A ORAÇÃO NA VIDA DO CRENTE
Filipenses 4:4-9
Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos.
Seja a vossa eqüidade notória a todos os homens. Perto está o Senhor.
Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.
E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.
Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco.
INTRODUÇÃO
A oração é um meio que Deus utiliza para desenvolver a comunhão do crente com Ele. Falar com Deus é uma preciosa e indivisível dádiva do cristão. Desperdiçar a oportunidade de falar com Deus e ouvi-lo, quando estamos em oração, é um atestado de enfermidade espiritual, cujo tratamento requer urgência (Is 55.6; Jr 29.13).
I. RECONHECENDO O VALOR DA ORAÇÃO
1. A oração estreita a comunhão com Deus.
Por meio da oração, o crente estabelece e desenvolve um relacionamento mais profundo com Deus. O Senhor é onisciente! Todavia, o cristão deve ser explícito e detalhado em suas orações:
“[...] as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças” (Fp 4.6b)
Através da oração, o crente coloca aos pés do Senhor suas fragilidades, dores, tristezas e ansiedades. Saiba que Deus deseja ouvi-lo, a fim de agir em seu favor (Sl 72.12).
2. A oração com ação de graças.
A ação de graças é uma forma de celebrarmos a bondade divina, que expressa gratidão (Sl 69.30). Esta oração, segundo o exemplo de Jesus, agrada ao céu (Mt 11.25). Uma vida de constante oração associada ao conhecimento e à observância das Santas Escrituras, conduz o crente a um viver de gozo, gratidão e constantes descobertas das grandezas e riquezas de Deus (1 Ts 5.17,18; Rm 11.33-36).
3. Jesus destaca o valor da oração.
O valor da oração está em sua prática constante como elemento vital e imprescindível à nossa vida espiritual. Lembremo-nos de que a oração “no Espírito” é parte da armadura de Deus para o cristão na sua luta contra o Diabo (Ef 6.11,12, 18).
O crente deve estar consciente da proximidade de um Deus, que é pessoal e almeja se comunicar com os seus filhos. Às vésperas de sua morte no Calvário, Jesus confortou e revigorou seus discípulos com a promessa de que suas orações seriam respondidas se direcionadas ao Pai em seu nome (Jo 14.14).
O Senhor Jesus, em seu ministério terreno, tinha a necessidade de orar porque reconhecia a importância da vida de oração. Os seus discípulos, ao verem tal exemplo, sentiram a mesma necessidade:
“Senhor, ensina-nos a orar” (Lc 11.1).
Após a morte e ascensão de Cristo, os discípulos passariam a contar com a ajuda do Espírito Santo (Jo 14.16,17) e poderiam desfrutar da doce e permanente paz de Jesus (Co 14.27). Essas são as bênçãos que se alcançam do Pai celestial quando se chega a Ele em oração e com plena certeza de fé no Filho de Deus.
II. A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NA ORAÇÃO DO CRENTE
1. O Espírito Santo é intercessor.
O filho de Deus nunca está sozinho quando ora. Há alguém nomeado pelo Senhor para ajudá-lo: O Espírito Santo (Jo 14.16). A maior segurança que o crente possui é saber que a sua oração é orietitada na dependência do Santo Espírito. O Divino Consolador nos ajuda a orar!
2. O Espírito Santo nos socorre na oração
Ele Junta -se a nòs em nossas intercessões, a fim de moldar a oração que não pode ser compreendida pelo entendimento humano. Da mesma maneira que Jesus Cristo intercede por nós no céu (Rm 8.34), 0 Eípírito Santo, que conhece todas as nossas necessidades,intercede ao Senhor pelos salvos(Rm 8:27)
3. O Espírito Santo habita n0 crente.
Ser habitação do Espífïto significa que Deus está presente na vida do cristão, mantendo uma relação pessoal com ele. Nós somos o templo do seu Espfrito Santo (1 Co 6.19). Nesse sentido, o Consolador torna a oração adequada à vontade de Deus. Ele conhece todas as nossas necessidades, anseios, pensamentos, falhas, sentimentos, desafios, frustrações e intenções. O Espírito Santo geme pelo crente com gemidos inexprimíveis diante de Deus (Rm 8.26,27).
III. COMO DEVE O CRENTE CHECAR-SE A DEUS EM ORAÇÃO
1. Reverentemente.
É necessário o crente dirigir-se a Deus de modo respeitoso, agraciado, confiante e obediente. Só Deus é digno de toda a honra, glória e louvor. Ele é Único, Eterno, Supremo, Majestoso, Todo-Poderoso, Santo, Justo e Amoroso. A reverência voluntária a Deus e o seu santo temor em nós sufocam o orgulho, que é tão comum no homem e muitas vezes encontra-se disfarçado externamente nele, mas latente em seu interior.
2. Honestamente.
Quando o crente, convicto pelo Espírito Santo e segundo a Palavra de Deus, arrependido confessa seus pecados, erros, faltas e fraquezas, os impedimentos são removidos para Deus agir em seu favor.
Ele torna-se alvo das misericórdias divinas (Pv 28.13). O crente deve fazer constantes avaliações em sua obediência à vontade de Deus. Dessa atitude, dependem as respostas de suas orações (1Jo3.19-22;Jo 15.7; Sl 139.24).
3. Confiantemente.
Todo crente necessita aproximar-se com fé do altar da oração e crer que Deus é galardoador dos que O buscam (Hb 11.6). Orar com fé consiste em apresentar suas necessidades ao Pai celestial e descansar em suas promessas. Assim, demonstramos estar convictos do que Jesus disse quanto ao que pedimos ao Pai em Seu nome:
“Se pedires alguma coisa em meu nome, eu o farei”. (Jo 14.14)
Entretanto, todo crente deve ter em mente que Deus é soberano e age como quer, concedendo ou não o que Lhe pedimos. Ele conhece os seus filhos e sabe o que é melhor para nós (Jo 10.14,1 5).
CONCLUSÃO
A gratidão, a segurança, a firmeza, a sabedoria e a confiança do crente aumentam à medida que este estabelece uma vida de constante oração. Qualquer aspecto ou expressão da vida cristã que não passe pelo altar da oração, requer providência do crente. Tudo na vida do crente deve estar sob o controle e providência de Deus. Cheguemos, então, com confiança ao trono da graça (Hb 4.16)...
BISPO/JUIZ.PHD.THD.DR.EDSON CAVALCANTE
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