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sábado, 15 de novembro de 2014

TODO O CRISTÃO QUE TEM O ESPÍRITO SANTO DEVE ESTÁ PRONTO PARA MORRER OU PARA PREGAR...


TODO O CRISTÃO QUE TEM O ESPÍRITO SANTO DEVE ESTÁ PRONTO PARA MORRER OU PARA PREGAR...
Atos 1.1-14 e 2.1-47
INTRODUÇÃO
1. Visitei várias igrejas nos Estados Unidos, Canadá e Europa que são chamadas “igrejas mortas”. Estão mortas porque deixaram a fonte da vida. Sem o Espírito Santo a igreja morre. Sem o Espírito não há vida na igreja.
2. É possível a igreja hoje ser revestida com o poder do Espírito Santo? É possível sermos revigorados pelo poder do alto? É possível sermos tomados de uma profunda convicção de pecado e uma intensa sede de Deus?
3. Ao longo da história, várias vezes, Deus visitou o seu povo: a igreja primitiva, Valdenses, Reforma, Morávios, Puritanos, Missões, Avivamentos.
4. Vamos observar algumas verdades importantes do texto em apreço: A igreja estava com as portas fechadas, com medo dos judeus. Jesus estava ausente. Os discípulos estavam em crise. Hoje estamos também assim: cheios de tensões, fechados, com medo, acovardados. Precisamos, também, de experimentar o derramamento do Espírito Santo.
I. A PROMESSA DO ESPÍRITO SANTO – V. 4-8
1. O derramamento do Espírito é uma promessa do Pai – 1:4
• O profeta Joel já havia profetizado: “E acontecerá depois que derramarei do meu Espírito sobre toda carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias” (Jl 2:28,29).
• O derramamento do Espírito quebra a barreira do preconceito sexual, etário e social. • Jesus disse que enviaria o outro Parácleto, o Espírito Santo, para estar para sempre conosco. Jesus reafirma a promessa, quando Deus derramaria água sobre o sedento e torrentes sobre a terra seca.
2. O derramamento do Espírito é resultado de uma espera obediente – 1:4
• os discípulos deveriam permanecer na cidade até que fossem revestidos de poder (Lc 24:49). Talvez o último lugar que gostariam de ficar fosse Jerusalém, o palco de queda e fracasso na vida deles. Mas o cenário do fracasso deve ser o lugar da restauração.
• É mais fácil sair do que ficar. É mais fácil ser um ativista do que depender de Deus. É mais fácil confiar em nossa força do que no poder do Espírito Santo. Mas a ordem é capacitação do alto antes de ação na terra. Ilustração: A igreja do Evangelho Pleno em Seul – O pastor gasta 70% do seu tempo orando e meditando na Palavra.
3. O derramamento do Espírito é resultado da expectativa de uma vida de poder – 1:5,8; Lc 24:49
• O batismo com o Espírito Santo deu-se no Pentecoste, quando o Espírito veio para estar para sempre com a igreja. Agora, todos nós que cremos, somos batizados pelo Espírito Santo, no corpo de Cristo. Com o batismo do Espírito, veio também o revestimento de poder.
• Devemos igualmente esperar uma vida de poder. O evangelho é o poder de Deus. O Reino de Deus consiste não de palavras, mas de poder. Foi essa sede de poder do alto que levou os homens santos de Deus a clamar. Ilustração: A reunião de oração do clube santo, na rua Aldersgate Street no dia 1/1/1738.
O evangelista Moody foi abordado por duas mulheres da igreja Metodista Livre. Estamos orando por você, disseram elas. Moody começa também a orar. Logo veio sua gloriosa experiência em Nova York. Ele disse que não trocaria esse enchimento do Espírito ainda que lhe dessem em troca o mundo inteiro.
• Mas poder para que?
a) Poder para sacudir o jugo do medo
b) Poder para tirar os olhos da especulação para a ação (At 1:6-8)
c) Poder para morrer (At 1:8)
d) Poder para perdoar (At 1:8)
e) Poder para ir além fronteiras (At 1:8)
f) Poder para para pregar (At 1:8).
II. A BUSCA DO ESPÍRITO SANTO – 1:14
1. Havia unanimidade em oração – “Todos”
• Quando Jesus fez a promessa do derramamento do Espírito, a igreja não duvidou. Não colocou em segundo plano. Não deixou para depois. Todos os 120 discípulos buscaram um lugar de oração. Eles tinham uma só alma. Um só propósito: buscar o poder do alto.
2. Havia perseverança na oração – “perseveravam”
• Hoje, temos ânimo para começar uma reunião de oração, mas não temos fibra para continuar. É fácil ter entusiasmo quando as circunstâncias são favoráveis. Mas Deus busca em nós persistência.
Atos 1:14 disse: “Como esperar o Pentecoste se nem ainda fomos despertados para orar? Primeiro, vem a igreja toda, unânime, perseverando em oração, só depois vem o Pentecoste”.
 Estudem as Escrituras. Estudem a história da igreja e vejam se há um só exemplo de despertamento espiritual sem ser precedido por oração!
Elias orou 7 vezes. A chuva desceu porque Elias subiu. Ele não desistiu, enquanto não viu o sinal da chuva torrencial de Deus descendo sobre a terra seca. Precisamos ser despertados para oração.
Os discípulos oravam 10 dias. Poderiam ter orado um mês, um ano. Eles deveriam ficar em Jerusalém até que…
3. Havia concordância na oração – “Todos, perseveravam, unânimes em oração”
• Havia um só coração, uma só alma, um só clamor, uma só direção. A igreja estava unida pela mesma causa. Havia concordância entre os discípulos.
• Hoje há ajuntamento, mas pouca comunhão; há orações, mas pouca concordância; muita coreografia, mas pouco quebrantamento; muito movimento, mas pouca adoração; muita agitação, mas pouco louvor; muita verborragia, mas pouca unção.
• Ilustração: A restauração da Romênia em 1989 quando a igreja se uniu em oração.
• Jesus disse que dois na terra concordarem sobre qualquer coisa, isso lhes será concedido.
III. O DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO SANTO – 2:1-12
1. O derramamento do Espírito Santo foi um fenômeno celestial – 2:1-4
O Pentecoste não foi algo produzido, ensaiado, fabricado. Algo do céu verdadeiramente aconteceu. Foi incontestável, irresistível. Foi soberano, ninguém pôde produzi-lo. Foi eficaz, ninguém pôde desfazer os seus resultados. Foi definitivo: ele veio para ficar para sempre com a igreja.
a) O derramamento do Espírito veio como um SOM – Não foi barulho, algazarra, falta de ordem, histeria, mas um som do céu. O Pentecoste foi audível, verificável, público, reverberando sua influência na sociedade. Esse impacto atraiu grande multidão para ouvir a Palavra.
b) O derramamento do Espírito veio como um VENTO – O vento é símbolo do Espírito Santo. O vento é livre – ele sopra onde quer. O vento é soberano – ele sopra irresistivelmente. O vento é misterioso – ninguém sabe donde vem nem para onde vai.
c) O derramamento do Espírito veio em línguas como de FOGO – O fogo também é símbolo do Espírito Santo. O fogo ilumina, purifica, aquece e alastra.
d) O derramamento do Espírito produziu o fenômeno das línguas – Pentecoste foi o oposto de Babel. Lá as línguas eram ininteligíveis. Aqui, não há necessidade de interpretação. Lá eles enalteciam seus próprias nomes. Aqui eles falam as grandezas de Deus.
2. O derramamento do Espírito nos prova que os milagres abrem portas para o evangelho, mas não é o próprio evangelho – v. 7, 12,13
• Três foram as reações ao milagre do derramamento do Espírito Santo:
a) Ceticismo – v. 12
b) Preconceito – v. 7
c) Zombaria – v. 13
O milagre em si não pode transformar a multidão, mas atraiu essa mesma multidão para ouvir a Palavra de Deus. Quando Pedro começou a pregar, o coração do povo começou a derreter. Naquele dia o apelo não partiu do pregador, mas do auditório.
3. O derramamento do Espírito traz uma experiência pessoal de enchimento do Espírito Santo – 2:4
• Aqueles discípulos já eram salvos. Por três vezes Jesus havia deixado isso claro (Jo 13:10; 15:3; 17:12). Paulo declarou: “Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele” (Rm 8:9). Jesus disse que quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino (Jo 3:5). Jesus já havia soprado sobre eles o Espírito Santo (Jo 20:22).
• Mas a despeito de serem regenerados pelos Espírito e de receberem o selo do Espírito, eles ainda não estavam cheios do Espírito. Uma coisa é ter o Espírito, outra é ser cheio do Espírito. Uma coisa é ter o Espírito presente, outra é ter o Espírito presidente. Você que tem o Espírito, está cheio do Espírito? Ilustração: O missionário presbiteriano John Hyde.
• A experiência da plenitude é pessoal (At 2:3-4). Logo que eles ficaram cheios do Espírito começaram a falar as grandezas de Deus (v. 11). Sempre que alguém estava cheio do Espírito começava a pregar (Atos 1:8; 2:4,11,14,41; 4:8,29-31; 6:5,8-10; 9:17-22; 1 Ts 1:5; 1 Co 2:4).
IV. A PREGAÇÃO NO PODER DO ESPÍRITO SANTO – 2:14-41
1. Uma pregação Cristocêntrica na sua essência
a) A morte de Cristo (v. 23) – A cruz não foi um acidente, mas parte do plano eterno de Deus. A cruz não foi uma derrota para Jesus, mas a sua exaltação. Foi na cruz que Jesus conquistou para nós redenção e desbaratou com o inferno. Cristo não foi para a cruz porque Judas o traiu, os judeus o entregaram, Pilatos o sentenciou e os soldados o pregaram. Eles foi à cruz pelo plano do Pai. Ele foi por amor.
b) A ressurreição de Cristo (v. 24,32) – Não adoramos um Cristo morto, mas o Jesus vitorioso sobre o pecado, a morte e o diabo.
c) A exaltação de Cristo (v. 33) – Jesus voltou ao céu triunfantemente e assentou-se no trono. Ele reina. Ele vai voltar.
d) O senhorio de Cristo (v. 36) – Jesus é o Senhor e diante dele deve se dobrar todo joelho. O ministério do Espírito Santo é o ministério de HOLOFOTE – exaltar Jesus.
2. Uma pregação eficaz quanto ao seu propósito – 2:37
• A pregação de Pedro explodiu como dinamite no coração da multidão. Foi um sermão atingido. Pedro não pregou para agradar nem para entreter. Ele foi direto ao ponto. Pôs o dedo na ferida. Não pregou diante do auditório, mas ao auditório. No verso 23 Pedro diz: “Vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos”.
 A pregação precisa ser direta, confrontadora. Ela precisa gerar a agonia do arrependimento.
3. Uma pregação clara em suas exigências v. 2:38
• Antes de falar de perdão, Pedro falou de culpa. Antes de falar de redenção, falou de pecado. Antes de falar de salvação, mostrou que eles estavam perdidos.
• Não há salvação sem arrependimento. Ninguém entra no céu sem antes saber que é um pecador. Pedro se dirigiu a um grupo extremamente religioso, mas que precisava se arrepender para ser salvo.
 Hoje, a pregação do arrependimento está desaparecendo dos púlpitos. Precisamos nos arrepender da nossa falta de arrependimento.
4. Uma pregação específica quanto à promessa – v. 38
• Duas promessas são feitas ao arrependido: uma ligada ao passado e outra ao futuro: remissão de pecados e dom do Espírito Santo. Depois que somos salvos, então podemos ser cheios do Espírito. Primeiro o povo se volta para Deus de todo o coração, com choro, jejuns, rasgando o coração; depois o Espírito é derramado.
5. Uma pregação vitoriosa quanto aos resultados – v. 41
• Quando há poder na pregação, vidas são salvas. A pregação de Pedro não apenas produziu conversões abundantes, mas também frutos permanentes.
• Eles não somente nasceram, mas também cresceram na graça de Jesus (At 2:42-47). Ao serem convertidas, elas foram batizadas. Integraram-se na igreja e perseveraram. Criaram raízes. Amadureceram. Fizeram outros discípulos e a igreja tornou-se irresistível.
V. A VIDA CHEIA DO ESPÍRITO SANTO – 2:42-47
1. Uma igreja cheia do Espírito Santo tem compromisso com a Palavra de Deus – v. 42
 Eles tinham prazer de estudar a Palavra. Eles tornaram-se crentes firmes nas Escrituras. Eles perseveravam na doutrina dos apóstolos.
2. Uma igreja cheia do Espírito tem prazer na vida de oração – v. 42.
 Uma igreja cheia do Espírito ora com fervor e constância. É impossível ser uma pessoa cheia do Espírito e não ter vida de oração.
3. Uma igreja cheia do Espírito tem profunda comunhão – v. 42,44,45,46
 Uma igreja cheia do Espírito é um lugar onde os irmãos se amam profundamente. Eles gostavam de estar juntos (v. 44). Eles partilhavam seus bens (v. 45). Eles gostavam de estar na igreja (v. 46) e também nos lares (v. 46b). Havia um só coração e uma só alma.
4. Uma igreja cheia do Espírito que adora a Deus com entusiasmo – v. 47
Uma igreja cheia do Espírito canta com fervor. Ela louva a Deus com entusiasmo. Ela louva a Deus de todo o coração e bane do seu meio toda murmuração.
5. Uma igreja cheia do Espírito teme a Deus e experimenta os seus milagres – v. 43
Uma igreja cheia do Espírito é formada por um povo cheio de reverência. Ela tem compreensão da santidade de Deus. Ela se curva diante da majestade de Deus. Ela
tem a agenda aberta para as soberanas intervenções de Deus. Ela crê nos milagres de Deus.
6. Uma igreja cheia do Espírito é uma igreja que tem a simpatia dos homens e a bênção do crescimento numérico por parte de Deus – v. 47
 Essa igreja é simpática, amável. Ela é sal e luz. Ela é perfume de Cristo. Ela é carta de Cristo. Ela é boca de Deus e monumento da graça de Deus no mundo.
• Essa igreja tem qualidade e também quantidade. Ela cresce para o alto e também para os lados. Ela tem vida e também números.
CONCLUSÃO
1. Você é um crente cheio do Espírito Santo? Você é um crente de oração? Você tem falado das grandezas de Deus? Você tem experimentado o poder de Deus? Você tem pregado a palavra de Deus?
2. Hoje, você pode transbordar. Jesus prometeu: “Quem crer em mim, como diz a Escritura, rios de água viva fluirão do seu interior”.
3. Você quer tomar posse hoje dessa vida superlativa...

Bispo. Capelão/Juiz Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.

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