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sábado, 26 de dezembro de 2015

ESTUDO EU VIM PARA DE ADORAR E TE LOUVAR MEU SENHOR...


              ESTUDO EU VIM PARA DE ADORAR E TE LOUVAR MEU SENHOR...
1 Crônicas 29:10-14
1. EXISTE DIFERENÇA ENTRE LOUVOR E ADORAÇÃO?
Durante muito tempo, as palavras “Louvar” e “Adorar” foram tratadas na prática como palavras sinônimas, com significados praticamente semelhantes. Muitos são os autores que ainda hoje, não veem diferenças marcantes entre os dois significados. Nós, entretanto, gostaríamos de definir alguns termos e anotar algumas diferenças, pois cremos que elas nos ajudarão a entender melhor o conceito de cada uma destas palavras:
· Louvar: quando consultamos dicionários da língua portuguesa, notamos que refere-se ao ato de elogiar, exaltar, enaltecer, glorificar, aplaudir, bendizer, expressar admiração, relatar os méritos.
· Louvor: em dicionários bíblicos, como por exemplo,  percebemos que o substantivo Louvor no Antigo Testamento, é relacionado a palavras hebraicas como halal, yadha e zamar. Estas palavras são associadas à alegria manifestada diante de Deus, de diversas formas: cantos, gestos, instrumentos etc. No Novo Testamento, o Louvor na Igreja da época é assim descrito no comentário bíblico:
“A alegria era a atitude dominante da vida cristã, e embora a adoração formal e o louvor que tal alegria inspirava, não seja explicitamente descrita ou prescrita, o motivo disso é que era considerado como algo automático. Assim como aqueles que experimentavam a cura e o poder purificador de Jesus, prorrompiam espontaneamente em louvor (Lc. 18:43; Mc 2:12), semelhantemente na igreja apostólica, havia frequentes exemplos dessas explosões espontâneas de louvor, quando os homens começaram a perceber e a compreender o poder e a bondade de Deus, na pessoa de Jesus Cristo (At 2:46-47; 3:8; 11:18; 16:25; Ef 1:1-14)”.
· Adorar: em dicionários da língua portuguesa, significa: render culto, expressar uma admiração reverente, venerar, amar extremamente.
· Adoração: todos os dicionários (bíblicos ou linguísticos) definem esta palavra como um tema muito extenso. Mas o conceito essencial é de que Adoração é a ação ou atitude de cultuar. Mostra que através dos séculos, a Igreja cristã utilizou diferentes expressões de adoração, que caracterizam formas de cultuar e não medem a realidade ou o grau de espiritualidade do adorador.
“Qualquer que seja a expressão do culto como veículo de adoração, a sua forma é externa, mas a atitude do coração é interna, muitas vezes oculta da própria percepção do adorador. Deus preocupa-se mais com o coração do que com a forma (…). E o próprio Deus quem toma a iniciativa na busca de verdadeiros adoradores (…). Atos religiosos (…) não expressam necessariamente um amor real. 0 mesmo acontece com a adoração; os atos externos mais notáveis podem facilmente enganar”.
Resumindo: Louvar está ligado ao elogio ou exaltação que damos a Deus numa espontânea manifestação de alegria; Adorar está ligado à nossa atitude de cultuar, que deve ser a expressão de um coração sincero e verdadeiro.
2. ADORAR ENVOLVE UM ESPÍRITO DE GRATIDÃO
Seria quase impossível pensarem um “verdadeiro adorador”, que não tivesse uma atitude de gratidão ao Senhor, tanto pelo que Ele é, como pelo que Ele faz continuamente. Esta gratidão a Deus é uma atitude tão básica na vida de adoração, que foi didaticamente ensinada pelo Senhor desde o Antigo Testamento.
Quase todas as orientações para as ofertas e sacrifícios dadas a Moisés, contêm elementos de “ações de graças”.  Ao oferecerem sacrifícios e oferendas, não o faziam apenas em obediência às ordenanças do Senhor, mas também em agradecimento pelo fato de que Ele lhes permitia continuar com vida para poder aproximar-se dEle. Uma dessas ofertas é a pacífica, ou como normalmente é chamada, o sacrifício pacífico” (“Adoremos”, Ed. Betânia, p. 17).
· Lv 7:11 -12: ‘‘Esta é a lei das ofertas pacíficas que alguém pode oferecer ao SENHOR. Se fizer por ação de graças, com a oferta de ação de graças trará (…)".
· Lv 22:29: “Quando oferecerdes sacrifício de louvores ao SENHOR, fá-lo-eis para que sejais aceitos”.
· SI 116:17: “Oferecer-te-ei sacrifícios de ações de graças e invocarei o nome do SENHOR".
· Jn 2:9: “Mas, com a voz do agradecimento, eu te oferecerei sacrifício; o que votei pagarei. Ao SENHOR pertence a salvação!”.
Esta foi a maneira didática de Deus ensinar ao seu povo, a importância de ser agradecido diante dEle. Hoje, não temos a necessidade de oferecer sacrifícios, pois Cristo na cruz foi o último sacrifício aceito por Deus, em substituição pelos nossos pecados. Entretanto, as orientações para que sejamos agradecidos continuam por toda a Bíblia e são válidas para nós hoje (I Cr29:10-14;SI 100:4; I Co I5:57;2Co2:I4; Fp 4:6; I Ts5:l8).
Lendo I "Is 5:18 você nota que no versículo que o adorador não apenas é “grato a Deus”, mas tem a compreensão de que a vontade de Deus para Seus filhos, é que eles EM TUDO deem graças? Acha difícil? E mesmo! Mas é um caminho de aprendizado, em que a cada acontecimento da vida, reconhecemos a Sua presença, o Seu suprimento, o derramamento da Sua graça, Seu consolo nas horas difíceis … enfim, o Senhor sendo EMANUEL (Deus conosco)!

3. ADORAR ENVOLVE RELEMBRAR E CELEBRAR
Relembrar sobre quem é e quanto já nos fez o Senhor, ajuda a que aprofundemos nossa comunhão com Ele. Este é um tempo, em que usamos a imaginação para renovar em nossa mente, a certeza de que Deus é o mesmo ontem, hoje e eternamente.
Como exemplo temos os versículos 1-2,14, 17 do Salmo 90, escrito por Moisés e, também, o Salmo 30:4-5,11-12, onde Davi faz um “balanço” dos momentos bons e difíceis, vividos diante de Deus.
Meditar sobre estes fatos produz a expectativa que alimenta a esperança do adorador, que resulta numa felicidade ao cultuar e num anseio de celebrar. Consequentemente, nossos cultos na Igreja devem ser elaborados visando também as expectativas dos ouvintes: participação e entusiasmo. Portanto, nos momentos de adoração que temos, há espaço para possibilitar que as pessoas compartilhem o que Deus tem feito em suas vidas, a fim de que todos juntos possam alegrar-se e celebrar...
Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.


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