CRIA EM MIM
Ó DEUS UM CORAÇÃO ONDE HABITE A TUA MISERICÓRDIA...
SALMO 23.6
6- Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os
dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor para todo o sempre”.
A BONDADE E A MISERICÓRDIA DE DEUS
Há uma estorinha muito interessante. Conta-se que Jesus
Cristo resolveu voltar a terra... E decidiu vir vestido de médico!
Procurou um lugar para descer, escolheu no Brasil um posto de
saúde do SUS. Viu um médico trabalhando há muitas horas e morrendo de cansaço.
Jesus então entrou de jaleco, passando pela fila de pacientes
no corredor, até chegar ao consultório.
Os pacientes viram e falaram: “Olha aí, vai trocar o
plantão”.
Jesus Cristo entrou na sala e falou para o colega que podia
ir, que ele iria tocar o ambulatório dali por diante.
E, todo resoluto, gritou: “O PRÓXIMO!”. Entrou um paraplégico
de cadeira de rodas.
Jesus Cristo levantou-se, olhou bem para o aleijado, e com a
palma da mão direita sobre sua cabeça disse: LEVANTA-TE E ANDA!
O homem levantou-se, andou e saiu do consultório empurrando a
própria cadeira de rodas.
Quando chegou ao corredor, o próximo da fila perguntou: E aí,
como é esse Doutor novo?
Ele respondeu: igualzinho aos outros... Nem examina a gente!
Moral da estória: Tem gente que já recebeu o milagre, mas não
vê porque vive pra reclamar ou botar defeito em tudo nessa vida!
Ele não percebe a bondade e a misericórdia de Deus ainda que
receba o maior de todos os milagres.
O salmo 23 fala, de forma eloqüente, do cuidado de Deus com
cada um de nós.
No ambiente histórico, Davi estava falando sobre suas
freqüentes visitas ao tabernáculo onde ele se entregava à adoração, ao louvor e
à oração.
Davi reflete sobre a lealdade e devoção dos pastores
orientais em seu cuidado pelas ovelhas, protegendo-as do perigo, alimentando-as
e conduzindo-as às campinas verdejantes e águas tranquilas... Não deixando lhes
faltar nada!
Davi se compara a uma ovelha do aprisco divino. As
palavras-chaves do salmo falam da segurança que Jesus, o Supremo Pastor, nos
dá.
O salmo apresenta algumas figuras que ilustram o cuidado de
Deus com cada um de nós. Fala de repouso (v. 2); fala de justiça (v. 3); fala
de consolação (v. 4 b); fala de vitória sobre os inimigos (v. 5).
O salmo começa e termina falando sobre a presença de Deus em nossas
vidas e termina dizendo que existem dois sinais da presença de Deus em nossas
vidas: Bondade e misericórdia.
Estas duas virtudes se completam e ao mesmo tempo se
confundem entre si. Quem é bondoso é também misericordioso, e vice-versa.
Aqui, no verso 6, temos três coisas que merecem nossa
ponderação:
A primeira é A Segurança de que a promessa de Deus será
cumprida na terra: “Bondade e misericórdia certamente me seguirão”. A palavra
que vem como confirmação desta verdade é “certamente”.
A segunda é A duração do cumprimento da promessa de Deus na
terra: “Todos os dias da minha vida”.
A terceira é A extensão do cumprimento da promessa de Deus na
eternidade: “E habitarei na casa do Senhor para todo o sempre”.
A mensagem central do salmo 23 é que Deus nos guia, nos
protege e nos acompanha em nossa vida inteira.
Desde quando nascemos até quando morremos, Deus está presente
em todos os momentos de nossa vida.
Há muito tempo eu vi uma notícia que chamou minha atenção.
Era um dia comum na vida dos cidadãos de Belo Horizonte, a capital do Estado de
Minas Gerais.
O dia estava bonito e algumas pessoas faziam sua caminhada
rotineira às margens do Lago da Pampulha.
De repente um cidadão ouviu um som semelhante a um gato
miando. O cidadão olhou ao seu redor e não viu nada. Ouviu o som novamente. De
onde vinha aquele som?
Olhou para dentro do lago e viu um embrulho amarrado a um
pedaço de madeira flutuando na água. O som parecia vir daquele embrulho.
Estranhamente a correnteza trazia o embrulho para a margem do
lago em vez de levá-lo para o fundo.
O cidadão interrompeu sua caminhada e resolveu verificar o
conteúdo daquele embrulho.
E qual a surpresa daquele cidadão quando ao abrir o embrulho
viu que havia nele uma criança ainda viva que acabara de nascer e havia sido
abandonada pela mãe.
Este fato me deixou impressionado. E me chamou a atenção para
uma coisa: Que apesar de tanta maldade e destruição...
E apesar de tanta perversidade... a bondade e a misericórdia
de Deus continuam a prosperar.
O que eu tenho que fazer para enxergar a bondade e a
misericórdia de Deus?
Olhe ao redor!
O cidadão que caminhava na beira do lago precisou apenas
olhar para o embrulho para ver as provas da bondade e da misericórdia de Deus.
Ele mesmo se tornou um instrumento de Deus para salvar a vida
de uma criança.
Uma das formas de comunicação mais impressionantes é a
linguagem dos surdos. Devido a sua impossibilidade de ouvir, eles transferem a
função dos ouvidos para os olhos e sua linguagem se processa através de sinais
feitos com as mãos.
Esse exemplo é perfeitamente aplicável ao nosso
relacionamento com Deus.
Deus não nos deu olhos somente para lermos a Sua palavra, mas
também para vermos e provarmos sua bondade e misericórdia!
Nos dias de hoje não é comum ouvirmos a voz de Deus com os
nossos ouvidos como aconteceu no passado.
Mas se não podemos ouvir a voz de Deus, podemos ver as ações
de Deus!
Deus fala através das ações de bondade e misericórdia de
pessoas que Ele coloca em nosso caminho!
Muitas vezes nos sentimos órfãos. Pensamos que Deus nos
criou, colocou-nos na terra e esqueceu-se de nós.
Isso acontece porque não compreendemos a bondade e a
misericórdia de Deus. Em qualquer circunstância, Deus é bom para nós!
Havia um rei que não acreditava nos desígnios e na bondade de
DEUS. Ele tinha um súdito que sempre lhe lembrava dessa verdade.
Dizia ele: “Meu rei, não desanime... Tudo que DEUS faz é
perfeito. ELE nunca erra”.
Um dia, o rei saiu para caçar com seu súdito e uma fera da
floresta o atacou.
O rei fez a pontaria, mas a arma falhou e o tiro saiu pela
culatra, atingindo o seu dedo.
O súdito conseguiu matar o animal, mas o rei perdeu o dedo
mínimo da mão direita.
O rei, furioso pelo que havia acontecido, e sem mostrar
agradecimento por ter sua vida salva pelos esforços de seu servo, perguntou ao
súdito:
“E agora, o que você me diz? DEUS é bom? Se DEUS fosse bom eu
não teria sido atacado e não teria perdido o meu dedo”.
“Meu rei, apesar de todas essas coisas, somente posso
dizer-lhe que DEUS é bom, e que mesmo isso, perder um dedo, é para o seu bem.
Tudo que DEUS faz é perfeito. ELE nunca erra”.
O rei, indignado com a resposta do súdito, mandou prende-lo
na cela mais escura e fedida do calabouço.
Após algum tempo, o rei saiu novamente para caçar e aconteceu
de ele ser atacado por uma tribo de índios que vivia na selva.
Esses índios eram temidos por todos porque faziam sacrifícios
humanos para seus deuses. Prenderam o rei e começaram a preparar o ritual do
sacrifício.
Quando estava tudo pronto, o rei já estava diante do altar, o
sacerdote indígena examinou o rei e disse furioso:
“Este homem não pode ser sacrificado! É defeituoso! Ele não
tem um dedo”. E o rei foi libertado.
Ao voltar para o palácio, muito alegre e aliviado, mandou
libertar seu súdito e pediu que o mesmo viesse em sua presença.
Ao ver o súdito, abraçou-o afetuosamente e lhe disse:
“Meu caro, DEUS foi realmente bom comigo. Você já deve estar
sabendo que escapei da morte justamente porque não tinha um dos dedos”.
“Mas ainda tenho em meu coração uma grande dúvida: Se DEUS é
tão bom, porque permitiu que você fosse preso da maneira como foi? Logo você,
que tanto o defendeu?”
“Meu rei, se eu estivesse junto contigo nessa caçada,
certamente seria sacrificado em teu lugar, pois não me falta dedo algum”.
“Portanto, lembre-se sempre: tudo que DEUS faz é perfeito.
Ele nunca erra. Deus é bom!”...
BISPO/JUIZ. MESTRE E DOUTOR EM ÊNFASE E DIVINDADES DR. EDSON
CAVALCANTE
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