ESTUDO BÍBLICO
APRENDENDO COM O APOSTOLO PAULO SOBRE
PRIMEIRA EPÍSTOLA A IGREJA DE CORINTIOS...
Paulo visitou Corinto, uma cidade bem importante no
litoral da Grécia, pela primeira vez, durante sua segunda viagem missionária
(Atos 18). Ele permaneceu ali durante um ano e meio e, como resultado de seu
trabalho, muitos se converteram ao Senhor e uma igreja começou. Depois que ele
partiu, Paulo continuou a pensar nos irmãos que tinha ensinado e a orar por
eles (1 Coríntios 1:4-5). Ele recebeu várias informações sobre eles através da
família de Cloe (1:11), Estéfanas, Fortunato e Acaico (16:17-18) e por carta
(7:1). Escreveu-lhes várias vezes, incluindo-se pelo menos uma carta antes de 1
Coríntios (5:9).
A primeira carta aos coríntios ensina, adverte e
até repreende quanto a vários problemas e questões que se levantaram na igreja.
Desde que o ensinamento de Paulo era o mesmo em todas as igrejas (4:17), ele
endereçava a carta tanto à igreja de Deus em Corinto como àqueles que invocam o
Senhor em todos os lugares (1:2). Muitos dos problemas que os coríntios
enfrentaram nós também enfrentamos; por isso, um estudo cuidadoso dessa carta
pode ajudar-nos.
Introdução (1:1-9): Paulo
apresenta a si mesmo e aqueles a quem ele estava escrevendo (1:1-2), saúda-os
(1:3) e lhes conta sobre suas orações por eles (1:4-9). Ele chama a atenção
para o próprio Senhor (note com que frequência Paulo se refere a Deus ou a
Jesus) e sobre sua volta. Vários dos temas iniciais de Paulo nos preparam para
discussões mais extensas no decorrer do livro: seu apostolado (9:1-18); a
coerência da revelação em todos os lugares (4:17; 7:17; 11:16; 14:33-34;
16:1-2); nossa dívida com Deus por tudo o que temos (3:1-9; 4:1-13, etc.), a
volta do Senhor (capítulo 15).
Problema de divisão
(1:10-17): A família de Cloe disse a Paulo que a igreja estava
desenvolvendo um espírito partidário, declarando fidelidade a vários pregadores
famosos. Paulo ficou horrorizado. Eles estavam tentando arrancar os membros de
Cristo dividindo seu corpo. Paulo insistiu que ele não foi crucificado por eles
e que eles não foram batizados no nome dele. De fato, ele se alegrava por ter
batizado pessoalmente poucos deles, para que assim não tivessem base para dizer
que eram "de Paulo".
Problema de sabedoria humana
(1:18-31): A questão da divisão tinha origem num problema mais
fundamental: uma exaltação da sabedoria humana, seja a filosofia grega, ou a
visão judaica do rei conquistador, que é totalmente contrária ao caminho de
Deus. O evangelho apresentando um Messias crucificado parecia absurdo para
eles, como se falasse de "gelo frito." Mas Deus intencionalmente
escolheu redimir o homem de um modo que o mundo considera loucura, para
humilhar os homens. Seu lema é: "Aquele
que se gloria, glorie-se no Senhor"(1:31).
Perguntas para estudo pessoal:
- Quais
duas coisas seriam exigidas para que alguém pertencesse a Paulo? Então,
quais duas coisas são exigidas para que alguém pertença a Cristo (1:13)?
- O
que buscam os sábios mundanos?
- Por
que Deus não escolheu os poderosos e os nobres?
Os coríntios exaltavam a sabedoria humana (capítulo
1). Em contraste, Paulo demonstrava que tanto o meio de salvação que Deus
escolheu (a crucificação de Cristo 1:18-25) quanto o povo que Deus salvou
(1:26-31) contradizem a sabedoria humana. No capítulo 2, Paulo mostra que Deus
se revela somente através do Espírito; portanto, a sabedoria dos homens não
pode chegar a conhecer Deus nem a aprender sua vontade.
Métodos de ensino (2:1-5): Deus
escolheu uma mensagem simples que Paulo proclamou de modo direto. Ele não
mostrou eloquência retórica, mas simplesmente declarou Cristo e sua
crucificação. Muitos líderes religiosos até hoje procuram projetar uma imagem
de ostentosa autoconfiança; Paulo mostrou humildade, sentindo sua inadequação
diante da tremenda tarefa de proclamar a vontade do Senhor. Sua recusa a
fascinar sua audiência com seu próprio encanto e cultura deixaram a fé do povo
repousando no Senhor e não nele mesmo.
Sabedoria de Deus
(2:6-13): De fato, a salvação de Deus é sábia. Sua sabedoria,
contudo, continua desconhecida pela elite do mundo. Desde que a sabedoria de Deus
não pode ser descoberta pelo raciocínio humano, nenhum homem pode jamais chegar
a entender a vontade de Deus pelo seu próprio entendimento ou pesquisa. Ninguém
pode saber o que estou pensando a menos que eu lhe diga. Do mesmo modo, ninguém
pode conhecer a mente de Deus fora da revelação que Deus fez aos seus apóstolos
através do Espírito. Deus não revelou apenas o conteúdo geral de sua mensagem,
mas deu as próprias palavras da Escritura. Assim, podemos chegar a saber a
vontade de Deus revelada pelo Espírito quando lemos o que os apóstolos e os
profetas escreveram no Novo Testamento.
O homem separado da revelação
(2:14-16): Paulo contrasta o homem "natural" e
o homem "espiritual". O homem "natural" é o que não aceita
a revelação de Deus, a Bíblia. Seu horizonte é limitado pelas coisas da vida.
Ele não pode conhecer Deus porque é somente através da palavra de Deus que uma
pessoa pode chegar a entender qual é sua vontade. O homem
"espiritual" ouve as Escrituras e confia no que Deus revelou. Enquanto
as pessoas mundanas consideram tolo o homem "espiritual", isso não
importa; afinal, foram os sábios deste mundo que crucificaram o próprio Senhor
da glória (2:8).
A auto-revelação direta de Deus, impossível de ser
descoberta pelo engenho do homem, envergonha todas as tentativas de exaltar a
sabedoria humana.
Perguntas para estudo pessoal:
- Qual
era a maneira de Paulo pregar?
- Por
que Paulo não tentou impressionar o povo em sua pregação (2:5)?
- Por
que os homens não podem saber a vontade de Deus pelos seus próprios sentimentos
e intuição?
- Qual
é a diferença entre o homem "natural" e o homem
"espiritual"?
Paulo tinha repreendido os coríntios por seguirem
os homens e exaltarem a sabedoria mundana. O capítulo três declara a causa
radical desses pecados: a carnalidade.
Carnalidade (3:1-4,
18-20): Paulo repreendeu os sintomas da espiritualidade
infantil dos coríntios: 1. Sua
alimentação. Eles não podiam tolerar carne forte (isto é, verdades espirituais
profundas), somente leite (isto é, os fundamentos). 2. O ciúme e a discórdia. Os
irmãos competiam entre si tentando mostrar-se superiores uns dos outros. 3. Sua exaltação de pregadores.
Os coríntios tentavam aliar-se com um pregador ou outro, criando partidos
rivais. 4. Seu
orgulho. Eles pensavam que eram sábios (3:18), cheios de conhecimento (8:2) e
espiritualidade (14:37). Egoísmo e presunção cegavam-nos para suas verdadeiras
necessidades espirituais.
Ensinamentos corretivos (3:5-9,
21-23): Paulo enfatiza a posição inferior dos
pregadores. Eles eram meros servidores de Deus, mas é ele quem dá o crescimento
e que recompensa os pregadores de acordo com seu trabalho (não de acordo com
sua eloquência ou inteligência). Além do mais, ciúme, rivalidade e jactância
sinalizam sentimentos de inferioridade. Mas nenhum cristão precisa provar ou
"reivindicar" nada porque Deus nos deu todas as coisas em Cristo.
Edifício de Deus (3:10-17): A igreja
é o edifício de Deus, composto de Cristo como fundação e aqueles que são
trazidos a Cristo como materiais de construção (veja Efésios 2:19-22; 1 Pedro
2:5). Paulo instrui pessoas que fazem três tipos de coisas para o edifício de
Deus: lançar a fundação, construir sobre a fundação e destruir o
edifício. Àqueles que estão
lançando a fundação, ele insiste que Cristo seja o material exclusivo.
Desde que a filosofia e a sabedoria mundana são vazias, aqueles que pregam o
evangelho precisam pregar aquelas coisas reveladas pelo Senhor. Àqueles que estão construindo sobre a
fundação ele encoraja o cuidado. Os construtores trazem vários
tipos de pessoas a Cristo. Alguns são duráveis como ouro, prata e pedras
preciosas; outros são altamente inflamáveis como madeira, feno e palha. No fogo
(isto é, no tempo da tribulação e da tentação) a qualidade destes discípulos se
manifesta. Alguns construtores encontram suas "obras" (isto é,
convertidos) destruídas pelo fogo da aflição. Ainda que grandemente desapontados,
esses mesmos construtores serão salvos desde que pessoalmente resistam ao fogo.
Outros construtores regozijam-se grandemente porque aqueles a quem eles
ensinaram perseveram na tribulação. Finalmente, aqueles que destroem o edifício com falso ensinamento e com
divisão estão ameaçados com julgamento severo pelo Todo-Poderoso.
Perguntas para estudo pessoal:
- De que modos os coríntios manifestavam
carnalidade?
- Qual era a diferença entre a obra de Paulo e a
de Apolo (3:6)?
- O que os materiais de construção representam
em 3:12-15?
- Por que não devemos gabar-nos?
A incompreensão do papel dos pregadores era um dos
principais problemas dos coríntios. Para corrigi-los, Paulo usou como exemplos
a si mesmo e Apolo. Ele discutiu:
Sua relação com Deus (4:1-6): Paulo
era um administrador de Deus, incumbido de administrar sua preciosa revelação.
Como tal, Deus era o seu juiz. Ele não estava sujeito nem aos irmãos coríntios
nem a si mesmo. Uma vez que nenhum ser humano está qualificado para avaliar os
servos de Deus, ele não permitia que as críticas o impedissem de cumprir as
tarefas dadas por Deus. Uma vez que o homem pode facilmente enganar-se e
convencer-se de que está certo, quando não está, ele não tinha confiança em sua
própria aprovação. Seu brilho, sucesso, eloqüência e popularidade eram
insignificantes porque Deus julgaria somente sua fidelidade.
Sua relação com o mundo
(4:7-13): Paulo contrastou sua própria aflição com o
triunfalismo deles. Enquanto eles se imaginavam ricos e sábios, Paulo era a
escória da terra. Com ironia, ele os fez envergonharem-se de seu orgulho:
"Que pena que nós, os apóstolos, não sabíamos que a vossa dispensação de
glória já tinha começado!" Hoje muitos tentam tornar o cristianismo num
meio de buscar a grandeza mundana. Cristo não prometeu sucesso e prosperidade
na vida e aqueles que pensam de outra forma devem reler 1 Coríntios 4:7-13.
Sua relação com eles (4:14 -
5:13): Por evangelizar Corinto, Paulo se tornou, em certo
sentido, o pai espiritual deles. Ele esperava que o imitassem (como ele imitava
a Cristo) e os disciplinava quando necessário. A disciplina de Paulo incluiu
instruções especiais a respeito de um homem da congregação que estava vivendo
com sua madrasta. A igreja deveria agoniar-se diante desta flagrante
desobediência mas, de fato, estavam orgulhosos de sua tolerância liberal. Paulo
reprovou-os firmemente e lhes disse que se reunissem para entregar o homem a
Satanás. Ele pretendia que apontassem publicamente o homem como infiel e não
mais nas boas graças dos irmãos. Isso mostraria que ele agora estava no reino
de Satanás, e não do Senhor. Eles também deveriam deixar de ter vida social com
ele. Quando uma igreja tolera membros que se recusam a se arrepender do pecado,
o corpo todo rapidamente fica infectado com a corrupção espiritual. A igreja
deve identificar publicamente os membros imorais e cada membro deve evitar
conviver com eles até que se arrependam.
Perguntas para estudo pessoal:
- Como
Paulo demonstrou a capacidade superior de Deus para julgar (4:5)?
- Como
era a vida de Paulo (4:9-13)?
- Que
passos uma igreja deve dar quando lidar com um membro imoral que se recusa
a arrepender?
- O
que o fermento representa em 5:6-8? Qual é o ponto que Paulo está ensinando
aqui?
Os cristãos, às vezes, falham nos pontos
fundamentais da vida espiritual. Os coríntios procederam assim e Paulo escreveu
para corrigi-los.
Demandas judiciais (6:1-11): Ainda
que os coríntios aceitassem calmamente a gritante imoralidade em seu meio
(capítulo 5), eles processavam seus irmãos, junto a justiça, por danos pessoais
sem importância. Paulo ficou horrorizado ao ver que os cristãos que julgarão o
mundo estavam resolvendo as diferenças entre si em tribunais humanos. Ele
proibiu terminantemente os cristãos de processarem os outros cristãos. Ele os
aconselhou a indicarem um irmão para arbitrar as disputas, ou melhor, para
evitá-las definitivamente sofrendo a injustiça sem se queixarem.
Imoralidade sexual (6:12-20): Os
cristãos abusavam de sua "liberdade" em Cristo reivindicando o
direito de satisfazerem seus desejos sexuais como desejassem. Mas Paulo
argumentou que a imoralidade sexual é inaceitável para um cristão: 1. Desde que a união sexual
envolve a transformação em "uma só carne", a fornicação com efeito
afasta o membro do corpo de Cristo que se une a uma meretriz. 2. Os pecados sexuais são contra
nossos próprios corpos. Não existe sexo "ocasional". 3. Deus habita no cristão;
portanto, nada que seria errado no templo de Deus é justo no corpo do filho de
Deus. A fornicação é tão terrível que não devemos parar para negociar com ela.
Temos que fugir!
Questões sobre casamento
(7:1-40): Os coríntios tinham feito a Paulo diversas
perguntas por carta. No capítulo 7, Paulo começou a respondê-las. Eles queriam
saber se a pessoa deveria mudar seu estado conjugal quando fosse convertida.
Generalizando, Paulo disse que não. Ele ordenou que os casados continuassem
casados e que satisfizessem os desejos naturais de seu cônjuge. Ele disse que
os que fossem casados com não cristãos não procurassem a separação, mas que
permanecessem casados se o par incrédulo quisesse. Ainda que Paulo advertisse
as viúvas e as solteiras de que a perseguição iminente poderia complicar suas
vidas caso se casassem, ele enfaticamente afirmou que o casamento não era
errado para aqueles que o desejassem muito.
O fato de ser um cristão não muda a profissão da
pessoa, sua raça nem seu estado civil. Normalmente, quando alguém é chamado,
continua no estado em que está. Há exceções claras, certamente. Por exemplo, se
a ocupação da pessoa ou o casamento é pecaminoso, é preciso haver mudança.
Aqueles que vivem em poligamia, homossexualidade ou adultério têm que separar-se
do seu parceiro para servir ao Senhor. Mas se o relacionamento não for
pecaminoso, o mesmo permanece quando a pessoa se converte.
Perguntas para estudo pessoal:
- Liste
os argumentos que Paulo apresentou para proibir os cristãos de processarem
os seus irmãos.
- Como
a imoralidade sexual é um pecado especial (6:18)?
- Sob
quais circunstâncias Paulo permite que esposo e esposa se abstenham de
relações sexuais (7:5)?
- Quais
opções uma pessoa divorciada tem (7:10-11)?
Os irmãos no primeiro século debatiam fortemente a
questão de comer carne que tinha sido sacrificada aos ídolos. Uma vez que as
festas dos ídolos eram ocasiões sociais importantes, a família e os amigos
pressionavam os cristãos para assisti-las. Todos sabiam que um servo de Deus
não poderia adorar ídolos, mas assistir a um festival de ídolo era outra
questão e alguns dos coríntios acreditavam que era correto fazer isso. Paulo
dedicou três capítulos a essa questão crucial. Ele começou mostrando como
visitar templos de ídolos poderia "ferir" os demais discípulos e,
portanto, ser contrário ao princípio de amar uns aos outros.
Respondendo aos argumentos deles
(8:1-13): Paulo citou e refutou argumentos dos coríntios que
favoreciam o comer carnes dos ídolos. í "Sabemos que todos temos conhecimento" (8:1
NVI). Os coríntios se orgulhavam do conhecimento e sabedoria que possuíam
(capítulos 1-4). Paulo respondeu que o amor supera o conhecimento, porque
enquanto este ensoberbece, o amor edifica. Para visualizar a diferença, pense
numa bolha e num edifício. í "Sabemos
que o ídolo não significa nada no mundo" (8:4 NVI). O
ponto crucial do argumento deles era que não fazia mal assistir a festas de
ídolos porque estes não existem. Paulo respondeu dizendo que os idólatras
honravam, em seu coração, o ídolo, en-quanto assistiam. î Finalmente, eles
diziam que a comida era indiferente para Deus (8:8). Eles estavam insistindo no
seu direito de comer o que lhes agradasse, mas Paulo afirmou que o amor, e não
a liberdade, deve guiar nossa conduta. O perigo era que o irmão
"fraco", induzido pelo exemplo do cristão "forte", entrasse
no templo e realmente adorasse o ídolo. Desta forma, este abuso dos
"direitos" por parte do irmão forte era capaz de levar o irmão a
pecar. Ser culpado de destruir o irmão por quem Cristo morreu é um assunto bem
sério.
O exemplo de Paulo (9:1-23): Paulo
observou como ele tinha renunciado aos seus "direitos" a favor do
evangelho. Ele tinha pleno direito de receber sustento financeiro pela sua
pregação, mas se recusava a receber isso deles. Uma vez que ele tinha
renunciado ao seu direito de exigir um salário para aliviar a carga deles,
certamente eles poderiam renunciar a alguma carne por amor à alma de um irmão
fraco. Mais ainda, Paulo renunciou ao seu direito de ser ele mesmo, tornando-se
todas as coisas para todos os homens, a fim de que ele pudesse ser mais
eficiente no ganhá-los para Cristo. O exemplo de Paulo mostra que nenhuma
quantidade de sacrifício próprio é demais. Os coríntios, portanto, deveriam
deixar de comer a carne sacrificada aos ídolos por amor aos seus irmãos.
Perguntas para estudo pessoal:
§ O que o
Novo Testamento ensina sobre comer carne sacrificada aos ídolos (Atos 15:19-29;
Apocalipse 2:14-20)?
§ No
capítulo 8, qual é o critério principal para determinar o que um cristão deve
fazer nas situações delicadas?
§ Quais
argumentos Paulo apresenta para ensinar que os pregadores têm direito a
sustento financeiro?
§ No
contexto, qual é o propósito de Paulo ao insistir tão enfaticamente que um
pregador tem direito de receber sustento?
Ao escrever sobre as carnes sacrificadas aos ídolos
Paulo tinha dois pontos a defender. Ele apresentou o primeiro no capítulo 8
(abstenha-se de carne por amor a teu irmão) e,então, deu duas ilustrações no
capítulo 9 (eu renunciei ao meu direito ao sustento financeiro e a ser eu mesmo
por amor do evangelho). Ele começou o segundo ponto com ilustrações (o atleta,
9:24-27 e os israelitas, 10:1-13) e, então, fez sua exortação (foge da
idolatria 10:14-22).
Exemplos (9:24 - 10:13): Os
atletas olímpicos são esforçados, disciplinados e concentrados. Eles forçam
seus músculos até o limite e renunciam a prazeres normais em sua busca por uma
coroa corruptível, a qual era, naquela época, feita de aipo seco. Não devem os
cristãos serem mais esforçados, disciplinados e concentrados em sua busca pela
coroa incorruptível no céu?
Os israelitas, no deserto, foram todos abençoados
por Deus. Ele guiou a todos, batizou todos no Mar
Vermelho e deu a todos alimento e bebida espirituais. Contudo,
"a maioria" caiu no deserto. "A maioria" era 603.548 dos
603.550 homens. Todos, menos dois. Por que caíram? Eles festejaram em volta de
um bezerro de ouro, cometeram imoralidade sexual associada com idolatria, etc.
E por que Deus registrou estes acontecimentos? Não para aqueles que caíram (era
muito tarde para eles), mas para nós, de modo que aceitando a advertência
possamos evitar o julgamento que eles tiveram.
Fugindo da idolatria (10:14-22): Este
é o ponto crucial do argumento de Paulo. Participar da ceia do Senhor une os
cristãos a Cristo e aos outros cristãos. Participar do altar une os judeus ao
altar e à adoração do Velho Testamento. Portanto, participar de festas
idólatras também tem consequências. Paulo não estava ensinando que comer carne
oferecida a ídolo une os cristãos a um "deus" imaginário, mas aos
demônios que promoviam a idolatria. Não se pode participar da mesa do Senhor e
ao mesmo tempo da mesa do ídolo.
Conclusões (10:23—11:1): Paulo
finalizou a discussão considerando assuntos práticos. Algumas vezes sobras de
carne de ídolo seriam vendidas no atacado ao açougueiro, que as revenderiam
como qualquer outra carne. Uma vez que essa carne não foi fisicamente alterada
pela cerimônia no templo, um cristão poderia comprá-la sem investigar a sua
origem. Ele também poderia partilhar de uma refeição na casa de um vizinho
pagão. Mas se fosse chamada a atenção para a carne como tendo vindo de um
templo de ídolo, então ele deveria abster-se de comê-la por causa da
consciência de outras pessoas. Tudo precisa ser avaliado por dois princípios: A
glória de Deus (10:31) e o bem-estar de outros (10:32).
Perguntas para estudo pessoal:
- Paulo
ressalta quais aspectos do atleta?
- Que
paralelos você vê entre os pecados dos israelitas e os cometidos pelos
irmãos que assistiam a festas de ídolos?
- Qual
é a razão principal pela qual Paulo condenou a participação em festas de
ídolos?
- Por
quais dois princípios deve ser julgada toda a conduta cristã?
O cristianismo se apoia num modelo fixo dado a nós
pelo Senhor através dos apóstolos. Em geral, os coríntios estavam retendo
firmemente as tradições que Paulo lhes havia entregue (2). Mas havia uma área
na qual Paulo os repreendeu (17) e relembrou-lhes o ensinamento que lhes havia
passado (23).
Liderança (11:2-16): Deus
é o cabeça de Cristo, que é o cabeça do homem, que é o cabeça da mulher. Deus,
o Criador, tem direito a determinar nossos papéis e devemos respeitar a
hierarquia que ele estabeleceu. Sem dar muitos detalhes específicos, Paulo
ensinou os homens a não cobrirem as suas cabeças quando oravam ou profetizavam
e as mulheres a usarem véus quando oravam e profetizavam. Ele baseava seu apelo
na natureza básica dos homens e das mulheres (7-9), nos anjos (10), no
comprimento do cabelo dos homens e das mulheres (14-15) e na prática universal
das igrejas (16).
A Ceia do Senhor (11:17-34): Os
coríntios estavam abusando da ceia do Senhor. As divisões entre eles os levavam
a não esperar para partilhar juntos, mas cada um comia o seu próprio alimento
logo que possível, nada deixando para os outros. O ambiente era irreverente, e
os pobres estavam sendo excluídos. Paulo deu diversas ordens específicas para
corrigir a situação. Primeiro de tudo, a ceia do Senhor não era para ser
transformada numa refeição comum. As refeições deveriam ser tomadas em casa,
mas a ceia do Senhor era uma recordação solene da morte de Cristo. Segundo, ele
ordenou que a ceia fosse observada reverentemente meditando na crucificação.
Ele advertiu que aqueles que participassem sem uma séria reflexão seriam
culpados do próprio corpo e sangue do Senhor. De fato, alguns já tinham sido
castigados pelo Senhor porque não estavam participando corretamente.
Finalmente, Paulo lhes disse para esperar uns pelos outros antes de começar a
tomar a ceia do Senhor. Desse modo todos eles poderiam juntamente comer e
recordar do Senhor.
Estes mesmos princípios precisam ser observados
hoje. ì Eventos sociais fazem parte do trabalho do lar, e não da obra da
igreja. A obra da igreja local é espiritual. í Devemos comemorar a ceia do
Senhor com a máxima reverência, dando tempo para pensar sobre o sofrimento e o
amor do Senhor e quanto lhe devemos. î A ceia deve ser comemorada por toda a
congregação ao mesmo tempo. A ceia do Senhor pertence à reunião da igreja, onde
o Senhor a colocou.
Perguntas para estudo pessoal:
- Quais
fatos Paulo apresenta para demonstrar o relacionamento entre homens e
mulheres?
- O
que era bom nas divisões? (19)
- Que
devemos fazer durante a ceia do Senhor?
- Onde
as refeições normais devem ser comidas?
Os coríntios entenderam mal como os dons
espirituais funcionariam, por isso Paulo escreveu para corrigir os equívocos
deles.
Verdades sobre os dons espirituais
O conteúdo determina a autenticidade dos dons espirituais (12:1-3). No paganismo, a própria experiência era importante; o que era feito não importava. Em Cristo, o teste de cada dom é a mensagem que ele inspira seu possuidor a afirmar. Uma vez que todos os diversos dons espirituais têm uma mesma fonte (12:4-11) não deveria haver rivalidade, ciúme ou comparação jactanciosa. Todos os membros do corpo são necessários (12:12-26) porque todos são batizados por um Espírito em um corpo inteiro. Os membros não deveriam sentir-se inferiores ou superiores a outros membros porque Deus pôs cada um no corpo onde lhe agradou e deu a cada um as capacidades que ele quis. Dons de ensino (apóstolos, profetas, professores) são mais importantes do que os dons espetaculares (milagres, curas, línguas) (12:27-31). O amor é mais importante do que os dons espirituais (13:1-7). Mesmo que alguém fale línguas angelicais, sem amor isso é inútil. Ainda que se saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, sem amor não é nada. Mesmo que se dê tudo aos pobres e seja queimado numa fogueira, sem amor é vazio. ' Os dons espirituais foram temporários (13:8-13). Quando o perfeito (a revelação completa) veio, os dons espirituais acabaram. Como características infantis são descartadas quando a idade adulta é atingida, assim os dons espirituais ficaram obsoletos quando Deus completou a revelação de sua vontade no primeiro século.
Lições para nós
Ainda que os dons espirituais tenham cessado, os princípios que Paulo ensinou são importantes para nossa edificação. Tudo deverá ser provado pelos critérios de sua concordância com o ensinamento do Senhor Jesus Cristo. Todas as capacidades vêm de Deus, assim não devemos ser arrogantes pelas nossas. Cada membro deverá ser valorizado e devemos pensar de nós mesmos como um corpo em Cristo. O ensinamento é o alicerce de nosso crescimento e função. Sem amor, todo o nosso serviço espiritual é inútil. ' Devemos prestar cuidadosa atenção à revelação completa que foi produzida pelo uso dos dons espirituais no primeiro século.
Perguntas para estudo pessoal:
Verdades sobre os dons espirituais
O conteúdo determina a autenticidade dos dons espirituais (12:1-3). No paganismo, a própria experiência era importante; o que era feito não importava. Em Cristo, o teste de cada dom é a mensagem que ele inspira seu possuidor a afirmar. Uma vez que todos os diversos dons espirituais têm uma mesma fonte (12:4-11) não deveria haver rivalidade, ciúme ou comparação jactanciosa. Todos os membros do corpo são necessários (12:12-26) porque todos são batizados por um Espírito em um corpo inteiro. Os membros não deveriam sentir-se inferiores ou superiores a outros membros porque Deus pôs cada um no corpo onde lhe agradou e deu a cada um as capacidades que ele quis. Dons de ensino (apóstolos, profetas, professores) são mais importantes do que os dons espetaculares (milagres, curas, línguas) (12:27-31). O amor é mais importante do que os dons espirituais (13:1-7). Mesmo que alguém fale línguas angelicais, sem amor isso é inútil. Ainda que se saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, sem amor não é nada. Mesmo que se dê tudo aos pobres e seja queimado numa fogueira, sem amor é vazio. ' Os dons espirituais foram temporários (13:8-13). Quando o perfeito (a revelação completa) veio, os dons espirituais acabaram. Como características infantis são descartadas quando a idade adulta é atingida, assim os dons espirituais ficaram obsoletos quando Deus completou a revelação de sua vontade no primeiro século.
Lições para nós
Ainda que os dons espirituais tenham cessado, os princípios que Paulo ensinou são importantes para nossa edificação. Tudo deverá ser provado pelos critérios de sua concordância com o ensinamento do Senhor Jesus Cristo. Todas as capacidades vêm de Deus, assim não devemos ser arrogantes pelas nossas. Cada membro deverá ser valorizado e devemos pensar de nós mesmos como um corpo em Cristo. O ensinamento é o alicerce de nosso crescimento e função. Sem amor, todo o nosso serviço espiritual é inútil. ' Devemos prestar cuidadosa atenção à revelação completa que foi produzida pelo uso dos dons espirituais no primeiro século.
Perguntas para estudo pessoal:
- Quais
dons espirituais Paulo lista?
- Todos
os cristãos tinham todos os dons espirituais?
- As
questões de Paulo em 13:1-3 eram situações de fato ou possibilidades
hipotéticas? Em outras palavras, ele falou em línguas de anjos, soube
todos os mistérios e conhecimentos, e tinha dado seu corpo para ser
queimado?
- Quanto
tempo a fé e a esperança tinham que durar (2 Coríntios 5:7; Romanos
8:24-25)?
Os coríntios tinham muitos problemas relacionados
com o uso dos dons espirituais. Em resposta, Paulo observou que os dons eram
temporários, durando até completar a revelação do Novo Testamento (13:8-13).
Ele também lhes disse como usar esses dons durante a era na qual eles ainda
estavam em vigor.
Tudo para edificação (14:1-19). A meta das reuniões cristãs tinha sido sempre a edificação, o desenvolvimento espiritual dos irmãos. A profecia edificava os coríntios porque ensinava, consolava e exortava. Mas falar em línguas (i. e., em outras línguas) nos cultos em Corinto não edificava porque somente Deus e a pessoa que falava sabiam o que estava sendo dito. O único modo pelo qual falar em línguas estrangeiras poderia edificar os coríntios era se alguém as traduzisse para a língua que falavam; de outro modo era como uma trombeta soando uma advertência ininteligível, inútil. Paulo não estava "rebaixando" as línguas porque ele não podia falá-las; ele podia. Mas sabia que as reuniões da igreja fortaleceriam os irmãos somente quando os presentes entendessem a linguagem que estava sendo falada.
O propósito das línguas (14:20-25). O verdadeiro papel das línguas era servir como um sinal para os incrédulos. Em Atos 2 os apóstolos falaram em línguas e pessoas de várias nações que tinham-se juntado para a festa judia do Pentecostes puderam enten-dê-los. A súbita capacidade dos apóstolos para falar línguas estrangeiras maravilhou a multidão e levou à conversão de 3000 em um só dia. Corinto não tinha milhares de pessoas de outras nações reunidas para uma festa. Quando os irmãos falaram em línguas estrangeiras ali, isso soava como algaravia. E pior, falavam todos ao mesmo tempo, compondo a confusão. Do modo como os coríntios estavam abusando das línguas, seria mais provável alguém ser convertido pela profecia (que era realmente para os crentes) do que pelas línguas.
Instruções especiais (14:26-40). Paulo deu regras minuciosas para o uso dos dons espirituais, regras que são quase sempre ignoradas por aqueles que declaram ter estes dons hoje em dia. Somente dois ou três oradores em línguas ou profetas deveriam falar em cada reunião. Cada um tinha que falar na sua vez. Nos cultos, nunca deveria ter diversas pessoas falando ao mesmo tempo. Nenhuma mulher deveria falar alto nas assembleias da igreja. O culto inteiro tinha que ser conduzido com decência e ordem. Os princípios por trás destas regras aplicam-se na adoração de hoje, também.
Perguntas para estudo pessoal:
Tudo para edificação (14:1-19). A meta das reuniões cristãs tinha sido sempre a edificação, o desenvolvimento espiritual dos irmãos. A profecia edificava os coríntios porque ensinava, consolava e exortava. Mas falar em línguas (i. e., em outras línguas) nos cultos em Corinto não edificava porque somente Deus e a pessoa que falava sabiam o que estava sendo dito. O único modo pelo qual falar em línguas estrangeiras poderia edificar os coríntios era se alguém as traduzisse para a língua que falavam; de outro modo era como uma trombeta soando uma advertência ininteligível, inútil. Paulo não estava "rebaixando" as línguas porque ele não podia falá-las; ele podia. Mas sabia que as reuniões da igreja fortaleceriam os irmãos somente quando os presentes entendessem a linguagem que estava sendo falada.
O propósito das línguas (14:20-25). O verdadeiro papel das línguas era servir como um sinal para os incrédulos. Em Atos 2 os apóstolos falaram em línguas e pessoas de várias nações que tinham-se juntado para a festa judia do Pentecostes puderam enten-dê-los. A súbita capacidade dos apóstolos para falar línguas estrangeiras maravilhou a multidão e levou à conversão de 3000 em um só dia. Corinto não tinha milhares de pessoas de outras nações reunidas para uma festa. Quando os irmãos falaram em línguas estrangeiras ali, isso soava como algaravia. E pior, falavam todos ao mesmo tempo, compondo a confusão. Do modo como os coríntios estavam abusando das línguas, seria mais provável alguém ser convertido pela profecia (que era realmente para os crentes) do que pelas línguas.
Instruções especiais (14:26-40). Paulo deu regras minuciosas para o uso dos dons espirituais, regras que são quase sempre ignoradas por aqueles que declaram ter estes dons hoje em dia. Somente dois ou três oradores em línguas ou profetas deveriam falar em cada reunião. Cada um tinha que falar na sua vez. Nos cultos, nunca deveria ter diversas pessoas falando ao mesmo tempo. Nenhuma mulher deveria falar alto nas assembleias da igreja. O culto inteiro tinha que ser conduzido com decência e ordem. Os princípios por trás destas regras aplicam-se na adoração de hoje, também.
Perguntas para estudo pessoal:
- Qual
era a vantagem da profecia sobre as línguas?
- Qual
foi o problema que Paulo observou quanto a orar em outra língua?
- Porque
as mulheres não deviam falar nos serviços de adoração, de acordo com
14:34-35?
- Quais
regras são dadas para as assembleias neste capítulo? Quais dons
espirituais Paulo lista?
Alguns mestres ensinavam que não havia ressurreição
dos mortos. Para refutar esta falsa doutrina, Paulo primeiro estabeleceu uma
base comum com seus leitores, afirmando a ressurreição de Cristo. A evidência
da ressurreição de Cristo é esmagadora. Não há confirmação mais forte de um
evento histórico do que testemunho ocular. No caso de Jesus, mais de quinhentas
pessoas viram Jesus vivo depois que ressurgiu. Sua ressurreição não pode ser
razoavelmente negada, e assim prova que há ressurreição dos mortos.
Consequências da ressurreição de
Cristo (15:12-28). Cristo ou foi ressuscitado ou não. Se não foi,
então a pregação apostólica foi em vão, porque acusavam Deus de algo que ele
não tinha feito, e a fé é vã porque se apoia na ressurreição de Cristo. Se
Cristo foi ressuscitado então todos os crentes serão ressuscitados com ele.
Cristo foi os primeiros frutos, um sinal e uma garantia de farta colheita.
Observe o raciocínio de Paulo: a meta máxima de Deus para o universo é que
Cristo retorne o governo a Deus depois de derrotar todos os inimigos. O último
inimigo a ser derrotado é a morte, a qual Cristo venceria pela ressurreição.
Sem esta, Cristo não venceria o último inimigo. Ele não retornaria o reino a
Deus, que não seria o supremo rei. A negação da ressurreição frustra todo o
plano de Deus para o universo.
Se não há ressurreição (15:29-34). Se não há ressurreição, o batismo não tem sentido. Se for assim, aqueles que estavam sendo batizados acreditando na ressurreição estavam apenas sendo batizado para os mortos, para a sepultura. O sofrimento de Paulo e as escapadas por um triz da morte foram absurdas se esta vida é tudo o que existe. De fato, se não há ressurreição, deveríamos viver intensamente aqui, porque amanhã morreremos.
Se não há ressurreição (15:29-34). Se não há ressurreição, o batismo não tem sentido. Se for assim, aqueles que estavam sendo batizados acreditando na ressurreição estavam apenas sendo batizado para os mortos, para a sepultura. O sofrimento de Paulo e as escapadas por um triz da morte foram absurdas se esta vida é tudo o que existe. De fato, se não há ressurreição, deveríamos viver intensamente aqui, porque amanhã morreremos.
Como são ressuscitados os
mortos? (15:35-58). Os oponentes de Paulo objetaram contra a
ressurreição porque não podiam imaginar como poderia acontecer. Paulo explicou
a ressurreição por analogia. Enterrar um corpo é como plantar uma semente,
porque a planta brota da semente, mas não se parece com ela. O corpo ressurgido
sai do corpo enterrado, mas não se parece com ele. Deus tem muita experiência
em preparar corpos adequados, por isso será capaz de providenciar facilmente um
corpo adaptado a nossa existência eterna. Quando Cristo retornar, os mortos
serão ressuscitados com corpos glorificados, os vivos serão mudados
instantaneamente e todos serão levados ao grande julgamento do trono de Deus. A
promessa de ressurreição deve motivar todos a perseverar e abundar no Senhor.
Perguntas para estudo pessoal:
- Como
Paulo provou a ressurreição?
- Quais
são as consequências de negar a ressurreição?
- Como
a ressurreição se encaixa no plano máximo de Deus para o universo?
- Como
deve nossa fé na ressurreição fazer-nos viver?
Ao concluir 1 Coríntios, Paulo deu várias
instruções.
Coleta (16:1-4). Muitos textos relatam a coleta que Paulo dirigiu para os cristãos pobres de Jerusalém (2 Coríntios 8-9; Romanos 15:22-33; Atos 24:17). Esta coleta ilustra princípios importantes: 1. O Novo Testamento é um projeto para todas as igrejas. As diretrizes que Paulo tinha dado às igrejas da Galácia e mais tarde daria às igrejas da Macedônia (2 Coríntios 8:1-5) eram as mesmas que ele estava dando a Corinto. Havia uniformidade de doutrina e prática entre os irmãos primitivos (1 Coríntios 4:17) que era um reflexo da unidade do próprio Deus (Efésios 4:4-6). 2. A doação deveria ser semanal. Paulo acertou o domingo como o dia em que os cristãos devem contribuir para a caixa comum. 3. A contribuição deve ser de acordo com a prosperidade da pessoa. O Novo Testamento não tem nenhuma declaração da quantidade exata ou porcentagem a ser dada. Quanto mais prosperamos por Deus, tanto mais devemos dar.
Visitas (16:5-12,15-18). Paulo planejou ficar em Éfeso até o Pentecostes e então esperava visitar Corinto e passar o inverno com os irmãos de lá. Ele reconhecia que estes planos dependiam de Deus (7). Muitos adversários confrontaram Paulo em Éfeso (9), mas ele não os viu como um sinal de que não estava fazendo a vontade de Deus. Além do mais, o evangelho costuma provocar oposição. Timóteo provavelmente visitaria Corinto também e Paulo queria que o respeitassem (10-11). Apolo, apesar do forte encorajamento de Paulo, decidiu não ir ainda. Estéfanas e dois outros irmãos saíram de Corinto para visitar Paulo e passaram algum tempo ajudando-o. Agora estavam retornando a Corinto. O trabalho duro destes homens deveria merecer o respeito e a cooperação de todos os irmãos.
Várias exortações (16:13-14,19-24). Paulo podia juntar muitas coisas num pequeno espaço. As exortações dos versículos 13 e 14 podem ser lidas em segundos, mas exigem trabalho real para se aplicarem. Ele os encorajou a estarem alertas e vigilantes, permanecerem firmemente no Senhor, a serem corajosos, fortes, e amarem sempre. Ele também queria que os coríntios saudassem uns aos outros afetuosamente e enviou suas saudações a eles. O próprio Paulo escreveu a saudação final (compare 2 Tessalonicenses 3:17; Gálatas 6:11; Colossenses 4:18; Romanos 16:22; Filemom 19). 1 Coríntios começa e termina com o Senhor. Jesus é mencionado em cada um dos primeiros 10 versículos do livro e também nos últimos três...
Coleta (16:1-4). Muitos textos relatam a coleta que Paulo dirigiu para os cristãos pobres de Jerusalém (2 Coríntios 8-9; Romanos 15:22-33; Atos 24:17). Esta coleta ilustra princípios importantes: 1. O Novo Testamento é um projeto para todas as igrejas. As diretrizes que Paulo tinha dado às igrejas da Galácia e mais tarde daria às igrejas da Macedônia (2 Coríntios 8:1-5) eram as mesmas que ele estava dando a Corinto. Havia uniformidade de doutrina e prática entre os irmãos primitivos (1 Coríntios 4:17) que era um reflexo da unidade do próprio Deus (Efésios 4:4-6). 2. A doação deveria ser semanal. Paulo acertou o domingo como o dia em que os cristãos devem contribuir para a caixa comum. 3. A contribuição deve ser de acordo com a prosperidade da pessoa. O Novo Testamento não tem nenhuma declaração da quantidade exata ou porcentagem a ser dada. Quanto mais prosperamos por Deus, tanto mais devemos dar.
Visitas (16:5-12,15-18). Paulo planejou ficar em Éfeso até o Pentecostes e então esperava visitar Corinto e passar o inverno com os irmãos de lá. Ele reconhecia que estes planos dependiam de Deus (7). Muitos adversários confrontaram Paulo em Éfeso (9), mas ele não os viu como um sinal de que não estava fazendo a vontade de Deus. Além do mais, o evangelho costuma provocar oposição. Timóteo provavelmente visitaria Corinto também e Paulo queria que o respeitassem (10-11). Apolo, apesar do forte encorajamento de Paulo, decidiu não ir ainda. Estéfanas e dois outros irmãos saíram de Corinto para visitar Paulo e passaram algum tempo ajudando-o. Agora estavam retornando a Corinto. O trabalho duro destes homens deveria merecer o respeito e a cooperação de todos os irmãos.
Várias exortações (16:13-14,19-24). Paulo podia juntar muitas coisas num pequeno espaço. As exortações dos versículos 13 e 14 podem ser lidas em segundos, mas exigem trabalho real para se aplicarem. Ele os encorajou a estarem alertas e vigilantes, permanecerem firmemente no Senhor, a serem corajosos, fortes, e amarem sempre. Ele também queria que os coríntios saudassem uns aos outros afetuosamente e enviou suas saudações a eles. O próprio Paulo escreveu a saudação final (compare 2 Tessalonicenses 3:17; Gálatas 6:11; Colossenses 4:18; Romanos 16:22; Filemom 19). 1 Coríntios começa e termina com o Senhor. Jesus é mencionado em cada um dos primeiros 10 versículos do livro e também nos últimos três...
Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da
Religião Dr. Edson Cavalcante.
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