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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

OS TREZENTOS DE GIDEÃO...

OS TREZENTOS DE GIDEÃO


OS TREZENTOS DE GIDEÃO

Na escolha dos trezentos, Deus providenciou apenas homens de fé. Eles estavam aptos para a guerra física, mas sobretudo, foram escolhidos para a guerra espiritual. Dentro deles, mais do que coragem e bravura, havia o fogo da fé, o fogo da confiança plena em Deus. A visão da grandeza do Senhor superava toda e qualquer capacidade física ou intelectual. Daí porque foram armados com cântaros e trombetas: as armas de Deus.

Não se pode acusar os nove mil e setecentos restantes de tímidos e covardes; uma vez que não estavam em condições de irem para aquele tipo de guerra. Poderiam até ser úteis em outras guerras, mas não na de Deus, estavam imbuídos de audácia e coragem apenas para empunhar a espada, e não a trombeta e o cântaro com fogo.

Paulo ensina que “…as armas da nossa milícia não são carnais e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas; anulando nós, sofismas (idéias que induzem ao erro)” (2 Coríntios 10.4). Eles contavam com armas físicas porque criam que a milícia era carnal. Se tivessem sido recrutados, com certeza, iriam desertar quando vissem que as armas eram apenas trombetas e cântaros com fogo.

Esse tem sido o grande problema de muitos cristãos: querem vencer o inferno usando as armas deste, usando a mentira para enganar e, assim, tirar vantagem. Em outras palavras, eles usam a arma do diabo para tentar vencê-lo, apelando para o engano para tirarem vantagem e depois procuram justificar seus fracassos, acusando os outros de injustiça.

É possível vencer o diabo usando de suas armas? É possível conquistar a vida abundante prometida pelo Senhor Jesus, usando a força da carne? Não! Nunca e jamais!!! O verdadeiro cristão tem de aprender a usar as armas disponíveis de Deus. Do contrário, jamais vencerá!

Amigo leitor, o nascido de Deus é escolhido para destruir fortalezas, mas somente com as armas dEle. Foi com estas que os valentes de Gideão se dispuseram a enfrentar os midianitas, os amalequitas e os povos do Oriente. Eles se destacaram, porque tinham o fogo do Senhor dentro de si. Estavam possuídos pelo poder da fé: a arma de Deus no coração. Eram apenas três por cento do total dos valentes, mas faziam a diferença por sua alta qualidade.

Do ponto de vista humano, realmente era pura loucura. Eles não possuíam espadas ou qualquer outro tipo de arma para confrontar exércitos tão poderosos. Apenas confiaram na Palavra de Deus, isto é, materializaram a crença de que o Senhor iria cumprir o prometido. Para tanto, cada um agarrou sua trombeta e seu cântaro com fogo. Como armas espirituais, a trombeta e o cântaro com fogo não serviam para o embate pessoal. A trombeta era instrumento de convocação do povo; porém, na sua representatividade simples, estava embutido o poder do Altíssimo. O seu soar representava o clamor desesperado de um povo, o grito da alma ao Único que podia livrá-lo: o Senhor Deus, Vivo e Todo-Poderoso. O cântaro com o fogo representava a vida do soldado com a fé queimando dentro de si.

Deus é tão misericordioso que não exige capacidade intelectual, cultura ou diploma, ou seja, nada para alcançarmos Suas bênçãos. Basta o clamor e o espírito quebrantado. Deus escolhera Gideão por causa do seu espirito de revolta. E foi nesta fé que este homem desceu ao arraial dos inimigos juntamente com trezento valentes orientando-os: “Olhai para mim e fazei como eu disser” (Juízes 7.17).

Chegando às imediações do arraial, após a quebra dos cântaros, eles tocaram tas trombetas e clamaram a plenos pulmões: “Espada pelo Senhor; espada por Gideão” (Juízes 16.20). Enquanto o clamor vinha da trombeta, a luz do fogo surgia com o partir do cântaro. O resultado foi a destruição total dos inimigos.

Nesta passagem, Deus nos mostra claramente que a espada não é só pelo Senhor, pois cada igreja manifesta a fé no Senhor Jesus; porém, o que nem sempre existe é a espada por Gideão, isto é, a união daqueles que fazem parte do corpo da igreja do Senhor Jesus contra o mal.

A vitória de Gideão exigia unidade. Por isso era preferível serem em número reduzido, mas unidos em torno do mesmo sonho. O mesmo Espírito, a mesma fé e Um só Senhor...
BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON CAVALCANTE

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