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sábado, 31 de maio de 2014

ESTUDO AS CIDADES DA VIDA DO APOSTOLO PAULO...


                               ESTUDO AS CIDADES DA VIDA DO APOSTOLO PAULO...
O Apóstolo de Tarso é dos nomes mais estudados por biblistas, historiadores, teólogos, moralistas, místicos, linguistas e outros. Todos encontram em Paulo motivos de estudo, reflexão e espiritualidade. São vinte séculos de glória, de santidade, de controvérsias, de bibliotecas inteiras dedicadas ao maior génio do cristianismo, depois do seu divino Fundador. Vamos estudar algumas cidades que tiveram maior importância no itinerário paulino.
TARSO, CIDADE DO NASCIMENTO DE PAULO (1)
Paulo nasce em Tarso, de pais judeus, da tribo de Benjamim, entre os anos 6 e 10, o que o torna praticamente contemporâneo de Jesus: uns 10 anos mais novo. S. Jerónimo, fundamentado em Orígenes, afirma outra coisa:
 “Os pais de Paulo eram originários de Gyscal, na província da Judeia, e quando toda a Província foi devastada pelo exército romano e os judeus foram dispersos por todo o mundo, eles foram transportados a Tarso, cidade da Cilícia. Paulo, ainda muito jovem, acompanhou os seus pais…”.
 Nos Atos, aparece várias vezes o nome de Tarso (9,11; 21,39; 22,3), cujos primeiros traços têm eco na Bíblia (Is 66,19) e onde havia uma colónia judaica. A sua família deveria ser socialmente importante, para atingir a cidadania romana (Act 16,37-39; 23,27); por isso, Paulo foi cidadão romano por nascimento (22,25-29). Portanto, pelo facto de nascer em Tarso, estava armado com as qualidades de duas culturas diferentes: as de cidadão romano, conhecedor da cultura grega, e as de judeu, que o tornaram apto para a imensa tarefa da evangelização.
Pensa-se que Paulo, entre os anos 15 e 20, fez em Tarso os primeiros estudos, que o habilitaram a fazer, depois, os “estudos superiores” de mestre rabino em Jerusalém. Consta que Paulo, depois da sua conversão, voltou a Tarso, onde pregou a sua nova Fé. Aí o foi buscar Barnabé, que o levou para Antioquia a fim de o ajudar na evangelização dessa cidade. Por aí passou nalguma das suas viagens apostólicas, a caminho da Ásia Menor. Não se fala de nenhuma comunidade cristã de Tarso, mas aí existia certamente, devido à evangelização de Paulo e seus companheiros na grande sinagoga local (Act 6,9; 14,1).
No tempo de Paulo, Tarso era uma cidade comercial importante, com umas 500.000 pessoas. Por isso, muitos judeus imigravam para lá. Paulo mostra-se orgulhoso por ter nascido nessa cidade e confessa-o perante as autoridades romanas (Act 21,39). A grande indústria da cidade era o tecido de cilício, feito de pêlo de cabra, desde tempos imemoriais. Este era quase impermeável e servia para tendas, tapetes e vestes de protecção. Tornou-se também veste de penitência.
Tarso (Tarsus) existe ainda, no sul da Turquia actual, no centro de uma grande planície, a uns 20 km do Mediterrâneo e a 50 ao sul da cadeia das montanhas do Taurus. Fora fundada pelos fenícios, mas foi dominada por Hititas, Assírios, Persas, Gregos, Romanos, Bizantinos e Turcos. Alexandre Magno banhou-se no seu rio, o Cydno (navegável por barcos de pouca tonelagem); Cícero aí residiu como procônsul da Cilícia; César aí viveu algum tempo e Marco António aí se encontrou com Cleópatra. Cheia de privilégios, tornou-se capital da Cilícia, por onde passava uma das vias romanas que conduzia a Éfeso.
Culturalmente, Tarso, situada na província romana da Cilícia, entre o Ocidente e o Oriente, mostrava também os seus trunfos no aspecto cultural e religioso: filósofos estóicos, como Atenodoro e Nestor, rivalizavam com os de Alexandria e de Atenas e eram conhecidos em Roma. A helenização da cidade, três séculos antes, pelos selêucidas, manifestava monumentos dignos da sua categoria.
 DAMASCO, CIDADE DA CONVERSÃO DE PAULO
Damasco é a cidade mais conhecida da vida de Paulo, devido à sua conversão. A aparição de Jesus ressuscitado nesta cidade transformou completamente a vida do nosso herói e foi a partir desta conversão que Paulo apareceu pela primeira vez na história do cristianismo. O autor dos Actos irá apresentar-nos o seu personagem em duas etapas fundamentais, a saber: a conversão de Paulo no caminho de Damasco e a sua missão no meio dos pagãos. Vejamos, pela pena de Lucas, como se confirmam as palavras do Paulo perseguidor:
Paulo, entretanto, respirando sempre ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, foi ter com o Sumo Sacerdote e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, se encontrasse homens e mulheres que fossem desta Via, os trouxesse algemados para Jerusalém. Estava a caminho e já próximo de Damasco, quando se viu subitamente envolvido por uma intensa luz vinda do Céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, porque me persegues?” Ele perguntou: ‘Quem és Tu, Senhor?’ Respondeu: ‘Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Ergue-te, entra na cidade e dir-te-ão o que tens a fazer’ (Act 9,1-6).
 Isto aconteceu por volta do ano 37 d. C., não no silêncio da oração, na mesa de estudo ou no remanso silencioso do deserto, mas no campo da luta de Paulo contra os cristãos. Deste texto se infere que Paulo se converteu em Damasco. A prova disto é apresentada por ele próprio, ao afirmar que, depois de ir para a Arábia, regressou a Damasco (Gl 1,16-17).
Mal se converteu, Paulo começou a pregar aos judeus: Começou imediatamente a proclamar nas sinagogas que Jesus era o Filho de Deus (Act 9,20). Depois deste trabalho como pregador, Paulo retirou-se para a Arábia (Gl 1,17). Voltou novamente a Damasco (9,20-30, Gl 1,18-24), seguindo depois para Jerusalém.
De qualquer modo, Paulo começou a viver a fé cristã, integrado na comunidade cristã que antes perseguiu. Aí participa nas catequeses, nos sacramentos, sobretudo na Eucaristia e nas demais actividades da comunidade, inclusive na pregação da Fé que perseguira a judeus e pagãos (Act 2,42-47). Os Actos apontam alguns pormenores de tradições locais de Damasco: Rua Direita, casa de Judas; é referido também que Paulo recebe o Espírito e é baptizado em Damasco, num esquema semelhante ao de Cornélio (Act 10; 1 Cor 12,13; Rm 6,3-4).
A pregação de Paulo irá surpreender sobretudo os judeus da sinagoga, que lhe movem uma perseguição, pela “traição” feita. Daí, o episódio pitoresco em que Paulo foge da cidade, pelas muralhas, dentro de um cesto (Act 9,25): Paulo alojou-se na casa de um cristão, que ficava junto das muralhas e, de noite, escapou dessa maneira, fugindo da fúria dos judeus e nabateus, assalariados por aqueles (Act 9,23-25; 2 Cor 11,32-33). Isto aconteceu três anos depois da sua chegada a Damasco (Gl 1,18).
Damasco é uma cidade com 4.000 anos de história e está situada num grande oásis, com abundância de água, a menos de 100 km do Mediterrâneo, num cruzamento de estradas, entre a Mesopotâmia, a Turquia e Israel, e a Palestina, para sul. A primeira notícia de Damasco encontra-se no frontispício do templo do deus Amon, em Karnak (Egipto), do tempo do faraó Tutmosis III (ca. 1482 a. C.), ficando sob o domínio deste país durante três séculos. Na década de 1940-1950, Damasco tinha ainda uns 300.000 habitantes; mas na década de 1960 cresceu enormemente, devido à “invasão” de gente de outras cidades e de soldados.
Damasco foi o lugar de encontro dos nómadas arameus durante dois mil anos. Quando o Antigo Testamento fala de Damasco, fá-lo quase sempre neste contexto, e a língua deste povo foi falada desde o Irão à Anatólia, por comerciantes e administradores. No séc. V da nossa era, o império bizantino tinha centros importantes em Damasco, Bosra e Palmira. Entre 660 e 750 foi a primeira capital do império muçulmano.
Sendo centro importante entre vários impérios, Damasco tornou-se lugar de refúgio de todos os perseguidos da região, e não só: da Anatólia, do Iraque, da Palestina, durante as cruzadas, da Espanha, durante as perseguições aos mouros e judeus, do Cáucaso, durante a invasão russa, da Arménia, do Líbano e do Irão. Hoje é uma enorme cidade, capital da Síria.
ANTIOQUIA DA SÍRIA E ANTIOQUIA DA PISÍDIA (2)
1. ANTIOQUIA DA SÍRIA
A cidade de Antioquia da Síria (Antakya, na Turquia actual) é uma cidade diferente de Antioquia de Pisídia e é, talvez, depois de Tarso e Damasco, a cidade mais importante para Paulo. De facto, ele aí viveu alguns anos (Act 11,19-26) e foi aí que se tornou o maior missionário de todos os tempos. É sobretudo de Antioquia que Paulo parte e para onde volta das suas viagens apostólicas, enviado pela comunidade de Antioquia.
Antioquia foi fundada em 300 a. C. por Seleucus Nicanor, em honra de seu pai, Antíoco; tornou-se a capital do reino selêucida (300-264) e, a partir de então, capital da província romana, que ia da Cilícia (incluindo Tarso) até ao sul da Palestina. Foi a capital do Oriente romano, desde 64 a. C. até à fundação de Constantinopla, em 330 d. C.. A província da Judeia, até ao ano 70 d. C., dependia do delegado do imperador de Roma, que morava em Antioquia. A partir de 637, perdida pelos bizantinos, ficou sob o domínio muçulmano. De 965 a 1085 volta aos bizantinos. De 1098 a 1268, ficou na posse dos cruzados; em 1268 é tomada pelos árabes e em 1516, pelos turcos otomanos.
Entre os séc. III-V, esta cidade foi sede de uma escola teológica, a “Escola de Antioquia”, diferente da “Escola de Alexandria”. Eram dois modos de ler a Escritura: a primeira fazia uma leitura tipológica do Antigo Testamento, enquanto a segunda faz uma leitura alegórica. Estas escolas deixaram rastos ao longo de toda a história da Igreja e, ainda hoje, marcam a sua influência na leitura da Bíblia.
 1.1. PAULO EM ANTIOQUIA
A chegada de Paulo a Antioquia deve-se a Barnabé que, tendo sido enviado a Antioquia, foi a Tarso buscar Paulo para o ajudar na evangelização desta grande cidade (Act 11,22-26). Barnabé tinha conhecido Paulo aquando da sua primeira visita à cidade-mãe (Act 9,26-29), por volta dos anos 43-44. Em Act 13,1-2, ele aparece já como um dos membros importantes desta comunidade, onde preparou a sua estratégia para as Viagens missionárias.
Antioquia tinha sido evangelizada, primeiramente, pelos judeus helenistas fugidos da perseguição de Jerusalém, à qual Paulo não era, de modo nenhum, alheio (Act 11,19). Assim se tornou a primeira comunidade cristã fora da Palestina. Aí havia uma grande colónia judaica e, como havia muitos prosélitos judeus nessa comunidade, terão sido estes os primeiros a aderir ao cristianismo. Paulo inicia aí a sua pregação entre judeus e pagãos, o que leva à conversão de uma grande multidão (Act 11,24-26), de modo que as igrejas da Judeia ficaram admiradas com tal sucesso (Gl 1,21-24). Foi a partir de tal sucesso que a cidade deu aos discípulos de Cristo o nome de cristãos, para os distinguir dos simples judeus (Act 11,26c). Terá sido nestas pregações que um médico pagão, chamado Lucas, se converteu ao cristianismo (Cl 4,14). Ele será um dos grandes companheiros de Paulo, a partir do ano 53, e deixou-nos o terceiro Evangelho e os Actos do Apóstolos. Este último livro é para nós a principal fonte de conhecimento da vida de Paulo.
 1.2. ANTIOQUIA, PONTO DE PARTIDA DAS VIAGENS DE PAULO
Antioquia era uma das grandes cidades do império, rivalizando com Roma e Alexandria, com uns 500.000 habitantes. Estava ligada ao mar pelo rio Orontes, em cuja foz se encontrava o porto de Selêucia (a 30 km). Paulo utilizou este porto várias vezes nas suas Viagens por mar; pois a igreja de Antioquia, sendo a comunidade de Paulo, será a sua rampa de lançamento para outras terras de missão. Hoje está reduzida a uma pequena cidade do sul da Turquia.
Sabendo da pobreza em que viviam muitos irmãos da comunidade de Jerusalém, a comunidade de Antioquia, sob a orientação de Paulo reuniu ajudas, a fim de socorrer a Igreja-mãe de Jerusalém, num momento especial de penúria. Paulo e Barnabé são os escolhidos para levar a colecta a Jerusalém (Act 11,27-30). De volta, trazem consigo João Marcos, que irá participar na primeira Viagem missionária (Act 12,25).
Foi em Antioquia da Síria que surgiu, pela primeira vez, a questão de impor os preceitos da Lei de Moisés aos pagãos convertidos ao cristianismo (Act 15,1-5), polémica que irá dar origem ao “concílio” de Jerusalém. Paulo e Barnabé partem de Antioquia como delegados da comunidade. Também os delegados da outra parte judeo-cristã enviaram os seus representantes e travou-se a discussão, que foi resolvida por intervenção especial de Pedro e Tiago (Act 15,7-29).
 2. ANTIOQUIA DE PISÍDIA
Antioquia de Pisídia foi o ponto de chegada da primeira Viagem missionária, cujos personagens centrais foram Paulo e Barnabé. Esta Viagem começou em Antioquia da Síria e terminou nesta cidade. As etapas desta são-nos narradas em Act 13-14, que tem como etapas principais Chipre, Perga, Icónio e Listra. Mas o centro desta viagem é Antioquia de Pisídia. Foi aí que Paulo fez um famoso discurso, considerado um autêntico credo histórico (Act 13,16-41).
Antioquia foi fundada pelos gregos (imperador Seleucos Nicanor), no séc. III a. C., recebendo o seu nome de Antíoco I. Entre os anos 10 e 7 a. C. – ou seja por altura do nascimento de Jesus – passou para o domínio de Roma. O imperador Tibério (14-37 d. C.) mandou construir aí uma grande praça semelhante à de Perga.
Desta cidade restam apenas o estádio e o anfiteatro. Era, então, a cidade maior da Panfília (província romana desde 25 a. C.-43 d. C.). Foi destruída pelos árabes no séc. VIII e hoje apresenta apenas ruínas romanas e bizantinas. Os seus monumentos foram utilizados como pedreira, para a construção da aldeia de Yalvaç, 2 km a sudoeste, pelos árabes e turcos.
 2.1. PAULO EM ANTIOQUIA DE PISÍDIA
Para chegar a Antioquia, Paulo e Barnabé partiram de Perga, fazendo uns 160 km a pé, para chegar a Antioquia de Pisídia. As dificuldades desta Viagem eram enormes, tendo que passar pelos lugares mais altos da cadeia do Taurus, por pequenos caminhos, atravessando rios a pé, com risco de afogamento, de ladrões, que assaltavam as pessoas, apesar dos guardas dos viajantes, que não podiam estar em todo o lado (2 Cor 11,26). A estrada dirigia-se depois para noroeste, pela região montanhosa entre o lago Egerdir (Egridir) e o lago Karalis (Beysehir), para chegar ao sopé do monte Sultan dag, onde se situava Antioquia, a uns 1.100 m de altura.
A estadia dos missionários nesta localidade é apresentada muito esquematicamente. A pregação começou pela sinagoga, que existia desde Antíoco III, pois (segundo Flávio Josefo (A. J., XII, 147-153), este tinha transferido para lá judeus da Mesopotâmia e da Babilónia, para manter a segurança das fronteiras. Paulo faz aí um memorável discurso, em que segue o esquema de um discurso querigmático dos primeiros tempos da Igreja bastante diferente da teologia paulina (Act 13,16-41). Os judeus rigorosos revoltaram-se e pediram às autoridades locais para os expulsarem da cidade. Os missionários foram expulsos de Antioquia pelos judeus, mas bem acolhidos pelos pagãos.
Um dado que não podemos esquecer, nesta primeira etapa da evangelização de Paulo, é o facto de ele decidir seguir o método de evangelização a começar pelos judeus, isto é, pelas sinagogas. Mas também é nas sinagogas que acontece o confronto entre o judaísmo e o cristianismo nascente. Paulo insiste no mistério pascal, ou seja, na morte-ressurreição de Cristo como centro da mensagem cristã. O recurso ao Antigo Testamento pretende levar à aceitação de Cristo como Messias, cuja morte é atribuída aos judeus, mas não a todos; apenas aos de Jerusalém (Act 2,14-36; 13,32-37). Este foi o primeiro discurso, de que nos falam os Actos, no qual mostra o fracasso da Lei para a justificação, tema que desenvolverá em Gálatas e Romanos.
Aqui, a oferta do perdão de Jesus aos judeus teve como efeito a dúvida e, mais tarde, a perseguição aos missionários, depois de no sábado seguinte, todos ouvirem Paulo. Esta perseguição insere-se na teologia judaica do zelo pela Lei, que julgaram ultrajadas pela pregação de Paulo, atingindo precisamente o mesmo efeito da pregação dos helenistas em relação a ele próprio. Ele é agora vítima da mesma doutrina que antes perseguia. O facto de Paulo e Barnabé sacudirem o pó dos pés, ao saírem de Antioquia de Pisídia (Act 36,51), é um gesto profético para dizer que esses judeus são os responsáveis pela ruptura com o cristianismo (At 13,46.51).
Na segunda Viagem missionária, o grupo de Paulo visitou novamente as comunidades cristãs que tinham fundado em Derbe, Listra, Icónio e Antioquia de Pisídia, a caminho de Tróia/Tróade, a fim de seguir para a Europa.
 ÉFESO, “CIDADE DE PAULO”
 A história da cidade de Éfeso perde-se na noite dos tempos. Por ela passaram povos muito diferentes: Jónios, Cimérios, Lídios, Gregos, Persas, Selêucidas, o reino de Pérgamo e outros. Em 133 a. C., tornou-se cidade romana, uma grande metrópole do Oriente, capital e símbolo da província romana da “Ásia”.
1. ESTADIA DE PAULO EM ÉFESO
Foi esta enorme cidade que Paulo encontrou, na sua terceira Viagem missionária. Apesar das tentativas de ir pregar o Evangelho na província romana da “Ásia”, durante a segunda Viagem, Paulo só entrou em Éfeso durante a terceira Viagem (Act 19). Ao passar, pela primeira vez, aí deixou os seus colaboradores, Áquila e Príscila, que se põem imediatamente a evangelizar. Mais tarde, vindo do mal-estar que sentiu em Antioquia, depois do incidente com Pedro, voltará para uma estadia mais longa. É nesta altura que se confirmam e fundam outras comunidades na província da “Ásia”. Paulo instalou-se em Éfeso, da qual fez “a sua cidade”, pois ficava mais perto das outras comunidades por ele fundadas, tanto no território asiático como na Grécia. Aí encontrou já uma comunidade com um pregador importante, Apolo, que mantinha estreitas relações com Corinto (At 18,24-28). Paulo aí se instalou durante dois anos e meio (52-55), ensinando durante várias horas, alguns dias por semana.
Como alguns (judeus) se mostrassem renitentes e não acreditassem, dizendo mal da «Via» perante a multidão, rompeu com eles, afastou-se com os seus discípulos e começou a ensinar diariamente na escola de Tirano. Isto prolongou-se por dois anos, de modo que todos os habitantes da Ásia, tanto judeus como gregos, puderam ouvir a palavra do Senhor (At 19,8-10).
2. PAULO ESCRITOR
Foi de Éfeso que Paulo escreveu grande parte das suas Cartas. Quando morava em Éfeso já tinha evangelizado a Galácia, a Macedónia e a Acaia; naturalmente, é a estas comunidades que ele escreve Cartas. Foi dali que ele escreveu, pelo menos, quatro cartas (ou pequenos bilhetes) que se encontram reunidas nas duas Cartas aos Coríntios (1 Cor 5,9; 2 Cor 2,4); escreve daí também aos Filipenses, quando se encontrava preso e também aos Gálatas.
Assim, uma parte do grupo de colaboradores de Paulo nessa província aparece nas Cartas que escreveu em Éfeso e noutras: Epafras (em Cl e Flm); Arquipo, que era missionário no vale do Lycos, onde se situavam as igrejas de Colossos, Laodiceia e Hierápolis. De Éfeso, seu “quartel general”, Paulo envia correspondência, recebe mensagens e envia mensageiros. Foi o que aconteceu com a missão de Tito a Corinto, onde havia problemas, que o próprio Paulo, mais tarde, tentará resolver (2 Cor 7,6.13; 8,6.23).
Éfeso foi também o lugar do cativeiro a que foi sujeito, durante o qual escreveu as chamadas Cartas do Cativeiro (Filipenses, Colossenses e Filémon). Os Atos não falam dessa prisão, mas os elementos das suas Cartas levam a essa conclusão (2 Cor 11,23-33; Fl 2,25-30; Flm). Em 1 Cor 15,32, Paulo fala também destas perseguições:
Se fosse apenas por motivos humanos, de que me adiantaria ter combatido contra as feras em Éfeso? Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos porque amanhã morreremos.
 E em 2 Cor 1,8 é ainda mais explícito acerca dos sofrimentos suportados em Éfeso: Não queremos, irmãos, que ignoreis a tribulação que nos sobreveio na Ásia. Fomos maltratados em extremo, acima das nossas forças, até ao ponto de perdermos a esperança de sobreviver. É ainda aos anciãos de Éfeso que Paulo dirige um discurso de despedida, onde podemos colher elementos para conhecermos as actividades de Paulo, a nível apostólico (At 20,18-21) e profissional (At 20,33-34).
 3. PAULO E A DEUSA ÁRTEMIS
Mas aos dois cativeiros de Éfeso temos de juntar o levantamento popular contra Paulo e a comunidade cristã, devido à inveja dos ourives, que começavam a perder no negócio da deusa Ártemis.
O problema do ouro e da cobiça vem nos Evangelhos, e Lucas é especialmente sensível a esta questão. Éfeso era famosa pelo seu culto à deusa grega Ártemis, nome efésio da deusa Diana, cuja estátua era considerada uma das sete maravilhas do mundo, e pretendia-se que a sua efígie tinha caído do céu (Act 19,35). Era a grande deusa oriental, filha de Zeus e irmã gémea de Apolo. Multidões eram atraídas pelo seu culto, que consistia em orgias e ritos mágicos. Esta antiga deusa da caça e das florestas tinha recebido uma nova incumbência nessa região, a partir do séc. VI a. C.: proteger a fertilidade. Por isso, a imensa estátua estava revestida de cachos de seios femininos. As festas anuais atraíam milhares de peregrinos, que vinham adorar a estátua, que era levada por toda a cidade, acompanhada por outros 29 ídolos em ouro.
Tal como hoje, os ourives faziam imagens e toda a espécie de recordações piedosas. Mas, quando a pregação cristã começou a ter muitos adeptos, desenganados por tal culto, as quedas nas vendas de objectos religiosos provocaram a ira dos fabricantes. A resposta dos ourives não se fez esperar: fizeram uma grande manifestação (Act 19,28). Um tal Demétrio lançou o alarme no meio dos da sua profissão, com uma espécie de comício, que arrastou a grande multidão do povo (Act 19,23-27).
E a manifestação passou a vias de facto: o povo reuniu-se no teatro da cidade, arrastando consigo dois colaboradores de Paulo, Gaio e Aristarco, para fazerem ali uma espécie de justiça popular. Paulo foi dissuadido de comparecer por dois “asiarcas”, autoridades locais encarregadas de organizar o culto do imperador, com quem certamente mantinha contatos amistosos. A multidão era tão grande que muitos nem sequer sabiam o motivo da reunião no teatro (At 19,32). Um judeu quis falar, talvez para defender os cristãos, mas a multidão não lho permitiu, gritando durante duas horas: Grande é a Ártemis dos efésios! O chanceler da cidade falou à multidão para a acalmar, dizendo que os direitos dos ourives seriam assegurados, depois de eles recorrerem legalmente à justiça.
Este quadro, belamente descrito pelo autor dos Atos, mostra um flash da vida de uma cidade helenista, onde o cristianismo começava a deitar raízes. Mostra ainda que o cristianismo é tudo menos uma religião de sacristia – como, por vezes, o querem fazer crer alguns dos nossos pseudo-intelectuais. A evangelização cristã começou, assim, por ameaçar certos interesses instalados: económicos, sociais, religiosos e outros. O texto manifesta ainda a força do Direito romano, que mantinha, não apenas a ordem pública, mas também a legalidade de reunião e a defesa das opiniões pessoais. Foi este estado de coisas que permitiu o nascimento e crescimento do cristianismo. Esta mesma legalidade romana irá intervir nos últimos capítulos dos Actos (20-28), em vários processos que a elite farisaica levantara contra Paulo.
Depois da sua estadia em Éfeso, Paulo foi novamente visitar as igrejas até Tróade, onde tomou o barco de volta para Cesareia, com uma breve escala em Mileto, para visitar os anciãos de Éfeso. Foi aqui que ele fez o seu famoso discurso de despedida dos anciãos desta comunidade (Act 20,17-38).
Em 431, um concílio reunido em Éfeso condenou, apressadamente, o patriarca de Constantinopla, Nestório, acusado de separar demasiadamente a condição divina da humana, em Cristo, e de se recusar a aceitar Maria como Mãe de Deus (theotokos). De facto, em Éfeso encontramos ainda hoje várias ressonâncias marianas: aí se encontra uma tradição ligada ao túmulo de S. João Evangelista; o “túmulo de Lucas”, a igreja de S. João evangelista, onde se realizou o concílio, e sobretudo o túmulo de Maria, a lembrar a sua “dormição” e Assunção ao céu.
 CORINTO, CIDADE DOS CONFLITOS.
 O relativo “insucesso” de Atenas e a falta de aceitação da Palavra por parte do Areópago levou Paulo a afastar-se para Corinto, cidade famosa pelos seus portos e pelos Jogos Ístmicos. Corinto era uma antiquíssima cidade, cuja fundação se deve aos fenícios. Essa parte da antiga Corinto ainda se encontra aberta ao visitante no alto de um monte sobranceiro à Corinto do tempo dos romanos, aquela onde Paulo anunciou o Evangelho durante algum tempo. Trata-se da acrópole de Corinto.
Em 338, Filipe II da Macedónia tinha vencido Atenas, fazendo de Corinto a capital política da Liga Pan-helénica. Durante dois séculos, Corinto foi a cidade mais importante da Grécia. As ligações comerciais com a Ásia Menor e com Roma foram determinantes para o seu desenvolvimento. Foi destruída pelos Romanos em 146 a.C., quando dela tomaram posse; mas uma nova Corinto nascia em 44 a.C., quando foi feita colónia romana. Essa cidade tinha crescido muito quando S. Paulo a encontrou mergulhada no seu trabalho, nos seus vícios, nas suas religiões, na sua filosofia greco-romana. Centenas de milhares de pessoas de todas as raças e condições sociais moviam-se nesse mundo heterogéneo de Corinto.
A moderna Corinto é já uma terceira cidade. A Corinto de Paulo era a Corinto romana edificada sobre as ruínas que eles próprios tinham feito em 144 a. C. Nesta havia dois portos, Léches e Cêncreas, situados de um e de outro lado do “istmo de Corinto”. Estes portos foram determinantes para o seu desenvolvimento e faziam de Corinto uma cidade cosmopolita onde se cruzavam civilizações, filosofias, línguas e religiões. Esta variedade de credos, filosofias e mentalidades irá provocar vários problemas a Paulo e à comunidade de Corinto, criando diferentes tipos de divisão, às quais Paulo responderá, sobretudo na Primeira Carta aos Coríntios (1 Cor 1,12; 12-14).
1. ESTADIA DE PAULO EM CORINTO
Quando Paulo chegou a Corinto, vindo de Atenas, encontrou lá o casal judeu Áquila e Príscila, expulso de Roma no tempo do imperador Cláudio, na perseguição contra os judeus. Devem ter sido expulsos por discussões acerca do cristianismo, que certamente professavam. Estamos no ano 49. Paulo trabalhava na casa de Áquila e Priscila, que fabricavam tendas. Serão estes compatriotas seus que Paulo irá encontrar também em Roma e em Éfeso.
Em Corinto, realizavam-se os Jogos Ístmicos, porque a cidade estava situada junto ao istmo que ligava a Acaia à península do Sul. Estes jogos forneceram a Paulo as metáforas desportivas de 1 Cor 9,24-27; a abundância de templos e divindades pagãs (Apolo, Athena, Afrodite, Asclépio, Dionísio, Demeter e Coré) colocaram a Paulo o problema das carnes imoladas aos ídolos (1 Cor 8,4-6), etc. O templo de Afrodite atraía numerosos peregrinos, numa religiosidade nada consentânea com o cristianismo.
No fim da sua estadia, Paulo será levado pelos seus próprios compatriotas à presença do procônsul Galião, que era irmão de Séneca (At 18,12). Este acontecimento pode situar-se nos anos 52-53 (ou entre Julho-Outubro de 51). Por outro lado, sabemos que ele ficou em Corinto um ano e seis meses (At 18,11) Portanto, a sua estadia em Corinto aconteceu entre os anos 49-53 (do Inverno de 49 ou 50 até ao Verão de 51 ou 52.
2. APOSTOLADO JUNTO DE JUDEUS E PAGÃOS
Quando chegava, Paulo dirigia-se à sinagoga da cidade. Era o lugar de encontro dos seus concidadãos. Mas a sinagoga de Corinto não o presenteou com mimos, acusando Paulo de ser um desordeiro em relação à Lei (At 18,6-7; 1 Ts 2,14-16). Por isso, foi na praça pública (agora) de Corinto que Paulo compareceu perante Galião, mas este recusou-se a ouvir as acusações dos judeus, dizendo tratar-se apenas de um conflito de palavras entre eles:
Sendo Galião procônsul da Acaia, levantaram-se os judeus, de comum acordo, contra Paulo e levaram-no ao tribunal. «Este homem – disseram eles – induz as pessoas a prestar culto a Deus de uma forma contrária à Lei.» Paulo ia abrir a boca, quando Galião disse aos judeus: “Se se tratasse de uma injustiça ou grave delito, escutaria as vossas queixas, ó judeus, como é meu dever. Mas como se trata de um conflito doutrinal sobre palavras e nomes e acerca de vossa própria Lei, o assunto é convosco. Recuso-me a ser juiz em semelhante questão”. E mandou-os sair do tribunal. Então todos se apoderaram de Sóstenes, o chefe da sinagoga, e puseram-se a bater-lhe diante do tribunal. E Galião não se importou nada com isso (At 18,12-17).
 O autor dos Atos viu nesta declaração, não um desprezo do pro cônsul em relação com o cristianismo nascente (como seu irmão, Séneca), mas o facto de ele considerar que judeus e cristãos constituíam uma só religião. Isto seria sinal de que o cristianismo já gozava dos mesmos privilégios dos judeus.
Expulso da sinagoga, Paulo entrega-se ao apostolado junto dos pagãos de Corinto. É nesta altura que Lucas alude a uma visão que reconforta Paulo e o convida a não desistir (At 18,9-10). Por outro lado, Timóteo traz a Corinto boas notícias de Tessalónica, que o consolam nesta tribulação (1 Ts 3,6-7).
 3. A COMUNIDADE DE CORINTO
Saída de um mundo tão díspar e complicado como era o de Corinto, a comunidade cristã vai necessariamente ressentir-se dessas diferenças. Do ponto de vista religioso, os dois grupos eram o judeu e o pagão com preponderância para este último. Não obstante isso, Paulo vai tomar precauções para que os antigos costumes não sejam motivo de maior divisão da comunidade (carnes imoladas aos ídolos e outros). Do ponto de vista social, a grande maioria da comunidade era composta por gente simples, carregadores do porto, escravos (a casa de Cloé: 1,11) que, depois do trabalho, quando chegavam às refeições (ágape) já nada encontravam para comer (1 Cor 11,20-21).
Mas também havia gente rica, intelectuais que tinham a sabedoria humana e não a sabedoria da cruz (1 Cor 3,1-4). Havia ainda gente rica que tinha a sabedoria da cruz: Áquila e Priscila, ricos comerciantes de Roma, de Éfeso e Corinto; a já referida Cloé, e Crispo, antigo chefe da sinagoga e batizado por Paulo (1 Cor 1,14); Gaio, também batizado por ele, recebia a igreja em sua casa, e Erasto, tesoureiro da cidade e o seu irmão Quarto (Rm 16,23). No bairro do porto de Cêncreas, havia uma comunidade cristã presidida por uma mulher, Febe, diaconisa na igreja de Cêncreas (Rm 16,1). Paulo conhecia bem Cêncreas: foi aí que embarcou (Act 18,18) e aí fundou uma comunidade, que ficava a 9 km do centro de Corinto (agora). Para além destas divisões, havia as filosofias gregas, que eram motivo de divisão, por causa da “sabedoria humana”.
No meio de tanta diversidade, Paulo sentirá a necessidade de lembrar permanentemente que Cristo não está dividido e que é no ágape e na Eucaristia que se realiza o corpo místico de Cristo (1 Cor 11,23-26); sentirá ainda a necessidade de falar do amor com as palavras insuperáveis de 1 Cor 12,31-13,13.
 4. EM CORINTO COMEÇOU O NOVO TESTAMENTO
Podemos dizer que foi em Corinto que começou o Novo Testamento. De facto, quando Paulo escreveu de Corinto à Igreja de Tessalónica, não deve ter pensado que estava a iniciar o Novo Testamento. Como se demorou pouco tempo em Tessalónica, por causa dos judaizantes, ficou preocupado com a jovem comunidade, sobre a qual recebe boas notícias em Corinto, por meio de Timóteo. É este o motivo por que lhe escreve uma Carta, que será o primeiro escrito do Novo Testamento. Paulo deixara em Tessalónica uma comunidade ainda mal organizada e sujeita às seduções do paganismo – de que provinha, na sua maioria (1 Ts 1,9) – e à perseguição. Compreende-se, pois, a sua inquietação pela sorte dos crentes (1 Ts 2,17; 3,1.5). Com os seus companheiros, tinha partido para Bereia e, depois, sozinho, para Atenas e Corinto, onde se lhe vêm juntar Silvano/Silas e Timóteo (At 18,5). Timóteo, entretanto, tinha sido enviado a Tessalonica (1 Ts 3,1-2) e trouxera boas notícias. É neste contexto que é escrita a Primeira Carta aos Tessalonicenses, a partir de Corinto, entre os anos 50 e 52. De facto, as treze Cartas de Paulo são todas anteriores aos Evangelhos, tais como os temos hoje.
Com efeito, conforme o livro dos Atos, Paulo separou-se dos companheiros ao deixar Bereia; e reuniu-se novamente com eles apenas em Corinto. Mas esta Carta supõe que os dois companheiros se reuniram com Paulo em Atenas, donde ele reenviou imediatamente Timóteo a Tessalônica:
Por isso, não podendo resistir mais, aceitámos que nos deixassem sós em Atenas, e enviámos Timóteo, nosso irmão e colaborador de Deus no Evangelho de Cristo, para vos confirmar e encorajar na vossa fé (1 Ts 3,1-2).
 5. ÉFESO E CORINTO
Pelas suas Cartas, Paulo vai alimentando a fé das comunidades e respondendo aos diversos problemas que estas lhes colocam. Assim, quando Paulo está em Éfeso continua em contato com a igreja de Corinto, que ficava do outro lado do Mar Egeu. Havia relações estreitas entre as duas cidades. Um enviado privilegiado era Apolo, que pregava em Corinto quando Paulo chegou à “Ásia” (At 19,1), e foi ao encontro de Paulo em Éfeso (1 Cor 16,12). Há também a família da senhora Cloé, que lhe traz notícias de Corinto (1 Cor 1,11). Esta tinha, possivelmente, uma empresa comercial e aproveitava os seus funcionários para enviar notícias a Paulo. Todos eles eram cristãos e reuniam-se na casa de Cloé. Há ainda três outros mensageiros, Estefani, Fortunato e Arcaico (1 Cor 16,15-18), que levaram mesmo uma carta para Paulo. O primeiro deste grupo foi o primeiro que Paulo batizou em Corinto (1 Cor 1,16).
No sentido inverso, há também enviados de Éfeso para Corinto. Sobretudo a missão de Timóteo (1 Cor 4,17), de Tito (2 Cor 12,18; 7,6). Mais diplomata que Timóteo, é Tito que resolve a crise de Corinto, onde é enviado de novo para organizar a coleta para Jerusalém (2 Cor 8,1-6). São eles que levam as duas Cartas aos Coríntios. Estas, no estado atual, são a fusão de várias pequenas cartas: resposta às informações da família de Cloé (1 Cor 1-6); resposta trazida pelos três citados mensageiros (1 Cor 7-15); a carta “escrita nas lágrimas” (2 Cor 10-13); a carta da reconciliação (2 Cor 1-7); e os bilhetes relativos à organização da coleta para a igreja de Jerusalém (2 Cor 8-9). Deste modo, Corinto torna-se uma das mais interessantes cidades onde S. Paulo anunciou Jesus Cristo...

Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ênfase e Divindades Dr. Edson Cavalcante

sexta-feira, 30 de maio de 2014

AINDA EXISTEM PASTORES QUE NÃO PEDE A ORIENTAÇÃO DE DEUS E VAI A BUSCA DE FEITICEIRAS, CREIA QUE É VERDADE...



AINDA EXISTEM PASTORES QUE NÃO PEDE A ORIENTAÇÃO DE DEUS E VAI A BUSCA DE FEITICEIRAS, CREIA QUE É VERDADE...
No livro de I Samuel, cap. 28, encontramos o relato de um decadente rei, chamado Saul, consultando uma pitonisa, na cidade de En Dor, em Israel. O objetivo do encontro era fazer contato com o profeta Samuel, já morto. Esse trecho das Escrituras, é usado, pelos espíritas, para justificar e validar a doutrina. Porém, ao estudarmos, todo o contexto da vida de Saul, descobriremos que sua atitude, foi reprovada por Deus:
"Assim, morreu Saul por causa da transgressão que cometeu contra o Senhor, a qual não havia guardado; e também porque buscou a adivinhadora para a consultar e não buscou ao Senhor, que por isso o matou, e transferiu o reino a Davi, filho de Jesse" I Crônicas 10:13,14.
Pitonisa: Eram assim chamadas, mulheres que serviam a "Python" (deus da magia e da adivinhação), como sacerdotisas no oráculo de Pythos (Delfos). A primeira pitonisa, surgiu na Grécia, servia em Delfos, devido ao grande número de consultas, a atividade se expandiu. As pitonisas eram eleitas geralmente entre as mulheres de classe pobre. A nomeação de uma pitonisa, muito se assemelhava a um ritual de possessão. Eram conduzidas ao oráculo dos deuses gregos (Apolo, Marte, Júpiter) e com grandes rodopios, uivos e contorções encerravam o ritual.
Quem era Saul? Saul era um homem que assumiu o reino de Israel por volta de 1.060 ac, ficando no poder por 40 anos. Não foi um rei eleito pela vontade divina, mas por permissão divina e vontade popular. No principio, se mostrou fiel e obstinado, depois se tornou mau, corrupto, invejoso, soberbo e desobediente a Deus. Devido a maldade em seu coração, o Espírito de Deus, se retirou da vida dele. Deus, já não se comunicava com ele “nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas"(I Sm 28:6). "E O Espírito do Senhor se retirou de Saul " I Sm 16:14. Saul, portanto, estava totalmente distante de Deus. Procurar uma pitonisa, foi uma demonstração de que os demônios atuavam e dirigiam sua vida.
Samuel, servo de Deus, apareceu mesmo naquela sessão espírita? Em nenhum momento da narrativa é feita tal afirmação. A pitonisa invoca o morto. Ao aparecer, "Samuel," saúda Saul, a mulher, grita apavorada. Por que grita a pitonisa? Saul estava ali disfarçado. No começo de seu reinado, em obediência a Deus, matara pitonisas, cumprindo êxodo 22:18: " A feiticeira não deixarás viver". A saudação de "Samuel" faz com que ela pense que o objetivo da estada de Saul, ali, era matá-la. "Por que me tens enganado, pois tu mesmo és Saul". Ele a conforta: "Não temas, que é que vês?".
A pitonisa, única a ver "Samuel" descreve: "Vem subindo um homem ancião e está envolto numa capa, Entendendo Saul, que era Samuel, inclinou-se com o rosto em terra e postou-se" (v14). Saul, não viu Samuel. Ele "entendeu que era Samuel". A pitonisa, não viu a Samuel. Viu um ancião envolto a uma capa. Nenhuma característica descrita, é suficiente para confirmar a presença de Samuel naquele local.
Reencarnação do mal: As previsões feitas a Saul foram de derrota e morte. Ele queria ouvir de Samuel se subiria ou não a guerrear com os filisteus. Entretanto ouviu: "Perderás a guerra, amanhã mesmo morrerás, com todos os filhos e estarás comigo" (v19).
Saul perdeu a guerra.
Ele tinha seis filhos. Três morreram na batalha (Jônatas, Abinadabe e Malquisua).
Saul cometeu suicídio, se lançando sobre sua própria espada.
Jamais, Saul poderia ir para o mesmo lugar onde estaria Samuel.
Resultado das previsões: Para três previsões, um acerto. Quem estava naquela sessão espírita não era Samuel, porque Deus, sobre ele falou: "Nenhuma de todas as suas palavras, deixou cair em terra" I Sm 3:19. O Espírito Santo de Deus, nunca erra: "Deus não é homem para que minta; nem filho do homem para que se arrependa; porventura diria Ele e não o faria? Ou falaria e não confirmaria? Nm 23:19. A mentira, é própria de Satanás: “Ele é o pai da mentira" Jo 8:44.
No livro de Atos, o apóstolo Paulo, expulsa os demônios de uma pitonisa ( 16:18). Não vos enganem, as práticas ocultas, não pertencem a Deus. Quem as pratica está sobre influência e possessão de demônios, não herdarão o Reino dos céus Ap 22:15. O espiritismo é um engano. O diabo tem poder de se transfigurar em anjo de luz: " E não é maravilha que o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz" I Cor 11:14.
Que Deus, em Cristo, nos abençoe...
Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ênfase e Divindades Dr. Edson Cavalcante


O GRANDE AMOR DE DEUS...


                                                    O GRANDE AMOR DE DEUS...
Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu. Quando passares pelas águas estará contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em tiveste que foste precioso aos meus olhos, também foste honrado, e eu te amei. Isaias 43:1- 2 e 4
Em outra versão:
Visto que foste precioso aos meus olhos, e és digno de honra e eu te amo, Isaías 43:4
Ninguém tem mais amizade por você do que o Senhor Jesus Cristo. Ninguém te ama mais do que o Senhor Jesus Cristo:
13 Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos.
14 Vós sois meus amigos, se fizerdes o que vos mando.
15 Já não vos chamam escravos, porque o escravo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos chamo amigos porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. João 15:13  a 15
Se você ás vezes sente que existe dentro do seu peito um vazio enorme e acha que esse tremendo espaço nunca vai ser preenchido eu tenho uma novidade para você:
Esse vazio aí que você sente dentro do seu coração. Esse vazio que ás vezes parece um buraco sem fim é na verdade o espaço exato que o nosso Deus de amor deveria estar ocupando na sua vida. É por isso que esse vazio, embora você tente, você não consegue preencher com as coisas do mundo.
Na ânsia de preencher esse enorme vazio muitas pessoas saem por aí procurando diversas coisas e situações do mundo. Algumas coisas podem até preencher esse espaço durante algum tempo, mas logo em seguida o buraco volta e quando ele retorna, ele retorna maior do que era antes.
O que eu e você precisamos entender de uma vez por todas é que esse vazio só será realmente preenchido pelo infinito e misericordioso amor do nosso Deus. Esse vazio é exatamente do tamanho do nosso Senhor Jesus Cristo deveria ocupar nas nossas vidas. Só a presença de Deus nas nossas existências pode nos preencher e nos dar a plenitude da vida. Portanto, se alguém:
Está na prostituição, saiba que Deus te ama.
Vive se drogando, saiba que Deus te ama.
Vive mentindo, saiba que Deus te ama.
Anda traindo a sua esposa ou esposo, se você vive no adultério, saiba que Deus te ama.
Vive no mundo do crime, saiba que Deus te ama.
É ateu. Saiba que Deus te ama.
Vive consultando espíritos de mortos, saiba que Deus te ama.
Vive fazendo feitiçaria ou mexendo com magia, saiba que Deus te ama.
Vive mexendo com astrologia e adivinhação, saiba que Deus te ama.
É aquele tipo de pessoa que acha que esse negócio de religião e igreja é para gente fraca e fracassada, saiba que Deus te ama.
Está no vicio do cigarro ou da bebida alcoólica, saiba que Deus te ama.
Anda praticando a masturbação, saiba que Deus te ama.
Está enterrado na pornografia, saiba que Deus te ama.
Anda praticando a idolatria, saiba que Deus te ama.
Anda na rebeldia, saiba que Deus te ama.
Vive na mágoa e no rancor, saiba que Deus te ama.
Tem amor excessivo ao dinheiro, saiba que Deus te ama.
Vive caluniando ou fofocando, saiba que Deus te ama.
Está vivendo uma vida sexual que não agrada a Deus, saiba que Deus te ama.
Quer dizer que não importa o que eu faça ou venha a fazer o Senhor Jesus Cristo sempre continuará a me amar?
Exatamente!
Não importa o que você faça o Senhor Jesus Cristo sempre te amará, pois:
Deus é amor - 1 João 4:8
Isso que dizer que eu posso continuar pecando a vontade que mesmo assim eu serei salvo?
Negativo!
O que nós precisamos entender também que o Amor de Deus é uma coisa, mas a  salvação das nossas almas é outra coisa bem diferente.
A salvação que o Senhor nos oferece é uma via de mão dupla. Nós recebemos de Deus a Graça dEle que é o acesso ao nosso Redentor e Salvador: O  Senhor Jesus Cristo. O Senhor Jesus nos oferece gratuitamente o perdão dos nossos pecados, a novidade de vida e a vida eterna. A outra parte do processo de salvação é por nossa conta.
Como assim? Você não disse que não importa o que eu faça que Deus sempre vai me amar?
É isso mesmo! Cabe a nós aceitarmos ou não o que o nosso Deus está nos oferecendo. O Senhor Jesus Cristo necessita do nosso aceite para que Ele possa colocar os nossos nomes no livro da vida. A salvação das nossas almas é isso. É algo muito democrático. Deus não nos força a nada. Ele nos ama e respeita as nossas decisões. Nós é que seremos responsáveis pelo nosso destino.
Puxa vida! Eu não sabia que era assim?
É assim mesmo! O Senhor Jesus nos ama demais, mas Ele detesta o pecado que está na sua e na minha vida. O Senhor Jesus abomina o pecado que eu e você cometemos. Olhe só porque isso acontece:
 42 Respondeu-lhes Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, vós me amaríeis, porque eu saí e vim de Deus; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou.43 Por que não compreendeis a minha linguagem? é porque não podeis ouvir a minha palavra.44 Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o princípio, e nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira.45 Mas porque eu digo a verdade, não me credes.46 Quem dentre vós me convence de pecado? Se digo a verdade, por que não me credes? 47 Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso vós não as ouvis, porque não sois de Deus. - João 8:42-46
E principalmente por quê?
Para isto o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo. 1 João 3:8
Quando, pois vier o Filho do homem na sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória;
32 e diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos;
33 e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda.
34 Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;
Mateus 25:31 a 34
O que isso quer dizer?
Quer dizer que O nosso Senhor Jesus Cristo veio ao mundo para destruir o pecado e todas as obras do diabo. O pecado não fez parte da obra inicial dEle. o pecado não é bom para o homem, por isso o nosso Deus quer exterminar com o pecado. Lembra? Deus nos ama. Ele quer o melhor para nós. O melhor para nós é vivermos num mundo sem pecados, sem dor, sem sofrimento e sem morte.
É isso! Desta forma, qualquer um de nós que não se afastar do mundo do pecado, se não deixarmos de praticar as obras do maligno, infelizmente, mesmo Jesus nos amando, nós seremos destruídos juntamente com o pecado e com as obras do maligno.
Isso será necessário por que:
E não entrará nela coisa alguma impura, nem o que pratica abominação ou mentira; mas somente os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro. - Apocalipse 21:27  
Isso será necessário porque no reino de Deus não poderá entrar nada que seja impuro ou que seja abominável ao Senhor. É por isso que, mesmo o Senhor Jesus amando todos os homens  e mulheres do mundo, nem todos herdarão o reino dos céus, nem todos terão o direito de participarem da primeira ressurreição e da vida eterna com a Santíssima Trindade.
Impressionante! Quem ficará de fora?
Vamos ouvir o que o nosso Deus tem a nos dizer sobre esse assunto:
E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo. Apocalipse 20:15
É isso! Ficarão de fora do reino de Deus todos os filhos e filhas que não tiverem o seu nome escrito no livro da vida.
Puxa vida! Eu não sabia que era assim. Eu pensei que eu ia ter outra chance. Eu pensei que eu teria mais vidas para me consertar. Eu pensei que eu poderia deixar para mais tarde esse negócio de aceitar o Senhor Jesus Cristo como o meu Senhor e Salvador. Eu até pensei que eu poderia deixar para a última hora. Puxa vida! Então o que é que eu tenho que fazer para ter o meu nome escrito no livro da vida?
Para termos os nossos nomes escritos no livro da vida devemos aceitar, hoje mesmo, não amanhã, o Senhor Jesus Cristo como o nosso Senhor e nosso Salvador e nos batizarmos. Depois disso com muita fé e perseverança devemos nos aplicar na obediência aos seus mandamentos e sermos fiéis e perseverantes na caminhada com Ele até o fim.
Por isso Ele nos disse:
Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. João 14:15
E quais são os mandamentos do Senhor Jesus Cristo?
Os dez mandamentos. Todos os dez. inclusive o segundo mandamento que diz para não fazermos imagens de esculturas e o quarto mandamento que diz para guardarmos o sábado do Senhor: Pois:
Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amei. João 15:12
Qualquer que guardar toda a lei, mas tropeçar em um só ponto, tem-se tornado culpado de todos. Tiago 2:10
Deus nos orienta sobre a importância de sermos obedientes aos seus mandamentos:
7 mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens.8 Vós deixais o mandamento de Deus, e vos apegais à tradição dos homens.9 Disse-lhes ainda: Bem sabeis rejeitar o mandamento de deus, para guardardes a vossa tradição. Marcos 7:6-9
Aqui está a perseverança dos santos, daqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus. Apocalipse 14:12
Observa os meus mandamentos e vive; guarda a minha lei, como a menina dos teus olhos. Provérbios 7:2
Porque necessitais de perseverança, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Hebreus 10:36
Para que possamos participar dessa grande promessa do nosso Deus: a de vivermos a vida eterna ao lado da Santíssima Trindade, só conseguiremos ter o direito de participar dela, se perseverarmos na caminhada com o Senhor Jesus e, assim como Ele nos ensinou, vencermos como Ele venceu.
E como ser um vencedor?
Como conquistar a coroa da vitória?
Como receber do Senhor Jesus Cristo a grandiosa recompensa que é morar na cidade eterna ao lado da Santíssima Trindade?
O que vencer será assim vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; antes confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. Apocalipse 3:5
A todos aqueles que forem vencedores, aqueles que com perseverança submeterem a vontade da carne às virtudes do Espírito Santo de Deus, haverão de receber do Senhor Jesus Cristo a recompensa de terem os seus nomes escritos no livro da vida, estes também conquistarão o direito de viverem eternamente com a Santíssima Trindade na Cidade Eterna. A Nova Jerusalém.
Quem não gostaria de morar numa cidade onde não há dor, sofrimento, mentira, calunias, roubos, mortes, acidentes, assassinatos e todo tipo de obra do demônio?
Quem já acha que o nosso planeta é lindo e maravilhoso ficará ainda mais surpreso quando for morar na cidade eterna. Na Nova Jerusalém resplandece continuamente a glória e a presença do nosso Deus Altíssimo. Esse será um lugar onde não haverá nem mesmo um templo porque o nosso Deus estará sempre presente ao nosso lado. O nosso contato com o nosso Pai será face a face. Nós poderemos conversar com o nosso Deus. Seremos uma grande e feliz família. Lá nós encontraremos todos os nossos entes queridos que morreram em Jesus e todos os santos e justos que entregaram a vida por causa do evangelho ou que morreram na esperança de se encontrar com o Senhor Jesus Cristo na grande volta dEle.Essa é a cidade maravilhosa na qual haveremos de morar se formos vencedores.
Por outro lado, quanto aos filhos e filhas que insistirem em negar o Senhor Jesus Cristo e o Espírito Santo de Deus e optarem por permanecer na prática do pecado a história, infelizmente, será bem diferente.
Vamos ver o que  nos diz a palavra de Deus:
7 Aquele que vencer herdará estas coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho. 8 Mas, quanto aos medrosos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte.Apocalipse 21:1 a 8
9 Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas,  10 nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbedos, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.  1 Coríntios 6:9 a 10
19 Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, 20 a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos, 21 as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus. Gálatas 5: 19 a 21
Já está posto o machado á raiz das árvores; toda árvore, pois que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo.
A sua pá ele tem na mão, e limpará bem a sua eira; recolherá o seu trigo ao celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível.  Mateus 3:10 e 12
Porque o SENHOR repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem. Provérbios 3:12
Quem tem ouvidos, ouça. Mateus 13:9
Amém e graças a Deus. Fique na paz do Senhor Jesus Cristo
Jesus Cristo vai mudar a sua vida...

Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ênfase e Divindades Dr. Edson Cavalcante

quinta-feira, 29 de maio de 2014

SOMENTE DEUS PODE FAZER O MILAGRE ACONTECER...


                              SOMENTE DEUS PODE FAZER O MILAGRE ACONTECER...
Atos 3.1-10
-Introdução: Frequentemente ouvimos pessoas que falam que estão esperando uma resposta de Deus para suas vidas por algum tempo. Dentre estas pessoas há aquelas que esperam em oração, mas também há aqueles que não fazem nada, nem orar e mesmo assim querem receber.
Na Bíblia vemos alguns exemplos de pessoas que esperaram como a mulher do fluxo de sangue por doze anos (Mateus 9.20), outra mulher que andou encurvada dezoito anos (Lucas 13.11 e 16) e em Betesda havia um homem paralítico há trinta e oito anos (João 5.5). O próprio Senhor Jesus esperou completar trinta anos para começar seu ministério (Lucas 3.23). Quando Marta e Maria mandaram chamar Jesus, pensaram que Jesus chegou atrasado quatro dias depois que Lázaro já tinha morrido (João 11.39). Mas Jesus nunca chega atrasado, ele vem no tempo certo, no tempo de Deus (Eclesiastes 3.1). Tudo isso ensina que precisamos aprender a esperar com paciência no Senhor (Salmos 40.1).
Na verdade não somos nós que estamos esperando Deus agir. Deus é quem espera nossa oração de fé para então operar maravilhas. Você acha que Deus está demorando te responder? Talvez você esteja demorando tomar uma posição de fé verdadeira.
Pedro e João encontraram um paralítico à porta formosa do templo. Este homem não podia entrar no templo por que segundo a lei nenhuma pessoa com defeito poderia entrar (Levítico 21.23). Mas na Nova Aliança de Jesus, quem entra doente na igreja sai curado.
Não importa quanto tempo você está esperando, Deus vai operar em sua vida!
Você está esperando o milagre?
Vamos refletir sobre algumas coisas que precisamos fazer para que o milagre venha quando:
1- Quando você orar: v.1
Pedro e João estavam indo  para a oração no templo quando encontraram um homem aleijado e ministraram a cura sobre sua vida. Pedro e João entenderam que Deus queria curar aquela vida que há tanto tempo esperava e com ousadia falaram de Jesus àquele homem.
Como diz o hino ‘bendita hora de oração’, o momento de oração é hora mais abençoada de nosso dia, “então, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei” (Jeremias 29.12). Na oração levamos nossas preocupações e problemas e voltamos abençoados pelo Senhor. Mas a oração não é apenas pedir, também é desfrutar de comunhão com Deus, conversar com Jesus, agradecer por tudo e adorar a Ele como Senhor de nossas vidas.
Há pessoas que querem ser abençoadas, mas não estão dispostas a pagar o preço da oração. Querem receber tudo pronto, como um fast food espiritual, como se Deus tivesse um tele entrega onde você só liga e a pizza chega. Não é assim. Você precisa orar ,orar e orar.
O momento da oração é a hora do milagre. Enquanto oramos nossa fé se fortalece para Deus realizar milagres. Quando você vai à igreja, deve estar sensível a tudo o que acontece como possibilidade para que Deus opere maravilhas através de sua vida.
Você tem orado? Tem dedicado tempo em comunhão com o Senhor!
Permaneça em oração, pois quando menos esperar, Deus vai operar!
2- Quando você falar: v.6
Ao ver o paralítico caído esperando uma moeda ou pedaço de pão, Pedro não ficou calado. Com autoridade do Espírito Santo, disse para o homem que “Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!”.
Possivelmente o pedinte tinha mais que o próprio Pedro, que não tinha nada para dar em dinheiro. Mas Pedro se lembrou de sua maior riqueza que é o nome de Jesus. Neste nome há poder para o impossível (Atos 4.12).
É como se você tivesse um cartão de crédito. As promessas são o crédito e a senha para liberar o crédito é no nome de Jesus. Se você não usar a senha, não terá o crédito aprovado.
Há pessoas que oram, mas não falam palavras de autoridade, profetizando a bênção. Se você orar por uma pessoa ou situação e depois começar a reclamar estará confirmando o problema e perdendo a sua bênção.
Você tem autoridade para declarar a vitória sobre sua vida. Quando aparecer uma situação difícil, não perca a oportunidade de abençoar. Pedro Não confirmou a situação, dizendo que o homem era aleijado e pobre. Ele declarou que Jesus poderia curar.
Você tem declarado a vitória sobre sua vida?
Não perca sua bênção, profetize!
3- Quando você agir: v.7
Além de ORAR e FALAR com autoridade, Pedro e João também agiram com intrepidez e amor. Eles estenderam a mão e ergueram o paralítico. Esta atitude foi o complemento para o milagre acontecer. Não adiantaria orar e profetizar sem agir.
Esta atitude foi em conjunto. Pedro e João estenderam a mão e o paralítico se esforçou para levantar. A força que operou o milagre foi “a fé que atua pelo amor” (Gálatas 5.6).
Muitos crentes oram e profetizam, mas ficam só olhando e não fazem nada. Querem receber oração e profecias de bênção, mas não têm atitude de “Confia no SENHOR e faze o bem” (Salmos 37.3). Não adianta confiar em Deus, mas fazer tudo errado ou não fazer nada, “portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando” (Tiago 4.17).
Você precisa fazer algo que seja uma atitude de fé. Crer é agir com fé. Então creia por que “se creres, verás a glória de Deus” (João 11.40). Pode ser um gesto simples como estender a mão, mas que seja fruto de sua fé.
Você está disposto a tomar uma atitude de fé?
Tenha coragem de fazer algo que demonstre sua fé.
Seu milagre está chegando!
-CONCLUSÃO:
Muitas pessoas ficam como aquele homem, paralisadas à porta da igreja. Cristãos indecisos, que não tomam posição na presença de Deus, parecendo uma paralisia espiritual onde a vida cristã não progride. Se lugar não é na porta da igreja e sim no altar do Senhor ministrando em sua presença. Levante-se para servir a Deus.
Também há quem peça esmolas para Deus. Mas Deus não tem esmolas, Ele só sabe dar o melhor. Ainda aqueles que só ficam olhando e não oram, não falam, nem tomam atitude de fé.
Deus está esperando você orar para responder sua oração. Quando você começar a profetizar palavras de vida e agir com autoridade no nome de Jesus, seu milagre vai chegar.
Ore, fale e aja em nome de Jesus...

Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ênfase e Divindades Dr.Edson Cavalcante

quarta-feira, 28 de maio de 2014

SOU FELIZ COM JESUS...


                                                             SOU FELIZ COM JESUS...
Já falamos sobre felicidade quando refletimos sobre o Salmo 1º. Na perspectiva do mundo, podemos ganhar e perder a felicidade. Basta uma mudança de fortuna, um abalo na saúde, a desilusão por não alcançarmos o que ambicionamos e até o mau tempo pode privar-nos da felicidade que o mundo dá. Mas ninguém pode tirar o gozo, a alegria, a felicidade que Cristo nos dá (João 16.22).
A palavra bem-aventurança significa a felicidade como dom de Deus. Essa felicidade brilha através das lágrimas e não depende de circunstâncias: nem a vida nem a morte nem as angústias nem a perseguição pode arrebatá-la do coração do crente.
O ensino das bem-aventuranças é para os discípulos de Jesus. Ele viu as multidões, mas, quando subiu ao monte, aproximaram-se os seus discípulos e ele os ensinava (Mateus 5.1-2). O sermão do monte é a plataforma do reino de Deus. Fala da conduta dos súditos do reino. E começa dizendo quem eles são: São felizes! Sob a ótica do mundo seriam infelizes; mas na ótica do reino, são felizes. Poderíamos dizer: Felizes os infelizes! É a contracultura do reino! Foge ao senso comum! Quem são os felizes? Os bem-aventurados?
A FELICIDADE DOS POBRES
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus (5.3). Na Bíblia, a palavra pobre tem diversos significados: a) refere-se à pessoa que não tem riqueza e por isso não tem poder, nem prestígio nem influência; b) ou à pessoa oprimida, explorada e dominada pelos poderosos; c) ou ainda a pessoa que, por não ter bem terreno, coloca toda a sua confiança em Deus; d) a expressão pobre de espírito refere-se à pessoa que chegou à conclusão de que as coisas não significam nada e por isso colocam a sua confiança inteiramente em Deus, como podemos ver nas seguintes passagens da Bíblia (Salmos 34.6; 9.18; 3.10; 107.41). Essa pessoa é verdadeiramente feliz!
Aos pobres de espírito pertence o reino dos céus. Esse reino dos céus é a sociedade na qual a vontade de Deus é feita na terra como é feita nos céus. Logo, os pobres de espírito fazem a vontade de Deus. No entanto, só podemos fazer a vontade de Deus quando temos consciência da nossa impotência, da nossa ignorância, da nossa incapacidade para responder satisfatoriamente às exigências da vida e quando, por isso, colocamos a nossa confiança inteiramente em Deus. Os que se consideram ricos enganam a si mesmos, privam-se das riquezas de Deus, são repreendidos e exortados ao arrependimento e à conversão (Apocalipse 3.16-19).
A experiência de Abraão nos ensina que não possuir nada é uma grande bênção. Ele era homem rico (Gn 24.35), mas a sua maior herança era Isaque, cujo nome significa riso (Gn 21.5-6; 24.36). Sem dúvida ele daria todos os seus bens para salvar Isaque. No entanto, ao oferecer o seu filho a Deus, o maior tesouro que ele tinha, ele se esvaziou, à semelhança de Cristo, e por isso foi enriquecido por Deus (Gn 22.15-17). O crente é feliz porque não troca a felicidade das riquezas do Reino de Deus pela felicidade das riquezas do mundo! Jesus falou do homem que se vangloriou na segurança dos bens que havia acumulado, mas que ouviu a voz de Deus: “Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será”?. Jesus concluiu: “Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus” (Lc 12.20-21).
A FELICIDADE DOS QUE TÊM O CORAÇÃO QUEBRANTADO
“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados” (5.4). As lágrimas que levam ao verdadeiro consolo são causadas (a) pelo mundo que está colocado no maligno e (b) pelo próprio pecado do homem. Ao quebrantado e contrito, Deus não despreza (Salmo 51.17). Isaías era estadista, nobre, educado, mas quando contemplou a gloria de Deus (Isaías 6.1-3), tomou consciência do seu pecado e clamou: “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos” (Isaías 6.5).
Em Lucas 7.36-50 temos a história da mulher pecadora que entrou na casa de um fariseu onde Jesus estava à mesa para a refeição. Essa mulher prostrou-se aos pés do Senhor, chorou tanto que lavou os pés do Mestre com as suas lágrimas e os enxugou com os seus cabelos! Jesus foi censurado porque ele permitiu que uma mulher pecadora fizesse isto. No entanto, o Mestre deixou claro que tanto o fariseu quanto a mulher eram pecadores. Com uma diferença: a mulher chorou pelos seus pecados; o fariseu considerava-se justo. Por isso, Jesus disse à mulher: “Perdoados são os teus pecados. A tua fé te salvou; vai-te em paz”. (Lucas 7.48, 50). As lágrimas de arrependimento produziram o verdadeiro conforto para a mulher; o fariseu, cujo coração não se quebrantou, continuou na sua religiosidade fria, crítica, zangada, infeliz!
Tanto o profeta Isaías quanto a mulher pecadora tomaram consciência do seu pecado quando estavam na presença de Deus em atitude de adoração. Arrependeram-se, foram perdoados, purificados, consolados, passando a ter uma vida de felicidade! A verdadeira adoração que leva à contemplação do Deus santo e amoroso é condição para alcançarmos uma vida de felicidade permanente. A adoração e o louvor devem ser atitudes permanentes do cristão.
A FELICIDADE DOS QUE SÃO GOVERNADOS POR DEUS
“Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra” (5.5). O significado da palavra manso não tem nada a ver com servilismo e passividade! Pelo contrário: manso é o ser humano cujos instintos, paixões e impulsos estão sob controle; é o homem que aprendeu a dominar-se. A mansidão é uma autêntica humildade que despreza por completo o orgulho. Para isto, é necessário que haja completo esvaziamento do ego para que Espírito Santo possa encher o coração do crente e produzir nele o fruto do Espírito que tem como expressões a mansidão e o domínio próprio (Gálatas 5.22-23).
Os mansos herdarão a terra (Mt 5.5; Sl 37.11). Quem se governa pode governar a terra! Moisés era o homem mais manso da terra porque tinha controle das suas paixões e a sua ira só se manifestava em momentos adequados (Números 12.3; Êxodo 32.19-21)! Ele era manso sem ser servil e passivo!
Aprendemos a mansidão e a humildade com Jesus. Então, temos descanso e felicidade! (Mateus 11.29). Os raivosos jamais serão felizes! Mas quem se coloca sob o controle e governo de Deus obterá a mansidão que o capacitará a herdar a terra!
Conclusão
Para sermos agentes da felicidade é preciso que sejamos felizes! O hino “Sou feliz com Jesus” expressa a grande verdade da felicidade do cristão...

Bispo. Capelão/Juiz. Mestre e Doutor em Ênfase e Divindades Dr. Edson Cavalcante