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sexta-feira, 23 de agosto de 2019

PÁTRIA CELESTIAL


                                                             PÁTRIA CELESTIAL
“...confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque, os que isto dizem, claramente mostram que buscam uma pátria.. .Mas agora desejam uma melhor, isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade.” (Hb 11.13-16).
De acordo com a Bíblia, como surgiram as nações?

As nações, com sua cultura e idioma próprios surgiram após o incidente da torre de Babel (Gn 11.1-9). Temos o relato das primeiras gerações no livro de Gênesis em que todos falavam a mesma língua (Gn 11.1), recebendo a ordem divina de crescerem, se multiplicarem e encherem a terra (Gn 9.7). Após o dilúvio, a Bíblia nos relata que, partindo do oriente, os homens, com suas famílias, vieram morar na planície de Sinear (Mesopotâmia) e resolveram construir uma torre de tijolos e betume (alta tecnologia da época), Gn 11.2. Entretanto o pensamento de seus corações era de rebelião e orgulho contra a ordem divina, pois diziam: “Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.” (v.4).

O Senhor Deus então confundiu a linguagem deles, separando-os, para que fosse cumprida a ordem inicial de se espalharem pela terra. Sendo assim, podemos perceber que os idiomas que existem, as culturas peculiares e as raças foram criadas por Deus.
Como podemos discernir a ação de Deus nas nações?

Podemos ver Deus estabelecendo nações a partir de homens que separou e honrou para esse fim, como foi o caso de Abraão. Deus chamou Abraão e disse que o faria “pai de muitas nações” (Gn 17.4,5). Ele foi provado e aprovado por Deus em relação ao seu chamado (Gn 22.1-18). De Abraão vieram as nações árabes (filhos de Ismael, Gn 17.20,  e dos seis filhos de Abraão e Quetura Gn 25.1, 1Cr 1.32) e a nação de Israel (descendente de Jacó e de seus doze filhos, Gn 47.27).

O estabelecimento de Israel, além de cumprir o propósito divino de trazer ao mundo o Messias, Jesus (Mt 1.1-16), para a salvação da humanidade (Lc 19.10), também trouxe um modelo de vida em sociedade para as nações. Os dez mandamentos entregues a Moisés no monte Sinai (Êx 20.1-18) constituem parâmetro para uma vida em segurança e solidariedade entre as pessoas como nação (Dt 28.1-13).
Qual é a pátria do cristão? E quais são as suas características?

Temos a nossa pátria de origem, e alguns têm até dupla nacionalidade, mas a verdadeira pátria do cristão é a celestial (Hb 11.14-16), lugar de perfeição (Ap 21.1,2), preparado pelo Senhor (Jo 14.3) para os que o amam e obedecem.

Deus disse a Abraão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei (Gn 12.1). Nesse chamado estava uma nova experiência para Abraão: uma mudança radical nos costumes da sua nação de origem, Mesopotâmia (Ur dos Caldeus) e a formação de novos costumes: a adoração ao Deus Altíssimo.
As características da pátria do cristão estão em servir ao Senhor, tendo uma nova linguagem, novas vestes e nova comida, tudo totalmente diferente das coisas daqui da terra. A linguagem do reino de Deus é o louvor (Sl 34.1), enquanto a linguagem do império das trevas é a reclamação e a murmuração (1Co 10.10). As vestes dos cristãos são de santidade e modéstia (1Tm 2.9, 15, 1Pe 1.15,16), enquanto as vestes do mundo são de sensualidade. A comida do Reino de Deus é a Palavra que traz a vida eterna (Jo 6.63) e fazer a vontade (Jo 4.34) daquele que nos amou e se entregou por nós, enquanto a comida do mundo é contaminada com o pecado e traz a morte.

Como deve ser a nossa vida em relação à terra e aos céus?

Devemos viver com os pés aqui na terra, mas o coração na pátria celestial (Cl 3:1-24). Nosso dia a dia deve ser pautado com a nossa suprema esperança (I Jo 3:1-3): a de contemplar o nosso amado Salvador, face a face, e ouvi-lo nos dizer: "Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor." (Mt 25.21).
Nosso real tesouro está lá (Lc 18.22), nunca se esqueça disso.

 (Gn 12 a 24): veja as promessas de Deus para ele quanto à terra (Gn 13.14, 15.7,18, 17.8, 24.7). Ele creu nas promessas (Hb 11.8,9), apesar de nunca ter construído uma casa de alvenaria para si, mas morou em tendas…
A Festa de Tabernáculos (Lv 23.39-43) nos vem lembrar a verdade de que a nossa verdadeira pátria está nos céus, aqui somos apenas peregrinos e forasteiros (1Pe 2.11).
Reflita: Onde está posto o teu coração (Mt 6.21)? Medite na resposta de Jesus ao jovem rico (Mt 19.16-29), que preferiu as riquezas deste mundo ao invés do “tesouro nos céus”…
Vós  já estais limpos por causa da palavra que vos  tenho falado.” (Jo 15.3).
Apóstolo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ciências da Religião Dr. Edson Cavalcante

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