VIVENDO PARA DEUS...
Texto: João 21:1-17
Introdução
Os discípulos estavam
tomados pelo medo diante do que estava por vir. Parece-me que há um estado de
espírito de apatia no meio deste grupo de discípulos.
Destes Pedro é o que se
sente pior. Frustrado e desanimado diante do seu fracasso recente.
O sentimento de
fracasso o esmaga. Pedro carrega aquele sentimento de não acreditar mais em si
mesmo.
É curioso que a
primeira coisa que Pedro faz diante desta situação e consequentemente os outros
discípulos é desistir do projeto de Deus para sua vida. É voltar para sua vida
normal, é transitar no plano do ordinário.
Digo isto porque o
chamado de Deus é para viver muito além do ordinário, Cristo nos convoca a
segui-lo e isto é caminhar no nível do extraordinário.
Mas este homem porque
está se sentindo fracassado, impotente e incapaz de viver este projeto volta a
sua velha vida. Ele diz no verso três:
Vou pescar!
São muitos os que
desistem do projeto de Deus para suas vidas por se sentirem incapazes mediante
suas falhas e limitações.
São muitos os que
estagnam por terem alcançado êxito. Ficam em uma área de conforto. Pedro e os
discípulos voltaram pra sua área de domínio.
A tendência é voltar ao
plano do “ordinário”. É sair daquele discipulado crescente e se acomodar a um
cristianismo apático e estático.
Não sei qual o motivo
que talvez tenha gerado este sentimento em seu coração. Talvez o diabo tenha
martelado na sua alma que você não conseguirá. Que Deus desistiu de sua vida.
Talvez você mesmo tenha desistido de todos os sonhos que um dia o Espírito
semeou em seu coração.
Seja lá o que aconteceu
permita que Deus ministre em sua vida assim como fez com Pedro naquele dia.
Elucidação:
Neste episódio Jesus
proporciona um ambiente pedagógico onde trás a memória de Pedro duas
experiências marcantes em sua vida:
A alegria do seu
chamado (Lucas 5:1-11) e a experiência do seu fracasso. (João 13:36-38 / 18)
E isto fez com que
Pedro refletisse sobre alguns fatores que o conduziram à queda, mas
principalmente fez com que ele se lembrasse de princípios essenciais para
experimentar a vida abundante que Deus preparou para nós.
Tema: Vivendo o
Extraordinário Projeto de Deus!
O primeiro princípio
que a relação destas duas experiências de Pedro nos ensina é:
1. Dependência de Deus
ao invés de autossuficiência / Confiança;
Vejamos a experiência
do chamado de Pedro:
E, respondendo Simão,
disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sobre
a tua palavra, lançarei a rede.
(Lucas 5:5)
Ele inicia a
caminhada percebendo que precisava depender de Deus, confiar em sua palavra.
Pedro é um experiente
pescador, como muitos são profissionais experientes em nosso meio, no entanto
ele fica espantado diante daquela pescaria.
Ele com toda
experiência não havia apanhado peixe algum naquela noite, mas quando obedece à
palavra de Cristo se vê em uma pescaria na qual ele estava despreparado. Eles
são surpreendidos por Deus.
No entanto
autossuficiência / confiança faz-nos barrar em nossas limitações:
o Exemplo pastor etíope
e americano.
A igreja pós-moderna é vista na advertência
feita a Laodicéia:
“Como dizes: Rico sou,
e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e
miserável, e pobre, e cego, e nu”.
(Apocalipse 3:17)
“O Novo Testamento
começa com Deus expulso do templo e termina com Jesus do lado de fora da
igreja”. (Ariovaldo Ramos)
O Foi à dependência de
Deus que fez a Igreja primitiva impactar o mundo de sua época.
o Exemplo de Gideão.
Jesus lembra que
Pedro começou bem, dependendo de Deus, mas permitiu que a auto-suficiência
encontrasse espaço em sua vida.
Este é o primeiro
princípio que Pedro se lembra:
Deus quer nos levar
muito além de nossos limites, mas para que isto aconteça precisamos depender
Dele.
2. Comunhão ao invés de
isolamento;
Pedro começou a
caminhar sozinho, começou a ter um conceito de si maior do que os outros.
Pedro respondeu:
"Ainda que todos te abandonem, eu nunca te abandonarei! “
(Mateus 26:33)
Quando nos isolamos
negamos nossa vocação de ser imagem de Cristo (Unidade).
É andar na contramão do
propósito de Deus.
Esta atitude de Pedro
exemplifica o conselho do sábio:
“Quem se isola, busca
interesses egoístas, e se rebela contra a sensatez.”
(Provérbios 18:1)
Cristo trás a memória
de Pedro a experiência do seu chamado:
“E fizeram sinal aos
companheiros que estavam no outro barco, para que os fossem ajudar. E foram, e
encheram ambos os barcos, de maneira tal que quase iam a pique.” (Lucas 5:7)
Cristo faz Pedro se
lembrar que dificuldades são vencidas na comunhão dos santos.
A bíblia esta repleta
dos chamados “mandamentos recíprocos”.
Se um homem de fé
pode ir além de seus limites em Deus que dirá a comunhão de vários homens de
fé.
É a superlativação do
milagre. (Sinergia)
Dois cavalos puxam três
vezes mais o peso que um puxaria.
Eles não somam, se
multiplicam.
3. Antes importa temer
a Deus do que aos homens;
“Quando Simão Pedro viu
isso, prostrou-se aos pés de Jesus e disse: "Afasta-te de mim, Senhor,
porque sou um homem pecador!
Pois que o espanto se
apoderara dele, e de todos os que com ele estavam, por causa da pesca de peixe
que haviam feito”.
(Lucas 5:9)
No A.T. Daniel cai
diante da visão. João na visão do Apocalipse perde as forças.
O temor a Deus faz
com que não nos aproximemos dele de qualquer forma. Há não tratar com o sagrado
de qualquer jeito. (Sansão)
Lembra-nos que Deus é
Santo, Santo, Santo. É fogo consumidor.
É o primeiro degrau:
“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria”. (Provérbios 1:7)
A experiência de Pedro
é diferente das outras, ele está diante do amor de Deus que o constrange.
O temor nos coloca de
joelhos, reconhecendo a grandeza de Deus. E aquele que habita no alto e sublime
trono também habita com o contrito e quebrantado de coração.
Quem teme a Deus,
quem procura agradá-lo não teme a opinião dos homens, não teme o que estes
podem lhe fazer.
“Acaso busco eu agora a
aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu
ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo.”
(Gálatas 1:10)
4. Ame mais a Cristo do
que sua própria vida;
“Eles então arrastaram
seus barcos para a praia, deixaram tudo e o seguiram.”
(Lucas 5:11)
Cristo trás a memória
de Pedro a decisão que este tomou.
Este movido por amor
ao Senhor Jesus decidiu deixar tudo para segui-lo.
Toda decisão envolve
em “cisão”.
Pedro viu que não valia
à pena ficar aprisionado em si mesmo. Ele entregou sua vida nas mãos de Deus.
E as três perguntas de
Jesus não são para constranger Pedro.
São perguntas
restauradoras, para lhe colocar de volta no caminho.
A pergunta que ele nos
faz nesta noite:
Tú me amas?
Como todo noivo
apaixonado, ele só quer o amor de sua noiva.
“Contra você, porém,
tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor.
Lembre-se de onde caiu!
Arrependa-se e pratique as obras que praticava no princípio. Se não se
arrepender, virei a você e tirarei o seu candelabro do seu lugar.”
(Apocalipse 2:4-5)
Conclusão:
“E disse Pedro: Não
tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o
Nazareno, levanta-te e anda.” (Atos 3:6)
O Pedro frustrado,
desacreditado é restaurado.
O Pedro sem forças é
levantado por Deus. Torna-se líder da igreja.
O Pedro agora é um
agente de milagre. Experimenta o extraordinário de Deus em sua vida.
Talvez como Pedro você
desacredite de si mesmo, tenha deixado de lado tantos sonhos que um dia o
Espírito semeou em seu coração. Tem desistido dos planos que ele preparou.
O que tem te impedido
de viver este projeto?
Quem sabe você precisa
dizer sim a ele novamente.
Deixa Cristo restaurar
sua vida, seus sonhos, deixa ele te encher de esperança novamente como fez no
dia do seu chamado...
BISPO/JUIZ.
MESTRE E DOUTOR EM ÊNFASE E DIVINDADES DR.EDSON CAVALCANTE
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