ARROGÂNCIA ESPIRITUAL...
Concordo plenamente com esta afirmação: "A Bíblia é a Palavra de Deus e, por isso, é a única regra de fé e prática". Em outras palavras, podemos afirmar de maneira categórica que a Bíblia possui todas as palavras que precisamos para sermos contemplados com a salvação e que também contém todas as admoestações e ensinos que dirigem o homem pelas veredas da retidão.
O homem não pode acrescentar nenhuma palavra aquelas que Deus já falou (Dt 4.2; 12.32; Ap 22.18-19, II Tm 3.15-17; I PE 1.23). Este é o brado da Reforma Protestante: "Sola Scripture". Não precisamos da tradição. Não precisamos do Magistério. Apenas das Escrituras.
O homem não pode acrescentar nenhuma palavra aquelas que Deus já falou (Dt 4.2; 12.32; Ap 22.18-19, II Tm 3.15-17; I PE 1.23). Este é o brado da Reforma Protestante: "Sola Scripture". Não precisamos da tradição. Não precisamos do Magistério. Apenas das Escrituras.
Creio que quanto a esta suficiência citada acima, todos nós concordamos, a questão que tem me incomodado é a aplicação errada da doutrina da Suficiência das Escrituras.
Já escutei muitos pastores e líderes afirmando que não precisam de livros extras, apenas a Bíblia. Eles não precisam ter uma biblioteca, não precisam ler livros "paradidáticos", livros seculares e como alguns chegam a classificar, livros mundanos, escritos por homens que apenas inserem suas ideias na Bíblia. Muitos afirmam: Eu vou direto a fonte e a interpreto".
É extramamente importante afirmar que devemos sempre ter a Bíblia como fonte primária. Toda pregação e estudo deve começar pela Bíblia. Para um estudante sério o caminho não pode ser diferente. Devemos lê exaustivamente e suplicar ao Espírito Santo para abrir nossas mentes e corações e nos mostrar as verdades bíblicas. Se o estudante tiver domínio das línguas originais, deve lançar mão deste valioso recurso. Mas não só isso. Descartar toda a ajuda que podemos ter de outros santos do passado e de homens que tiveram oportunidades acadêmicas que nós não tivemos, é além de tolice, arrogância em útimo grau.
Como nós precisamos reconhecer que não sabemos todas as coisas. Que não somos divinos. Precisamos afirmar como Bernardo de Chartel no século XII: "Somos como anões sentados nos ombros de gigantes e, como anões, só seremos capazer de ver enquanto estivermos nos ombros dos gigantes."
Gostaria de fazer algumas perguntas para aqueles que seguem a seguinte lógica: "não preciso de outros livros!" Como você faz quando não sabe o significado de uma palavra na Bíblia? Consulta um léxico ou inventa? Hum... O que você faz quando na sua leitura surge uma cidade bíblica que você não conhece? Consulta um Manual Bíblico, um Atlas ou maneira sobrenatural recebe esta ciência? O que você faz quando tem uma dúvida sintática? Consulta uma gramática? Ou você nunca têm dúvidas?
Um exemplo extremo dessa perspectiva errada acerca das ferramentas auxiliares (livros) pode ser visto na lógica muçulmana usada para a destruição do que havia restado da biblioteca de Alexandria, no século VII: "Qualquer coisa que concorra com o Alcorão é supérflua e pode ser destruída; qualquer coisa que discorda dele é perniciosa e precisa ser destruída."
BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON CAVALCANTE
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