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sábado, 8 de agosto de 2015

ESTUDO APRENDENDO COM OS DEZ LEPROSOS...


                               ESTUDO APRENDENDO COM OS DEZ LEPROSOS...

11 E aconteceu que, indo ele a Jerusalém, passou pelo meio da Samaria e da Galileia; 12 E, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe, 13 E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós.
14 E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos.
15 E um deles, vendo que estava são, voltou, glorificando a Deu em alta voz; 16 E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano.
17 E, respondendo Jesus, disse; Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? 18 Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro? 19 E disse-lhe: Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou.
 Introdução
Este acontecimento que acabamos de ler, da cura dos dez leprosos, deu-se já nos últimos dias da vida do Mestre.
Lucas diz-nos que Jesus caminhava para Jerusalém e atravessou a Galileia e a Samaria. Portanto ele caminhava para sul.
Esta informação, parece que não tem nada de especial. Jesus atravessou a Galileia.
Mas atravessar a Samaria, é que não era habitual nessa época. Devido ao tradicional ódio entre esses dois povos, geralmente os judeus só se aventuravam a atravessar a Samaria se formassem um grupo grande e bem organizado e armado. Se fosse um pequeno grupo como o de Jesus com os seus discípulos, seria muito perigoso passar pela Samaria.
Mas o nosso Mestre, não só atravessou a Samaria, como até entrou em aldeias de samaritanos.
Certamente que a fama de Jesus já era bem conhecida, e penso que nesta época, o Mestre já se começava a demarcar da mentalidade judaica que esperava um Messias judeu, para libertar os judeus, e estabelecer um grande império em que  os outros povos seriam subjugados, à semelhança dos antigos reis de Israel.
Jesus entra em aldeias de samaritanos, pois o Messias veio para todos os povos, não para dominá-los pela força, mas para morrer por eles.
Diz o texto bíblico, na tradução da Ferreira de Almeida, que quando Jesus entrava em certa aldeia da Samaria, saíram-lhe ao encontro “dez homens leprosos”. Noutras traduções, como a Boa Nova, está a expressão “dez doentes com lepra”, na Jerusalém ou na TOB que é das melhores traduções em francês aparece a expressão “dez leprosos” e na velha tradução de Matos Soares aparece “dez homens com lepra”. Tentei investigar essa diferença pedindo ajuda a quem conhece as línguas originais e afinal, no grego havia uma palavra para designar o homem leproso, outra palavra diferente para a leprosa e ainda outra expressão que não definia propriamente se era homem ou mulher. Mas é a primeira palavra, que designa homens leprosos, que está nas cópias dos manuscritos.
Parece um pormenor um tanto estranho, pois na Samaria dessa época havia certamente mais mulheres do que homens, não só porque nasciam mais mulheres, como também porque os homens é que serviam na guerra e morriam mais cedo.
Não encontrei uma explicação para isto. Mas penso que o mais provável é que, além dos dez homens haveria também mulheres e crianças, que de acordo com essa cultura, não foram mencionadas. Aliás, isso acontece em muitas outras passagens bíblicas, que referem tantos homens... Não contando a mulheres e crianças... Assim, talvez o grupo fosse ainda maior que estes dez.
Também não sabemos quem eram estes homens. Temos somente esta informação. Dez homens leprosos... Não há passagens paralelas, pois somente Lucas nos descreve este acontecimento. Este é o Evangelho mais pormenorizado, pois Lucas preocupou-se em investigar e registrar tudo o mais metodicamente e o mais pormenorizadamente que lhe foi possível.
Mas Lucas era médico. Ele sabia muito bem o que era a lepra. Para quê acrescentar mais pormenores?
Que interesse teria dizer que, por exemplo,  um era um corajoso zelote, outro um intelectual saduceu, outro um consagrado fariseu. Isso eram coisas do passado. Lucas regista a realidade  quando se deu o encontro com Jesus.
Se havia no grupo algum rico saduceu, este deixara já a sua casa, para onde nunca mais iria voltar...
Se havia algum fariseu habituado a isolar-se dos impuros, já não havia motivo para isso, agora que ele próprio se tornara um leproso, de quem até os mais impuros se afastavam....
Há várias passagens no V.T. sobre a lepra, mas vou limitar-me a mencionar Números 5:1/3
1 E falou o Senhor a Moisés, dizendo: 2 Ordena aos filhos de Israel que lancem fora do arraial a todo o leproso, e a todo o que padece de fluxo, e a todos os imundos por causa de contato com algum morto. 3 Desde o homem até à mulher os lançareis; fora do arraial os lançareis, para que não contaminem os seus arraiais, no meio dos quais eu habito.
Hoje em dia, graças a Deus, já é possível controlar o alastramento da lepra e em certos casos mesmo a sua cura, mas nessa época a medicina ainda não estava tão desenvolvida e a lepra não podia ser controlada. A única solução era isolar o doente de lepra, para que esta não contagiasse as outras pessoas e o doente, coitado, tinha de ir para lugares desérticos à espera da morte.
A única ajuda possível... não era a dos seus familiares ou amigos mais íntimos. Muito menos seria a ajuda dos religiosos, que de acordo com a Lei de Moisés os mandavam escorraçar para irem morrer em lugares desérticos.
A única ajuda possível era a de outros leprosos como ele.
Segundo uma antiga descrição, as úlceras vinham gradualmente nas diferentes partes do corpo, o cabelo caía, as sobrancelhas desaparecem, as unhas amolecem e caem e mais tarde os dedos das mãos e dos pés apodrecem e caem, as gengivas contraem-se e os dentes desaparecem, os olhos, o nariz, a língua, pouco a pouco desaparecem. 
Diz ainda a mesma antiga descrição, que certo dia, ao entrar em Jerusalém pela porta de Jafa, viu um grupo de mendigos sem olhos, sem narizes, sem cabelos, erguendo braços sem mãos, emitindo sons inarticulados, saídos de gargantas desfeitas pelas úlceras.....
A descrição de Lucas está correta. Eram dez homens na horrível situação de leprosos, com tudo que a palavra leproso significava na cultura dos judeus.
Como os irmãos sabem, o leproso era escorraçado para fora dos lugares habitados. Não podia chegar ao pé de outras pessoas, e quando se aproximava tinha de parar ao longe e gritar “Imundo... Imundo...”
Penso que esta passagem pode ser examinada sob dois aspectos:

1) Aspecto doutrinário.
Vejamos em primeiro lugar o aspecto doutrinário.
Qual foi a reação de Jesus?
Temos aqui no versículo 14: E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes....
Certamente que muitos teólogos fundamentalistas ferrenhos, serão capazes de dizer: Estão a ver ?!!!  Jesus aponta para a Lei do Antigo Testamento, pois a Lei é eterna e imutável... Jesus não veio destruir Lei... Ai de quem não cumprir a lei do dízimo, do sábado e outras que estão, e sempre estarão em vigor.  
Que podemos pensar desta afirmação do Mestre?
Realmente, parece que o Mestre apoia a Velha Lei.
Mas o que determinava a Lei de Moisés para estes casos?
Podemos ler em Levítico 13:4/6
4 Mas, se a empola na pele da sua carne for branca, e não parecer mais profundo do que a pele, e o pelo não se tornou branco, então o sacerdote encerrará o que tem a praga por sete dias; 5 E ao sétimo dia, o sacerdote o examinará; e eis que, se a praga, ao seu parecer, parou e a praga na pele se não estendeu, então o sacerdote o encerrará por outros sete dias; 6 E o sacerdote, ao sétimo dia, o examinará outra vez; e eis que, se a praga se recolheu, e a praga na pele se não estendeu, então o sacerdote o declarará por limpo; apostema é; e lavará os seus vestidos, e será limpo.
Então, quantos dias é que eles teriam de lá ficar em observação, antes do milagre de Jesus ser confirmado pelo sacerdote? Seria pelo menos duas semanas.
Parece que de início, todos eles obedeceram, possivelmente com pouca convicção. Mas depois se sentem curados e é nessa altura que se lhes coloca a grande decisão. Que fazer nessa altura?!!
Cumprir todos os preceitos da Velha Lei, que os iria manter ocupados durante essas duas semanas, para depois oferecer sacrifícios de aves a quem não os pudera curar? Ou esquecer a velha Lei e voltar para dar glória ao Mestre?
Afinal, o samaritano parece que foi o único que transgrediu os preceitos da Velha Lei, que os outros, tudo nos indica que foram cumprir escrupulosamente.
Parece que estamos perante duas atitudes possíveis do crente. Ou o caminho da Lei, ou o da liberdade que Jesus nos oferece... Liberdade até para ultrapassar a Velha Lei, em obediência a outros valores muito superiores.
Nada conseguiu impedir que o samaritano voltasse para Jesus, louvando a Deus em alta voz.
E qual foi a atitude do Mestre, perante esse leproso que não cumpriu os preceitos da sua purificação e que em vez de parar ao longe para gritar: Imundo... imundo, se aproximou, dando glória ao verdadeiro Deus, ao Pai revelado por Jesus?
Penso que Jesus apoiou a atitude do samaritano, que afinal, foi o único que não cumprindo a Lei de Moisés, seguiu outra Lei.
Mas que Lei é essa? Podem certamente perguntar. Onde está escrita essa nova Lei? 
Penso que temos a resposta, até mesmo no Antigo Testamento, em Jeremias 31:33 Mas este é o concerto que farei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.
Tinha chegado o momento de Deus cumprir a sua promessa e de se tornar conhecido a todo o povo e a todos os povos... Incluindo os samaritanos. As antigas expressões “Casa de Israel” e “Povo do Senhor” teriam de ser interpretada no novo contexto neotestamentário. 

2) Aspecto humano
Mas, penso que não podemos ficar por estas considerações teológicas, um tanto teóricas e indiferentes à realidade vivida pelos leprosos.
Já mencionamos o horror que era a vida dos leprosos, mas gostaria de alertar os prezados irmão para outro pormenor, porque há um aspecto positivo no meio de todo este horror. 
Vemos aqui um autêntico milagre. Pois aquilo que a religião não conseguiu fazer, afinal a lepra conseguiu. 
É que os leprosos, apesar de afastados de seus familiares e amigos, apesar de divididos pela sua raça, divididos pela sua genealogia, divididos pela própria teologia, eles eram muito unidos entre si.
Talvez pudéssemos dizer que estavam unidos pela desgraça. Aqueles que viviam separados por pertencerem a seitas diferentes e que anteriormente até se odiavam, constituíam agora uma nova família. Tinham de se ajudar mutuamente.
Principalmente quando a doença se agravava e as mãos se desfaziam mais dependentes ficavam dessa interajuda. Para onde quer que fosse algum deles, todos os outros o acompanhavam. Eram muito unidos, porque não tinham outros amigos, não tinham outra família. Eles eram escorraçados por todos os puros. Só outro leproso, só outro imundo os poderia ajudar.
Sabemos, por esta descrição de Lucas,  que um dos leprosos até era samaritano!!!. ...
Como sabemos, entre judeus e samaritanos havia um ódio que já vinha de várias gerações. Todos os dias, ao por do sol, os judeus mais piedosos voltavam-se na direção de Samaria para amaldiçoar os samaritanos. Mas parece que tudo isso foi esquecido pela triste realidade do presente. É que já não havia mais judeus nem samaritanos. Eram todos leprosos.
Diz aqui que eles pararam a certa distância o que era habitual, e era obrigatório pela Velha Lei, pois se tratava de leprosos, mas em vez de gritarem “Imundos... imundo”, a sua exclamação foi outra. Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós. Podemos dizer que isto foi a oração dos leprosos.
Eles eram judeus, e tinham uma antiga tradição litúrgica. Essa era uma das diferenças entre o povo de Israel e os outros povos. Enquanto os outros povos davam mais ênfase aos sacrifícios, por vezes até sacrifícios humanos e não há muita informação sobre as suas orações, sabemos que os judeus oravam ao nascer do sol e ao por do sol, antes e depois das refeições, mas estava quase tudo normalizado. Eram mais rezas do que orações, embora muitas dessas orações tivessem chegado aos nossos dias através dos Salmos.
Os leprosos, como judeus que eram, deviam saber de cor muitos dos Salmos que temos nas nossas bíblias, mas nessa altura, quando viram a Jesus, parece que nada disso servia para expressar os seus pensamentos.
Eu sinto que não sou a pessoa indicada para falar nisto. Mas, perguntem a quem já esteve muito doente no hospital, quando é que orou com mais convicção, se foi num culto na igreja ou se foi quando esteve sozinho na cama do hospital, quando sentiu as forças a faltar e não sabia quando é que iria à presença do Senhor. 
Quando o homem descobre sua doença física ou espiritual, quando sente a sua fraqueza, não necessita que ninguém o venha ensinar a orar.  Apesar de serem judeus e de tantas vezes terem recitado os Salmos, eles nunca tinham orado assim. Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós.
Vale a pena meditar na resposta de Jesus.
Às vezes o Senhor responde sim, outras vezes é não, e outras vezes manda esperar. Mas, parece que desta vez temos ainda outra resposta possível.
O Senhor manda-os ao sacerdote, que nessa cultura correspondia mais ou menos ao nosso médico delegado de saúde. Eram os levitas que exerciam essas funções, de zelar pela saúde pública.
Podemos imaginar o que devem ter pensado alguns dos leprosos. Talvez inicialmente tivessem ficado desiludidos, e nessa altura Satanás deve ter insinuado as maiores dúvidas. Para que é que vocês vão ao sacerdote, se ainda estão doentes?...  É para serem mais uma vez escorraçado pelos sacerdotes?... Isso não vai dar resultado... Afinal, esse Jesus é como os outros. Não orou nem receitou nenhum medicamento ou lavagem ritual... Mandar ao sacerdote é uma maneira de nos afastar...
Mas, apesar de tudo, eles foram aos sacerdotes.
Diz aqui... E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos.
Muitas vezes o Senhor atua com colaboração humana. Só depois de eles iniciarem o caminho para o sacerdote, só depois dessa prova de fé e de obediência, mesmo que a fé fosse fraca... é que se manifesta o poder do Senhor.
Mas vejamos o que aconteceu depois que os dez leprosos foram curados. É que esta é a parte mais estranha.
Eu bem gostaria de saber desenvolver este pormenor, e de apresentar uma boa exortação sobre o assunto... Mas afinal, é melhor dizer que não consigo compreender o que se passou em seguida e queria compartilhar com os irmãos a minha admiração e a minha desilusão.
A descrição de Lucas conta o caso estranho de um dos leprosos voltar sozinho. Não era natural. Os leprosos andavam sempre juntos até à morte. Que se terá passado?
Depois de o Senhor os curar, quando seria de esperar que eles manifestassem a sua fé, desse glória a Deus e fossem mais unidos do que nunca. Parece...... que a união entre eles desapareceu, porque já não havia mais os dez leprosos. Em seu lugar estava o aguerrido zelote Senhor A, o intelectual saduceu Senhor B ou o consagrado fariseu Senhor C...
Talvez depois desta experiência, o zelote se tenha tornado o mais valente entre os da sua seita. Talvez o saduceu se tenha tornado o mais estudioso entre todos os intelectuais saduceus e o fariseu o mais religioso e o mais consagrado entre todos os fariseus. Eles voltaram para os seus, e talvez tenham agradecido a Deus de acordo com as suas tradições.
Mas será que me devo admirar com esta passagem? Afinal, não é isto que se passa mais ou menos, nas enfermarias dos nossos hospitais?
A amizade e solidariedade que se cria entre doentes do mesmo quarto, também desaparece quando são curados, quando têm alta do hospital, quando voltam para os seus e normalmente nunca mais sabem uns dos outros nem se lembram dos médicos e dos enfermeiros que os trataram.
Não é isto que se passa com muitas igrejas, que inicialmente são pequenos grupos de crentes, por vezes sem pastor e sem um edifício apropriado, mas em que há amor e união e que mais tarde, quando conseguem construir o seu templo e arranjar um Pastor, quando tudo parece que está bem é que surgem os problemas e divisões entre os crentes? 
Mas houve um leproso que voltou... e Jesus perguntou: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove?
Vemos também, como a gratidão é rara.  Mas, não é isso que se passa conosco? Dos dez leprosos só voltou um... Um para dez, ou somente dez por cento se preocupa em agradecer.
Se nos lembrarmos das nossas orações... o que é que predomina nas nossas orações? São os pedidos ou é o louvor e o agradecimento pelo que temos?
Lucas não nos diz, porque é que só o samaritano é que voltou. O que terá acontecido quando se sentiram já curados?
Será que nessa altura ele foi afastado do grupo por ter voltado o antigo ódio entre judeus e samaritanos?
É natural que a primeira reação dos leprosos fosse a de procurar as suas famílias e amigos para dizer: Alegrem-se porque voltei e estou curado.
O samaritano também tinha certamente a sua família, mas ele deu prioridade a outra família. Procurou em primeiro lugar o Messias que o tinha curado.

Conclusão
Vamos terminar, deixando este exemplo para nossa meditação.
A unidade dos membros duma igreja depende disto afinal. Pois também entre nós, quanto mais importantes formos, mais desunida e mais fraca será a Igreja do Senhor.
Sempre tive medo dos crentes importantes. Quando no nosso íntimo nos sentimos importantes, ou por termos mais estudos, ou por termos contribuído mais para a igreja, ou por sermos os crentes mais antigos... É sinal de que a igreja está doente. É sinal de que nos esquecemos do que somos na realidade e que na Igreja só há Um que é importante.
Os leprosos não tinham culpa de terem sido atacados pela lepra, mas nós somos culpados do nosso pecado. Dentro de cada um o homem velho, como diz Paulo ainda não está dominado.
É verdade que a igreja (edifício) não é um lugar especial, um lugar diferente como acontecia no Velho Testamento, não é o Templo do Velho Testamento com o seu lugar santo. O nosso Deus não está limitado ao templo.
Mas, se em vez de entrarmos nas nossas igrejas como membros de pleno direito, como pastores, presbíteros ou diáconos, como diretores disto e daquilo... se tivéssemos de parar ao longe, antes de entrar na casa do Senhor e gritar... Não digo: imundo... Imundo... mas bem pior do que isso se tivesse de gritar: pecador... Pecador... Senhor  tende piedade de nós.
Se tivéssemos de aguardar que o Senhor nos convidasse a entrar, se sentíssemos que estamos na casa do Senhor não por mérito próprio mas só pela misericórdia do Senhor, se víssemos em cada irmão, outro leproso, outro pecador como nós que necessita da nossa ajuda e que só nós podemos ajudar.
Então a Igreja poderia ser mais unida, eficiente e poderosa, se nos lembrarmos daquilo que somos.
É só pela misericórdia do Senhor que Ele nos recebe e nos transforma para seu serviço...
Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante


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