carregue um fardo que não é mais seu. Não há pecado grave o bastante que o sangue de Jesus não possa lavar. Certa vez li o sermão de um pastor com um título bastante sugestivo: 5 Coisas que Deus nunca viu. As divisões do sermão era:
1 – Um doente que Ele não possa curar
2 – Um problema que Ele não possa resolver
3 – Um pecado que Ele não possa perdoar
4 – Um homem que Ele não possa amar
5 – Um pecador que Ele não possa salvar
A culpa é um sentimento que pode te levar à destruição. Portanto, peça perdão a Deus pelo seu pecado e não se culpe por algo que Deus já te perdoou. Peça ao SENHOR que derrame graça sobre a sua vida. Peça ao SENHOR que o sangue de Jesus remova todo e qualquer resquício que o pecado possa ter deixado no seu coração. Clame a Deus para que ele quebre os grilhões emocionais que aprisionam a sua alma. Seja livre!
3 – Não se isole
Há uma tendência natural do homem se isolar em momentos de profunda dor e tristeza. Ao atravessar crises, inúmeras pessoas evitam a companhia de outras pessoas. Isso é um perigo! Confinamento e isolamento são dois ingredientes muito perigosos quando associados a traumas emocionais. A solidão nunca foi uma boa companheira.
Percebendo esse perigo eminente, os amigos de Davi aproximam-se dele. Diz o texto: “Então, os anciãos da sua casa se achegaram a ele...” (v. 17). Alguém já disse que todos nós precisamos de um Gamaliel, de um Timóteo e de um Barnabé. Precisamos de alguém que esteja acima de nós (Gamaliel), alguém que seja uma referência espiritual para nosso crescimento. Precisamos também de alguém que esteja abaixo de nós (Timóteo), alguém que seja nosso discípulo, alguém a quem possamos passar tudo aquilo que aprendemos. Contudo, precisamos ainda de alguém que esteja ao nosso lado (Barnabé), alguém que seja nosso companheiro com quem possamos compartilhar nossas lutas e vitória.
Além da companhia inequívoca de Deus, necessitamos da companhia de amigos fiéis. É impressionante a história do patriarca Jó. Diante da tragédia que o assolava seus amigos apareceram para lhe ajudar a superar a dor. Entretanto, toda tentativa de seus amigos foram frustradas porque passaram a acusar Jó de pecados que ele não havia cometido. Tentavam achar justificativas humanas para responder ao sofrimento de Jó que era da ordem divina. Mas, há um evento, um único momento em que os amigo de Jó de fato foram cúmplices de seu sofrimento. A maior demonstração de amizade que seus companheiros lhe deram está registrado em Jó 2: 13, onde diz: “Sentaram-se com ele na terra, sete dias e sete noites; e nenhum lhe dizia palavra alguma, pois viam que a dor era muito grande”. A simples presença dos amigos, mesmo em silêncio, significou muito para o patriarca Jó.
4 – Deixe o seu fracasso no passado e siga em frente
A história registra os esforços de Thomas Edison para inventar a lâmpada elétrica. As suas primeiras 6 mil experiências foram fracassadas. Um dia, quando alguém lhe perguntou se ele estava desanimado, ele disse: “Não, agora estou bem informado de 6 mil maneiras como não se deve fazer o que eu procuro descobrir”.
ILUSTRAÇÃO: Silas Malafaia faliu 6 vezes até constituir uma das maiores editoras evangélicas desse país (Central Gospel). Ele disse que quando foi a falência pela quarta vez, convidou um irmão para entrar em sociedade com ele e alguns membros da Igreja disseram para esse irmão: “Não faça isso, esse Malafaia é um cara amaldiçoado, tudo que ele põe a mão fracassa”.
Briga de casais – “Porque há vinte anos atrás você disse isso, isso e isso...”. A mulher há 20 anos carrega uma mágoa do marido.
5 – Recomece tudo de novo, mas desta vez com a benção de Deus
O desfecho do texto é simplesmente maravilhoso. Diz a Bíblia que “Davi veio a Bate-Seba, consolou-a e se deitou com ela; teve ela um filho a quem Davi deu o nome de Salomão, e o SENHOR o amou. Davi o entregou nas mãos do profeta Natã, e este lhe chamou Jedidias, por amor do SENHOR” (v. 24-25).
Davi decide recomeçar! Mas desta vez tudo o que ele faz, o faz com a benção de Deus. E como conseqüência disso, diz o texto que o SENHOR amou a criança e, após seu nascimento, Davi o entregou nas mãos do profeta Natã num ato de consagração. Aquela criança viria a ser o sucessor de Davi no trono.
Em Deus é possível recomeçar. Nosso Deus é o Deus da segunda chance. Muitas pessoas precisam recomeçar suas vidas. Deixar para trás o passado marcado por frustrações, pesares e pecados. E, com a benção de Deus, construir uma nova história. Muitos casais que precisam recomeçar seu relacionamento conjugal. Tantos outros necessitam reconstruir suas famílias que foram abaladas por erros cometidos...
Bispo.
Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.
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