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terça-feira, 9 de abril de 2013

QUANDO DEUS PARECE SÁDICO...


QUANDO DEUS PARECE SÁDICO...


Filipenses – Cap.4, versículo 19
 O contexto da Palavra de Deus nos leva a entender que quando oramos e somos ouvidos por ELE, a resposta pode vir de três formas: SIM, NÃO e ESPERE!
 Gostamos muito quando o SENHOR, imediatamente, responde um SIM para nossas orações. ... Em geral ficamos muitos aborrecidos ao receber um NÃO. E durante o tempo que Deus determina que esperemos (ESPERE), ficamos ansiosos, impacientes e as vezes duvidamos da bondade de Deus.
 Eu quero refletir neste momento com os irmãos o NÃO que Deus nos responde, especialmente nas horas de nossas dores e aflições.
 ... Muitas vezes Deus não cura nossa doença, não restaura nosso casamento, não nos dá o emprego que precisamos desesperadamente. - E quando aguardamos um SIM do Senhor, certos, confiantes que a resposta positiva virá, e, recebemos um NÃO, a desconfiança e a incredulidade tratam de achar um espaço em nossas mentes e em nossos corações.
 Há ocasiões em que desejamos algo ardentemente, mas do que qualquer outra coisa, e exatamente isso não acontece! E nos frustramos!!! .... Frustramo-nos não porque estamos sendo exigentes, arrogantes, ... Mas obedientes a uma ordem expressa pelo SENHOR: “E o meu Deus segundo sua riqueza em glória, há de suprir em Cristo Jesus, cada uma das vossas necessidades”.
 .... e diante deste texto, tudo o que desejamos é uma porta aberta ou um dia a mais, uma resposta de oração pelo qual saberemos ser imensamente gratos ao Senhor. E então oramos, esperamos... e não recebemos nenhuma resposta!!!

 Eu não sei se você vem orando há algum tempo na busca da solução de um problema que o aflige. -... E se DEUS disser não? Qual será sua reação? Se o SENHOR responder: “EU já tenho lhe dado minha graça e isso basta!”... Você ficaria satisfeito?
 ... Se DEUS não fizesse nada além de salvar sua alma do inferno, não seria o bastante? DEUS seria injusto se após resgatar sua alma, o mandasse para um leito, enfermo, até o final de seus dias?
 Você ora incessantemente pelo equilíbrio financeiro de sua Igreja, você clama pela salvação e libertação de um filho que refém das drogas, você pede que o SENHOR cure sua esposa, esposo ou filho,... e se a resposta vinda do céu, às suas orações for: “a minha graça de basta!” ... Como você se sentiria?
 Talvez o exemplo mais reconhecido e lembrado desse conceito esteja na experiência de nosso irmão JÓ. Ele era o homem mais rico da sua época, repentinamente viu-se despojado de seus bens, perdeu seus filhos e sua saúde. Sua própria esposa o aconselhou, desanimada: “Ainda conservas tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre!” (Jó 2:9).
Mas em todo relato bíblico, as palavras de Jó refletem sua profunda maturidade espiritual e o conhecimento e intimidade que ele tinha com Deus, mesmo em meio a tão terríveis perdas.
 Uma das minhas grandes irritações no ministério é ouvir algumas pessoas intituladas “Pastores” que estão constantemente repetindo a mensagem do Evangelho da Prosperidade. Eu não tenho nada contra a prosperidade em si, mas contra a Teologia mentirosa que é pregada!
 .. esses pregados alegam que o propósito de Deus é que sejamos ricos, saudáveis, felizes e que isto não é uma prerrogativa, mas um direito. É por isso que incentivam o povo a exigir a reivindicar, a determinar. (Eu exijo que o Senhor faça isso... Eu determino que o Senhor faça aquilo... - E eu não sabia que estava com essa bola toda!!!)
 Ainda espero ouvir desses pregadores uma mensagem sobre a experiência do grande Apóstolo Paulo (2 Co. 12:7-10): -  “Uma coisa eu digo: em vista de serem tão extraordinárias estas experiências que eu tive, DEUS ficou receoso de que eu me inchasse com elas; por isso, foi-me dada uma doença que tem sido um verdadeiro espinho em minha carne, um mensageiro de Satanás, para me ferir e me atormentar, e para esvaziar o meu orgulho. - Em três ocasiões diferentes implorei a Deus que me fizesse ficar bom de novo. - E cada vez Ele disse: NÃO. Mas eu estou com você, isso é tudo que você precisa. Meu poder revela-se melhor nos fracos. Agora sinto-me feliz em me gloriar de ser tão fraco, estou feliz em ser uma demonstração viva do poder de Cristo, em vez de alardear meu próprio poder e meus talentos. - Já que eu sei que tudo é para o bem de Cristo, sinto-me bem feliz com o “espinho” e com os insultos, as durezas, as perseguições e as dificuldades, PORQUE QUANDO ESTOU FRACO, ENTÃO SOU FORTE - QUANTO MENOS TENHO, MAIS DEPENDO DELE”.
 O apóstolo Paulo sabia muito bem o que era receber um NÃO de Deus. Na sua lista de oração havia um pedido prioritário, que ele destacou como um “espinho na carne”. E ele se achega por três vezes diante do Senhor para que o Senhor o removesse. - DEUS olha para PAULO e diz: “Não! A minha graça te basta”...
 Em algum momento, no caminho da vida, somos feridos por um espinho que pode vir na figura de alguém que nos trai ou machuca, ou através de uma doença incurável, através de uma crise financeira aguda, através de relacionamentos que são quebrados, do filho que se droga, se prostitui...
 E finalmente exaustos, perdidos, pedimos que DEUS venha em nosso socorro e nos liberte do problema que nos faz sofrer. - Esse foi o caso de Paulo. As escrituras nos contam que por três vezes ele implorou a Deus que removesse o espinho. Sua reivindicação era muito claro, objetiva, e Deus sempre respondeu um “NÀO” para Paulo: “A minha graça te basta”...
 Será que Paulo teria sido um melhor apóstolo se o seu espinho na carne (fosse qual fosse) tivesse sido removido? ... Sob o ponto de vista humano a resposta é SIM, tanto que ele orou insistentemente pedindo um fim para o seu sofrimento.
 Entretanto, irmãos, se Deus tivesse tirado aquela dificuldade que tanto o atrapalhava, ele não tivesse a experiência de conhecer tão profundamente a graça de Deus e como depender dela.
> Dizem que só os que têm fome valorizam um banquete. E Paulo estava faminto! Ele, como principal dos pecadores, soube o que é a graça de Deus e não houve na história humana outra que fosse mais autorizado a ensinar e pregar sobre ela.
 Se Deus tivesse removido a sua aflição ele não teria aprendido a depender do poder de DEUS. E é o apóstolo mesmo quem diz isso: (2 Cor. 12:9 ... O meu poder revela-se melhor nos fracos).
 O apóstolo aprendeu que, quando estava fraco, o poder de Deus sobressaía. E a lição pratica para nossas vidas através da experiência vivida por Paulo é que quando o espinho rasgou a carne de Paulo, penetrando em sua alma, ele não se deixou vencer pela autocomiseração, pela amargura, murmurando pelo restante dos seus dias.
 Ele aprendeu como viver com a sua fraqueza, descobriu como ter contentamento, até alegrias diante de injúrias, necessidades, perseguições e angústias. Foi na fraqueza que ele descobriu seu poder interior.

 Que perspectiva inacreditável e correta a respeito da bondade de Deus, mesmo que a sua resposta tenha sido “NÃO”.

Para encerrar - Dois pensamentos:

 1. “Quando você é surpreendido por uma tragédia, doença ou dificuldade não busque mais dias em sua vida, mas mais vida em seus dias.”

 2. “Deus é bondoso demais para ter ímpetos de crueldade. Sábio demais para errar. E profundo demais para se explicar.”


 O soberano Deus tem todo direito de responder “NÃO”. - Nós só temos que reconhecer isso e dizer: “Obrigado, Senhor”! AMÉM...
BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON CAVALCANTE

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