ESTUDO SOBRE JESUS CRISTO MEU SENHOR E
DEUS MEU...
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
ESTUDO SOBRE JESUS CRISTO MEU SENHOR E DEUS MEU...
Se existe uma doutrina de grande importância no
cristianismo, essa é a doutrina da natureza de Cristo — Sua divindade e
humanidade.
É somente nesta axiomática doutrina que está
edificada a fé cristã. As Escrituras cristãs, compostas por 66 livros do Velho
e Novo Testamentos, enfatizam a necessidade de um Redentor para os homens que
estão em pecado. Todos eles estão mortos, perdidos e sob a ira de Deus, à
espera do julgamento final pelos seus pecados, a não ser que o Salvador os
resgate. Esse Salvador não é apenas um bom mestre, um homem sábio, como alguns
supõem. O Redentor da Bíblia cristã é o próprio Deus, que toma na carne a forma
humana e morre pelos pecados do Seu povo. Ele é o único homem-Deus, uma Pessoa
com duas naturezas não misturadas, mas unidas. Não existe religião alguma com a
Divindade de um Redentor e a complexidade das duas naturezas do Messias. Sim,
existiram muitas religiões de mistério na antiguidade, as quais, de um modo ou
de outro, enfatizaram uma divindade ou um semideus, vindo para salvar os
homens, ou ajudá-los de várias maneiras. Porém nenhuma delas enfatizou a
divindade suprema de um Deus Todo-Poderoso, o qual tomou a forma humana, para
salvar do horror de Sua própria ira alguns que estavam mortos em ofensas e
pecados. Neste ponto, Jesus Cristo permanece exclusivo. Maomé, Krishna, Buda e
outras figuras religiosas jamais fizeram as afirmações que Cristo fez. Eles jamais
afirmaram ser Deus. Jesus Cristo foi o único homem que afirmou ser Deus e
manteve essa afirmação, sempre e sempre. Neste estudo veremos que os escritores
bíblicos afirmaram constantemente que o seu Salvador era Deus em carne. Maomé,
Krishna, Buda e outras figuras religiosas, mantiveram todos a afirmação de
serem mais iluminados do que os outros, ou divinamente tocados, mas nunca que
eram Deus. Como poderiam fazê-lo? Como poderiam eles comprovar suas afirmações?
Porventura eles podiam ressuscitar os mortos? Podiam transformar água em vinho?
Podiam andar sobre o mar? Não! Somente Jesus Cristo e unicamente Cristo,
afirmou ser Deus.
O objetivo deste artigo é demonstrar o inegável
testemunho bíblico ao fato histórico de que Jesus Cristo, o único Redentor dos
homens, é Deus. Somente Ele fez essa afirmação e o registro bíblico torna isso
constantemente conhecido.
Exemplos da Divindade do Messias no Velho Testamento
Começo usando algumas profecias do Velho Testamento,
a fim de provar que o Messias vindouro era Divino. Ele não era especial de
alguma maneira abstrata, mas o próprio Deus. O servo sofredor de Isaías 53 não
é apenas um homem que morre na cruz. Esta seria uma morte sem significação
alguma, pois muitos outros homens já haviam morrido crucificados, muito antes
de Jesus Cristo vir à Terra. Em vez disso, as profecias do Velho Testamento
confirmam enfaticamente e provam a divindade do Messias como Deus.
Primeiro, numa nota preliminar, é importante
salientar que o finito não pode conter o infinito. Seres humanos não
compartilham dos atributos incomunicáveis de Deus, em hipótese alguma. Seres
humanos não podem ser infinitos, eternos, imutáveis, etc. Eles são criaturas
limitadas e não podem se tornar Deus, nem tomar os Seus atributos. Com o
Messias, isso também é verdade. Contudo, Deus pode adicionar-se à natureza
humana, sem misturar Sua divindade com a humanidade. Essa ligação é feita sem a
mistura das duas naturezas. A natureza humana continua a ser humana e a
natureza divina, sempre divina, embora numa só pessoa. O Filho de Deus possui
duas naturezas. É uma Pessoa com duas naturezas. A completa união desta
natureza é um mistério, mas essencial e necessário, conforme a Bíblia ensina.
As Escrituras atestam este fato numa variedade de exemplos. Menciono aqui que
Deus não pode compartilhar Sua divindade na natureza da humanidade do homem.
Isto é importante, quando se consideram os versos referentes ao unigênito Filho
do Pai e provas idênticas. Deus não pode criar outro Deus, nem um homem pode se
tornar Deus. Dizer isso é deixar de pensar, penetrando no reino da fantasia.
Não estamos falando de Zeus ou Hermes, figuras fantásticas criadas, os quais
são homens com extraordinários poderes (como os nossos super-heróis de hoje).
Em vez disso, estamos falando de um ser. Deus não pode compartilhar o Seu Ser
com criatura alguma. Ele só pode compartilhar o Seu Ser dentro de Si mesmo.
Veremos, então, que Jesus Cristo é Deus e que o Filho de Deus é o segundo
membro na economia Divina, embora tendo uma natureza humana. O Filho é da mesma
substância do Pai e do Espírito, igual e totalmente Deus. Contudo, o Filho
tomou a natureza humana, como o homem Jesus Cristo. Aqui, Jesus continua
dizendo que é Deus, Aquele que é o único e todo-poderoso. A Bíblia comprova que
isto é verdade? Sim, ela o faz e de forma poderosa.
No Velho Testamento existe uma porção de Escrituras
que testificam que o Messias judeu que haveria de vir é Deus. Para os
israelitas, o Messias profetizado seria o próprio Deus. Temos aqui algumas das
mais memoráveis Escrituras que foram registradas. A primeira é Salmo 2:6-12, no
qual acontece um diálogo entre Deus e o Seu Filho unigênito:
"Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo
monte de Sião. Proclamarei o decreto: o SENHOR me disse: Tu és meu Filho, eu
hoje te gerei. Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da
terra por tua possessão. Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os
despedaçarás como a um vaso de oleiro. Agora, pois, ó reis, sede prudentes;
deixai-vos instruir, juízes da terra. Servi ao SENHOR com temor, e alegrai-vos
com tremor. Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando
em breve se acender a sua ira; bem-aventurados todos aqueles que nele
confiam."
Vemos aqui que o Senhor gera o Seu Filho. Esta é a
eterna geração do Filho pelo Pai. Então, o Filho deve ser adorado, pois
"beijar" significa "dobrar os joelhos diante". Se o Filho
não for adorado, Ele ficará zangado e levará os homens a perecer em seus
caminhos. O Filho fica irado, e o único meio de escapar é NELE confiar para o
livramento. Como poderiam o Filho e o Senhor ter essas qualidades? A resposta é
que o Senhor é o Filho, e o Filho é o Senhor, pois nenhum mero homem seria
profetizado dessa maneira. Somente Deus pode acender Sua ira por causa da falta
de adoração ao Seu Divino Ser.
O Salmo 110:1 também atesta o diálogo entre Deus e
Deus. Davi escreve: "Disse o SENHOR ao meu Senhor: Assenta-te à minha
mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés." Jesus
usa isso lindamente contra os fariseus, quando indaga como poderia o Messias
ser o Senhor de Davi e o seu filho ao mesmo tempo? A palavra aqui deve ser observada.
A tradução literal diz: "Yahweh disse ao meu Adonai." O termo
"Yahweh" corresponde ao nome de Deus, literalmente declarando
"Eu Sou". Sempre que a designação Yahweh é usada na Bíblia em todo o
Velho Testamento, ela se refere ao "Grande Eu Sou". O título
"Adonai" é usado para designar a suprema posição de Deus como
"Senhor". Então, Yahweh está falando para Adonai. Vemos aqui Deus
falando para Deus. O escritor de Hebreus usa este Salmo diversas vezes para
designar o ofício do Messias como o Sumo Sacerdote da ordem de Melquisedeque.
Esta promessa, ou pacto, feito por Deus para Deus como o Messias é
terrivelmente destrutiva para os que não creem na Trindade. Aqui, o Messias é,
pelo pacto, destinado à função Messiânica, como o Sumo Sacerdote de uma melhor
aliança. Aqui, Deus fala com Deus. Vemos o eterno conselho em ação; filho de
Davi e, contudo, o Senhor de Davi.
Daniel 7:13 é também um verso muito importante, e um
dos meus favoritos. Nesse verso encontramos o título "Filho do
Homem", não como um título de humanidade, mas de deidade:"Eu estava
olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o
filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até
ele." Duas figuras são apresentadas nesta visão, uma do Ancião de
Dias e uma do Filho do Homem, que vinha nas nuvens do céu, ou a glória shekiná
do céu. Quem quer que seja o Filho do Homem, Ele é Divino. De fato, Ele é tão
brilhante em Sua glória, que brilha em Si mesmo como as nuvens do céu.
Compactas nuvens de glória de brilho divino ilustram ante o Ancião de Dias,
quando o Filho do Homem entra na Corte Divina e os livros do julgamento são
abertos. Como veremos, a designação favorita de Jesus a Si Mesmo é este título:
Filho do Homem. Ele certamente sabe que é o divino Filho do Homem, que
compartilha a glória de Deus. De fato, Ele resplandece com o brilho da glória
de Deus.
Em Miquéias 5:2 encontramos a profecia do local de
nascimento do Messias. Mas ela não apenas marca o local do nascimento da
humanidade de Cristo, como também marca a dupla natureza de que Aquele que vai
nascer é eterno: "E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os
milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são
desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade." Os dias do
Messias são de 'eternidade'. Ao Messias são atribuídos incomunicáveis atributos
divinos — como a eternidade ou a natureza do que é eterno. Somente Deus é
eterno e, contudo, vemos que o Messias é considerado Eterno.
Zacarias 13:7 também designa o Messias com o título
divino de Deus Todo-Poderoso. Quando Cristo estava no jardim com Seus
discípulos e foi preso, cumpriu-se a profecia de que o pastor seria ferido e as
ovelhas se dispersariam: "Ó espada, desperta-te contra o meu pastor,
e contra o homem que é o meu companheiro, diz o SENHOR dos Exércitos. Fere ao
pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a minha mão sobre os
pequenos." A chave aqui é "volverei a minha mão sobre os
pequenos". O Senhor está falando de Si mesmo. Ele é o pastor que vai
estender Sua mão sobre os pequenos [irmãos judeus] e os juntará para trazê-los
de volta. Ele é o Messias e também o Senhor.
Uma das profecias mais específicas referindo-se ao
Messias é Isaías 9:6. Vamos ler o bem conhecido verso da natividade, referindo-se
ao advento do Messias como um menino nascido e, em seguida, a designação que
Lhe é dada: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o
principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso,
Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz." Aqui, o
Messias é chamado de Maravilhoso! Por quê? Uma resposta pode ser encontrada em
Juízes 13, onde encontramos a narrativa do nascimento de Sansão. Os pais de
Sansão, Manoá e sua mulher, encontram-se com o Anjo do Senhor. Após longa
conversa sobre o nascimento de Sansão, Manoá pergunta o nome do anjo. A
resposta se encontra em Juízes 13:18: "E o anjo do SENHOR lhe disse:
Por que perguntas assim pelo meu nome, visto que é maravilhoso?" O
nome do anjo é Maravilhoso! Em geral, os anjos têm nomes como Gabriel ou
Miguel. Contudo, esse anjo tem um nome maravilhoso demais para mencionar. Após
a partida do anjo, Manoá faz uma importante declaração, conforme Juízes 13:22: "E
disse Manoá à sua mulher: Certamente morreremos, porquanto temos visto a
Deus." O anjo do Senhor, cujo nome é Maravilhoso, é Deus. Isso nos
esclarece, quando consideramos Isaías 9:6. O Messias é Deus e o Seu Nome é
Maravilhoso. Contudo, a profecia de Isaías não pára aqui. O Messias não apenas
é chamado Maravilhoso, como Deus, mas também é chamado Deus Poderoso. Se essa
designação não for bastante explícita, a profecia também O chama de Pai da
Eternidade. O Messias não é apenas o Redentor terreno, mas o Deus Poderoso, Pai
da Eternidade. Pai da Eternidade é a designação que Cristo dá a Deus, nos
evangelhos. O Messias é chamado Deus nesse verso profético de Isaías, por três
vezes: uma vez, sutilmente, como Maravilhoso. Uma vez, explicitamente, como
Deus Poderoso e uma vez como o Pai da Eternidade. Portanto, o Messias é Deus!
Junto com Isaías 9:6, como uma amada profecia
referente ao advento, vem a profecia do Emanuel, de Isaías 7:14: "Portanto
o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um
filho, e chamará o seu nome Emanuel." Mateus interpreta o nome
Emanuel corretamente, em Mateus 1:23, como sendo 'Deus conosco'. A profecia
referente à narrativa do nascimento de Cristo, conforme designada e
interpretada por Mateus, um meticuloso contabilista e coletor de impostos, diz
que Cristo é Deus. Sim, o Cristo nascido de uma virgem é Deus!
Outra profecia referente a Cristo é Jeremias 23:5-6: "Eis
que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo
rei, reinará e agirá sabiamente, e praticará o juízo e a justiça na terra. Nos
seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o seu nome,
com o qual Deus o chamará: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA. O descendente levantado a
Davi será um Renovo justo. O Messias virá da linhagem de Davi e será exaltado
como Deus. Ele também será chamado "O Senhor, Justiça Nossa." Essa
designação é dada exclusiva e literalmente a Deus, como "Yahweh
Tsidkenu". O Messias não somente é exaltado como Deus, mas também é
chamado "O Senhor Justiça Nossa". O Messias é Yahweh. O Messias é
Deus!
A última profecia que gostaríamos de examinar
rapidamente é Malaquias 3:1: "EIS que eu envio o meu mensageiro, que
preparará o caminho diante de mim; e de repente virá ao seu templo o Senhor, a
quem vós buscais; e o mensageiro da aliança, a quem vós desejais, eis que ele
vem, diz o SENHOR dos Exércitos." Vemos aqui que o Messias é
identificado como "O Senhor", o qual virá ao Seu templo. Ele é o
Mensageiro da Aliança e o Servo eleito em quem Deus se compraz. Mas Ele é o
próprio Deus. Marcos 1:2 confirma esse verso de Malaquias, quando atesta a
vinda de João Batista: "Como está escrito nos profetas: Eis que eu
envio o meu anjo ante a tua face, o qual preparará o teu caminho diante de
ti." O mensageiro vem e, em seguida, vem o Senhor. Lucas também diz
isso, em Lucas 1:76: "E tu, ó menino, serás chamado profeta do
Altíssimo, porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar os seus
caminhos." Lucas registra que João Batista será o profeta que
preparará o caminho do Altíssimo, o Senhor que virá ao Seu templo. O Messias é
o Altíssimo Deus.
Estas profecias são apenas uma seção de cruzamento
entre aqueles que falam do Messias como sendo divino. Mas cada um deles credita
o Messias como Deus. O Messias, ou o Cristo, que virá é o Senhor Deus do céu e
da terra. As projeções das Escrituras do Velho Testamento respaldam este
assunto. Isso é inegável, visto como o Novo Testamento confirma as projeções do
Velho Testamento como o fato histórico na vida de Jesus Cristo.
Passagens Selecionadas do Novo Testamento Que Provam
Que Jesus é Divino
O Novo Testamento não deixa qualquer dúvida sobre
Cristo ser o Messias ou que o Messias é Deus. Jesus falou isso de Si mesmo e os
apóstolos falaram sobre Jesus, mesmo depois que Ele subiu ao céu, e em todas as
cartas do Novo Testamento dirigidas às igrejas. Negar esse fato é reinterpretar
a mensagem da Bíblia, desprezando o próprio texto — algo que a maioria das
pessoas que odeia a Cristo faz. Examinar o texto e tratar honestamente com o
mesmo é ver a divindade de Jesus Cristo como o único verdadeiro Deus.
Vamos começar um breve exame dessas passagens com o
texto constantemente explorado de João 1:1-3: "No princípio era o
Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio
com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito
se fez." O Verbo aqui mencionado é Cristo. João utiliza uma efetiva
designação do Logos Eterno, a fim de que sua audiência gentio-romana ficasse
convencida de que o Verbo Eterno, o Eterno Logos, era Aquele que desceu do céu.
Esta seria, e de fato foi, uma ferramenta efetiva no ensino aos gentios
aristotelianos e platônicos sobre o Único Deus Verdadeiro. Vemos aqui que o
Verbo Eterno é o próprio Deus. O texto grego não permite uma tradução de
"um Deus", mas somente de "Deus". As Testemunhas de Jeová
assassinaram o texto grego aqui e também negaram a sua tradução nos versos
seguintes. Por exemplo, se o texto diz "um Deus", então essa tradução
deveria ser usada no restante do capítulo. A mesma construção usada no verso 1
é também usada mais 13 vezes no capítulo, referindo-se ao próprio Jeová. Ora,
se as Testemunhas de Jeová traduzem o verso 1 como "um deus", então
deveriam traduzir os demais 13 versos sobre Jeová com sendo Ele "um
deus". Contudo elas não o fazem porque isso iria prejudicar a sua falsa
ambição teológica. Elas simplesmente negam que Jesus Cristo é Deus, traduzindo
horrivelmente o verso 1 e depois traduzindo corretamente o restante da
passagem, visto como esta se refere a Jeová. Esta é uma interpretação satânica,
a fim de negar a divindade do Verbo. Em vez disso, o Verbo é Deus, vindo de
Deus e Criador de todas as coisas. Ele é o eterno Verbo de Deus, o exato Logos
do próprio Deus, o qual veio à Terra em forma de homem, a fim de salvar Seu
povo.
Depois, na mesma passagem de João 1, encontramos o
verso 14 declarando: "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e
vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de
verdade." Ora, João não apenas afirma que o Verbo é Deus, mas explica
que o Verbo mantém toda a glória do Pai, pois é o unigênito Filho de Deus. O
Verbo desceu do céu, habitou entre os homens, e Sua glória, a glória somente de
Deus, brilhou entre os homens, por algum tempo. Sabemos disso, visto como esse
Verbo eterno era a forma do próprio Deus, conforme Filipenses 2:6-7 explica: "Que,
sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas
esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos
homens." Paulo está falando de Jesus Cristo. O Messias é Deus, por isso
Ele não achou que era usurpação ser igual a Deus. Ser igual a Deus é ser Deus.
Pensem sobre os atributos de Deus e na incomunicável natureza dos Seus
atributos. Somente Deus pode se igualar a Si mesmo. Mas Deus tomou a forma de
homem e foi feito à semelhança de homens, para salvar os homens dos seus
pecados.
Paulo não confunde as palavras sobre Deus
manifestado em carne de homem, quando diz em 1 Timóteo 3:16: "E, sem
dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi
justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo,
recebido acima na glória." Quem foi manifestado em carne? Foi Deus.
Não foi um ser semelhante a Deus, mas o próprio Deus. Deus tomou a forma de
servo. Adotou em Si mesmo uma nova natureza, que antes não havia adotado: uma
natureza humana.
Sabemos que Jesus Cristo é o Salvador dos cristãos.
Sabemos, por inúmeras passagens do Novo Testamento, que os apóstolos
acreditavam que "Em nenhum outro há salvação, porque também debaixo
do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser
salvos." (Atos 4:12). Isto é axiomático para os apóstolos — Jesus é o
Salvador. É o Seu sacrifício que salva os homens. Em Atos 20:28, vemos o
registro de Lucas sobre a obra de Cristo ser atribuída ao próprio Deus: "Olhai,
pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu
bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio
sangue." Esse "Ele" é o próprio Deus. Ele comprou a igreja
com Seu próprio sangue. Deus tem sangue? Sim, Ele tem sangue pela natureza
humana de Jesus Cristo. Ele morre e o seu sangue é considerado como o sangue de
Deus. Eles são sinônimos. Desse modo, os cristãos são remidos da condenação
eterna pelo sangue do próprio Deus. Lucas descreve a obra de Jesus como aquela
que é feita por Deus. Isso é verdade porque Jesus é Deus e todos os Seus
apóstolos o sabiam. De outro modo, teria sido blasfêmia honrar um simples homem
mortal por uma obra que somente Deus poderia fazer.
No Livro de Hebreus vemos o escritor citando muitas
passagens do Velho Testamento, comprovando a divindade do Messias como Deus. Em
Hebreus 1:8-9, diz o escritor: "Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu
trono subsiste pelos séculos dos séculos; cetro de eqüidade é o cetro do teu
reino. Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus, te
ungiu Com óleo de alegria mais do que a teus companheiros." Aqui, ele
está citando o Salmo 45:7: "Tu amas a justiça e odeias a impiedade;
por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus
companheiros." Vemos aqui Deus falando com Deus. O Ungido tem um
trono e este é o Trono de Deus. O escritor de Hebreus está provando que Cristo
é maior do que Moisés e maior do que os anjos, o que teria sido um choque para
os neoplatonistas, contra os quais ele está escrevendo. Os platonistas
acreditavam em um supremo, único e perfeito Ser. Esse "Único" tem
emanações que fluem do Seu ser perfeito para os serem inferiores, isto é,
Moisés, os anjos e até mesmo os mestres como Jesus. Mas o autor de Hebreus
prova que o Messias é o Único, o próprio Deus eterno, superior a Moisés e a
todos os anjos.
Uma das últimas provas gerais do Novo Testamento
para a divindade de Cristo encontra-se em Lucas 22:48, em que Judas trai o
Filho do Homem. Lembrem-se que o título "Filho do Homem" é usado 80
vezes por Cristo, somente nos evangelhos. Esta é a Sua autodesignação favorita. "E
Jesus lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do homem?" Os
homens têm-se traído uns aos outros com resultados catastróficos... Mas neste
caso, Judas, um homem, trai o Filho do Homem. Nessa colocação histórica, o
maligno e rebelde servo do pecado trai o próprio Deus. Judas cuspiu na face
Daquele que Daniel descreve como vindo sobre as nuvens do próprio céu. Isso
leva a traição de Judas ao infinito grau de malignidade! Teria sido melhor para
Judas que ele não tivesse nascido, para depois trair o Filho do Homem com um
beijo. Ironicamente, o salmista havia dito que devemos beijar o Filho para que
Ele não se zangue e pereçamos no caminho. Judas beijou o Filho de um modo
perverso e por isso está no inferno, pagando esse pecado, agora e por toda a
eternidade.
Designações do Novo Testamento a Jesus Cristo, Que
São Atribuídas ao Deus do Velho Testamento
Existem muitas passagens do Novo Testamento que são
interpretadas à luz do Velho Testamento como ações realizadas por Deus, porém
atribuídas a Cristo. Algumas dessas espero poder explicar em seguida. Acho que
elas são de muita ajuda para comprovar a Divindade do Messias.
A tentação contra o Senhor pelos israelitas no
deserto é registrada inúmeras vezes. Esse registro é tão repetitivo que algumas
vezes o leitor fica revoltado diante do aparente pecado dos israelitas nessa
narrativa. Será que o leitor conhece bem este assunto, ou não? Vamos dar alguns
exemplos: Números 14:22: "E que todos os homens que viram a minha
glória e os meus sinais, que fiz no Egito e no deserto, e me tentaram estas dez
vezes, e não obedeceram à minha voz..." Em Números 21:5-6, lemos: "E
o povo falou contra Deus e contra Moisés: Por que nos fizestes subir do Egito
para que morrêssemos neste deserto? Pois aqui nem pão nem água há; e a nossa
alma tem fastio deste pão tão vil. Então o SENHOR mandou entre o povo serpentes
ardentes, que picaram o povo; e morreu muita gente em Israel." Os
israelitas desafiaram Deus e as serpentes foram o meio de o Senhor os castigar.
No Novo Testamento, Paulo nos admoesta a não tentarmos a Cristo. Em seguida,
ele liga o evento a Cristo, em 1 Coríntios 10:9: "E não tentemos a
Cristo, como alguns deles também tentaram, e pereceram pelas serpentes." Que
não tentemos Cristo agora, a fim de não seguirmos os israelitas que tentaram a
Cristo. Sua frase é "como alguns deles também tentaram", referindo-se
aos patriarcas e aos israelitas, que tentaram Deus. Para Paulo tentar Deus é
como tentar Cristo, visto como ambos são exatamente o mesmo Deus.
Outra passagem do Novo Testamento à luz das
profecias do Velho Testamento encontra-se em Hebreus 110-11: "E: Tu,
Senhor, no princípio fundaste a terra, e os céus são obra de tuas mãos. Eles
perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa, envelhecerão..." Esta
é uma descrição do Messias, Jesus Cristo. É uma citação da obra de Deus citada
no Salmo 102:26: "Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles se
envelhecerão como um vestido; como roupa os mudarás; e ficarão mudados." Aqui
vemos novamente a obra de Deus considerada como obra de Cristo, no Novo
Testamento.
Em João 12:40-41, diz a Escritura: "Cegou-lhes
os olhos, e endureceu-lhes o coração, a fim de que não vejam com os olhos, e
compreendam no coração, e se convertam, e eu os cure. Isaías disse isto quando
viu a sua glória e falou dele." Isso mesmo Isaías disse, quando falou
Dele e de Sua glória. João está citando Isaías 6:9-10. Essa visão veio a Isaías
no capítulo 6: "Então disse ele: Vai, e dize a este povo: Ouvis, de
fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis. Engorda o
coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; para
que ele não veja com os seus olhos, e não ouça com os seus ouvidos, nem entenda
com o seu coração, nem se converta e seja sarado." Aquele que é
santo, santo, santo e se assenta no trono é Cristo, conforme João diz em sua
inspirada palavra. Esta é a significação da visão de Isaías. Os anjos aparecem
nessa visão dizendo: "Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos;
toda a terra está cheia da sua glória." (verso 3). Esse Deus
Todo-Poderoso é Jesus Cristo, conforme João 12:40-41.
Em Isaías 45:23, lemos: "Por mim mesmo
tenho jurado, já saiu da minha boca a palavra de justiça, e não tornará atrás;
que diante de mim se dobrará todo o joelho, e por mim jurará toda a
língua." Isso é copiado pelo apóstolo Paulo, em Romanos 14:11: "Porque
está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, e
toda a língua confessará a Deus." Esse ato do joelho se dobrar será
feito pelos homens diante do Senhor e esse Senhor é Jesus Cristo. Paulo atribui
o dobrar o joelho dos homens a Jesus Cristo, visto que, "como eu
vivo" e "a mim", estão falando da Redenção de Deus em Cristo.
Uma das clássicas ofertas do evangelho encontra-se
em Mateus 11:28: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e
oprimidos, e eu vos aliviarei." Nesta graciosa ordem, Jesus diz que
os homens devem ir a quem? Ele diz: "a mim", isto é, ao próprio
Jesus.
Em Isaías 45:22, Jesus toma emprestadas as palavras
do profeta: "Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da
terra; porque eu sou Deus, e não há outro." 'Olhai para mim' em ambas
as passagens são frases paralelas. Jesus afirma sua chamada no evangelho, como
Deus afirma sua chamada em Isaías. Deus é a única fonte de salvação – e Jesus é
Deus!
No texto supracitado, vemos Cristo creditar as
palavras de Deus a Si mesmo. Em Romanos 10:13, Paulo escreve a mesma coisa,
referindo-se à Redenção em Cristo: "Porque todo aquele que invocar o
nome do SENHOR será salvo." Em Joel 10:32, o profeta declara: "E
há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque no
monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o SENHOR, e entre
os sobreviventes, aqueles que o SENHOR chamar." A Jesus é novamente
dado o mesmo e igual peso em Sua obra e palavras, que é dado a Deus. Somente
Deus pode ser glorificado dessa maneira, a fim de que o resultado não seja a
blasfêmia. Paulo assegura que as palavras em Joel são, do mesmo modo, as
palavras de Cristo. Aos olhos de Paulo, Cristo é Deus.
Paulo também afirma isso em Efésios 4:8-9: "Por
isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens.
Ora, isto ele subiu que é, senão que também antes tinha descido às partes mais
baixas da terra?" Ele está citando o Salmo 68:18: "Tu
subiste ao alto, levaste cativo o cativeiro, recebeste dons para os homens, e
até para os rebeldes, para que o SENHOR Deus habitasse entre eles." O
salmista está falando das obras de Deus; literalmente, "Yahweh
Elohim". Paulo, em seguida, toma essa designação e a interpreta como a
obra de Cristo em Sua ascensão ao céu. Na obra redentora de Cristo, Ele dá dons
aos homens e leva o cativeiro (os que morreram no pecado) cativo (agora livres
em Cristo). A obra de Deus é novamente atribuída a Cristo.
Por que será que todos esses versos das profecias e
idéias do Novo Testamento atribuem as obras de Deus a Jesus Cristo? Para quem
trata fielmente com o texto, logo claramente é visto que Jesus Cristo é Deus.
Ele realiza a mesma obra de Deus e faz a mesma chamada feita por Deus à
salvação, visto como somente Deus pode agir dessa maneira. Como isso é possível?
Vamos mostrar como isso é possível, na próxima seção, que comprova que Jesus,
em seus vários nomes, poder e atitudes, é Deus.
Nomes, Poder e Atributos Divinos Aplicados a Cristo
Se Jesus Cristo é Deus, então deveria haver amplas
provas no Novo Testamente para respaldar essa afirmação. Não existem apenas
amplas provas, mas elas são tantas que não é possível registrar todas elas
aqui. Apanhei alguns versos selecionados, que demonstram que Jesus Cristo é
Deus, ao contrário da opinião popular.
O nome significa muito na Bíblia. A designação de um
nome pode ser essencial na identificação da pessoa, ou de um evento ou tempo
especial. Por exemplo, "Icabode" foi o nome dado a uma criança
nascida no Velho Testamento, quando Arca da Aliança foi capturada pelos filisteus,
quando o sumo sacerdote Eli morreu. Esse nome significa "Foi-se a
glória". Significativo? Certamente. Desse mesmo modo, o nome de Cristo vai
mostrar o Seu caráter e o Seu Ser.
Em 1 João 5:20, Jesus é chamado o verdadeiro Deus e
a vida eterna: "E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu
entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro
estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida
eterna." Isso poderia ser mais explícito? Jesus é o verdadeiro Deus.
Paulo afirma isso em Romanos 9:5, onde ele chama Jesus Cristo de "Deus
bendito eternamente": "Dos quais são os pais, e dos quais é
Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente.
Amém." Jesus é o Deus bendito eternamente." Em Tito 2:13, Paulo
chama Jesus de "grande Deus e nosso Salvador". Ele diz: "Aguardando
a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso
Salvador Jesus Cristo." Em João 20:28, Tomé faz a confissão: "E
Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!" Jesus não é
somente Senhor; Ele também é Deus!
Em João 8:58-59, encontramos uma acirrada discussão
entre os fariseus e Jesus. Esse debate faz aumentar o ódio contra Cristo por
parte dos judeus. Diz o texto: "Disse-lhes Jesus: Em verdade, em
verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou. Então pegaram em
pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo, passando pelo
meio deles, e assim se retirou." Por que eles lançaram mão de pedras
para apedrejá-lo? Porque sabiam exatamente o que Jesus estava dizendo. Jesus
estava afirmando ser Aquele que havia libertado os israelitas do Egito. Ele era
o "Eu Sou", que havia falado a Moisés, conforme Êxodo 4, na sarça
ardente. Isso fica mais forte, quando nos lembramos da discussão anterior com
eles, em João 5:17-19, em que Jesus faz algumas declarações que os judeus não
puderam suportar: "E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até
agora, e eu trabalho também. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam
matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu
próprio Pai, fazendo-se igual a Deus. Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na
verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa
alguma, se o não vir fazer o Pai; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz
igualmente." Jesus faz o mesmo que o Pai faz. Isso porque Ele é Deus
e pode realizar as mesmas obras do Pai. Ele está em pé de igualdade com o Pai e
pode realizar as mesmas ações do Pai. Se Ele não fosse Deus não poderia dizer
isso. Os judeus entenderam perfeitamente e por isso quiseram matá-lo. Em
seguida, vem o incidente em que Jesus declarou ostensivamente que Ele era o
"Eu Sou", ou o próprio Yahweh.
Deus é glorioso. Somente Ele é gloriosíssimo e
possui uma glória que somente Ele conhece. Isso é parte Dele. Ele não a divide
com os outros. Em João 17:5, Jesus diz: "E agora glorifica-me tu, ó
Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo
existisse." Jesus já possuía a glória divina, antes mesmo que o mundo
existisse. Essa glória só pôde ser atribuída a Cristo porque Ele é "Deus
bendito eternamente".
Em João 1:1-3, Jesus é apresentado como possuindo o
atributo da eternidade: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava
com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas
foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez." Ele é
o verbo que estava com Deus desde o princípio. Isto significa que Ele é eterno.
Ele é também o Criador pode criar tudo do nada. Seu poder criador comprova a
Sua Onipotência. Ele tem os mesmo atributos de Deus porque é Deus.
Em Mateus 18:20, a onipresença é atribuída a Jesus: "Porque,
onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio
deles." Isso não significa que a humanidade de Cristo esteja presente
em toda parte, pois assim Ele não seria realmente humano. Sua humanidade seria
predominante em Sua Divindade. Ou então Sua Divindade seria negada, caso fosse
misturada à Sua humanidade. Nos dois casos, atribuir uma mistura de Suas duas
naturezas seria cair numa heresia nada ortodoxa. Em vez disso, sua Divina
Natureza como Deus está presente em toda parte. Ele pode estar no meio do Seu
povo, quando dois ou mais se reúnem em Seu Nome. Como poderia Ele estar no meio
de tantas igrejas em determinados dias, se Ele não fosse Deus?
Cristo não apenas é onipresente, como outra
designação teológica lhe é atribuída — imanência. Em João 3:13, lemos: "Ora,
ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no
céu." Este verso é muito rico. Jesus não é simplesmente Aquele que
veio do céu, mas, em Sua divindade, Ele permanece no céu. A frase "que
está no céu" demonstra a imanência do Ser Divino. Não apenas o Filho
Divino está andando na Terra, em Sua natureza humana, mas, ao mesmo tempo, Ele
continua enchendo o céu como o Deus imanente de todas as eras.
Visto como Jesus Cristo é Deus, Ele deve,
necessariamente, ser Todo-Poderoso. Tanto Apocalipse 1:8,18 como 11:17, mostram
que a Jesus são atribuídos atributos de onipotência:
"Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim,
diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso."
"E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou
vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno."
"Dizendo: Graças te damos, Senhor Deus
Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste o teu grande
poder, e reinaste."
Jesus tem as chaves da morte e do inferno, o que
significa ser Ele o Todo-Poderoso Senhor sobre a morte. O único que pode ter
esse poder é Deus. Deus é o Senhor Todo-Poderoso que controla o inferno e a
morte. Jesus pode se levantar sozinho de entre os mortos, estando no comando
dos que estão mortos e no inferno, como o Senhor Todo-Poderoso.
Em João 5:17, Jesus é apresentado como tendo os
mesmo atributos do Pai: "E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até
agora, e eu trabalho também." Ele trabalha do mesmo modo que o Pai.
Novamente, se Ele está realizando as obras do Pai e fazendo a Si mesmo igual
para realizar as mesmas obras do Pai, Ele deve ser Deus para conseguir isso.
Suas obras têm a mesma qualidade das obras do Pai. Os judeus odiavam essas
palavras porque sabiam que Ele estava se fazendo igual a Deus. Por quê? Porque
Jesus é Deus e eles simplesmente odiavam esse fato.
Os evangelhos também registram que Jesus é
onisciente. O Filho de Deus comunicou à natureza humana o conhecimento que a
natureza divina possuía, em alguns casos. Não completamente, mas em variadas
porções. Isto só poderia ter sido possível porque Jesus é Deus. E não é que os
escritores achassem que Ele conhecia algumas coisas, mas todas as coisas, algo
que somente Deus poderia conhecer. Vemos isso em João 1:48: "Disse-lhe
Natanael: De onde me conheces tu? Jesus respondeu, e disse-lhe: Antes que
Filipe te chamasse, te vi eu, estando tu debaixo da figueira." Pedro
Lhe diz em João 21:17: "Tu sabes todas as coisas." Jesus
conhecia detalhes específicos que somente Deus poderia conhecer. Por exemplo,
em Apocalipse 2:3-4 Ele diz: "E sofreste, e tens paciência; e
trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste. Tenho, porém, contra ti que
deixaste o teu primeiro amor." Como poderia Jesus conhecer todas
essas obras sobre a igreja de Éfeso? Ele teria de ser onisciente, a fim de
perscrutar o coração, a fim de conhecer a sua paciência, trabalho e
perseverança — para não mencionar sua disposição referente ao amor por Ele.
Jesus conhece todas as coisas porque é Deus.
O autor de Hebreus também escreve que Jesus, o Filho,
é imutável – Ele nunca muda. Hebreus 1:11-12 diz: "Eles perecerão,
mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa, envelhecerão, e como um manto os
enrolarás, e serão mudados. Mas tu és o mesmo, e os teus anos não
acabarão." Em Hebreus 13:8 lemos: "Jesus Cristo é o mesmo,
ontem, e hoje, e eternamente." Ele é o mesmo e Seus anos nunca
chegarão ao fim. Ele permanece eternamente. Ele pode permanecer eternamente
porque é Deus. Isso não significa que Ele não atingisse a idade nem crescesse
em Sua natureza humana. Em vez disso, significa que Cristo, sendo o Divino
Filho de Deus, em Sua Divindade jamais mudará.
Jesus não somente é Deus, mas Paulo descreve sua
imagem exclusiva como o Único a conter toda plenitude da Divindade
corporalmente. Colossenses 2:9 diz: "Porque nele habita corporalmente
toda a plenitude da divindade." Quem quiser ver Deus, basta olhar
para Cristo. Ele é a imagem do Deus vivo e essa imagem e perfeição são
manifestadas somente Nele, porque Ele é Deus. Nenhum homem poderia jamais
afirmar isso — e nenhum, a não ser Jesus Cristo, fez isso. Por que nenhum homem
o fez? Porque simplesmente não poderia respaldar sua afirmação através do seu
ser. Nenhum homem poderia ressuscitar a si mesmo da morte, nem manter as chaves
da morte e do inferno, porque não é todo-poderoso, nem onisciente, nem
onipresente. Mas Cristo afirmou isso, respaldou suas afirmações e tudo isso Lhe
foi atribuído, constantemente, pelos autores do Novo Testamento.
Sendo Deus, Jesus Cristo respalda cada afirmação e
age como Deus — pois é o Criador. Colossenses 1:16-17 diz: "Porque
nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e
invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam
potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as
coisas, e todas as coisas subsistem por ele." Este texto é muito
rico. Ele criou todas as coisas, sem importar o que sejam: até os principados e
potestades (que podem se referir aos seres angélicos) foram criados por Ele e
também para Ele, para darem toda a glória, louvor e honra que seu Nome merece.
Mas Paulo não pára aqui. Ele diz que todas as coisas subsistem pelo Seu poder.
A Terra, os céus, o universo poderiam cair, se Cristo não os sustentasse pelo
poder de Sua vontade onipotente. Todas as coisas subsistem NELE, foram criadas
por Ele e para Ele.
Jesus também é Aquele que elege os homens para a
salvação. Em João 13:18, Ele elege os apóstolos e condena o traidor Judas: "Não
falo de todos vós; eu bem sei os que tenho escolhido; mas para que se cumpra a
Escritura: O que come o pão comigo, levantou contra mim o seu calcanhar." Judas
não foi escolhido e por isso foi apontado como aquele que levantaria o
calcanhar contra o Ungido.
Em 1 Timóteo 6:15-16, Jesus é chamado de Senhor dos
senhores: "A qual a seu tempo mostrará o bem-aventurado, e único
poderoso SENHOR, Rei dos reis e Senhor dos senhores; aquele que tem, ele só, a
imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem
pode ver, ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém." Ele é o
Potentado, significando que é o Todo-Poderoso... Somente Deus pode viver
"na luz inacessível". Isso é atribuído a Cristo. Ele é o Deus eterno
que habita na luz inacessível.
Jesus tem o poder de revelar ou esconder a salvação
dos homens. Isso comprova Sua Divindade porque em todo o Velho Testamento, Deus
é o único com poder para salvar e condenar. Mateus 11:26-27 diz: "Sim,
ó Pai, porque assim te aprouve. Todas as coisas me foram entregues por meu Pai,
e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho,
e aquele a quem o Filho o quiser revelar." Quando Cristo quer revelar
a salvação, Ele o faz e se quiser escondê-la de outros homens, Ele o fará. A
razão pela qual Ele pode declarar ou esconder a salvação é porque Ele é Deus.
Ele tem o direito de dar a vida, quando o deseja, conforme João 5:21: "Pois,
assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também o Filho
vivifica aqueles que quer." Ele não faz isso com todos. Ele
ressuscita apenas os eleitos. Como poderia um mero homem mortal ressuscitar
outro homem? Eu mesmo fico imaginando como isso poderia ser feito, a não ser
que Jesus fosse Deus.
Visto como Cristo é onisciente, Ele pode responder
as orações dos santos, o que somente Deus pode fazer. João 14:13 diz: "E
tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no
Filho." (Confira 2 Coríntios 12:8-9) Como poderia um homem finito
conhecer todas as orações dos discípulos, quando eles oram em toda parte e em
diversas horas? Impossível, a não ser que Jesus seja Deus.
Ele não somente revela a salvação aos homens e
responde as orações, mas também perdoa pecados. Somente Deus pode perdoar
pecados. As passagens de Mateus 9:6; Marcos 2:9-10 e Lucas 5:24 respaldam isso.
Ele pode perdoar pecados e somente Deus pode fazer isso: "Ora, para
que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados
(disse então ao paralítico): Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua
casa." Aqui os judeus ficaram admirados de quem seria esse homem que
podia perdoar pecados. Por isso Ele lhes perguntou: "Qual é mais
fácil? dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados; ou dizer-lhe:
Levanta-te, e toma o teu leito, e anda?" (Marcos 2:9) Para demonstrar
Sua Divindade, Ele realizou as duas coisas, ambas impossíveis aos homens e
somente possíveis a Deus.
Em todo o Velho Testamento, Deus ordena que os
homens olhem para Ele, a fim de serem salvos e que depositem sua confiança Nele.
Ele estendeu Sua mão a um povo rebelde, todo o tempo. Houve os que mantiveram
sua fé e creram em Deus. Contudo, no Novo Testamento Jesus é o objeto da fé. Em
João 14:1, Ele diz: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus,
crede também em mim." Ele se coloca igual a Deus. A mesma crença que
o povo tinha em Deus deveria agora ser dada a Ele. Crer em Deus é crer em
Cristo, pois ambos são o mesmo Deus. Seu poder é tão imenso e espantoso que
Jesus pode chamar os homens para fora do túmulo, conforme lemos em João
5:28-29: "Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos
os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão
para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da
condenação." Jesus tem tal poder sobre a morte que, o som de Sua voz,
pode convocar os cadáveres em decomposição a atenderem Sua voz. E o Seu poder,
no último dia, é registrado como sendo tão grande que esse dia não será igual a
nenhum outro, conforme Mateus 24:20-21: "E orai para que a vossa fuga
não aconteça no inverno nem no sábado; porque haverá então grande aflição, como
nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de
haver." Ele vai voltar em poder e glória. O sol, a lua e as estrelas
cairão do firmamento e Sua glória brilhará em todo o seu esplendor. Sua glória
será tão radiante que o brilho do sol vai parecer insignificante.
A Adoração Dada a Cristo Comprova Que Ele é Deus
Adorar a Deus é tão importante que o Senhor gasta
tempo, em toda a Bíblia, explicando como isso deve ser feito. Em Êxodo 20:1-7,
lemos:
"Então falou Deus todas estas palavras,
dizendo: Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da
servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de
escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na
terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as
servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a
iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me
odeiam. E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os
meus mandamentos. Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR
não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão."
Aqui, encontramos o objeto, os meios e a maneira de
adorar. Somente Deus deve ser adorado e nenhum outro deus deve ser tolerado.
Adorar outros deuses é provocar a ira de Deus contra o pecador rebelde. Deus é
enfático e explícito ao dizer que nenhum outro deus deve ser adorado porque Ele
é o único Deus vivo e verdadeiro de todas as eras. Todos os outros deuses não
passam de ídolos mudos. Em Deuteronômio 6:13-16, Moisés diz:
"O SENHOR teu Deus temerás e a ele servirás, e
pelo seu nome jurarás. Não seguireis outros deuses, os deuses dos povos que
houver ao redor de vós; porque o SENHOR teu Deus é um Deus zeloso no meio de
ti, para que a ira do SENHOR teu Deus se não acenda contra ti e te destrua de
sobre a face da terra. Não tentareis o SENHOR vosso Deus, como o tentastes em
Massá."
Deus fica irado quando Seu povo se desvia para
adorar os falsos deuses. Sua ira se acende como um fogo. Juízes 2:12 diz: "E
deixaram ao SENHOR Deus de seus pais, que os tirara da terra do Egito, e
foram-se após outros deuses, dentre os deuses dos povos, que havia ao redor
deles, e adoraram a eles; e provocaram o SENHOR à ira." Quando isso
acontece, o Senhor envia o julgamento sobre o pecado do Seu povo. Em Jeremias
1:16 e 7:18 lemos: "E eu pronunciarei contra eles os meus juízos, por
causa de toda a sua malícia; pois me deixaram, e queimaram incenso a deuses
estranhos, e se encurvaram diante das obras das suas mãos... Os filhos apanham
a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres preparam a massa, para fazerem
bolos à rainha dos céus, e oferecem libações a outros deuses, para me
provocarem à ira." O povo de Deus deve desprezar os deuses estranhos
dos pagãos, como fizeram os amigos de Daniel, segundo lemos em Daniel 3:18: "E,
se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a
estátua de ouro que levantaste." Paulo observa que existe um só Deus
verdadeiro, em 1 Coríntios 8:5-6: "Porque, ainda que haja também
alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e
muitos senhores), todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para
quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas,
e nós por ele." Tudo isso é mostrado para que saibamos que somente
Deus deve ser adorado. Adorar qualquer outro que não seja o Deus vivo e
verdadeiro é quebrar a Lei do Senhor e desobedecer-Lhe com o hediondo pecado da
rebelião.
Também é importante lembrar que Deus não divide a
Sua Glória com outro deus. Isaías 42:8 diz: "Eu sou o SENHOR; este é
o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às
imagens de escultura." Somente é aceitável adorar o Deus verdadeiro e
nenhum outro. Mesmo assim, Jesus é sempre adorado em todo o Novo Testamento e
até mesmo do Velho Testamento, por meio da profecia. Este fato é notável por
duas razões: 1) Jesus permitiu ser adorado, o que significa que Ele é Deus e
sabia disso; 2) Somente Deus deve ser adorado e centenas de Escrituras sobre este
assunto o comprovam. Ele compartilha da glória divina. Deus só divide Sua
glória com Ele. Se Jesus não é Deus, então exatamente neste ponto toda a fé
cristã desmorona e se transforma em nada.
Jesus diz aos Seus discípulos que eles deveriam crer
em Deus como o seu objeto de fé. Contudo, em João 14:1 Ele diz: "Não
se turbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim." Crer
em Deus é um ato de adoração e confiança em Seu Nome. Jesus ordenou que
creiamos Nele como cremos em Deus. O elemento de fé é o mesmo. Nesta confiança,
Jesus é exaltado. A profecia do Velho Testamento referente ao Filho, no Salmo
2:12 pode ajudar: "Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no
caminho, quando em breve se acender a sua ira; bem-aventurados todos aqueles
que nele confiam." Os que confiam no Filho são chamados de
bem-aventurados. Ele deve ser beijado [isto é, adorado de joelhos] e Nele
devemos confiar porque Jesus é Deus.
Jesus Cristo deve ser honrado da mesma maneira como
o Pai, conforme é demonstrado em João 5:23: "Para que todos honrem o
Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o
enviou." Ambos devem ser adorados, o que não seria legítimo, se Jesus
não fosse Deus. Se isso acontecesse estaríamos dando honra a um simples homem
mortal, uma honra que é devida somente a Deus.
Não apenas os homens devem adorar ao Senhor Jesus,
mas também os anjos são ordenados a fazê-lo, conforme Hebreus 1:6: "E
outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de
Deus o adorem." De fato, todos os anjos, homens e criaturas são
comandados a dobrar os joelhos para adorá-Lo, conforme Filipenses 2:9-11: "Por
isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o
nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus,
e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o
SENHOR, para glória de Deus Pai."
Também lemos em Apocalipse 5:13: "E ouvi
toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no
mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o
trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder
para todo o sempre". O Cordeiro, Jesus Cristo, deve ser adorado para
todo o sempre! Porque Jesus é Deus!
Ele sempre foi adorado: um leproso o adorou,
conforme Mateus 8:2: "E, eis que veio um leproso, e o adorou,
dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo." Em Mateus 9:18,
vemos que um líder o adorou: "Dizendo-lhes ele estas coisas, eis que
chegou um chefe, e o adorou, dizendo: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem,
impõe-lhe a tua mão, e ela viverá." Em Mateus 28:9,17, após Sua
ressurreição, as mulheres O adoraram: "E, indo elas a dar as novas
aos seus discípulos, eis que Jesus lhes sai ao encontro, dizendo: Eu vos saúdo.
E elas, chegando, abraçaram os seus pés, e o adoraram. E, quando o viram, o
adoraram e alguns duvidaram." (A idéia de que alguns duvidaram é
inacreditável!). Os demônios O adoraram, como aconteceu com o possesso
gadareno: "E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o." (Marcos
5:6) No caminho de Emaús, dois discípulos O adoraram, conforme Lucas 24:52: "E,
adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém." Até
mesmo o cego de nascença, quando O encontrou, O adorou: "Ele disse:
Creio, Senhor. E o adorou."
Jesus permitiu que os homens O adorassem e admitiu
essa adoração. Essa era uma razão para um israelita ser apedrejado e por isso
os judeus quiseram apedrejar Jesus. Demônios, anjos, leprosos, gentios, judeus,
Seus próprios discípulos e outros O adoraram. Sempre e sempre vemos que Jesus
foi adorado e todos os que O adoraram agiram corretamente. Ele merecia essa
adoração porque Jesus é Deus!
A Pré-Existência do Filho
A última área que eu gostaria de acrescentar é mais
notável do que tudo o mais, ou seja, a natureza pré-existente do Filho de Deus.
Aqui vemos que Jesus, o Filho de Deus, sempre existiu. Ele não é um ser criado
na natureza de Sua Divindade como Filho, mas Ele mesmo usou Sua Divindade para
criar a carne de Jesus Cristo. A Bíblia não apóia o arianismo. Jesus não é o
primeiro ser criado, mas o único Ser auto-suficiente, o Deus que sempre
existiu, infinitamente.
Em João 3:13 vemos que o Filho sobe e desce do céu: "Ora,
ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no
céu." Conforme Sua imanência, vemos que Sua origem é "do
céu" e que do céu Ele "desceu". Isso é reiterado em João 6:38: "Porque
eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me
enviou."Se isso não fosse verdade, Jesus teria dito que nasceu de Maria e
José, a fim de fazer a vontade do Pai que O enviou.
Ele ainda atesta que ninguém viu o Pai, exceto Ele: "Não
que alguém visse ao Pai, a não ser aquele que é de Deus; este tem visto ao
Pai." (João 6:46) Isso mostra que Jesus sabia de Sua natureza divina,
e que Ele estava com o Pai, antes da formação do mundo. Somente Ele viu o Pai e
sua residência com o Pai é atestada em João 6:62. Aqui Jesus sobe ao céu, de
onde veio: "Que seria, pois, se vísseis subir o Filho do homem para
onde primeiro estava?" Ora, se estas palavras não são bastante
claras, o Eterno Logos do Evangelho de João diz aos judeus: "Vós sois
de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo." (João
8:23) Se esta declaração fosse falsa, todo o cristianismo e todos os cristãos,
desde o tempo de Cristo até agora, estariam participando de uma farsa. Eles
iriam apresentar-se como sendo o povo mais estúpido e ignorante de todos os
tempos. Em vez disso, os discípulos jamais se abstiveram dessa declaração
porque bem conheciam a verdade da mesma. Não somente Cristo havia comprovado
isso, como eles também a haviam testemunhado a divindade Dele no Monte da
Transfiguração.
Sua afirmação permanece, de ter Ele residido com o
Pai, segundo João 8:42: "Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o
vosso Pai, certamente me amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus; não vim de
mim mesmo, mas ele me enviou." Ele tinha uma íntima relação com o
Pai, o que comprova a Sua eterna Divindade... Também em João 16:28, lemos: "Saí
do Pai, e vim ao mundo; outra vez deixo o mundo, e vou para o Pai." Como
o Pai é Deus, Jesus saiu do Pai e regressou à exclusiva relação com Ele, isso
comprova, maravilhosamente, a Sua pré-existência eterna, como o Filho de Deus.
Se Jesus Cristo não é Divino, então o Pai também não o é, pois ambos são UM.
Conclusão
Nesta breve pesquisa, o leitor inteligente não pode
duvidar das afirmações das profecias referentes a Cristo; dos escritores da
Bíblia e dos seus testemunhos sobre Cristo; dos registros daqueles que se
opunham a Cristo (os quais queriam matá-Lo por causa de suas afirmações); dos
que O adoraram e das afirmações do próprio Cristo. A verdade é que as profecias
da Bíblia, os discípulos, os ouvintes, os seguidores, os oponentes e as
palavras do próprio Cristo [pelas quais seremos julgados] apontam para o
inegável fato de que todos sabiam que Jesus Cristo é Deus. Eles O odiavam por
causa disso ou então O adoravam. Jesus sabia que Ele é Deus. Ele confirmou isso
através de Suas palavras, ações e testemunho da verdade. Ninguém pode chamar
Cristo de "um bom Mestre". Essa é a voz de quem não é inteligente.
Jesus Cristo não é "um bom Mestre" nem um "Homem Moral".
Isso não está em questão. Você pode fazer apenas uma escolha: ou Ele é o Senhor
do Céu e da Terra, o Justo Juiz do mundo, ou então Ele não passa de um
lunático, um louco, um enganador pior do que o diabo. Como você vai decidir chamá-Lo?
Fica evidente, no material acima, que muita coisa
foi esquecida. Parecia-me que em certos pontos eu fui repetitivo e monótono. Eu
até pensei em retirar alguns pontos deste artigo, em consideração ao leitor e
pela possibilidade de ter usado idéias cíclicas e recorrentes. Mas foi isso
exatamente o que eu tentei fazer. Os que acham que Jesus foi apenas um bom
Mestre ou um exemplo de moralidade, não estão levando em conta os registros
bíblicos. As Escrituras afirmam continuamente a Divindade de Cristo. Este é um
fato inegável no registro bíblico.
Pense nisto: a palavra escrita confirmando essas
coisas não pode ter sido escrita por demônios ou homens perversos. Os demônios
são diabos e os homens maus não iriam registrar a bondade de Cristo de um modo
tão brilhante, nem iriam apresentá-Lo como o poderoso e Divino Filho do Deus
Vivo. Eles não teriam descrito o homem como um ser tão desprezível e maligno,
condenado ao inferno, perdido e amaldiçoado por toda eternidade, se tivessem
escrito estas páginas para enganá-los. Certamente não teriam escritos coisas
ruins sobre eles mesmos e seus companheiros e escrito coisas tão maravilhosas
sobre Jesus Cristo. Isso não faria qualquer sentido. Nem ainda poderia a Bíblia
ter sido escrita por homens piedosos ou santos anjos, sem o poder do Espírito
Santo. Nenhum homem poderia ter escrito um bom livro sem dizer algumas
mentiras, a fim de enganar o leitor, dizendo: "Assim diz o Senhor",
enquanto o que dizem é de sua pura lavra. [NT: Como os carismáticos andam
fazendo agora.] Se o fizessem não iriam se tornar homens bons, de modo algum,
mas demoníacos e malignos, conforme estamos voltando ao ponto anterior. Em vez
disso, a Bíblia é o registro da própria revelação de Deus aos homens, para que
esses homens perdidos em seus pecados possam possa buscar, esperançosamente, o
Redentor dos homens, o homem-Deus, Jesus Cristo. O testemunho de Jesus Cristo
como Deus é o único meio pelo qual importa que sejamos salvos da futura ira
divina (Atos 4:12). A ira do Cordeiro será horrenda contra os que estão
perdidos. Eles correrão para as montanhas, implorando que os montes caiam sobre
eles, para se livrarem da ira do Cordeiro. Contudo, o Senhor colocou ao alcance
de todos um meio para os que desejam escapar da destruição que os aguarda. A
resposta se encontra em Jesus Cristo, o Deus de todas as eras. Que olhem para
Ele todos os quadrantes da Terra, para serem salvos... [Porque Jesus Cristo é
Deus!]...
Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciência da
Religião Dr. Edson Cavalcante
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