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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

ESTUDO BÍBLICO SOBRE A DOR DA INFIDELIDADE...


                          ESTUDO BÍBLICO SOBRE A DOR DA INFIDELIDADE...
“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão”. (1 Coríntios 15:58)

O instinto sexual, carnal, fora do casamento é o maior de todos os motivos para o desajuste familiar. Ele tem sido propagado deliberadamente na mídia e no liberalismo social. As novelas, as músicas, a permissividade descontrolada corromperam o mais profundo do valor humano: o caráter. Maridos, de repente, sem razão alguma, deixam-se seduzir pelo pecado da infidelidade, como veem com frequência na TV, e deixam brotar o primeiro desejo carnal por uma mulher que não nasceu para ele. 

O que primeiro precisa ser compreendido é que a desobediência pela infidelidade conjugal constitui a quebra da Aliança que CRISTO fez com o homem na cruz do calvário. Isto está bem claro em Efésios 5:25 quando o autor associa o amor de um marido à sua esposa com o Amor de CRISTO com a sua igreja: “Vós, maridos, amai as vossas mulheres, como também Cristo amou a Igreja, e a si mesmo se entregou por ela”. Portanto, a promessa de amar a esposa feita no casamento é a Aliança instituída por DEUS, quando ELE entregou o Seu único Filho para morrer numa cruz pela salvação dos que crêem. A quebra do amor entre marido e esposa significa uma ruptura à promessa de vida eterna. Quem trai a sua companheira está afirmando para CRISTO, mesmo que inconscientemente, que não mais anseia pela Aliança, que rejeita o sêlo da salvação eterno; enfim, que ele (o marido infiel) não aceita mais fazer parte do corpo de CRISTO aqui na terra. Trair a esposa significa, então, deixar para trás a promessa de CRISTO e separar-se da unidade do corpo santo. O homem aqui sai da condição de amigo para a de adversário de CRISTO.

O segundo ponto a ser observado é que o adultério é a única condição, segundo a Bíblia, em que a esposa traída pode solicitar o divórcio, e conseqüentemente, a destruição formal daquilo que DEUS criou. Embora o divórcio esteja na Bíblia como saída natural ao problema da infidelidade, ele não é autorizado segundo a vontade do coração de DEUS. Quando muitos fariseus foram até JESUS para testá-LO, perguntaram-lhe: “É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? Respondeu-lhes Ele: não lêste que no princípio o Criador os fez macho e fêmea, e disse "portanto deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, serão os dois uma só carne?" 

Assim já não são mais dois, mas uma só carne (essa expressão "uma só carne" representa também a presença do homem integrado ao corpo espiritual de Cristo). Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. Perguntaram-lhe: então por que mandou Moisés (e não Deus) dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la? Respondeu-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres. Mas no princípio não foi assim.” (Mateus 19:3-8) (grifo nosso). Ou seja, a decisão de divorciar-se é de inteira responsabilidade do ser humano, sendo uma permissão puramente humana, que não passou e nem passa pelo desejo do coração de DEUS. 

Em casos mais extremos, onde a incapacidade de perdoar e de recomeçar uma nova história com a mesma pessoa são obstáculos relevantes, a opção pelo divórcio pode ser até compreendida. As ordenanças da lei dirigidas ao caráter do homem (Êxodo 20:14; Deuteronômio 20:14) na época da Antiga Aliança continuaram a ter o seu valor nos tempos da Graça como vemos em Mateus 5:27; Mateus 19:18; Marcos 10:19; Lucas 18:20; Romanos 13:9 e outras passagens. A diferença está centrada na imagem gloriosa de JESUS. Na época da Lei quem adulterasse recebia sentença de morte. Em CRISTO, as misericórdias, o poder de resistência se renovam a cada manhã: “Todavia, aos casados, mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido. Se porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido. E que o marido não deixe a mulher” (1 Coríntios 7:10-11)(grifo nosso). O conselho de DEUS para as esposas é bem claro: “não se apartem dos seus maridos!”, ainda que tenham sofrido por causa do adultério. Porém se decidirem se apartar que esforcem-se para promover a reconciliação. O Todo-Poderoso está dizendo para as esposas traídas que sejam como mulheres guerreiras e não desistam da fé restauradora nem entreguem a promessa de Deus ao diabo. 

O terceiro e o último ponto é quase uma extensão do anterior. Quando a fé é abalada por um gesto de traição de quem amamos, o coração tende a se encher de mágoas, ressentimentos e desesperança. É aqui que mora outro perigo: um coração amargurado, impiedoso, endurecido não pode receber a operação do Espírito de DEUS. Embora saibamos que a traição conjugal abate primeiramente o campo mais sensível do ser humano (a fé), causando desânimo e enfraquecimento espiritual, estendendo-se a outros universos como afetividade, filhos, trabalho, a realidade é que as esposas cristãs devem estar sempre prontas para perdoar. 

A ausência do perdão é uma vitória de satanás num mundo espiritual. O diabo quer exatamente isso: que cultivemos ódio e rancor pelo próximo e que nunca encontremos espaço para o perdão. Perdoar é devolver o mesmo lugar que a pessoa ocupava antes. Aprenda a ser vitoriosa de mãos dadas com o seu marido; e não erguendo o troféu da solidão. Mas para isso, é preciso viver uma vida dedicada de oração, sem se preocupar com o tempo das respostas.

Dessa forma, peço a todas as minhas irmãs em Cristo que não guardem mágoas, ressentimentos e não desistam da guerra. Quem dá conselhos contrários a estes nunca presenciou a gloriosa experiência de DEUS na vida de suas intercessoras fiéis. Não é mesmo, Sandra? Sejam valentes, persistentes em oração, declarando que satanás é derrotado em suas vidas (pois a sentença dele já foi publicada por CRISTO). Porque de cá, no mais profundo do meu ser, continuarei de muito boa vontade a me gastar pelas suas vidas, crendo que, um dia, todos nós, enquanto famílias de CRISTO que perseveraram em oração, nos encontraremos vitoriosos no Reino dos céus. Que Deus as abençoe...

Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.

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