JUSTIÇA DIVINA, ESSA É INFALÍVEL...
Romanos 3.21-26
INTRODUÇÃO
1. A justiça é um dos atributos morais de Deus
no qual ele revela a retidão em tudo o que determina e faz. Num contexto
jurídico a justiça conserva a igualdade entre os cidadãos. Ou seja, na
transgressão da lei os culpados devem ser punidos justamente. Deus julga
segundo a sua lei.
Quem determinou a lei
de Deus?
1. Nenhum ser poderia ter determinado a lei de
Deus a não ser ele mesmo. A lei de Deus é co-eterna com ele. Uma vez que a
justiça é o próprio Deus os critérios que ele julga estão nele mesmo.
2. Uma lei que fosse determinada por outro ser
seria uma declaração de uma justiça maior do que a justiça que está no próprio
Deus – o que é um absurdo.
Os nossos pecados foram
punido pela justiça de Deus?
1. Sendo justo em tudo que faz, Deus não
poderia conviver com o pecado. O pecado é abominável aos olhos justos de Deus,
pois zomba da lei dele. Quando pecamos podemos ser enganados por um senso de
impunidade, achando que Deus não liga para um deslize naquilo que determinou
para não fazer.
2. Numa demonstração de tolerância Deus não
castiga o pecado imediatamente. Por isso Paulo pôde entender que o Senhor
permite um período de impunidade, porém sem deixar de castigar o erro (Romanos,
3:25). Diferente da nossa justiça a aplicação da justiça de Deus é realizada
segundo a sua longanimidade.
3. Em Cristo a justiça de Deus foi cumprida.
Nele foi derramado o cálice da ira de Deus sobre o pecado. Assim, a justiça de
Deus pôde ser evidenciada sobre o mundo. Pois as nossas transgressões foram
castigadas no seu Filho. Ele não deixou brecha para que alguém diga: Deus não é
justo, pois não castiga as minhas falhas! Aqueles que dizem essa loucura não
conhecem a revelação de Deus, ou rejeitam conscientemente o perdão de Deus.
De que modo a justiça
de Deus em Cristo afeta as nossas vidas?
I. A JUSTIÇA DE DEUS
NOS DEU A BENÇÃO DA SUA PRESENÇA (vv.23,25)
1. Onde há pecado não
pode existir a glória de Deus. Por isso todos nós estávamos carentes da glória
de Deus. Não podíamos ter acesso a sua presença sem que o pecado nos tornasse
dignos de morte. Pois todos pecaram e estão sem a glória de Deus.
2. Nessa situação Deus
providenciou o meio para que pudéssemos ter acesso a sua presença. Ele
providenciou alguém que pudesse sofrer a nossa punição. Cristo rasgou o véu que
fazia separação entre nós e o Deus Santo. Hoje, somos abençoados com a certeza
do livre acesso a presença do Pai.
II. NO CUMPRIMENTO DA
JUSTIÇA DEUS SE REVELOU DEUS JUSTO (v.26a)
1. Em Cristo Deus
revelou a justeza do seu caráter. Desde o momento em que o homem pecou Deus
planejou como resgatar o homem sem ferir a sua justiça (Gênesis, 3:15). Pois,
caso não houvesse a punição do pecado ele não poderia ser justo diante dos
nossos erros. Ele não podia fazer vista grossa ao pecado, assim poria em risca
a sua justiça.
2. O Deus que nos
resgatou do pecado é justo. Ele revelou isso através do seu Filho. Em Cristo
todos nesse mundo podem confiar no Deus que é justo em todo o seu proceder.
III. PELA FÉ NA JUSTIÇA
DE CRISTO FOMOS DECLARADOS JUSTOS (v. 26b)
1. Além de ter sido
declarado justo, Deus também justificou aqueles que depositaram a sua confiança
em Cristo. Pela fé podemos gozar uma vida de completa justiça aos olhos de
Deus. Embora tenhamos pecados nessa existência, podemos ter a certeza de que
não há mais condenação sobre nós (Romanos, 8:1).
2. Toda acusação, do
diabo, dos nossos inimigos não podem reduzir a nossa justiça diante de Deus.
Precisamos descansar na segurança que temos diante do Pai. Não há nada que
possa mover Cristo da sua posição à destra de Deus. Assim, nada pode nos mover
da presença do nosso Senhor.
CONCLUSÃO
Deus sempre agirá com
justiça em tudo o que faz sobre nós. Cabe-nos descansar na certeza de que ele
não erra em tudo o que faz. Pois seu ser nunca provou a injustiça. Amém...
Bispo. Capelão/Juiz.
Mestre e Doutor em Ciência da Religião Dr. Edson Cavalcante.
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